Title: Caso Clнnico Icterнcia Neonatal
1Caso ClínicoIcterícia Neonatal
Escola Superior de Ciências da Saúde
(ESCS)/HRAS/SES/DF
- Dominique Sasaki
- Leandro R. Soares
- Tiago Ferreira Paula
- Coordenação Paulo R. Margotto
-
-
www.paulomargotto.com.br
03/03/2008
2Caso clínicohistória
- RN do sexo masculino nasceu de parto normal, sem
intercorrências. Bolsa rota no ato. Ao exame
físico foi visualizado uma criptorquidia à
direita. - No pré-natal o resultado do HIV e VDRL foram não
reagentes. O exame de toxoplamose evidenciou
IgM negativo e IgG positivo. Um dia antes do
parto foi realizado betametasona (não possui
dados das doses). - P 2215g E 44cm PC 31cm IG
34sem e 02dias - Apgar 8-9 TS RN O, Coombs neg. TS mãe O
3Caso clínicohistória
- Quarenta e oito horas após o parto foi relatado
uma subicterícia e 72h após uma icterícia (/4)
em esclera, além de um peso de 1935g. - No 4º dia de vida o RN encontrava-se com peso de
1920g e icterícia em zona V de Kramer. Devido à
evolução rápida do quadro foi iniciado
fototerapia quádrupla e solicitado exames
laboratoriais
4Caso clínicoexames
- O resultado dos mesmos foram os seguintes
- Bb total 23,7, Bb direta 0,9, Ht 43,8, Hb 14,7
e albumina de 3,9. A relação Bb/Alb é de 6. - Após 09h do início da fototerapia a Bb total era
de 19,2 e Bb direta de 1,2. Quinze horas depois a
Bb total era de 16,7 e a direta de 1,6. - Com 06 dias de vida foram realizados novos exames
com os seguintes resultados - BbT 10,3, Bb direta de 1,1 e albumina de 4,1.
5Caso clínicodiagnóstico sindrômico
- Síndrome Ictérica A/E
- Síndrome da Prematuridade
6Icterícia Neonatal
7Icterícia neonatalconceitos
- Icterícia - Coloração amarelada da pele, mucosas
e escleróticas, devido a uma elevação da
concentração de bilirrubinas séricas que surge em
decorrência da incapacidade do fígado em conjugar
toda a bilirrubina produzida
8Icterícia neonatalconceitos
- Inicia-se no segmento cefálico e progride no
sentido crânio-caudal, dificilmente é notada
antes de 5-7mg/dL - Acomete 25-50 de todos os RN
9Normal Bilirubin Metabolism and Bilirubin
Metabolism during Phototherapy
Normal Bilirubin Metabolism and Bilirubin
Metabolism during Phototherapy
Maisels M and McDonagh A. N Engl J Med
2008358920-928
10Icterícia neonatalmetabolismo da bilirrubina
25
- 1g de hemoglobina 34mg de BI
- O metabolismo da BI formada intra-útero é
resolvido pelo fígado materno, via
transplacentária
Eritropoiese ineficaz
Bilirrubina
Catabolismo de Hemácias
75
11Icterícia neonatalmetabolismo da bilirrubina
Heme
A reação de oxidação ocorre dentro do sistema
retículo-endotelial
12Icterícia neonatalmetabolismo da bilirrubina
- LEMBRANDO
- Bilirrubina não-conjugada ou BI se liga de forma
reversível à albumina. 1albumina2bilirrubina - Competem pela ligação com a albumina
- Sulfas
- Benzodiazepínicos
- Furosemida
- Salicilatos
- Hipoxemia
- Hipoglicemia
- hipotermia
Produção de ácidos graxos livres que competirão
pela albumina
13Icterícia neonatalmetabolismo da bilirrubina
- LEMBRANDO
- Bilirrubina livre não ligada à albumina
- Bilirrubina conjugada ou BD excretada pelos
sistemas biliar e renal - Bilirrubina delta conjugada com ligações
covalentes à albumina sérica
14Icterícia neonatalmetabolismo da bilirrubina
- Normalmente a BI é depurada através da placenta
para a circulação materna, onde é conjugada no
fígado da gestante - Para que o transporte placentário ocorra, é
necessário que a bilirrubina permaneça em sua
forma não-conjugada - A baixa concentração plasmática de albumina no
feto facilita a passagem da BI pela placenta
15- Bilirrubina albumina não atravessa a barreira
hemato-encefálica - não lesa SNC
- No hepatócito
- BI (bilirrubina não conjugada) captada pelas
proteínas Y e Z ao nível da membrana celular
- Após captação, no sistema reticulo-endoplasmático
BI BD (bilirrubina conjugada)
Hidrossolúvel
- Excreção membranas canaliculares com a bile
Ligandina carreador de células hepáticas Enzima
hepática glicuronil-transferase
16- No intestino
- Adulto
- Ação de bactérias transforma BD em
estercobilinogênio, impedindo sua reabsorção para
a circulação - RN
- Ausência de bactérias intestinais
- Através da ação de enzimas (beta-glicuronidase),
a mucosa intestinal hidrolisa a BD em BI - Reabsorvida pelo intestino para a circulação
(circulação êntero-hepática)
17Icterícia neonatalfatores de risco neonatais
- Deficiência de ligandinas (em especial nos RNPT)
- Deficiência de glicuronil-transferase
- Ausência de bactérias intestinais
- Circulação êntero-hepática de BI
18Icterícia Neonatalicterícia fisiológica
19Icterícia neonatalicterícia fisiológica
- Tardia (após 24h de vida)
- Caráter transitório e auto-limitado
- No RN a termo
- Níveis séricos até 13mg
- Pico entre o 3o e 5o dias
- Duração de 1 semana
- No RNPT
- Níveis séricos até 15mg
- Pico entre o 5o e o 7o dias
- Duração até 2 semanas
20Icterícia neonatalicterícia fisiológica - causas
21Icterícia Neonatalicterícia patológica
22Icterícia neonatalicterícia patológica
- Início precoce (antes de 24h de vida)
- Rápido aumento de BT (gt0,5mg/dia)
- RNT gt12mg/dL (ou zona 3 de Kramer)
- RNPT gt15mg/dL
- Presença de formas eritrocitárias jovens
(reticulócitos) e anormais (eliptócitos e
esferócitos)
23Icterícia neonatalicterícia patológica
- Icterícia persistente além da primeira semana de
vida - Icterícia com BD aumentada (15ª 20 da BT))
- Sinais clínicos associados
- Vômitos
- Letargia
- Má sucção apnéia
- Taquipnéia
- Perda excessiva de peso
- Necessidade de fototerapia e eventual
exsanguineotransfusão (EXT)
24Icterícia neonatalicterícia patológica - causas
- Produção aumentada
- Incompatibilidade Rh, ABO
- Deficiências enzimáticas
- Coleções extravasculares de sangue (petéquias,
hematomas) - Transfusão feto-fetal
- Ligadura tardia do cordão umbilical
- Aumento da circulação êntero-hepática
- Excreção diminuída
- Icterícia do leite materno
- Galactosemia
- Malformações do SNC
- Prematuridade
- Asfixia perinatal
- Distúrbios respiratórios
- Erros inatos do metabolismo
- Drogas (sulfonamidas)
25Icterícia neonatalicterícia associada ao leite
materno
- Os RN alimentados com leite materno podem
apresentar níveis mais altos de BI no 3o ao 4o
dias de vida - Incidência de 13-18
- Principal fator menor ingestão do RN nos
primeiros dias de vida, com aumento da circulação
êntero-hepática
26Icterícia neonatalicterícia associada ao leite
materno
- Incidência de 4-6
- De início tardio, alcançando até gt20mg/dL no
10-14o dias de vida - Há indicação de interrupção temporária do
aleitamento rápida queda dos níveis de
bilirrubina em 48h - Pode durar até 2 meses
27Icterícia neonatalicterícia associada ao leite
materno
- Causas pouco conhecidas
- Lipase lipoprotéica anômala no leite de algumas
mulheres, que levaria à formação exagerada de
ácidos graxos de cadeia livre - Competem com a conjugação hepática de BI
28Icterícia Neonataldoença hemolítica do rn por
incompatibilidade rh
29Icterícia neonatalincompatibilidade rh - gerais
- Incompatibilidade sanguínea entre RN e mãe no
sistema Rh - Eritroblastose fetal ? frequente aparecimento de
eritroblastos no sangue periférico - Os antígenos Rh são agrupados em três pares Dd,
Cc, Ee. - Ausência de D ? Rh negativo
- diversos antígenos Kell, Duffy, Kid e Diego
30Icterícia neonatalincompatibilidade rh - gerais
- Fatores que interferem na incidência
- A imunização Rh da mãe raramente aparece durante
a primeira gravidez - Muitos dos segundos filhos poderão ser Rh
negativo - Somente uma fração de mulheres de risco
desenvolverá anticorpos - Genótipo do marido a possibilidade de
sensibilização materna aumenta quando o marido é
homozigoto
31Icterícia neonatalincompatibilidade rh - gerais
- Incidência 6 a 7 por 1000 nascimentos ou 01 Rh
afetado em 15 gestações - Raça branca de origem européia ? 15 Rh
- Probabilidade do casal ser incompatível ? 10 na
raça branca e até 13 no geral
32Icterícia neonatalincompatibilidade rh - gerais
- Redução das taxas de mortalidade perinatal
- a 50 25 após a introdução da EXT neonatal
- a 13 com as indicações do parto prematuro
terapêutico e de amniocentese - a 2 com o advento das tranfusões
intraperitoneais, aperfeiçoamento do ultra-som,
cordocentese e transfusão intra-vascular - Dados de Manitoba, Canadá e HC-FMUSP, Brasil
33Icterícia neonatalincompatibilidade rh -
fisiopatologia
- Condição básica da patologia presença de fetos
cujos eritrócitos contenham o antígeno D (Rh), na
ausência dos mesmos nos eritrócitos maternos,
acompanhada de sensibilização materna - Quesitos essenciais para que haja sensibilização
- O antígeno esteja em contato com o sistema
retículo-endotelial (SRE) da mãe - Exista reação com formação de anticorpos
- Esses anticorpos possam exercer seu efeito sobre
o feto.
34Icterícia neonatalincompatibilidade rh -
fisiopatologia
- 75 das gestantes apresentam hemorragias
transplacentárias (Bowman et al. 1986) - Imunização primária lenta (sem)
- fraca e
produz IgM - Imunização secundária rápida
- forte e
produz IgG - A segunda dose exige uma quantidade mínima (ml)
- Não atravessa a barreira placentária
35Icterícia neonatalincompatibilidade rh -
fisiopatologia
- IgG hemácia fetal Rh-positiva ? hemólise
extravascular (primariamente no baço) ? anemia - ? da produção de hemácias no fígado e baço
(eritropoiese medular) - Alteração da circulação hepática ? hipertensão
portal e alteração funcional ? ?albumina ? ? p
coloidosmótica ? edema generalizado
36Icterícia neonatalincompatibilidade rh -
fisiopatologia
- Determinantes do grau de hemólise o título
(quantidade) e a ligação constante (avidez para o
anti-D) do antígeno materno - Incidência/manifestações do comprometimento
fetal - 50 - leve, não necessitando de tratamento
- 25 - moderado, palidez discreta,
hepatoesplenomegalia e ? Bb indireta, indicação
de EXT, progressão rápida - 25 - graus mais elevados de hemólise e
desenvolvem hidropsia, podendo ocorrer morte
ainda dentro do útero.
37Icterícia neonatalincompatibilidade rh -
prevenção
- Baseia-se na administração de imunoglobulina
anti-D (Ig Rh) - É eficaz em mais de 90 dos casos quando
administrada no momento do parto - Indicado em toda gestante Rh-negativo não
sensibilizada, com 28sem de gestação
(1,8?0,11), repetindo após 12sem caso não tenha
ocorrido o parto e dentro das primeiras 72h após
o parto, quando a criança for Rh - Aborto espontâneo, prenhez ectópica, amniocentese
- Falhas hemorragias antes do termo e hemorragias
maciças
38Icterícia Neonataldoença hemolítica do rn por
incompatibilidade abo
39Icterícia neonatalincompatibilidade abo
- É cinco vezes mais comum que a por Rh, porém o
número de EXT realizado é muito menor - 13266 RN ? 913 (6,9) Ac contra ABO e 26 (0,2)
anti-D e/ou anti-C - 13 EXT ? seis por ABO, seis por anti-D e uma por
anti-C - Mães do grupo sanguíneo O e RN do grupo A ou B
- Adeagbo et al. (2003)
40Icterícia neonatalincompatibilidade abo
- Dificuldade em determinar a evolução para doença
hemolítica e a necessidade de tratamento - Fisiopatologia semelhante à da incompatibilidade
por Rh - previamente sensibilizado
41Icterícia neonatalincompatibilidade abo
- Pico de Bb indireta 10 nas primeiras 24h, 30
em 48h e 40 com 72h. - RN geralmente saudável e sem anemia associado
- Raramente hidropisia fetal, anemia intensa,
plaquetopenia e hemoglobinúria.
42Icterícia Neonataldiagnóstico
43- O diagnóstico precoce é essencial para evitar a
encefalopatia bilirrubínica (kernicterus)!!!
44- Zona I Cabeça e pescoço
- Zona II Tronco até umbigo
- Zona III Hipogástrio e coxas
- Zona IV Joelhos e cotovelos até punhos e
tornozelos - Zona V Mãos e pés, inclusive palmas e plantas
45(No Transcript)
46Icterícia neonataldiagnóstico laboratorial
- BT, BI e BD
- Tipagem sangüínea materna e do RN
- Teste de Coombs direto do sangue do RN
- Determinação do hematócrito
- Contagem de reticulócitos (caso hematócrito
normal ou baixo) - Controle
- Icterícia precoce e hemólise acentuada dosagem
de bilirrubinas e hematócrito de 6/6h - Icterícia tardia controlar de 12/12h ou 24/24h
conforme gravidade do caso
47Icterícia neonataldiagnóstico laboratorial
- Os valores de bilirrubina sérica devem ser
colocados no gráfico de risco de Buthani, para
determinar risco de desenvolver
hiperbilirrubinemia - Zonas de risco critérios para alta
48Buthani VK et al. Pediatrics 19991036-14
49Icterícia Neonataltratamento
50TRATAMENTO Na indicação do tratamento,
fototerapia e/ou exsanguineotransfusão,
considerar a bilirrubina total.
51BILIRRUBINA TOTAL(BT)/INDIRETA E DIRETA
- Na ausência de icterícia obstrutiva, a
concentração sérica da bilirrubina indireta (BI)
é melhor estimada pela medida da bilirrubina
total (BT). Calculando a fração indireta
diminuindo a bilirrubina direta (BD) da BT,
pode ser enganoso em muitos RN, devido altos
níveis de BI podem produzir elevação da fração
direta (cerca de 10 da BT) que não representa a
BD (Wennberg et al, 2006).
52BILIRRUBINA TOTAL(BT)/INDIRETA E DIRETA
- Segundo Maisels (1999), nunca foi totalmente
resolvido de forma satisfatória o problema de
como lidar com um ocasional RN que apresenta alto
nível de BT associado a uma elevação da BD. Mais
recentemente a maioria das diretrizes adota a BT
como critério para o tratamento. Tem sido
relatado kernicterus em RN com BT de 18mg e BD
de 4,1mg e em RN com BT de 27,6mg d BD de
8,7mg. - Gartner e Lee recomendaram que a BD não fosse
subtraída da BT, a menos que seja superior a
metade da BT. Segundo Maisels, apesar deste
conceito ser puramente empírico, parece ser
razoável.
53BILIRRUBINA TOTAL(BT)/INDIRETA E DIRETA
- A Academia Americana de Pediatria (AAP, 2004)
cita que em situações em que o nível da BD é 50
ou mais da BT, não há dados bons para proverem
uma guia para terapia sendo recomendada uma
consulta a um especialista neste campo. - Nos RN com hiperbilirrubinemia direta (mais de
3-4mg), pela sua capacidade de forte ligação com
as garras da albumina, pode haver competição com
a ligação da BI sérica, levando ao aumento de
bilirrubina livre (BL), contribuindo
potencialmente para a sua toxicidade para o
sistema nervoso central (Filho NA, Júnior RB,
2006).
54BILIRRUBINA TOTAL(BT)/INDIRETA E DIRETA
- Segundo AAP (2004), a medida laboratorial da
bilirrubina direta não é precisa e valores entre
laboratórios podem variar muito. - Nas diretrizes da AAP, a bilirrubina usada é a
bilirrubina total, não devendo ser descontada a
bilirrubina direta. Segundo Buthani (2006), em
mais de 5000 estudos de bilirrubina, os dados
coletados para a neurotoxicidade foram da
bilirrubina total.
55USO DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS PARA A
EXCREÇÃO DA BILIRRUBINA
- Fototerapia
- A eficácia da foterapia depende da quantidade de
energia liberada(irradiância) e da superfície
corporal exposta à luz
56Mechanism of Phototherapy
Maisels M and McDonagh A. N Engl J Med
2008358920-928
57Important Factors in the Efficacy of Phototherapy
Maisels M and McDonagh A. N Engl J Med
2008358920-928
58FOTOTERAPIA
- Tipos de Luz para Fototerapia
- A molécula de bilirrubina absorve luz visivél no
espectro compreendido entre 400 e 500nm, com
absorção máxima a 460nm. - Lâmpada fluorescente branca ( 380 a 770nm), tem
baixa irradiância - Lâmpada azul tem boa irradiância
- Associação de lâmpadas azuis e brancas.
59- FOTOTERAPIA COMUM
- Aparelho com 6 a 7 lâmpadas fluorescentes brancas
(day light) na - Maioria dos Serviços, sendo que o ideal é 7 a 8
lâmpadas. - Irradiância de 3-4 µw/cm2/nm (50 menor que
similares importadas), emitindo doses
subterapêuticas.
60- FOTOTERAPIA COM LÂMPADAS AZUIS
- Maior irradiância no comprimento de onda ideal
425-475 nm. - Irradiância 22 µw/cm2/nm (7 lâmpadas "special
blue"). - Irradiância 2 a 3 vezes maior que lâmpadas
brancas. - Absorvida muito rapidamente.
- Similares nacionais emitem 25 menos irradiância
que as importadas. - RN deve ser monitorizado com monitores cardíacos
e respiratórios, pois a avaliação da cianose é
prejudicada.
61- FOTOTERAPIA COM LÂMPADAS VERDES
- A maior eficácia das lâmpadas verdes deve-se ao
seu maior comprimento de onda o que garante
penetração mais profunda na pele e,
conseqüentemente, a maior penetração nos vasos
sanguíneos da derme. - Mais eficaz que a fluorescente branca e
semelhante à fototerapia com luz azul
62- FOTOTERAPIA DE FIBRA ÓPTICA (BILIBLANKET)
- -Consiste num colchão de 13 x 10 cm, no qual a
luz trafega em um cabo de fibra óptica se
espalhando através do mesmo. - Irradiância em torno de 35 µw/cm2/nm
- Mais eficaz em RN pequenos, pois o tamanho do
colchão é um fator limitante para RN com peso
maior que 2500g.Constitui-se de um foco de 20 cm
de diâmetro com uma lâmpada de halogênio-tungstêni
o e filtro para ultravioleta e infravermelho. - Mais eficaz em RN lt 2500g.
63- BILI-BERÇO
- Trata-se de um berço de acrílico com 5 lâmpadas
fluorescentes brancas no fundo. O RN deita-se
sobre um colchão de silicone e são colocados
filmes refletores nas paredes internas do berço e
da cúpula curva que o cobre. - Irradiância é de 19µw/cm2/nm
- FOTOTERAPIA DO TIPO HALÓGENA
- - foco luminoso contendo uma lâmpada
halógena com um filtro de vidro especial - -propriedade de filtrar os raios
infravermelhos que produzem aquecimento, e os
raios ultravioletas, lesivos a pele - -emite irradiância de 33
µw/cm2/nm quando colocada a uma distância de 45cm
do recém nascido e de 25 a 30 µw/cm2/nm na
distância de 50cm
64- BILITRON
- No Brasil, a FANEM lançou o BILITRON que utiliza
uma nova fonte de luz, chamada Super Led (Light
Emitting Diode), com lâmpadas eletrônicas já
focadas no espectro azul que não necessitam de
filtros para o uso neonatal. O equipamento
utiliza uma bateria com 5 Super Leds azuis
composta por nitreto de índio e gálio. O Bilitron
permite controlar a irradiância entre 4 até
50µw/cm2/nm a uma distância central de 30 cm. A
sua faixa de luz visível varia entre 400 e 550 nm
com o pico do espectro em 450nm e grande
atenuação de radiação ultravioleta e
infravermelha e produz um mínimo de calor
irradiante. Toda luz emitida pela fototerapia LED
é teoricamente utilizada na fotoisomerização da
bilirrubina, o que não acontece com a lâmpada
halógena (espectro amplo entre 380 e 600nm)
Enquanto uma lâmpada halógena dicróica tem vida
média de 2 mil horas, o sistema de Super Leds
dura dez vezes mais.. Em uso contínuo, o super
Led tem uma vida de 1 ano. A superfície corporal
exposta à luz é maior do que a conseguida com a
fototerapia halógena. - Avaliação da eficácia clínica de uma nova
modalidade de fototerapia utilizando diodos
emissores de luz - Autor(es) Bianca M. R. Martins e cl.
Apresentação Camila de O. Macedo, Joanna C. S.
Ribeiro, Paulo R. Margotto
65FOTOTERAPIA
- Principais efeitos biológicos e complicações da
fototerapia - Alterações nos ritmos cicardianos
- Hipertermia, queimaduras, desidratação e
hemoconcentração - Dano retiniano
- Alteração do transito intestinal
- Pouco ganho pondoestatural
- Aumento da circulação periférica
- Rashes cutâneos
- Hemólise
- Dano ao DNA intracelular
66- FOTOTERAPIA PROFILÁTICA
- Sabemos que a fototerapia é eficaz na modificação
das moléculas de bilirrubina que estão acumuladas
no tecido subcutâneo, caracterizando a pele
ictérica e níveis de bilirrubina indireta gt 5-6
mg. Se não há icterícia não há sentido em se
fazer fototerapia profilática. - FOTOTERAPIA PRECOCE
- Indicada em RN com peso de nascimento lt 1000g e
níveis séricos de bilirrubina indireta de 5-6
mg.
67- Indicação de Fototerapia
- RN a termo, saudáveis, sem Doença Hemolítica
- RN lt 2500g ao nascer c/ 24 h de vida não são
saudáveis
- Obs RN ictéricos com peso de nascimento lt 2500
g e lt 24 h de vida não são considerados
saudáveis. RN com níveis de bilirrubina direta
que ultrapassem 15-20 do valor de bilirrubina
não serão colocados sob fototerapia. - RN a termo,saudáveis COM DOENÇA HEMOLÍTICA,
considerar a faixa de peso 2001-2500g (vide a
seguir)
68- Indicação de Fototerapia
- RN lt 2500 g ao nascer
- Fototerapia Precoce RN lt 1000g BI de 5 6 mg
- Na presença de qualquer um dos seguintes fatores,
considerar níveis menores (veja adiante os
Gráficos da Academia Americana de Pediatria,
2004) prematuridade, doença hemolítica isoimune,
deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase
(G6PD), letargia significante, sepse, acidose,
asfixia, instabilidade da temperatura, albumina
menor que 3g.
69FOTOTERAPIA
- Cuidados com o recém-nascido em fototerapia
- Escolher a fototerapia de acordo com a
irradiância necessária em cada caso - Posicionamento correto da criança
- Mudança periódica de decúbito
- Hidratação adequada
- Controle térmico adequado
- Proteção ocular
70REMOÇÃO MECÂNICA DA BILIRRUBINA INDIRETA
- Exsanguineotrasfusão
- Imediata
- Precoce
- Tardia
- Há 3 diferentes tipos de procedimentos
- Exsanguíneo com concentrado de hemácias
- Exsanguíneo com sangue total
- Exsanguíneo precedida de infusão de albumina
humana..
71EXSANGUINEOTRASFUSÃO
- Indicada quando
- Na doença hemolítica , quando hematócrito menor
45 e BI maior 4 mg no sangue do cordão, ou
quando há aumento de mais de 0,5mg/h de BT por
mais de 6h, ou na presença de metalbuminemia. - Se não há hemólise, na hiperbilirrubinemia grave,
entre 20 a 25mg em recém-nascidos a termo nos
primeiros dias de vida. - Nos RN pré-termos, valores inferiores, como 12 a
15 mg de BT, pode ser indicação, especialmente
nas crianças de peso inferior a 1500g, mesmo na
ausência de fatores de risco associados.
72EXSANGUÍNEOTRASFUSÃO
- O uso de papa de hemácias é apropriado para
crianças anêmicas e que necessitam de exsanguíneo
imediata - O uso de sangue total é indicado nas icterícias
hemolíticas graves, com bilirrubina de 10mg no
primeiro dia de vida, antecipando indicação
futura.
73- EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO MUITO PRECOCE
- Realizada até 12 h de vida nas seguintes
condições - a)hemoglobina lt 12,5
- b) Htc lt 40
- c) Coombs direto
- d) Bilirubina total gt 5 mg no sangue de cordão
- e) Elevação dos níveis de bilirrubina total de
0,5 mg/h, na doença hemolítica pelo fator Rh
74- Indicação de Exsanguineotransfusão
- Precoce - Nascidos até 24 h de vida
- Bilirrubina Total gt 0,5 mg/h
75- Tardia
- RN com peso ao nascer lt 2500g
De forma geral, para os RN pré-termos, a ET deve
ser realizada quando a bilirrubina sérica
atingir a metade da idade gestacional (Não
realizamos ET com nível de bilirrubina abaixo de
10 mg Complicação Sepse, hipoxemia, acidose
76 OS NÍVEIS DE BILIRRUBINA TOTAL SÉRICA QUE
DEFINEM INTERVENÇÃO EM RN lt35 SEMANAS
DNIB disfunção neurológica induzida pela
bilirrubina anemia hemolítica
isoimune,deficiência de G6PD, significante
letargia, sepses, acidose, asfixia,
instabilidade de temperatura e albumina sérica
lt3g
77Tratamento da Hiperbilirrubinemia neonatal nos RN
35 sem Diretrizes da Academia Americana de
Pediatria para fototerapia
78Tratamento da Hiperbilirrubinemia neonatal nos RN
35 semanas Diretrizes da Academia Americana
de Pediatria para ET
79EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
- Rotina
- Cateter umbilical venoso introduzido 10 a 12 cm
(VCI) - Trocas 10/10ml ou 20/20 ml
- Uso de Cálcio em caso de qualquer sinal clínico
de hipocalcemia - O sangue deve ser utilizado após prova cruzada
com o sangue do receptor, ser aquecido à
temperatura ambiente por 30 min, se possível,
receber irradiação para destruição de linfócitos
T e B - Pode-se utilizar a trasfusão de albumina 1g/Kg, 1
a 2h antes da exsanguineotransfusão.
80Complicações
- Hemodinâmicas, Metabólicas ou Cateter Umbilical
- O cateter pode introduzir infecções ou embolos
gasosos - Hemorragia pela veia umbilical
- Maior risco de enterocolite necrosante aguda
- Choque hemodinâmico
- Arritmias e parada cardíaca
- Distúrbios Metabólicos.
81ALBUMINA SERICA E RELAÇÃO BILIRRUBINA
TOTAL/ALBUMINA
- Considerar albumina sérica lt 3g fator de risco
para diminuir nível para a fototerapia - Se considerar exsanguineotransfusão
- A relação B/A deve ser usada com a bilirrubina
total e outros fatores na decisão - Nas 1as 72 h, limitação nas propriedades de
ligação da albumina (assim, a bilirrubina é mais
tóxica) - ? ligação da albumina com a bilirrubina 35 - lt
38 sem - lt 34 sem
82Relação BT/Albumina (Indicação de
exsanguineotransfusãoanalisar em conjunto com os
níveis de BT)
83- GLOBULINA hiperimune ( SANDOGLOBULINA )
- -O seu uso diminuiu significativamente a
indicação de exsanguineotransfusão e de
fototerapia, tanto na incompatibilidade Rh como
ABO. - A gamaglobulina reduz a taxa de hemólise pelo
bloqueio de receptores Fc dos macrófagos do
sistema retículo-endotelial neonatal, sítio de
destruição dos eritrócitos. INDICAÇÃO - O uso da globulina hiperimune está indicado em
casos de icterícia precoce incompatibilidade
ABO/Rh com Coombs Direto - Observou-se que quanto mais tardio o uso da
globulina mais tempo de fototerapia foi
necessário. - DOSE 0,5-1 g / Kg EV por 4-5 horas repetir a
dose 24-48 horas após
84Consultem
- HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
- Autor(es) Liu Campello de Mello, Ana Maria C.
Paula, Paulo R. Margotto. Capítulo do Livro
Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3a Edição,
em preparação
Filho Alves N, Jr Reis NB. Abordagem da
hiperbilirrubinemia neonatal. In. Filho Alves
N,Correa MD. Jr Alves JMS, Jr Correa MD.
Perinatologia Básica, Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, 3ª Edição, 2006. p.485-495
85- Manuseio da hiperbilirrubinemia no recém-nascido
pré-termo - Autor(es) Vinod K. Buthani (EUA).Realizado por
Paulo R. Margotto