Miniconto

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Miniconto
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• Você certamente já leu um miniconto e
  possivelmente já escreveu um. Miniconto é um tipo
  de conto muito pequeno, digamos que com no máximo
  uma página, ou um parágrafo.
• Nos últimos anos este tipo de ficção ganhou muito
  espaço na literatura de diversos países. Nos
  Estados Unidos, antologias sucessivas foram
  lançadas com textos cada vez menores, culminando
  na chamada microfiction, cuja antologia inaugural
  reúne textos de até 300 palavras.

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• A literatura latino-americana, responsável pela
  difusão inicial do gênero, tem não apenas
  apresentado antologias como também estudos
  acadêmicos acerca do que eles chamam de
  microrrelato.
•  
• O MICRO MAIS FAMOSO
• Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.
  (Augusto Monterroso)
•  
• "CONTO DE HORROR"
• A mulher que amei se transformou em fantasma. Eu
  sou o lugar das aparições.
• (Juan José Arreola)

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• No Brasil, há uma grande quantidade de autores
  publicando livros com ou exclusivamente de
  minicontos.
• Devido ao seu formato enxuto e de rápida leitura,
  o miniconto se tornou um gênero cultivado não
  apenas pelos leitores, como também pelos
  escritores das novas gerações, seduzidos pela
  (aparente) facilidade de se escrever um bom
  miniconto. Só aparente.

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Exemplos e características
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• Concisão  
• Ser breve e ser conciso são coisas diferentes. O
  miniconto precisa ser conciso, mais do que breve.
  Nesse sentido não deveríamos falar de um limite
  de número de letras, palavras ou páginas para o
  miniconto, e sim num limite conceitual.
•  
• A história que ele conta precisa caber
  exatamente naquele pequeno tamanho, não mais, não
  menos. Não se pode atrofiar uma narrativa,
  tampouco espichá-la. Por isso nem todos os temas
  e enfoques podem ser transformados em miniconto.
  Na verdade, raros o podem.

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• Narratividade
• Se a brevidade originada pela concisão
  diferencia o mini do conto tradicional, é a
  narratividade que primeiro diferencia o miniconto
  do haicai ou do poema em prosa (que não
  necessariamente são narrativos, ainda que possam
  sê-lo).
•  
• Ser narrativo significa, por óbvio, narrar algo,
  contar a passagem de uma personagem de um estado
  a outro, Implicitamente ou explicitamente. Sem
  essa narratividade, corre-se sempre o risco de
  fazer uma simples descrição de cena em vez de um
  miniconto.

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• Efeito
• O grande mestre do conto moderno, Edgar Allan
  Poe, talvez tenha sido quem primeiro colocou o
  efeito pretendido no topo dos objetivos do
  escritor. Ainda hoje é considerado um bom conto
  aquele que consegue provocar algo no leitor, seja
  medo, compaixão ou reflexão.
• Quando temos uma simples descrição, não chega a
  ocorrer - no leitor - este efeito enquanto que
  em uma narrativa, o leitor não tem como não
  pensar em suas próprias experiências e
  expectativas.

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• Exatidão
•  
• É importante que o autor seja suficientemente
  claro para criar o efeito desejado no leitor, e
  não seu oposto, sob o risco de não ser
  compreendido.
• Para tanto a escolha de cada palavra, em cada
  posição é fundamental, quase como em um poema,
  pois disso depende o sucesso ou não da narrativa.
  
•  

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• EXEMPLOS
• Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.
• (O MICRO MAIS FAMOSO - Augusto Monterroso)
• A mulher que amei se transformou em fantasma. Eu
  sou o lugar das aparições.
• (CONTO DE HORROR - Juan José Arreola)
• A velha insônia tossiu às três da manhã.
• ( Dalton Trevisan - Ah, É?, 1994)
• E os pais na sala, assistindo a um documentário
  sobre os dramas da adolescência.
• (Leonardo Brasiliense - Adeus conto de fadas,
  2006)
• Nasceu.( "AVENTURA" Luís Dill - Contos de Bolso,
  2005

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• Notícia - 16.11.2008
• Miniconto atrai novos adeptos à literatura
• Os minicontos ou microcontos, popularizados
  pela Internet e pela cultura imediatista do mundo
  moderno, tornaram-se uma das principais iscas
  para atrair novos adeptos à literatura. Os
  minicontos carregam as mesmas características dos
  contos têm ação, personagens, narratividade e
  integração, mas com, no máximo, 200 caracteres,
  descreveu. Por terem uma leitura breve e serem
  recheados de criatividade, os contículos
  despertam a imaginação de quem os lê, deixando
  margem para interpretações.

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(No Transcript)