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EXAMES COMPLEMENTARES

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EXAMES COMPLEMENTARES NEUROL GICOS: Estruturas que comp em o sistema nervoso central O sistema nervoso central composto pelo enc falo, encerrado na caixa ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: EXAMES COMPLEMENTARES


1
EXAMES COMPLEMENTARES
  • NEUROLÓGICOS
  • Estruturas que compõem o sistema nervoso
    central
  • O sistema nervoso central é composto pelo
    encéfalo, encerrado na caixa craniana, e pela
    medula espinhal, encerrada na coluna vertebral. O
    encéfalo, por sua vez, compõe-se de cérebro
    (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco
    encefálico ou tronco cerebral (mesencéfalo, ponte
    e bulbo).
  • Exames complementares usados em neurologia
  • Líquido cefalorraquidiano
  • -exames citológicos
  • -determinação da concentração de proteínas,
    glicose e cloretos
  • -reações imunológicas para diagnóstico de
    sífilis e neuricisticercose
  • -cultura para microorganismos.
  • Eletroencefalograma
  • -verificação de assimetria entre os hemisférios
  • -verificação de atividades lentas e mudanças
    bruscas e transitórias do ritmo fundamental.
  • Potenciais evocados
  • -constatar lesões subclínicas nas vias de
    condução de estímulos sensoriais
  • -detectar localização dessas lesões.
  • Eletroneuromiografia
  • -diagnóstico topográfico de lesões do sistema
    nervoso periférico
  • -diferenciação entre essas e as afecções
    musculares e da junção neuromuscular.

2
Diagnóstico e tratamento das contusões
musculares
  • INTRODUÇÃO
  • As lesões musculares dos esportistas continuam
    sendo tema atualizado e apaixonante para os
    especialistas que têm a grande responsabilidade
    de manter em excelentes condições a estrutura
    osteomioarticular dos atletas, possibilitando
    assim melhor rendimento físico, técnico e tático.
  • O aperfeiçoamento dos meios de diagnóstico e a
    evolução das pesquisas de laboratório
    possibilitaram a análise das alterações
    bioquímicas celulares, permitindo melhor
    conhecimento das modificações anatomofisicopatológ
    icas que acontecem nas lesões do aparelho
    locomotor.
  • Nossas observações são experiências vividas,
    inicialmente, ao longo de uma vida ativa como
    atleta de competição e, posteriormente, nos pouco
    mais de vinte e cinco anos de atividades
    profissionais especializadas em cuidar de
    atletas.
  • O diagnóstico precoce correto e o prognóstico de
    tempo para voltar às atividades são as primeiras
    informações que devem chegar ao departamento
    técnico, para avaliação das interferências na
    performance da equipe e, muitas vezes, no
    resultado financeiro da competição.
  • Devemos fazer sempre um estudo clínico minucioso
    de cada lesão, com observações práticas anotadas
    na evolução diária, interpretando e valorizando
    os meios de pesquisa clínica laboratorial que nos
    ofereceram as melhores condições para um
    diagnóstico e que possibilitaram uma
    classificação(8)

3
  • A Lesões musculares produzidas por fatores
    causais extrínsecos
  • Contusão muscular
  • a) Contusão leve
  • b) Contusão moderada
  • c) Contusão grave
  • B Lesões musculares produzidas por fatores
    causais intrínsecos
  • a) Lesões musculares sem roturas de fibras
  • 1. Câimbras 2 . Contratura muscular 3 .
    Estiramento b) Lesões musculares com roturas de
    fibras
  • Lesões parciais Lesões totais Após o
    diagnóstico, iniciamos imediatamente o
    tratamento, seja conservador ou cirúrgico, com
    planejamento adequado

4
  • DIAGNÓSTICO
  • A literatura relata inúmeras tentativas na
    utilização de exames diversificados para auxílio
    do diagnóstico diferencial dos diversos tipos de
    lesões musculares, que facilitassem a programação
    do tratamento imediato e colocassem o atleta em
    condições ideais de competição, o mais rápido
    possível.
  • As dosagens das atividades enzimáticas
    (transaminases, CPK, aldolase, etc.), a
    eletromiografia, o exame radiográfico e a
    termografia em nada favoreceram o diagnóstico
    diferencial das lesões musculares.
  • A radiografia será usada(1) para diagnóstico
    diferencial com lesões ósseas e arrancamentos das
    inserções tendinosas.
  • A tomografia computadorizada e a ressonância
    magnética são exames muito dispendiosos e sua
    utilização tem sido muito discutida.
  • Giannini (1987)(5) enfatizou a importância do
    exame complementar da ultra-sonografia no
    diagnóstico e na escolha do tratamento. A
    ultra-sonografia e um método de investigação de
    grande utilidade(4,6), não invasivo, confirma,
    localiza e avalia a lesão muscular traumática,
    permitindo decisão segura na indicação do
    tratamento cirúrgico.
  • A ultra-sonografia (Commandre)(3) é o exame
    complementar essencial para caracterizar as
    lesões das fibras musculares e planejar a
    indicação de intervenção cirúrgica precoce, para
    evitar sérias complicações e seqüelas
    mioarticulares.

5
  • Ultra-sonografia normal As diferentes camadas
    musculares, separadas por aponeuroses e septos
    fibrosos mais ecogênicos, formam áreas que são
    uniformes na ultra-sonografia, confirmando a
    integridade anatômica das estruturas
    visualizadas. A pele e as aponeuroses produzem
    imagens lineares que são visivelmente ecológicas.
    O tecido celular subcutâneo produz imagens
    hipoecogênicas, que traduzem a presença de tecido
    adiposo, com algumas fibras ecogênicas marcando a
    separação do tecido conectivo. A estrutura de
    feixes musculares, composta de linhas ecogênicas
    orientadas obliquamente num arranjo punctiforme,
    é visível transversalmente. O grau de
    ecogenicidade varia de um para outro grupo
    muscular e de um para outro paciente, de acordo
    com a história do trauma, e às vezes exige
    interpretação comparativa e contralateral.
  • Ultra-sonografia anormal
  • A imagem anormal de ultra-sonografia depende da
    apresentação clínica contusão direta ou lesão
    interna e grau de edema e inflamação. A evolução
    clínica da lesão muscular inicial é que orienta a
    ultra-sonografia.
  • Lesão muscular recente
  • Antes da formação do hematoma, é visível uma área
    lesionada com desarranjos morfológicos, cuja
    extensão se desenvolve progressivamente e algumas
    vezes forma uma imagem convencional de edema
    circunscrito.
  • Edema ou evolução clínica do hematoma Na
    primeira fase, a rotura de fibras musculares,
    produzida pela força de impacto, determina
    acúmulo de sangue na periferia da massa muscular
    abaixo da aponeurose. Infiltra as fibras
    musculares, separando-as observa-se associação
    de áreas difusas e desestruturadas ecogênicas ou
    hipoecogênicas (fig. 1).
  • Alguns dias mais tarde, o hematoma organiza-se e
    a cavidade apresenta contorno definido. Antes
    apresentava aspecto uniforme, agora tornar-se
    encistado (figs. 2 e 3).
  • A imagem é hipoecogênica, com algumas ilhotas
    mais ecogênicas, que correspondem a pequenos
    coágulos.
  • Se o aparecimento de forma encistada foi
    imediato, desenvolve um contorno bem definido,
    com área hiperecogênica de reforço posterior,
    formada pela sedimentação de eritrócitos e
    compressão de fibras musculares subjacentes,
    destruídas pelo acúmulo de fluídos.
  • Finalmente, podemos visualizar uma lacuna serosa
    com ausência de textura ecográfica, com reforço
    posterior com imagem hiperecogênica.
  • A lesão por contato direto ou produzida por um
    fator intrínseco tem o mesmo prognóstico, porém a
    gravidade da lesão, com rotura de capilares e
    fibras musculares produzindo a hemorragia, é
    fator importante a ser considerado.
  • Controle da cicatrização A ultra-sonografia
    permite controlar a evolução clínica da lesão
    muscular e observar se houve reabsorção completa
    da imagem da seqüela formada, freqüentemente
    detectada meses ou anos mais tarde (fig. 4).
  • Muitas vezes, uma área hiperecogênica difusa
    corresponde à presença de vários resíduos
    anormais, que serão descritos mais tarde algumas
    vezes, será uma imagem cística residual.

6
  • Ecograma

7
  • TRATAMENTO LESÕES MUSCULARES PRODUZIDAS POR
    FATORES CAUSAIS EXTRÍNSECOS
  • Contusão muscular
  • a) Contusão leve
  • b) Contusão moderada
  • c) Contusão grave
  • Contusão muscular leve e moderada Segmento
    muscular coxa
  • Fase I Para diminuir o sangramento(7) produzido
    pela rotura de vasos e fibras musculares,
    recomendamos repouso, crioterapia, compressão com
    algodão e bandagens e elevação do membro inferior
    contundido. É importante o uso de analgésicos e
    antiinflamatórios não hormonais.

8
  • Ecografia

9
  • A massoterapia superficial ou profunda está
    contra-indicada (fig. 5).
  • Fase II Após as primeiras 24 horas, os
    portadores de lesões leves são liberados para
    exercícios de contração muscular isométrica,
    mobilização das articulações (ativas e passivas)
    e deambulação sem auxílio de muletas.
  • Após 72 horas, os portadores de lesões leves são
    liberados para exercício de contração muscular
    isométrica, movimentos articulares ativos e
    passivos para reabilitação funcional. O espasmo
    muscular diminui. A marcha é permitida com
    auxílio de muletas canadenses.
  • Fase III Os atletas contundidos(2), portadores
    de lesões leves e moderadas, já apresentam
    amplitude de movimento de flexão acima de 90 e
    executam marcha sem auxílio de muletas.

10
  • A seguir, utilizamos crioterapia, após
    massoterapia superficial , com antiinflamatórios
    tópicos, associando-se eletroterapia diária
    (ondas curtas e ultra-som) e hidroterapia
    (turbilhão).
  • Iniciamos alongamento ativo suave, para prevenir
    a formação de aderências, e exercícios com
    auxílio de força contra resistência
    complementados por hidroterapia em piscina
    (hidroginástica).
  • Tratamento de contusões graves
  • Segmento muscular -coxa
  • Fase I - Repouso absoluto
  • Analgésicos e antiinflamatórios não hormonais
    Crioterapia Bandagens compressivas
    Elevação do membro inferior contundido
  • Fase II -Após 72 horas, os portadores de lesões
    graves são liberados para a prática de contrações
    musculares isométricas e mobilizações ativas e
    passivas da articulação do joelho, para
    reabilitação dos movimentos de flexão e extensão.
    Quando nesta fase observamos evolução clínica
    favorável, permitimos a marcha com auxílio de
    muletas canadenses e o contundido obedecerá a
    todas as recomendações da fase III após sete dias
    de repouso. Quando, ao contrário, nesta fase
    observamos evolução clínica desfavorável, isto é,
    as dores permanecem intensas, apesar da medicação
    analgésica e de antiinflamatórios, a impotência
    funcional impede qualquer movimento de
    flexoextensão do joelho ao espasmo e aumento do
    volume da coxa, somam-se os sinais clínicos de
    síndrome compartimental. Indicamos então a
    realização da ultra-sonografia, para possível
    diagnóstico de hematoma volumosa intramuscular. A
    confirmação deste diagnóstico indicará um
    tratamento cirúrgico de emergência (fig.6).

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  • Hematoma

12
  • Tratamento cirúrgico - Hematoma da coxa
  • Descrição técnica
  • O paciente, sob anestesia geral ou peridural, é
    colocado em decúbito dorsal e fazemos limpeza
    mecânica, com água e sabão, do membro inferior
    correspondente à coxa contundida. Anti-sepsia de
    todo o membro inferior, com três banhos
    alternados de solução de álcool iodado e éter, Os
    campos cirúrgicos são tecnicamente colocados,
    deixando a descoberto a região ântero-externa da
    coxa.
  • Via de acesso -Determinamos, como ponto de
    referências, o grande trocanter e o côndilo
    femoral lateral. Procede-se a incisão
    longitudinal de 6-8cm, interessando pele e tecido
    celular sobcutâneo.
  • Na incisão da aponeurose superficial, observamos
    descompressão abrupta, com saída da massa
    muscular através da ferida operatória. Fazemos
    divulsão do septo intermuscular, entre o reto
    anterior e o vasto lateral, e completamos a
    descompressão com drenagem de volumoso hematoma,
    produzido pela rotula de vasos, ramos musculares
    da artéria femoral (fig. 7).
  • Em alguns, casos, após a divulsão do tabique
    intermuscular do reto anterior e vasto lateral,
    temos que divulsionar ou afastar pela borda
    inferior do vasto intermédio, porque o hematoma é
    ainda mais profundo, localizando-se entre a
    camada muscular do vasto intermédio e o plano
    ósseo.
  • Desfazemos cuidadosamente volumosos coágulos, que
    são eliminados. Estes coágulos podem ser
    confundidos ao toque, no fundo da cavidade criada
    pelo descolamento do hematoma, com a massa
    muscular subjacente.
  • O esvaziamento do hematoma deverá ser realizado
    com muita eficiência finalmente, uma lavagem com
    soro fisiológico permitirá visualizar o tecido
    muscular infiltrado por ilhotas hemorrágicas.
    Deve-se proceder a uma hemostasia criteriosa,
    cauterizando os vasos de pequenos calibres e
    ligando os ramos musculares de maior calibre.
  • Instalamos uma drenagem contínua a vácuo, para
    impedir que haja recidiva do hematoma.

13
O fechamento da ferida operatória é realizado em
quatro planos septo intermuscular e aponeurose
com fios mononáilon três zero, tecido celular
subcutâneo com fios de categute dois zero e pele
com fios mononáilon três zero (fig. 8). Em
seguida, testa-se a eficiência da drenagem de
aspiração a vácuo e faz-se curativo com bandagens
de compressão, utilizando gazes, algodão e
ataduras de crepom. O paciente é colocado no
leito, com o membro inferior em elevação, e
medicado com analgésicos, antiinflamatórios e
complementação de antibioticoterapia, iniciada
antes do ato cirúrgico (fig. 9). É obrigatória a
fiscalização do funcionamento da drenagem de
aspiração a vácuo com a constatação da evolução
favorável do quadro clínico, retiramo-la com
24-72 horas de pós-operatório. Iniciam-se
exercícios passivos, utilizando amplitudes
gradativas para reabilitação funcional das
articulações, principalmente a flexoextensão do
joelho, e exercícios de contração muscular
isométrica do quadríceps. Recomenda-se marcha
sem apoio do membro inferior operado, com auxílio
de muletas canadenses, retirando-se os pontos com
10-12 alias de pós-operatório. Durante esse
período, são intensificados os exercícios para
aceleração de reabilitação. Após a retirada dos
pontos, permite-se marcha com apoio, ainda com
auxílio de muletas canadenses. Nesse momento,
fisiomecanoterapia é realizada com cargas de
intensidade gradativa e associações a
reabilitação específica com estruturação muscular
geral, exercícios de alongamentos, correções
posturais da coluna vertebral e exercícios
aeróbicos na bicicleta ergométrica. Temos
conseguido excelentes resultados com esta
conduta, que é muito favorável para o
restabelecimento mais rápido do equilíbrio
emocional do atleta, com relação ao prognóstico
do seu futuro profissional. Nesta fase,
associamos o fisioterapeuta com o professor de
educação física, no planejamento de atividades do
centro de reabilitação. A próxima etapa é
realizada no campo de treinamento, com a
assistência do professor de educação física e do
técnico, no programa dos exercícios físicos,
técnicos e táticos, sempre com a supervisão do
médico. A participação em competição indicará
reabilitação total e definitiva isso se verifica
em média 60 -70 dias após o acidente.
14
Os pacientes que não são atendidos de forma
conveniente, na maioria das vezes por falta de
diagnóstico, evoluem sem tratamento, constituindo
o hematoma encapsulado(9) (caso 1- figs. 10, 11 e
12). A permanência da coleção sanguínea promove
reação inflamatória circundante, resultando
processo fibrótico de reparo, com formação de
cápsula fibrosa, que vai se espessando até o
ponto de conter o hematoma que se organiza (caso
2- figs. 13, 14 e 15). Nestes casos, observa-se
elevada incidência de complicações,
principalmente infecção, pois o hematoma é um
meio de cultura muito favorável para
desenvolvimento de bactérias (fig. 16). O quadro
clínico infeccioso é grave, com dores intensas e
hipertermia o paciente se apresenta torporoso e
pode evoluir para septicemia. A indicação
cirúrgica é de emergência, para drenagem do
hematoma infectado (fig. 17) no pós-operatório,
a atenção com a drenagem contínua é redobrada.
São realizados exames complementares de cultura
e antibiograma, aguardando-se os resultados com
antibioticoterapia de largo espectro, ministrada
via venosa. A medicação é complementada com
analgésicos, antiinflamatórios, antitérmicos,
reidratação, suportes vitamínicos e transfusões
sanguíneas, quando necessárias. O período de
reabilitação neste caso será mais prolongado, com
riscos de seqüelas graves, como aderências
musculares e rigidez articular.
15
(No Transcript)
16
(No Transcript)
17
(No Transcript)
18
(No Transcript)
19
CONCLUSÃO 1) A utilização da ultra-sonografia
contribuiu para a criação de uma classificação e
avaliação segura do quadro clínico e orientação
do diagnóstico e tratamento. É um método de
investigação de grande utilidade, não invasivo
confirma, localiza e avalia a lesão muscular
traumática, permitindo uma decisão segura na
indicação do tratamento e evitando complicações e
seqüelas mioarticulares. A tomografia
computadorizada e a ressonância magnética apesar
de exames muito dispendiosos, têm sido de grande
utilidade no estudo das lesões musculares. A
radiografia será utilizada para diagnóstico
diferencial com lesões ósseas e arrancamentos das
inserções tendinosas. 2) É muito importante a
presença do médico especializado no local da
competição, para definir sobre a possibilidade do
atleta continuar competindo, ou o seu afastamento
imediato, para evitar que a lesão muscular se
agrave, iniciando o tratamento. 3) A evolução e
o aperfeiçoamento dos recursos complementares e
meios de diagnóstico, assim como os resultados
das pesquisas laboratoriais que estudam os
fenômenos fisiopatológicos, para se conhecer as
alterações bioquímicas celulares, permitiram o
aprimoramento do estudo clínico das lesões
musculares, para se chegar ao diagnóstico
conclusivo e traçar seu planejamento terapêutico.
4) Nos acidentes esportivos, o diagnóstico
precoce correto e o prognóstico de tempo para
voltar às atividades são as primeiras informações
que devem chegar ao departamento técnico, para
uma avaliação imediata da performance da equipe e
as interferências no setor econômico. 5) Após a
cura clínica, é muito importante a reabilitação
funcional das articulações e a reestruturação do
aparelho osteomioarticular, para que o atleta
seja submetido novamente a um planejamento de
treinamentos físicos e técnicos.
20
AVALIAÇÃO POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DAS INJÚRIAS
MUSCULARES TRAUMÁTICAS
  • Neste trabalho foram avaliados 43 exames de
    ressonância magnética de perna ou coxa, com
    alterações traumáticas relacionadas à prática de
    esportes. Os estiramentos foram as lesões mais
    encontradas e apresentaram imagem iso ou
    hipointensa em T1 e hiperintensa em T2, sendo
    classificados, de acordo com a porcentagem de
    fibras lesadas, em graus 1, 2 e 3. Em segundo
    foram observadas as contusões, cujas
    características foram sinal hipo ou isointenso em
    T1 e hiperintenso em T2, e, por fim, as fibroses,
    que se caracterizaram por sinal hipointenso em T1
    e em T2. INTRODUÇÃO
  • As injúrias traumáticas de partes moles incluem
    lesões musculares, tendíneas, ligamentares, de
    cartilagem e de nervos, e condições diversas que
    abrangem acometimento das fáscias, bursas e dos
    tecidos superficiais. As causas podem ser diretas
    ou indiretas, estas últimas de natureza aguda,
    devido à súbita sobrecarga excessiva, ou crônica,
    devido ao uso contínuo(1).
  • As lesões musculares estão freqüentemente
    relacionadas com a atividade física e são
    responsáveis por aproximadamente 10 a 30 de
    todas as injúrias em atletas, sendo a forma mais
    branda representada pela contratura muscular, que
    se deve à desidratação e mínima ruptura de
    fibras, sangramento ou deficiência
    circulatória(1,2).
  • Até o advento da ressonância magnética, os
    métodos de imagem, como a artrografia e a
    artrotomografia, se limitavam ao estudo do
    compartimento articular e das estruturas a ele
    relacionadas. A ultra-sonografia representou um
    avanço na avaliação das partes moles e estruturas
    periarticulares.
  • A ressonância magnética permite uma avaliação
    mais completa das lesões musculares, uma vez que
    as imagens multiplanares facilitam o estudo da
    anatomia e a localização e definição da
    intensidade de sinal das lesões nas seqüências em
    T1 e T2, promovendo, desse modo, uma
    caracterização tecidual que permite o perfeito
    diagnóstico e a graduação quanto à gravidade das
    diversas lesões, bem como das possíveis seqüelas.
  • Assim sendo, a ressonância magnética vem se
    destacando no estudo das injúrias musculares,
    sendo excelente método para o diagnóstico e
    graduação dessas lesões.
  •  

21
 A representação da fibrose nos estudos por
ressonância magnética foi de lesão com sinal
hipointenso em todas as seqüências. A contusão se
caracterizou por lesão de limites mal definidos,
com sinal isointenso nas imagens pesadas em T1, e
hiperintenso nas pesadas em T2 e STIR. Os
estiramentos geralmente mostraram sinal de alta
intensidade nas imagens pesadas em T2 nas áreas
de edema ou hemorragia. No grau 1 observou-se que
a morfologia muscular manteve-se preservada
(Figura 1).
22
No grau 2, houve hemorragia subaguda de sinal
alto nas imagens ponderadas em T1, com ruptura de
até 50 das fibras musculares (Figuras 2 e 3).
23
(No Transcript)
24
(No Transcript)
25
(No Transcript)
26
Como complicação observamos a ocorrência de
miosite ossificante (Figura 6
27
pseudocisto intramuscular pós-traumático (Figura
7).
28
As injúrias musculares traumáticas estão muito
relacionadas à prática de esportes e respondem
aproximadamente por 10 a 30 de todas as lesões
do sistema músculo-esquelético em atletas(1),
sendo as lesões mais comumente negligenciadas ou
pouco valorizadas nesta área(3). Os principais
fatores de risco para a ocorrência de lesões
músculo-esqueléticas em atletas durante a prática
esportiva são idade acima de 23 anos, disfunção
dos membros inferiores e massa corporal elevada,
embora o peso e a altura não tenham sido
associados às injúrias(4). A lesões musculares
podem ser causadas de forma direta (impacto,
como, por exemplo, no futebol) ou indireta
(sobrecarga ou uso excessivo, como, por exemplo,
no maratonista)(2), ocorrendo tanto por
compressão das fibras como por estiramento,
respectivamente. Quando ocorrem por estiramento,
as lesões afetam principalmente os músculos mais
superficiais e as junções músculo-tendíneas
quando ocorrem por compressão, resultam do
impacto direto e afetam primariamente a
musculatura mais profunda quando em estado de
relaxamento(1,5). As lesões relacionadas ao
trauma direto, com compressão das fibras
musculares, normalmente resultam em contusão e
hematoma inter ou intramuscular. Os achados
encontrados na ressonância magnética são aumento
do volume muscular, presença de líquido entre as
fibras, aumento de sinal nas imagens em T2 e
presença de hematoma(5,6).
29
As lesões relacionadas à distensão das fibras
musculares em atletas podem ser agudas
(sobrecarga) ou crônicas (uso excessivo da
musculatura). Essas lesões são classificadas em
graus, sendo grau 1 ¾ a lesão de menos de 5 das
fibras, sem perda de força ou restrição ao
movimento grau 2 ¾ a lesão de até 50 das
fibras, com perda parcial da força grau 3 ¾ a
ruptura completa músculo-tendinea, com ou sem
retração muscular, com perda da força e
função(7). Os estiramentos grau 1 evoluem
normalmente sem seqüela, enquanto as lesões
musculares graus 2 e 3 podem evoluir para
fibrose, atrofia, retração muscular,
lipossubstituição e, mais remotamente, miosite
ossificante(8). Como complicação da contusão e do
estiramento grau 2 pode-se observar, em alguns
casos, a formação de um pseudocisto intramuscular
pós-traumático. A classificação da extensão da
lesão deve ser feita por médico experiente, com
prática neste diagnóstico diferencial(3). A
ressonância magnética e a ultra-sonografia podem
fornecer informações adicionais quando a extensão
da injúria não é clara. A exata classificação
ajuda a direcionar e estabelecer o tratamento e o
planejamento de reabilitação dos atletas, uma vez
que os músculos esqueléticos têm alto potencial
para regeneração e cura(9), e um diagnóstico em
tempo hábil, que direcione o tratamento adequado,
reduz as chances de complicações e seqüelas.  
30
Trabalho realizado na Clínica de Diagnóstico por
Imagem (CDPI), Centro Médico do Barrashopping,
Rio de Janeiro, RJ. 1. Médica Radiologista,
Residente da Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro/CDPI. 2. Professor Titular e Chefe do
Departamento de Radiologia da Universidade
Federal Fluminense (UFF), Coordenador Adjunto do
Curso de Pós-graduação em Radiologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
3. Médicos Radiologistas das Clínicas CDPI e
Multi-Imagem. Endereço para correspondência
Prof. Dr. Edson Marchiori. Rua Thomaz Cameron,
438, Valparaíso. Petrópolis, RJ, 25685-120.
E-mail edmarchiori_at_zipmail.com.br Recebido para
publicação em 14/8/2001. Aceito, após revisão, em
22/8/2001.  
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