Title: Sistema de Informa
1Sistema de Informação em Saúde
- Dado
- Caracteriza um fato ou circunstância
- Valor bruto
- Informação
- Conhecimento obtido a partir dos dados
- Implica em interpretação por parte do usuário
- Dado trabalhado
- Atividade meio e não fim
2Sistema de Informação em Saúde
- Informação - Decisão - Ação
- atualizada, completa, fidedigna, oportuna, com
periodicidade definida pelo sistema - depende da qualidade do preenchimento dos
instrumentos (boletins de notificação, fichas de
investigação, etc) - depende da coleta e organização dos dados
- depende de um fluxo de informações bem
estabelecido - acessível a todos os profissionais de saúde,
áreas afins e comunidade
3Sistema de Informação em Saúde
- Sistema
- Conjunto de unidades de produção, análise e
divulgação de dados, atuando articuladamente, com
a finalidade de atender à necessidade de
informação da instituição que implementa esse
sistema (nas atividades de planejamento,
definição de prioridades, alocação de recursos,
avaliação de programas desenvolvidos, etc) .
4Sistema de Informação em Saúde
- Sistema de Informação
- Conjunto de componentes (pessoal, ferramentas e
técnicas) visando a obtenção e processamento de
dados que atendam à necessidade de informação da
instituição. - Sistema de Informação em Saúde
- Conjunto de componentes (estrutura
administrativa, departamento de estatística de
saúde, unidades de informação em saúde) que atuam
de forma integrada e que têm por finalidade
produzir a informação necessária e oportuna para
implementar processos de decisões no sistema de
saúde
5Sistema de Informação em Saúde
- Sistema de Informação em Saúde
- Objetivo
- facilitar a formulação e avaliação das
políticas, planos e programas de saúde,
subsidiando o processo de tomada de decisões, com
vistas a contribuir para a melhoria da situação
de saúde da população
6Sistema de Informação em Saúde
- Dados podem ser
- Dados produzidos e coletados no setor saúde e em
outros setores - Dados coletados regularmente (DNC) e não
regulares (inquéritos e estudos especiais) - Dados coletados, preferencialmente devem ser os
necessários para a construção de indicadores
(parâmetros para avaliação de saúde de agregados
humanos e fornecer subsídios ao planejamento de
saúde, acompanhamento das flutuações e tendências
históricas).
7Sistema de Informação em Saúde/SUS
- Objetivo
- Possibilitar a análise da situação de saúde ,
tomando como referencial micro-regiões
homogêneas e, levando em consideração as
condições de vida da população no processo
saúde-doença. - Pré-requisitos
- Deve ser hierarquizado
- Deve haver integração dos bancos de dados
- Deve ser dinâmico e ágil.
8Sistema de Informação em Saúde/SUS
- Preconiza-se que, em todos os níveis os dados
sejam consolidados e analisados e que haja
retroalimentação dos níveis que o precederam
(aperfeiçoamento, gerência e controle da
qualidade dos dados) - Cinco maiores sistemas SIH, SIA, SIM, SINASC e
SINAN.
9 SINAN
- Sistema de Informação de Agravos de Notificação
- Criado em 1990
- Objetivo coletar e processar dados sobre agravos
de notificação em todo território nacional,
fornecendo informações para a análise do perfil
de morbidade e contribuindo para a tomada de
decisões nos três níveis do sistema. - Pode ser trabalhado pelos três níveis Municipal
(CS, DS), Estadual e Nacional os dados devem ser
consolidados e analisados por estes com
retroalimentação para os outros níveis
10SINAN
- Formulário de entrada dos dados foi elaborado em
duas partes - Boletim de Notificação Semanal de Doenças
(numerado e não numerado) - Ficha Individual de Investigação.
- Impressão e distribuição dos impressos numerados
é responsabilidade do Estado - Impressão e distribuição dos impressos não
numerados é responsabilidade do Município.
11SINAN
- Fluxo das
Informações - AGRAVO UNID. DE SAÚDE
DIST. SANITÁRIO -
NÍVEL CENTRAL/SMSA -
DMS/SES -
NÍVEL CENTRAL/SES -
MS -
12Sistema Nacional de VE
- Pressupostos
- Heterogeneidade do rol de doenças e agravos sob
vigilância no nível municipal, mantendo as
definidas pelos níveis estadual e federal - Distintos graus de desenvolvimento técnico,
administrativo e operacional dos sistemas locais - Incorporação gradativa de novas doenças e
agravos, inclusive doenças não transmissíveis
13SISTEMA NACIONAL DE VE
- ? Pressupostos
- Fluxo de informações baseado no atendimento às
necessidades do sistema local de saúde, sem
prejuízo do fluxo e periodicidade para os outros
níveis do sistema - Diferenciação local nos programas de controle,
respeitadas as bases técnico-científicas de
referência nacional.
14VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- CONCEITO
- ? LEI 8080/1990
- Conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças e
agravos.
15VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ?PROPÓSITOS E FUNÇÕES
- 1) Coleta de dados
- 2) Processamento de dados coletados
- 3) Análise e interpretação dos dados processados
- 4) Recomendação das medidas de controle
apropriadas - 5) Promoção das ações de controle indicadas
- 6) Avaliação da eficácia e efetividade das
medidas adotadas - 7) Divulgação de informações pertinentes.
16VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ?COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES
- 1) Tipos de dados
- ? Dados demográficos e ambientais
- ? Dados de morbidade
- ? Dados de mortalidade
- ? Notificação de surtos e epidemias
17VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- 2) Fontes de dados
- ? Notificação é a comunicação da ocorrência de
determinada doença ou agravo à saúde, feita à
autoridade sanitária, por profissionais de saúde
ou qualquer cidadão, para fins de adoção de
medidas de intervenção pertinentes. - ? notificar casos suspeitos
- ? sigilo
- ? notificação negativa
- ? Laboratórios
18VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ? Sistemas Nacionais de Informação
- ? SIM
? SIH - ? SINASC
? SIA - ? Investigação epidemiológica
- ? Fontes especiais
- ? Estudos epidemiológicos
inquéritos, levantamentos - ? Sistemas sentinela fontes
sentinela, evento sentinela, áreas sentinela.
19VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ?DIAGNÓSTICO DE CASOS
- ? Conceito de caso suspeito
- ? Conceito de caso confirmado
20VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ?INVESTIGAÇÃO
- A) ROTEIRO- INDAGAÇÕES
- De quem foi contraída a infecção ? (fonte de
contágio) - Qual a via de disseminação da infecção, da fonte
ao doente ? - Que outras pessoas podem ter sido infectadas pela
mesma fonte de contágio ? - Quais as pessoas a quem o caso pode haver
transmitido a doença ? - A quem o caso ainda pode transmitir a doença ?
como evitá-lo?
21VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ? ANDAMENTO DA INVESTIGAÇÃO
- ? Início imediato após ocorrência do evento
- ? Ficha de investigação epidemiológica
informações do médico e/ou profissionais de
saúde assistentes, - prontuários, resultados de exames laboratoriais,
paciente, pessoas da comunidade. - ? TOMADA DE DECISÃO
22VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
- ?INVESTIGAÇÃO DE SURTOS E EPIDEMIAS
- Inicia-se, com frequência, sem hipótese clara
- Estudos descritivos para formulação de hipóteses,
posteriormente testadas por estudos analíticos
(caso-controle) - Problemas agudos? investigação coleta de dados e
análise rápida? desencadeamento ágil das ações de
controle - Critérios de confirmação de casos laboratorial e
clínico-epidemiológico
23MALÁRIA
- A malária ou paludismo é uma das mais importantes
doenças parasitárias, também conhecida como
impaludismo, febre palustre e febre intermitente.
No Brasil, a malária é causada por uma das três
espécimes de plasmódios - - Plasmodium malarie
- Plasmodium vivax
- Plasmodium falciparum
- ? RESERVATÓRIO
- O ser humano é o único reservatório
importante da malária.
24MALÁRIA
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ? A doença se transmite pela picada de fêmea
anofelina no ciclo homem- Anopheles - homem. A
maioria das espécies de Anopheles se alimenta ao
anoitecer ou nas primeiras horas da noite. - ? A malária também pode transmitir-se por
injeção ou tansfusão de sangue de pessoas
infectadas ou por seringas hipodérmicas
contaminadas. - ? Pode haver transmissão congênita em casos
excepcionais
25MALÁRIA
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- O ataque agudo de malária caracteriza-se por
um conjunto de paroxismos febris que apresentam
quatro períodos sucessivos frio, calor, suor e
apirexia. Podem ser acompanhados de cefaléia,
náuseas e vômitos. As formas clínicas podem ser
leves, moderadas, graves e de urgência.
26MALÁRIA
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- ? A confirmação do diagnóstico se faz mediante a
demonstração dos parasitos da malária em amostras
de sangue examinadas ao microscópio (método da
gota espessa ou pelo novo método do capilar, o
QBC). - ? Imunodiagnóstico métodos que avaliam a
imunidade humana e a imunidade celular do
hospedeiro. São úteis tanto em zonas endêmicas,
como nas não endêmicas. As provas diagnósticas
mais indicadas na prática, por serem mais
sensíveis e operacionalmente mais factíveis são a
imunofluorescência indireta (IFI) e a
imunoabsorção enzimática (ELISA).
27MALÁRIA
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Suspeito - Todo o indivíduo que, procedendo
de área onde haja transmissão de malária, ou
tendo recebido transfusão sangüínea, apresente um
quadro febril, especialmente se for acompanhado
por sintomas sugestivos de malária. - ?Confirmado - Para ser considerado como caso
de malária é necessário a confirmação
laboratorial, indicando a presença de parasitos
no sangue. É importante e necessária a
identificação da espécie parasitária.
28MALÁRIA
- ? CONDUTA FRENTE A UM CASO
- ? Na área extra-amazônica, todo caso suspeito ou
confirmado de malária deve ser investigado,
visando à instituição do tratamento e à prevenção
de um surto, caso haja presença dos insetos
transmissores na área.
29MALÁRIA
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- ? A estratégia mundial de controle da malária,
tem quatro elementos técnicos fundamentais - ? diagnóstico imediato e tratamento oportuno dos
casos - ? planejamento e aplicação de medidas
anti-vetoriais seletivas - ? detecção pronta de epidemias para contê-las
- ? reavaliação regular da situação da malária no
país, incluídos os fatores ecológicos, sociais e
econômicos que determinam a doença.
30LEISHMANIOSE VISCERAL
- A leishmaniose visceral também conhecida como
Calazar é uma doença crônica sistêmica,
caracterizada por febre de longa duração e outras
manifestações, e, quando não tratada, evolui para
óbito, em 1 ou 2 anos do aparecimento da
sintomatologia. - ? AGENTE ETIOLÓGICO
- No Brasil é causada por um protozoário da
família Tripanosomatidae, gênero Leishmania,
espécie Leishmania chagasi.
31LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? RESERVATÓRIO
- No Brasil, os mais importantes são o cão e a
raposa. Os cães infectados podem ou não
desenvolver quadro clínico da doença. Os canídeos
apresentam intenso parasitismo cutâneo, o que
permite fácil infecção do mosquito e, por este
fato, são os mais importantes elos na manutenção
da cadeia epidemiológica. -
32LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- A Leishmaniose Visceral é uma antropozoonose,
transmitida pelo inseto hematófago flebótomo
Lutzomia longipalpis, mosquito de pequeno
tamanho, cor de palha que se alimenta de sangue
do cão, do homem, de outros mamíferos e aves. As
fêmeas necessitam do sangue para desenvolvimento
dos ovos.
33LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- Muitos dos infectados apresentam forma
inaparente ou oligossintomática da doença. O
número de casos graves ou com sintomatologia
manifesta é relativamente pequeno em relação ao
de infectados. - A forma clássica caracteriza-se por febre,
astenia, anorexia, perda de peso,
hepatoesplenomegalia, queda de cabelos, fenômenos
hemorrágicos.
34LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- ? Diagnóstico sorológico as provas mais
sensíveis são a de imunofluorescência e a de
ELISA. - ? Diagnóstico parasitológico exames realizados
de material retirado preferencialmente do baço e
da medula óssea. - Exames Complementares Hemograma (pancitopenia),
Dosagem de proteínas (inversão relação
albumina/globulina), Reação de formol-gel
(positiva)
35LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Caso suspeito - É considerado caso
suspeito todo indivíduo proveniente de área
endêmica ou áreas onde esteja ocorrendo surto,
com febre há mais de duas semanas, com ou sem
outras manifestações clínicas da doença. - ? Caso confirmado - Todo paciente com exame
sorológico ou parasitológico positivo, com ou sem
manifestações clínicas.
36LEISHMANIOSE VISCERAL
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- ? Eliminação dos cães infectados
- ? Redução da população de flebótomos
- ? Diagnóstico e tratamento precoce dos casos
objetivando - diminuir a letalidade da doença
- ? Ações educativas.
37LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? A LTA é uma doença infecciosa causada por
protozoários do gênero Leishmania, que acomete
pele e mucosas. - ? É uma zoonose em franca expansão geográfica no
Brasil, sendo uma das infecções dermatológicas
mais importantes, não só pela freqüência, mas
principalmente pelas deformidades que podem
causar ao homem, na sua forma cutâneo- mucosa. - ? Doença relacionada não somente à penetração do
homem em focos silvestres, frequentemente em
áreas de expansão de fronteiras agrícolas. É
importante problema de saúde pública pela sua
magnitude e pouca vulnerabilidade às medidas de
controle.
38LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? AGENTE ETIOLÓGICO
- ? Há diferentes subgêneros e espécies de
leishmanias - Leishmania (leishmania) amazonensis ou Leishmania
amazonensis. - Leishmania (Viannia) guyanensis
- Leishmania (Viannia) brasiliensis
39LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? RESERVATÓRIO
- Leishmania (Leishmania) amazonensis marsupiais
e, principalmente, o rato-sóia. - Leishmania (Viannia) guyanensis preguiça,
tamanduá, marsupiais e roedores. - Leishmania (Viannia) brasilienses cão, equinos e
mulas, roedores domésticos ou sinantrópicos.
40LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ? O modo de transmissão habitual é através da
picada de várias espécies de flebotomíneos,
pertencentes a diferentes gêneros (
Psychodopygus, Lutzomyia), dependendo da
localização geográfica. - ? Assim como os reservatórios, os vetores
também mudam de acordo com a espécie de
Leishmania.
41LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- Lesões cutâneas lesões de pele podem ser
localizadas (única ou múltiplas), disseminadas
por várias áreas do corpo ou difusas (rara). São
úlceras com bordas elevadas, em moldura,
normalmente indolores. - Lesões mucosas na maioria, secundárias às lesões
cutâneas. Mais frequentemente, são acometidas as
cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e
cavidade oral. - Lesões mucocutâneaslesões associadas na pele e
mucosa. - Comprometimento ganglionar.
42LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- Baseia-se na detecção do parasito e em provas
imunológicas. - 1) Exame parasitológico escarificação, punção
aspirativa, biópsia. - 2) O diagnóstico imunológico pode ser feito
através da - ? Reação de Montenegro - Traduz a resposta
alérgica de hipersensibilidade celular retardada.
É um teste de grande valor preditivo devido à sua
sensibilidade, sendo positivo em mais de 90 dos
casos de LTA. - ?Imunofluorescência indireta (IFI) e/ou testes
imunoenzimáticos (ELISA) - Expressam os níveis
de anticorpos circulantes. É usada em centros de
referência.
43LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Suspeito indivíduo que apresente lesão(ões)
cutânea e/ou mucosa conforme descrito em
Aspectos clínicos. - ? Confirmado deverá preencher no mínimo um
dos critérios - Residência, procedência ou deslocamento em área
endêmica encontro do parasita nos exames
parasitológicos diretos. - Residência, procedência ou deslocamento em área
endêmica Reação de Montenegro positiva. - Residência, procedência ou deslocamento em área
endêmica (sem acesso a métodos diagnósticos).
44LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- Medidas de Atuação na Cadeia de Transmissão
- Em virtude das características epidemiológicas
peculiares da LTA, as estratégias de controle
devem ser flexíveis e distintas, adequadas a cada
região ou foco particular.
45LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- ?Medidas de controle
- Para a seleção de estratégias adequadas a cada
região geográfica deverá ser considerada a
análise epidemiológica dos dados referentes a - 1) notificação dos casos humanos
- 2) estudos entomológicos
- 3) estudos parasitológicos
- 4) estudos ecológicos.
46LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
- As ações resultantes dessa análise
epidemiológica têm como objetivo - 1) diagnóstico precoce e tratamento adequado
dos casos humanos - 2) redução do contato homem-vetor através de
aplicação do inseticida, medidas de proteção
individual e controle de reservatórios.
47 FEBRE AMARELA
-
- A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa
aguda, febril, de etiologia viral, encontrada em
países da África e Américas Central e do Sul. A
forma grave caracteriza-se clinicamente por
manifestações de insuficiência hepática e renal,
que pode levar à morte, em cerca de uma semana. É
transmitida por vetor. -
48FEBRE AMARELA
- ? RESERVATÓRIO
- Febre Amarela Urbana (FAU) Ser humano
- Febre Amarela Silvestre (FAS) Primatas não
humanos (macaco prego, guariba, macaco aranha e
sagui). Marsupiais e alguns roedores também
suscetíveis. - ? MODO DE TRANSMISSÃO
- Geralmente precedida por epizootias.
- Na FAU, pela picada do mosquito Aedes aegypti
infectado. Na Febre Amarela Silvestre, pela
picada de espécies de mosquitos silvestres do
gênero Haemagogus.
49FEBRE AMARELA
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- Quadros inaparentes e oligossintomáticos (média
de 90 de todos os casos de infecção) até formas
fulminantes. - No quadro típico
- ? Período de infecção febre, calafrios,
cefaléia, lombalgia, mialgias, prostração,
náuseas, vômitos. - ? Período de remissão declínio da temperatura
e diminuição dos sintomas sensação de melhora. - ? Período de intoxicação insuficiência
hepato-renal (forma ictero-hemorrágico-renal). - óbito em geral após 6º ou 7º dia do início dos
sintomas.
50FEBRE AMARELA
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- isolamento do vírus em amostras de sangue,
fígado ou tecido pós-mortem. - demonstração do antígeno viral e/ou ac.
nucleico viral no tecido hepático ou pós mortem - testes sorológicos, complementares ao
isolamento de vírus, podendo ser utilizados como
alternativos ao diagnóstico - Inibição da
Hemaglutinação (IH), Fixação de Complemento (FC),
Neutralização (TN) e Mac Elisa - demonstração de lesões histopatológicas em tecido
hepático pós mortem.
51FEBRE AMARELA
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Caso suspeito
- Todo paciente residente e/ou procedente de
área endêmica para Febre Amarela, ou de transição
de Febre Amarela Silvestre, nos últimos 10 dias
antes do início dos sintomas, com quadro febril
agudo, há menos de 7 dias, calafrios, cefaléia,
lombalgia, mialgias, prostração, náuseas, vômitos
e que, comprovadamente não tenha sido vacinado
contra Febre Amarela Todo paciente com quadro
febril agudo, há menos de 7 dias com icterícia e
hemorragia, de qualquer procedência, sem
confirmação laboratorial de outro diagnóstico e
que, comprovadamente não tenha sido vacinado
contra Febre Amarela. - ,
52FEBRE AMARELA
- ? Caso confirmado
- Todo caso suspeito que tenha ao menos uma das
situações - ? Isolamento do vírus a partir de amostras de
sangue ou tecido hepático - ? conversão sorológica (aumento de pelo menos
4 vezes no título de anticorpos entre o soro
coletado na fase aguda e na fase de
convalescença) - ? achado de IgM específica em amostra de
sangue (Mac Elisa) - ? detecção do genoma viral
- ? laudo histopatológico compatível, de
paciente oriundo de área endêmica e/ou transição
53FEBRE AMARELA
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- ? Vacinação a vacina é de vírus atenuado.
Pode-se aplicar a partir dos seis meses de
idade revacinação a cada dez anos. - . ? Rotina do País meta de 100 pop. áreas
endêmicas áreas epizoóticas a cada 4 anos. - . ? Reações pós-vacinais dor local, mal
estar,cefaléia, febre - ? Contra-indicações crianças menores de seis
meses, gestantes, portadores de processos
infecciosos agudos, imunodeprimidos, debilitados,
história de hipersensibilidade a ovo de galinha e
seus derivados.
54FEBRE AMARELA
- ? Medidas de Controle do Vetor
- medidas de controle mecânico São aquelas
direcionadas aos recipientes com a eliminação
daqueles que podem ser dispensados, evitando-se
com isto a manutenção de criadouros favoráveis à
proliferação do Aedes - medidas de controle químico
- 1) tratamento focal
- 2) tratamento perifocal
55FEBRE AMARELA
- ? Medidas de Controle do Paciente
- Isolamento nenhum. Em áreas infestadas com
Aedes, deve ser evitado o acesso de mosquitos ao
paciente durante os primeiros dias de infecção.
56FEBRE AMARELA
- ? Medidas em Caso de Epidemias
- 1) FAU Vacinação em massa, aplicação de
larvicidas e nebulização espacial, quando
indicado. - 2) FAS Vacinação imediata das pessoas residentes
ou que se desloquem para a área acometida. - 3) Contatar o Instituto Evandro Chagas que pode
desenvolver pesquisas científicas de natureza
eco-epidemiológica, na vigência de epidemias.
57LEPTOSPIROSE
- A leptospirose é uma doença infecciosa aguda,
de caráter sistêmico, que acomete o homem e os
animais. Sua ocorrência é favorecida pelas
condições ambientais vigentes nas regiões de
clima tropical e subtropical, onde a elevada
temperatura e os períodos do ano com altos
índices pluviométricos favorecem o aparecimento
de surtos epidêmicos de caráter sazonal. - ? AGENTE ETIOLÓGICO
- A leptospirose é causada por microorganismos do
gênero Leptospira, um dos componentes da família
dos Espiroquetídeos.
58LEPTOSPIROSE
- ? RESERVATÓRIO
- Os roedores são os principais reservatórios,
albergando a leptospira nos rins, eliminando-as
vivas no meio ambiente e contaminando água, solo
e alimentos. Dentre os roedores domésticos, a
grande importância é para o Rattus norvegicus
(rato de esgoto). - ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ? A leptospira é transmitida de animal para
animal e do animal ao homem há transmissão homem
a homem, porém é rara e sem importância.
59LEPTOSPIROSE
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ? A transmissão ao homem ocorre diretamente por
contato com urina, sangue, tecidos ou órgãos de
animais infectados ou indiretamente, através do
contato com água e/ou solo úmido ou vegetação
contaminados com urina de animais infectados. - ? Em áreas urbanas, o contato com águas e lamas
contaminadas demonstram a importância do elo
hídrico na transmissão da doença ao homem, pois a
leptospira depende da água para sobreviver e
alcançar o hospedeiro.
60LEPTOSPIROSE
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ? A penetração do microorganismo se dá pela pele
lesada ou mucosas da boca, narinas e olhos,
podendo ocorrer também através da pele íntegra,
quando imersa em água por longo tempo. - ? A transmissão acidental em laboratórios e a
ingestão de alimentos contaminados são também
descritos
61LEPTOSPIROSE
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- A infecção humana varia muito em gravidade, desde
formas subclínicas até formas mais graves ou
fatais. - A doença, na maioria dos casos, se inicia
abruptamente, com febre, mal-estar geral e
cefaléia. - Existem duas formas clínicas anictérica e
ictérica. -
62LEPTOSPIROSE
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- Os métodos sorológicos são os consagradamente
eleitos para o diagnóstico da leptospirose. - A técnica de microaglutinação é a de escolha e
se positiva geralmente a partir da segunda semana
da doença. Recomenda-se a realização de pelo
menos dois exames, um no início e outro a partir
da quarta semana de doença. - Na impossibilidade de adoção desta técnica,
opta-se pela macroaglutinação, para qual
recomenda-se coleta de amostra pelo menos 7 dias
após o início dos sintomas.
63LEPTOSPIROSE
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Caso suspeito
- É toda pessoa que apresente sinais e sintomas
sugestivos da doença, como febre, mialgias
(principalmente na panturrilha), vômitos,
calafrios, alterações do volume urinário,
conjuntivite, icterícia, fenômeno hemorrágico
e/ou Síndrome de Weil (alterações hepáticas,
renais e vasculares). Toda pessoa que apresente
sinais e sintomas de processo infeccioso
inespecífico, com antecedentes epidemiológicos e
sugestivos.
64LEPTOSPIROSE
- Consideram-se como antecedentes epidemiológicos
- 1) exposição a enchentes ou outras coleções
hídricas potencialmente contaminadas, como
córregos, fossas, lagos e rios - 2) exposição a esgoto, fossa ou manilhas de
esgoto contaminados com urina de roedores - 3) atividades que envolvam risco ocupacional
como coleta de lixo, limpeza de córregos,
trabalho em água ou esgoto, tratadores de
animais, entre outras - 4) presença de animais infectados nos locais
frequentados pelo paciente.
65LEPTOSPIROSE
- ? Caso confirmado
- 1) Critério laboratorial sempre que possível
todo caso suspeito será confirmado pelo
laboratório. - 2) Critério Clínico-Epidemiológico todo caso
suspeito com clara evidência epidemiológica. - Nos casos suspeitos que evoluírem para o óbito
sem confirmação laboratorial, amostras de tecido
poderão ser encaminhadas para exame
imuno-histoquímico.
66LEPTOSPIROSE
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- Controle da população de roedores por meio de
medidas de anti-ratização e desratização. - Redução do risco de exposição de ferimentos na
água e lama de enchentes ou situação de risco. - Medidas de proteção individual para trabalhadores
ou indivíduos expostos ao risco, através do uso
de roupas - especiais, luvas e botas, ou sacos plásticos
amarrados nas mãos e nos pés. - Limpeza e desinfecção com hipoclorito de sódio de
áreas físicas domiciliares ou não que estejam
contaminadas.
67LEPTOSPIROSE
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- Vigilância sanitária dos alimentos, descartando
os que entraram em contato com águas
contaminadas. - Utilização de água filtrada, fervida ou clorada
para ingestão. - Armazenagem correta dos alimentos em locais à
prova de roedores. - Armazenagem e destino adequado do lixo.
- Ações permanentes de educação em saúde alertando
- sobre as formas de transmissão, medidas de
prevenção, - manifestações clínicas, tratamento e controle
da doença.
68FEBRE MACULOSA
- A febre maculosa é uma doença infecciosa aguda,
febril e exantemática. Entre as riquetsioses, a
febre maculosa é a de maior incidência em nosso
meio, adquirindo também importância em razão de
sua maior letalidade. - ? AGENTE ETIOLÓGICO
- O agente etiológico da febre maculosa é a
bactéria Rickettsia rickettsii , da família
Rickettsiae.
69FEBRE MACULOSA
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- Os carrapatos atuam como reservatórios e como
vetor da febre maculosa. Uma vez infectados,
inoculam a Rickettsia rickettsii junto com a
secreção salivar nos indivíduos dos quais se
alimentam. A transmissão transovariana entre os
carrapatos os mantêm infectados por gerações
sucessivas. - No Brasil, até o momento, a espécie vetora
conhecida como responsável pela transmissão da
febre maculosa e o Amblyoma cajennense, carrapato
do cavalo,conhecido popularmente como carrapato
estrela.
70FEBRE MACULOSA
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- ?Testes sorológicos Weil-Félix (WF) e Reação de
Imunofluorescência Indireta (RIFI). O teste de
Weil-Félix tem baixa especificidade podendo
apresentar reações falso positivas como na
gravidez, nas infecções por Proteus, na febre
recorrente e febre tifóide. - ? A Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI)
é o teste que permite o diagnóstico seguro. - (Para a realização da sorologia colhe-se uma
amostra do soro no início da doença e outra na 2ª
semana).
71FEBRE MACULOSA
- ? DEFINIÇÃO DE CASO
- ? Caso suspeito
- Todo paciente que apresentar quadro clínico de
febre de início súbito, mialgia e prostração
intensas seguidos de aparecimento de exantema
máculo-papular que não preserva a face, palma das
mãos e plantas dos pés, por volta do 3º ou 4º dia
de evolução. Reforça o diagnóstico clínico o dado
epidemiológico de o indivíduo ter vindo de região
conhecida como problema ou ter tido contato
recente com carrapato.
72FEBRE MACULOSA
- ? Caso provável
- Como caso provável de febre maculosa, elegemos
aquele que apresente evidências clínicas da
doença e sorologia positiva a reação de
Weil-Félix com título ? 1/160 em uma das
amostras. - ? Caso confirmado
- Aquele que apresente um único título de
anticorpos para Reação de Imunuofluorescência
Indireta ? 1/64.
73FEBRE MACULOSA
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- Remoção dos carrapatos o mais precoce possível
após infestação, já que a doença parece ocorrer
com maior frequência em indivíduos que permanecem
com o vetor no corpo por mais de 36 horas. - Proibição da criação de animais de grande porte
no meio urbano. - Proibição da presença de animais soltos em vias
públicas.
74FEBRE MACULOSA
- ? MEDIDAS DE CONTROLE
- Coletar o lixo regularmente
- Manter lotes vagos limpos e murados.
- Realizar capina mecânica das ruas e barrancos.
- Escovar os animais de estimação diariamente e
mantê-los presos.
75DENGUE
- Doença febril aguda, de etiologia viral, de
evolução benigna na forma clássica, podendo ser
grave na forma hemorrágica. - ?AGENTE ETIOLÓGICO
- Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente
à família - Flaviviridae. São conhecidos quatro
sorotipos DEN-1, - DEN- 2, DEN-3 e DEN-4.
76DENGUE
- ? MODO DE TRANSMISSÃO
- ?A transmissão se faz pela picada da fêmea do
mosquito - Aedes aegypti, no ciclo homem-Aedes-homem.
- ? Não há transmissão por contato direto de um
doente ou - de suas secreções para uma pessoa sadia,
nem através - de água ou alimentos.
77DENGUE
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- ? Dengue Clássico febre de início abrupto,
cefaléia, prostração, mialgia, artralgia,
anorexia, dor retro-orbitária, náuseas, vômitos,
dor abdominal (mais frequente em crianças),
exantema máculo-papular. - ? Os adultos podem apresentar manifestações
hemorrágicas, como epistaxe, petéquias,
gengivorragia, metrorragia e outros, no final do
período febril. Em casos raros, hematêmese,
melena ou hematúria. As crianças apresentam
manifestações clínicas mais inespecíficas. - ? A presença de manifestações hemorrágicas não
é exclusiva da Febre Hemorrágica do Dengue.
78DENGUE
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- ? Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
- 1) Sintomas iniciais indistintos do Dengue
Clássico, porém evoluem rapidamente para
manifestações hemorrágicas de gravidade variável. - 2) Casos típicos são caracterizados por
febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia
e, frequentemente insuficiência circulatória.
79 DENGUE
- ? ASPECTOS CLÍNICOS
- ? Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
- 3) A maioria dos casos apresenta manifestações
hemorrágicas leves, que vão desde uma prova do
laço positiva, petéquias, epistaxe e sangramento
gengival, até hemorragia espontânea pelos locais
de punção venosa, sufusões hemorrágicas,
hemorragias em vários órgãos (gastrointestinal,
intracraniana, hematúria, etc). - 4) Em casos graves, entre o 3º e o 7º dia,
após o desaparecimento da febre, o estado do
paciente se agrava e surgem sinais de
insuficiência circulatória (choque).
80DENGUE
- Infecção pelo vírus do
Dengue - Assintomático
Sintomático - Febre não diferen_ Síndrome de
Febre Hemorrágica do - ciada (Sindrome Viral) Febre do Dengue
dengue (FHD) -
- S/ hemorragia C/hemorragia
S/choque SCD -
- DENGUE CLÁSSICO
FHD
81DENGUE
- ? DEFINIÇÃO DO CASO
- ? Caso suspeito de dengue clássico
- ? Paciente com doença febril aguda com duração
máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois
dos seguintes sintomas cefaléia, dor
retroorbital, mialgia, artralgia, prostração,
exantema. - ? Além desses sintomas, deve ter estado, nos
últimos quinze dias, em área onde esteja
ocorrendo transmissão de Dengue ou tenha a
presença de Aedes aegypti.
82DENGUE
- ? Caso suspeito de FHD
- ? Todo caso suspeito de Dengue Clássico que
apresentar também manifestações hemorrágicas,
variando desde a prova do laço positiva até
fenômenos mais graves como hematêmese, melena e
outros. - ? A ocorrência de pacientes com manifestações
hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de
choque cardiovascular (pulso arterial fino e
rápido ou ausente, diminuição ou ausência de PA,
pele fria e úmida, agitação) levam à suspeita de
Síndrome do Choque.
83DENGUE
- ? Caso confirmado de dengue clássico
- ? Caso confirmado laboratorialmente. No
curso de uma - epidemia, após a confirmação laboratorial
dos primeiros - casos em uma área, poderá ser feita por
critério clínico- - epidemiológico.
84DENGUE
- ? Caso confirmado de FHD
- 1) Caso em que todos os critérios abaixo
estão presentes - ? Febre ou história de febre recente de 7
dias ou menos - ? Trombocitopenia (? 100.000/mm3 ou
menos) - ? Tendências hemorrágicas evidenciadas
por um ou mais dos seguintes sinais - - prova do laço positiva,
petéquias, equimoses ou púrpuras e, - - sangramentos de mucosas, do trato
gastrointestinal e - outros
-
85DENGUE
- ? Caso confirmado de FHD
- ? Extravasamento de plasma por aumento de
permeabilidade capilar, manifestado por - hematócrito apresentando um aumento de 20
sobre o basal na admissão ou queda do hematócrito
em 20, após o tratamento, ou presença de derrame
pleural, ascite e hipoproteinemia - (ou hematócrito acima de 38 em crianças,
acima de 40 em mulheres, acima de 45 em homens
)
86DENGUE
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- ? Exames específicos Isolamento e Sorologia
- Comprovação laboratorial das infecções pelo
vírus do Dengue pelo isolamento do agente,
detecção de antígenos virais e/ou ácido nucléico
viral ou pelo emprego de métodos sorológicos. - 1) Isolamento do vírus método mais
específico. A coleta da amostra deve ser o
mais precoce possível, no máximo até o 5º dia do
início dos sintomas. - ? No soro ou em amostras de necrópsia.
- ?Detecção de Ag virais e/ou ácido nucléico viral
não são usados de rotina. A principal técnica é o
PCR.
87DENGUE
- ? DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- 2) Sorologia várias técnicas
- Inibição da hemaglutinação (HI) , Fixação do
Complemento (FC) - ? Neutralização (N) amostras de
soros pareadas - ? Detecção de AC IgM específicos
(MacElisa e UMELISA) - amostra
única, simples e rápido - ? A coleta da amostra deve ser realizada
após o 5º dia do início de sintomas.
Resultado associado com quadro clínico e
epidemiológico.
88DENGUE
- ?Coleta, conservação e transporte das amostras de
soro para diagnóstico laboratorial - 1) Coletar 5 -8 ml de sangue em tubo estéril,
sem anticoagulante. Separar o soro, identificar o
frasco com nome completo do paciente, data da
coleta, nº da coleta (1ª ou 2ª) e se é para
isolamento ou sorologia
89DENGUE
- ?Coleta, conservação e transporte das amostras
de soro para diagnóstico laboratorial - 2)Conservar o soro em freezer a 20ºc ou em
geladeira a 4ºc e enviá-lo o mais rápido possível
ao laboratório acompanhado da ficha individual de
investigação epidemiológica de dengue devidamente
preenchida - 3) A amostra devidamente identificada deverá ser
encaminhada ao Laboratório de Referência
acondicionada em isopor com gelo ou gelo
reciclável (o gelo deve ser colocado em saco
plástico para não entrar em contato com o frasco
que contém a amostra).
90DENGUE
- ? Medidas de controle
- 1) Notificação de casos suspeitos,
investigação do local - provável da infecção e busca ativa de
outros casos. - 2) Monitoramento do vetor
- Manejo ambiental mudanças no meio ambiente que
impeçam ou minimizem a propagação do vetor,
evitando ou destruindo os criadouros potenciais
do Aedes
91DENGUE
- ? Medidas de controle
- Pesquisa larvária (LI) percentual de imóveis com
focos positivos para o Aedes. - Combate aos focos
- tratamento focal elimina larvas dentro dos
criadouros - tratamento perifocal elimina formas adultas nas
paredes dos criadouros em pontos estratégicos
(especialmente sujeitos à introdução do vetor) - UBV pulverização espacial elimina alados
complementar aos acima
92DENGUE
- ? Medidas de controle
- 3) Melhoria do saneamento básico
- 4) Educação em saúde tanto para abordagem da
doença quanto do vetor e medidas de prevenção e
controle - 5) Participação comunitária eliminação de
potenciais criadouros (saneamento domiciliar)
necessidade de parceria governo/sociedade - 6) Trabalho integrado entre FNS, SES, SMSA e com
os diversos órgãos institucionais e a sociedade
93DENGUE
- ?Ações que devem ser realizadas diante de um caso
suspeito de dengue - 1) Notificar o caso o mais rápido possível à
Epidemiologia e ao Serviço de Controle de
Zoonoses do Distrito, observando bem o critério
de caso suspeito - 2) Preencher ficha individual de investigação
epidemiológica de dengue em duas vias (uma para o
DS e outra para o Laboratório)
94DENGUE
- ?Ações que devem ser realizadas diante de um caso
suspeito de dengue - 3) Se o paciente estiver antes do 5º dia do
início dos sintomas, deverá ser solicitada a 1ª
amostra de soro para realização do isolamento
viral, se for uma suspeita de FHD - 4) Agendar a coleta da 2ª amostra do soro após o
5º dia do início dos sintomas para a realização
de teste para detecção de AC específico (IgM) - 5) Se o paciente estiver no 6º dia ou mais após o
início dos primeiros sintomas, solicitar amostra
única para realização de teste para detecção de
AC específico -
95DENGUE
- ?Ações que devem ser realizadas diante de um caso
suspeito de dengue - 6) Se o paciente tiver exantema, ressaltar no
alto da ficha para Laboratório de Referência da
FUNED e solicitar diagnóstico diferencial com
Sarampo e Rubéola - 7) Investigar como paciente se existem mais casos
na residência, local de trabalho, creche, etc
96DENGUE
- ?Ações que devem ser realizadas diante de um caso
suspeito de dengue - 8) Em se tratando de adultos é imprescindível
que se anote em campo específico da ficha de
investigação, o endereço completo do local de
trabalho e no caso de crianças pequenas ou
estudantes, o endereço da creche ou escola
informá-los ao Serviço de Controle de Zoonoses e
Epidemiologia do DS (objetiva conhecer o local
provável da infecção) - 9) Discutir a intensificação das
medidas de controle com
- Epidemiologia e Serviço de Controle
de Zoonose do - DS.
97RAIVA
- ? Aspectos Epidemiológicos
- ? É uma antropozoonoze transmitida ao homem pela
inoculação do vírus rábico através da mordedura
pelo animal infectado. É um vírus com tropismo
pelo Sistema Nervoso Central. - ? Atualmente não se registram casos em Belo
Horizonte. - ? O coeficiente de morbi-mortalidade vem
diminuindo gradativamente nos últimos 5 anos. A
letalidade é de 100.
98RAIVA
- ? Agente Etiológico
- O vírus rábico pertence ao gênero Lyssavirus,
da família Rhabdoviridae. - ? Reservatório
- No ciclo urbano os principais
reservatórios são o cão - e o gato, e o morcego é o principal
reservatório mantenedor da cadeia silvestre.
99RAIVA
- ? Modo de Transmissão
- Se dá pela inoculação do vírus da
raiva contido na saliva do animal infectado,
principalmente pela mordedura e mais raramente,
pela arranhadura e lambedura de mucosas. - ? Período de incubação
- É variável, desde dias até 1 ano,
sendo em média de 45 dias no homem.
100RAIVA
- ? Período de transmissibilidade
- Nos cães e gatos de 2 a 5 dias antes
do início dos sintomas até a morte, que ocorre de
5 a 7 dias após o início dos sintomas. - ? Suscetibilidade e Imunidade
- Todos os animais de sangue quente são
suscetíveis. Não há relato de imunidade
natural no homem. A imunidade é conferida por
vacinação pré e pós exposição.
101RAIVA
- ? Diagnóstico Laboratorial
- ? Em vida
- Imunofluorescência direta exame muito limitado
e sua negatividade não exclui o diagnóstico. - IGM no soro ou secreção salivar e lacrimal.
- ? A necrópsia é de extrema importância para
confirmação do diagnóstico.
102RAIVA
- ? Vigilância Epidemiológica
- A vigilância epidemiológica da raiva
só pode ser eficaz se considerarmos a profilaxia
da raiva humana e as atividades de controle da
Raiva Animal em conjunto e em estreita
relação. - Notificação todo caso suspeito de raiva humana
- deve ser imediatamente notificado por telefone
aos Distritos Sanitários.
103RAIVA
- ? Definição de caso
- ? Caso suspeito todo doente que apresenta
quadro clínico sugestivo de encefalite rábica,
com antecedentes ou não de exposição à infecção
pelo vírus rábico. - ? Caso Confirmado caso comprovado
laboratorialmente e todo indivíduo com quadro
clínico compatível com encefalite rábica
associado a antecedentes de agressão ou contato
com animal suspeito com evolução para óbito.
104RAIVA
- ? Investigação Epidemiológica
- A partir do caso notificado
- 1) Verificação do risco de exposição ao vírus
rábico e encaminhamento imediato para cuidados
(com ferimentos e/ou observação do animal
agressor) e/ou vacinação/soroterapia de acordo
com o risco e conforme o Esquema para Tratamento
Profilático Anti-Rábico Humano. Estas ações são
realizadas pelo Serviços de Zoonozes,
Epidemiologia e Atividades Assistenciais.
105RAIVA
-
- ? Investigação Epidemiológica
- 2) Notificar o caso positivo ao serviço
de controle de zoonozes para controle de focos e
outras ações pertinentes Ação realizada pelo
Serviço de Zoonozes.
106FEBRE AMARELA
- ?AGENTE ETIOLÓGICO
- o agente causal da Febre Amarela é o vírus
amarílico, arbovírus pertencente ao gênero
Flavivirus, família Flaviviridae. - ? VETORES
- Aedes albopictus sem comprovação da transmissão
da doença - Aedes aegypti principal transmissor da FAU
- Haemagogus e Sabethes mais importantes na
América Latina FAS - Haemagogus janthinomys
Brasil
107FEBRE AMARELA
- ? DISTRIBUIÇÃO
- Duas formas Febre Amarela Urbana (FAU) e
Febre Amarela Silvestre (FAS). - A FAU desapareceu do Brasil em 1942 e das
Américas em 1954. A FAS é própria da região de
matas, ocorre em temporadas de chuvas, mais nos
homens, de 15-40 anos, com exposição ocupacional
principalmente. - ? LETALIDADE
- É grande a proporção de casos assintomáticos,
leves e moderados que não são diagnosticados
(subnotificação). É alta a taxa de letalidade na
forma grave.
108FEBRE AMARELA
- ? RISCO DA REURBANIZAÇÃO DA FEBRE AMARELA
- ? Alta Infestação do vetor
- ? Proximidade de focos enzoótico ou áreas
epizoóticas - ? Baixa cobertura vacinal nas áreas
endêmicas e nas - epizoóticas ( muitas pessoas
suscetíveis) - ? Facilidade dos meios de transporte
(deslocamento de - pessoas suscetíveis oriundas de áreas
indenes para - trabalhar em áreas endêmicas ou nas
epizoóticas ou de - pessoas infectadas para áreas indenes
com o vetor) - ? Presença de circulação silvestre (em
formas de surtos ou - não)
109FEBRE AMARELA
- ? ÁREAS EPIDEMIOLÓGICAS DE FEBRE AMARELA
- 1) Áreas enzoóticas ou endêmicas vírus circula
entre hospedeiros naturais (macaco, marsupiais),
há a presença de vetores silvestres, e o homem
infecta-se ocasionalmente Estados do
Centro-Oeste, Norte e parte pré-amazônica MA - 2) Áreas epizoóticas início século havia grande
circulação do vírus entre hospedeiros naturais
nicho ecológico alterado e últimos 30 anos a
circulação viral foi evidenciada de forma isolada
em MG área de transição faixa na região
noroeste de MG, SP, PA, RS e oeste SC vírus
circula por períodos, causando epizootias e
alguns casos humanos - 3) Área indene não há circulação do vírus
amarílico Nordeste, Sudeste e Sul, exceto a
faixa acima.
110FEBRE AMARELA
- ? INCUBAÇÃO
- 3 - 6 dias após a picada do mosquito
infectado. - ? PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
- Sangue do doente é infectante para o mosquito
24-48 h - antes do início dos sintomas até 3-4 dias
após o início da doença. - O mosquito, após sugar o sangue poderá
infectar pessoas 9-12 dias depois e permanecerá
infectado por toda a sua vida, em média de 6-8
semanas. - ? IMUNIDADE pela doença é permanente, a vacina
ial por 10 ou mais anos e lactentes filhos de
mães imunes podem apresentar imunidade passiva
até o 6º mês de vida.
111FEBRE AMARELA
- ? AÇÕES A SEREM DESENCADEADAS
- ? Notificação rápida doença sujeita à
regulamentação internacional (propósito da VE
é manter erradicada a FAU e sob controle a FAS)
subnotificação é comum - ? Investigação epidemiológica
- ? magnitude do problema
- ? mortandade de animais
- ? área de circulação do vírus
- ? situação dos vetores
- ? busca de outros casos
- ? antecedente vacinal, cobertura vacinal
112FEBRE AMARELA
- ? AÇÕES A SEREM DESENCADEADAS
- ? Solicitação de exames laboratoriais
- ? Vacinação de bloqueio seletiva em residências
(bairros) e local de trabalho nos casos suspeitos
de FAU e em localidades com ocorrência de casos
humanos ou epizootias - ? Medidas de controle do vetor
- ? Educação em saúde.
113RUBÉOLA E SRC
- ? ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
- ?Doença exantemática aguda, de etiologia viral e
alta contagiosidade cuja importância
epidemiológica liga-se à possibilidade de
ocorrência de Síndrome de Rubéola Congênita. - ?O desafio atual é alcançar altas coberturas
vacinais, além da introdução concomitante da
vacinação anti-rubéola em mulheres no período
pós-puberal. - ?O objetivo é reduzir a incidência dos casos
pós-natais, visando o controle da SRC.
114RUBÉOLA E SRC
- ? AGENTE ETIOLÓGICO vírus da rubéola (
togavírus). - ? MODO DE TRANSMISSÃO principalmente por
contacto direto pessoa a pessoa, com secreções
naso-faríngeas na rubéola pós-natal. O infectado
pode transmitir o vírus de 5 dias antes a 7 dias
após surgir exantema. - ? SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE todas as pessoas
não imunizadas são susceptíveis. A infecção
natural ou a vacinação conferem imunidade ativa e
duradoura. - ? PERÍODO DE INCUBAÇÃO em média dura 17 dias
(podendo variar de 12 a 23 dias).
115RUBÉOLA E SRC
- ?Na SRC
- ? Modo de Transmissão é transmitida da mãe para
o feto por via placentária. As crianças com SRC
podem eliminar o vírus nas secreções faríngeas e
urina por período superior a 1 ano. A eliminação
é maior nos primeiros meses de vida. - ? Incidência depende do número de suscetíveis,
da circulação do vírus na comunidade e do uso da
vacina específica. - Em períodos epidêmicos 4 a 30 casos / 1000
nascidos vivos - Em períodos endêmicos 0,5 casos /1000 nascidos
vivos.
116RUBÉOLA E SRC
- ? DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- ? sarampo, escarlatina, dengue, exantema súbito,
eritema infeccioso e enteroviroses nos quadros de
rubéola pós-natal. - ?COMPLICAÇÕES DA RUBÉOLA
- ?risco de ocorrência da SRC é de 40 a 60 se
gestante contrair doença nos 2 primeiros meses de
gravidez. No terceiro mês é de 30 a 35 e no
quarto mês em torno de 10.
117RUBÉOLA E SRC
- .
- ?DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- ? toxoplasmose, citomegalovírus, mononucleose
infecciosa, herpes e sífilis congênita devem ser
considerados nos casos de SRC. - ?DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA SRC
-