AULAS DE LIBRAS MMCURSOS A FUNÇÃO DO INTÉRPRETE - PowerPoint PPT Presentation

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AULAS DE LIBRAS MMCURSOS A FUNÇÃO DO INTÉRPRETE

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Title: AULAS DE LIBRAS MMCURSOS A FUNÇÃO DO INTÉRPRETE


1
Modalidade
INTÉRPRETE
2
Marcela Zumerle Gonçalves Santos Pedagoga -
Professora de LIBRAS - Intérprete Tradutora de
LIBRAS Especialista em Supervisão Escolar,
Educação Especial, LIBRAS e Psicopedagogia
Institucional Graduando em Letras/LIBRAS
(2018-2021)
Manacéias Martins dos Santos Pedagogo - Professor
de LIBRAS - Intérprete Tradutor de LIBRAS
(PROLIBRAS) Especialista em Gestão Escolar e
Educação Especial Graduando em Letras/LIBRAS
(2018-2021)
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História do reconhecimento da Libras e seus
desdobramentos políticos, lingüísticos e
educacionais
Memórias sobre a constituição do campo de
pesquisa na área dos Estudos Surdos (Geles,
GTLS, Anpoll impactos sobre a cartografia
presente)
Tanya A. Felipe
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  • Estudos sobre as línguas de sinais
  • Inglaterra
  • O precursor nas pesquisas sobre línguas de sinais
    foi BULWER J. B. que editou um livro sobre a
    língua de sinais inglesa Cherologic or the
    natural language of the hand London R. Whitaker.
  • Posteriormente, também na Inglaterra, em 1895,
    foi publicado outro livro The sign of Language
    of the deaf and dumb de NEVINS, R. W.
  • Estados Unidos
  • Em 1918 e 1923, foram editados respectivamente os
    livros The sign language a manual of singns, de
    LONG, J. L., e Handbook of the sign language of
    the deaf, de MICHAEL .
  • em 1960, foram iniciadas as pesquisas
    propriamente lingüísticas sobre a ASL, com o
    artigo de STOKOE, W. C. Sign Language Structure
    an outline of the visual communication system of
    the American deaf, publicado na revista Studies
    in Linguistics, Occasional Papers 8.
  • Em 1965, STOKOE CASTERLINE e CRONEBERG publicaram
    A Dictionary of American Sign Language

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Marcos teóricos e mudanças de paradigmas
  • Na década de oitenta
  • Bilingüismo e Educação Bilíngüe,
  • novos paradigmas para a Educação de Surdos, com
    S maiúsculo, já que deixaram de serem rotulados
    de DAs, e passaram a ser considerados
    Estrangeiros em seus próprio país,
  • minoria lingüística que possuía sua própria
    língua , a LSCB,
  • membros de uma Cultura,

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  • As comunidades surdas, Felipe (1988), Felipe et
    al (1991), por identificação, luta, transgressão,
    libertação, rapidamente acataram esses paradigmas
    e também levantaram a bandeira pela Educação
    Bilíngüe, tornando-se seus defensores, exigindo
    mudanças educacionais e a oficialização da
    LIBRAS, Felipe (1993), CORDE (1996).
  • O embate entre oralismo, comunicação total e
    educação bilíngüe percorria por todo o Brasil.
    Eventos acadêmicos, trabalhos acadêmicos,
    monografias, dissertações e teses apresentavam
    propostas e experiências.

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  • O deaf power começou a se insurgir, como nos
    Estados Unidos
  • pesquisar sua língua,
  • ensiná-la de maneira mais pedagógica,
  • a fazer teatro e poesia em LIBRAS,
  • a assumirem sala de aula, como Instrutores,
    Monitores e Professores,
  • começaram a exigir mudanças, intérpretes,
    legenda para noticiários e outros programas de
    televisão, através do Close caption ,tefononia
    para Surdos (TDD),
  • começaram a apresentar trabalhos e debater, em
    eventos, novas alternativas para a Educação de
    Surdos, inclusive alfabetização em LIBRAS,
    através do sign Writing,
  • documento A Educação que nós Surdos Queremos,
    entregue ao MEC ,
  • A FENEIS - proposta de regimento interno para a
    criação do Departamento Nacional de Intérpretes,
    fundado em 1992.

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  • Década de noventa
  • os paradigmas foram repensados e novos
    surgiram,
  • Educação de Surdos - questões multiculturais,
  • a surdez um olhar sobre as diferenças e não
    como diversidade, que cria um falso consenso,
    uma idéia de que a normalidade hospeda os
    diversos , que está ideologizada por uma
    perspectiva ouvintista, ou melhor, pelos vários
    ouvintismos camuflados nas Políticas para
    Educação de Surdos,
  • passou-se a falar de bilingüismos e suas
    implicações na Educação de Surdo
  • Sob este olhar nas diferenças, as identidades
    surdas se transpareceram como uma construção
    histórica e social, efeito de conflitos sociais,
    ancoradas em práticas de significação e de
    representação compartilhadas entre surdos e
    ouvintes.,
  • As pressões das organizações não-governamentais
    de surdos e ouvintes, das escolas e de políticos
    culminaram com a homologação, pelo Presidente da
    República, da LIBRAS, como língua oficial dos
    Surdos (Lei No. 10.436, de 24 de abril de 2002).

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  • 1991, a Resolução 45/91 da Organização das Nações
    Unidas - ONU destaca uma Sociedade para Todos ,
  • Em 1992 o Programa Mundial de Ações Relativas às
    Pessoas com Deficiência ,
  • A partir de 1994, com a Declaração de Salamanca
    (UNESCO) sobre necessidades educativas especiais,
    acirrou o debate sobre Sociedade Inclusiva ,
  • escola integradora - partir da política
    educacional neoliberal no Brasil Escola/Educação
    Inclusiva ,
  • Em 1995 continuando nessa perspectiva de uma
    sociedade para todos, Declaração de Copenhague
    sobre Desenvolvimento Social e Programa de Ação
    da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social,
  • Em 1996, Normas sobre a Equiparação de
    Oportunidades para Pessoas com Deficiência,

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  • A partir de então, as escolas brasileiras
    começaram a fomentar o discurso da Inclusão e,
    segundo depoimentos de professores, em vários
    estados, em nome dela, estão jogando o surdos nas
    classes regulares.
  • A simples inclusão de alunos com deficiências em
    salas de aulas do ensino regular não resulta em
    benefícios de aprendizagem.
  • E as adaptações, o preparar-se para receber o
    Surdos?
  • Ah! Estão contratando Intérpretes!!!

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  • Isso é uma contradição já que no próprio Livro
    Inclusão - Guia para educadores, afirma-se que
    todos os alunos, incluindo aqueles com
    deficiência, precisam de interações
    professor-aluno e aluno-aluno que moldem
    habilidades acadêmicas e sociais e que o
    principal objetivo do ensino inclusivo não é
    economizar dinheiro, é servir adequadamente a
    todos os alunos, Stainback (1999 30).
  • Os professores, as comunidades surdas e as
    academias foram atropeladas em seu processo de
    reflexão e concepção de uma Escola para Surdos e
    novos embates começaram

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  • Neo-oralismo, sob a forma de um ouvintismo
    crítico está ressurgindo no discurso da Inclusão
    que irá resgatar a normalidade, ou seja
  • aceita-se programas bilíngües transitórios, que
    iniciando com a LIBRAS, gradualmente substituirá
    essa língua pela Língua Portuguesa,
  • esse bilingüismo fraco, levará ao monolingüismo,
    daí, antes haverá um
  • bilíngüismo diglóssico, - os alunos surdos
    ficarão em classe de ouvintes, sendo que a língua
    de maior prestígio será a da professora e dos
    alunos ouvintes,
  • assim, irão aprender a Língua Portuguesa e não
    serão mais discriminados .
  • Quem ensinará português? Claro, a professora que
    não conhece a LIBRAS e que irá continuar a olhar
    a escrita e fala do surdo como degenerações da
    norma padrão, como toda norma não-padrão.

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  • será resgatada a Identidade Ouvinte
  • modelo para a escolarização,
  • LIBRAS utilizada apenas como instrumento, pelo
    intérprete,
  • relação do sujeito com a língua não vai fazer
    mais diferença,
  • relação do surdo com sua língua não vai ser um
    fator determinante,
  • não vai ser uma possibilidade de ele vir a
    assumir uma posição discursiva que não se reduza
    à mera reprodução,
  • não permitirá também interferir, modificar,
    produzir e criar o novo através de sua língua.

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  • a autoridade do professor poderá ser garantida
  • já que estava fragilizada ao ter que assumir sua
    deficiência em LIBRAS e ter que dividir seu
    espaço com surdos que se dizem professores.
  • Ficará em alguma estante ou gaveta a mensagem que
    Diniz (2001), professora surda, nos deixou
  • aos profissionais ouvintes que atuam na área da
    surdez e que precisam aceitar opiniões e críticas
    de profissionais surdos, havendo troca de
    experiências.

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  • aceita-se a diversidade que levará a
    homogenização
  • os ouvintes e os surdos terão o mesmo currículum.
  • E sua história social e política, sua língua,
    cultura e literatura?
  • E os professores surdos?
  • A preocupação continua a ser somente com a
    escolarização e não com a Educação.
  • Mas o surdo terá direito a intérprete na sala de
    aula.

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E a função do Intérprete na escolarização de
Surdos?
  • Na década de oitenta, a função do Intérprete,
    mesmo fora do âmbito educacional ainda era
    condenada
  • ... os profissionais que atuavam na área da
    surdez mal podiam nos ver conversando com os
    surdos em língua de sinais. Diziam que nós
    obrigávamos os surdos a comunicarem-se através da
    mímica. Coutinho (200077).
  • Décadas se passaram e agora já querem substituir
    o Professor pelo Intérprete. Afinal a LIBRAS é
    muito difícil para aprender e também o professor
    não tem tempo.

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  • Esse intérprete que ainda está em um processo de
    formação de identidade, já que sua organização
    enquanto profissional e formação acadêmica ainda
    não se consolidaram e que
  • deverá, ao assumir essa função, segundo seu
    código de ética, manter uma atitude imparcial
    durante o transcurso da interpretação, evitando
    interferências e opiniões próprias, a menos que
    seja requerido pelo grupo a fazê-loSander
    (1992)
  • deverá ter conhecimento prévio de todo os
    assuntos de todas as disciplinas que fará a
    tradução simultânea, podendo atuar desde a
    educação infantil até o nível universitário e de
    pós-graduação, segundo Quadros (2002)
  • não poderá se confundir com o professor, que é o
    responsável pelo processo de avaliação dos
    alunos.
  • Quem será esse super-profissional,
    super-intérprete, multidisciplinar?

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  • Pesquisas têm mostrado que, devido a muitos
    equívocos por parte dos intérpretes, ou por falta
    de formação acadêmica, ou técnicas para tal
    função ou, ainda, por não dominar o assunto, a
    atuação do intérprete em sala de aula pode causar
    prejuízo ao aluno em sua escolarização (Pires,
    2000 Sander, 2000, Quadros, 2002).
  • Mas esses danos são ainda maiores se pensarmos em

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Educação para Surdos, para todos
  • Atualmente, educar está sempre sendo usado como
    sinônimo de ensinar, escolarizar, e nessa
    ideologia tecnicista, cada vez mais, a escola
    está se afastando de sua essência
  • educar, que etmologicamente vem de ex-dúcere
    conduzir para fora, trazer à tona, à expressão, o
    que vive dentro do homem, pelo próprio étimo.
  • Daí, educação presume acompanhamento,
    companhia, diálogo, troca de olhares e de
    experiências, manifestação de relação homem x
    mundo que a percepção acolhia, ensaio de
    especulações, construção de conhecimento.

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  • Como conceber todo esse processo sendo
    intermediado pelo intérprete se
  • educar é educar-se a si enquanto companhia de um
    outro?
  • Cada diferença a ser trabalhada é uma diferença e
    não uma desqualificação do sujeito.
  • A Educação para Surdos não pode se resumir a uma
    escolarização repassada por um intérprete que não
    poderá ultrapassar essa fronteira sem transgride
    o seu papel atuando efetivamente como educador.

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  • o ambiente acadêmico foi pensado até então,
    somente para os ouvintes e por essa razão os
    conhecimentos sobre as implicações relativas à
    surdez não se deram.
  • O direito do surdo em ter acesso a um ensino de
    qualidade impõe a necessidade aos profissionais
    de repensar sua prática, desmistificando
    preconceitos assumindo novas atitudes.
  • A Educação pressupõe uma Educação Lingüística que
    tem por objetivo o desenvolvimento das aptidões
    verbais do sujeito falante, estritamente ligada
    com sua socialização, com seu desenvolvimento
    psicomotor e com a maturação de todas as suas
    capacidades expressivas e simbólicas.

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  • novo paradigma uma Escola para Surdos e para
    Todos, porque nessa Escola, como Gadotti (1989)
    afirma a tarefa da educação será a tarefa
    essencialmente ligada à formação da consciência
    crítica.
  • Quero dizer que identificaremos educar com
    conscientizar.
  • O papel da conscientização de que nos fala Paulo
    Freire é essa decifração do mundo, dificultada
    pela ideologia é esse ir além das aparências,
    atrás das máscaras e das ilusões, pagando o preço
    da crítica, da luta, da busca, da transgressão,
    da desobediência, enfim, da libertação.(Freire,
    1995 e 2000)

23
(No Transcript)
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