Title: Leucemia Aguda Miel
1Leucemia Aguda Mielóide
- Helena Cabral
- Mariela Rodrigues
- Natália André
- Turma 1
2Leucemia mielóide aguda
Evolução rápida com atingimento de células ainda
imaturas, que ficam assim impedidas de funcionar
normalmente
Infiltração do sangue, medula óssea e outros
tecidos por células neoplásicas da linha mielóide
do sistema hematopoiético
- É causada por um defeito genético adquirido no
DNA de células em desenvolvimento na medula
óssea, levando a - Proliferação exagerada de células imaturas e
acumulação de blastos - Bloqueio da hematopoiese normal, levando à
diminuição de glóbulos rubros (anemia), plaquetas
(trombocitopenia) e leucócitos, principalmente
neutrófilos (neutropenia)
3- Incidência
- 3,6/100.000 pessoas por ano (EUA)
- Forma predominante de leucemia no período
pré-natal - Incidência aumenta com a idade
- 15-20 das leucemias agudas em crianças
- 80 das leucemias agudas em adultos
- Mais frequente no sexo masculino
-
- Etiologia
- Em muitos casos de LAM, a causa não é evidente.
No entanto, há vários factores associados a um
risco mais elevado. - Predisposição genética Síndrome de Down,
Klinefelter (XXY) e Patau (trissomia 13)
associados com maior incidência de LAM - Doenças hematológicas síndromes
mielodisplásicos - Exposição a altas doses de radiação - por ex,
Nagasaki e Hiroshima. A radiação terapêutica tem
um risco muito reduzido, aumentando no entanto
quando associada a determinados fármacos (por ex.
agentes alquilantes usados em quimioterapia) - Medicamentos agentes alquilantes, inibidores da
topoisomerase II e outros - Exposição a químicos - por ex, benzeno na
indústria farmacêutica, pesticidas e vários
componentes do fumo do tabaco
4- Classificação
- 1. Morfológica e citoquímica
- ? 20 mieloblastos no sangue e/ou medula óssea
(OMS) - ? Pontuado basófilo fino 2 a 5 grandes nucléolos
por célula - ? Grânulos citoplasmáticos Auer rods
- ? Reacção mieloperoxidase em gt3 dos blastos
Dx diferencial com LAL - 2. Imunofenotípica
- ? Citometria de fluxo, com células
marcadas com atc monoclonais para atg de
superfície - 3. Cromossómica
- ? Anomalias citogenéticas
(patognomónico) t(1517)(q22q12) em M3 e
inv(16)(p13q22) em M4Eo - ? Anomalias cromossómicas t 11q23
em M5, t(821) e t(1517) em pacientes mais novos
e del(5q) e del(7q) em pacientes mais velhos - 4. Molecular
- ? Vários genes estão envolvidos na
génese da leucemia. As alterações moleculares
encontradas são usadas para diagnóstico e
detecção de doença residual, após o tratamento.
5World Health Organization Classification World Health Organization Classification
I AML with recurrent genetic abnormalities AML with t(821)(q22q22) AML1(CBFa)/ETO AML with abnormal bone marrow eosinophils Acute promyelocytic leukemia AML with 11q23 (MLL) abnormalities
II AML with multilineage dysplasia Following a myelodysplastic syndrome or myelodysplastic syndrome/myeloproliferative disorder Without antecedent myelodysplastic syndrome
III AML and myelodysplastic syndromes. Therapy-related Alkylating agent-related Topoisomerase type II inhibitor-related Other types
IV AML not otherwise categorized AML minimally differentiated AML without maturation AML with maturation Acute myelomonocytic leukemia Acute monoblastic and monocytic leukemia Acute erythroid leukemia Acute megakaryoblastic leukemia Acute basophilic leukemia Acute panmyelosis with myelofibrosis Myeloid sarcoma
French-American-British Classification French-American-British Classification
M0 Minimally differentiated leukemia
M1 Myeloblastic leukemia without maturation
M2 Myeloblastic leukemia with maturation
M3 Hypergranular promyelocytic leukemia
M4 Myelomonocytic leukemia
M4Eo Variant increase in abnormal marrow eosinophils
M5 Monocytic leukemia
M6 Erythroleukemia
M7 Megakaryoblastic leukemia
6Alterações cromossómicas
Alteração cromossómica Associação morfológica Prognóstico
Trissomia 8 (20) Variável Alta taxa de sucesso da indução
Monossomia 7 M2, M4, M5 Baixa resposta ao tx
Monossomia 5, del(5q) M1, M2
t(821)8q22122) (10) M2, M4 Resposta favorável ao tx
t(1517)(q22q11-12) M3 Resposta favorável ao tx
t(911)(p22q23) M5, M4, M2 Resposta favorável ao tx
del(11)(q22-23) M5, M4, M2 Alto risco
Inv(16)(p13q22), del(16q) M4Eo, M2, M5 Bom prognóstico
t(69)(p23q34) (2) M1, M2, M4, Basofilia na MO Baixa resposta ao tx
t(922)(q34q11) M1
7Clínica
- Sintomas
- Consequência da anemia
- Fadiga, palidez, anorexia e perda de peso
- Consequência da trombocitopenia
- Alterações da hemostase (hemorragias,
petéquias e equimoses frequentes) (5) - Consequências da leucopenia e presença de
blastos - Febre com ou sem infecção identificada
(10) - Dor óssea ou articular, linfadenopatia
- Atingindo o cérebro e medula espinhal pode
provocar cefaleias e vómitos. - Muito raramente, aparecem sarcomas
granulocíticos ou cloromas. - Sinais
- Febre, esplenomegalia, hepatomegalia,
linfadenopatia, e evidência de infecção e
hemorragias - 15 dos doentes apresentam hemorragia na
retina
8- Achados hematológicos
- - Anemia (geralmente normocrómica, normocítica)
- Diminuição dos reticulócitos e da sobrevida dos
eritrócitos - Hemorragias activas
- - Alterações funcionais e morfológicas dos
neutrófilos - Alteração da fagocitose e migração
- Lobulação e granulação alteradas
- - Trombocitopenia
- Diminuição da produção e da sobrevida das
plaquetas - Plaquetas grandes e bizarras, com granulação
anormal - Incapacidade de agregação
- Avaliação pré-tratamento
- Estudo da história clínica, exame físico, exames
complementares de diagnóstico (laboratoriais e
radiológicos), acompanhado de aconselhamento ao
paciente. -
- Deve-se clarificar o subtipo de LAM e avaliar a
integridade funcional de sistemas e orgãos, para
poder decidir qual o tipo de tratamento mais
adequado e poder avaliar o prognóstico da doença.
9- Factores prognósticos (influenciam a entrada em
remissão completa, a duração dessa
mesma remissão e a possibilidade de cura da
LAM) - Estudando o sangue e medula óssea
-
- ? Neutrófilos (sangue) 1500 µL
- ? Plaquetas 100000 µL
- ? Blastos circulantes ausentes (lt5 na medula
óssea) - ? Presença de 3 linhagens em maturação na
medula óssea, com celularidade gt 20 - ? Leucemia extramedular não deve estar presente
-
- Nota A Hb e o hematócrito não são
considerados. - Para doentes em remissão completa, são usadas
técnicas de RT-PCR e FISH para se detectar doença
residual e assim avaliar a necessidade de
tratamento adicional e/ou alternativo.
10- Factores de risco para o tratamento
- Idade ao diagnóstico quanto mais avançada a
idade, pior o prognóstico (LAM mais resistente) - Doenças crónicas concomitantes limitam a
tolerância à terapêutica rígida da LAM - Achados cromossómicos e marcadores celulares
- Bom prognóstico t(821), inv(16) e t(1517)
- Mau prognóstico inv(3)
- Intervalo sintomático prolongado com citopenias
a preceder o diagnóstico doenças hematológicas
prévias diminuição do tempo de sobrevivência do
doente (quando mais prolongada a doença, menor a
resposta à quimioterapia) - Leucócitos muito elevados durante a remissão
completa (gt100000 uL) a duração da remissão
completa é inversamente relacionada com a
contagem de leucócitos ou mieloblastos
circulantes
11Diagnósticos diferenciais
- Leucemia aguda em crianças com síndrome de Down
deve distinguir-se de doença mieloproliferativa
transitória - Pseudoleucemia (situação em que o aspecto da MO é
semelhante à leucemia promielocítica) resultante
de agranulocitose por Pseudomonas aeruginosa ou
induzida por drogas os valores de plaquetas
podem ser normais mas a leucopenia é mais
acentuada que na LAM e os promielócitos não tem
Auer rods - Reacções do tipo leucémico e pancitopenias
não-leucémicas devem distinguir-se da LAM pela
ausência de blastos leucémicos no sangue ou MO.
12TRATAMENTO
- 2 fases
- Indução (CR)
- Pós-remissão (prolongar sobrevida e curar)
- Nota muito importante a influência da idade
13INDUÇÃO
- QT com citarabina e antraciclina
Antimetabolito específico para a fase S do ciclo
celular
Inibe a topoisomerase II, originando quebras do
DNA
Interfere na síntese de DNA
14(No Transcript)
15- Depois da indução, faz-se o estudo da MO para
determinar se leucemia foi eliminada. - Se existirem gt5 dos blastos com 20
celularidade, o doente tem de retomar o tx com
citarabina e antraciclina em doses similares às
iniciais. - Em doentes que falham a CR depois de 2
induções, opta-se por transplante alogénico das
stem cells, se existir um dador apropriado.
16- Cuidados de suporte
- Vigiar níveis de granulócitos
- Vigiar níveis de plaquetas
- CVC
- Vigiar níveis de GR e manter níveis de Hb gt80g/L
- Assegurar sangue necessário para transfusões
- Estudo viral
17- As infecções são a maior causa de mortalidade e
morbilidade, durante a indução e pós-remissão. - A administração profiláctica de antibióticos na
ausência de febre é controversa. Em doentes com
febre, é instituída a administração de
antibiótico ( antifúngico, depois do 7ºdia). A
vancomicina é usada se houver suspeita de Gram
ou mucosite ou em neutropénicos com febre há mais
de 3 dias. - Para pacientes que têm atc para o vírus herpes
simplex, a profilaxia com aciclovir é efectiva na
prevenção de reactivação das infecções.
18PÓS-REMISSÃO
- Erradicar todas as células leucémicas residuais
- Prevenir recaídas e aumentar a sobrevida
lt55/65 A QT intensiva e SCT alogénico ou autólogo
gt55/65 A QT ou SCT alogénico não
mieloabelativo ou Novos agentes
19RECIDIVAS
-
- Factores que predispõem a recidiva
- - duração da CR
- - CR em 1 ou 2 fases
- - tipo de terapia pós-remissão
20-
- Para doentes com gt60 A
- gemtuzumab ozogamicina atc antiCD33 ligado a
caliqueanicina (antibiótico antitumoral)
21Bibliografia
- Kasper, Braunwald, Fauci, Hauser, Longo, Jameson.
Harrisons Principles of Internal Medicine
McGraw-Hill (2005) 16th Edition - Lee, Bithell, Foerster, Athens, Lukens.
Wintrobes Clinical Hematology 2nd volume Lea
Febiger (1993) 9th Edition - Williams, Beutler, Erslev, Lichtman. Hematology
McGraw-Hill (1990) 4th Edition - The Leukemia Lymphoma Society
www.leukemia-lymphoma.org - National Cancer Institute - http//www.meds.com/pd
q/myeloid_pro.html - OncoLink Abramson Cancer Center of the University
of Pennsylvania www.oncolink.com - Massachusetts General Hospital Cancer Center
www.massgeneral.org/cancer - Medline Plus Encyclopedia www.nlm.nih.gov/medlin
eplus - National Marrow Donor Program
www.marrow.org/PATIENT/aml.html - Merck Manual 2nd Home Edition, online version
www.merck.com/mmhe
22História Clínica
23IDENTIFICAÇÃO
- MLPP, ?, 71 anos
- Reformada
- Natural de Paços de Ferreira, reside em Freamunde
- Casada, 1 filha
24HISTÓRIA CLINICA
- Residiu 34 anos em França, durante os quais
prestou serviços domésticos em casa de
particular. - Regressou a Portugal em 2001, altura pela qual
começaram a aparecer os primeiros sintomas,
nomeadamente fadiga para pequenos esforços, sem
dor. Nega qualquer outra sintomatologia para além
desta. Terá procurado o médico assistente, tendo
este pedido análises sanguíneas as quais
revelaram anemia.
25HISTÓRIA CLÍNICA
- Refere agravamento dos sintomas, sobretudo
cansaço, a partir de 2002, pelo que foi
encaminhada para o Hospital de Penafiel. Aí terá
realizado análises sanguíneas. O médico
assistente terá considerado o encaminhamento para
a consulta externa de Hematologia do HSJ a fim de
realizar exames mais precisos. Os exames
complementares terão revelado anemia crónica,
pelo que nesse mesmo ano realizou transfusões
sanguíneas. Desde então é seguida neste serviço
com regularidade.
26HISTÓRIA CLÍNICA
- Refere uma transfusão a 11/03/2003 em virtude de
um episódio agudo de agravamento da
sintomatologia. Durante este episódio refere
também a realização de mielograma, o qual
apresentou alterações. Foi seguida semanalmente
na consulta e de duas em duas semanas fazia
análises sanguíneas. Ter-lhe-ão dito que teria
uma deficiência na produção dos componentes
sanguíneos, por alteração da medula óssea, tendo
por isso de realizar transfusões regulares.
27HISTÓRIA CLÍNICA
- Há cerca de 2 meses foi convocada para consulta
no HSJ pois o hemograma e mielograma de rotina
revelaram alterações blastos no sangue
periférico associados a trombocitopenia agravada
mielograma com 32 de blastos citogenética
normal. Deu entrada a 16/11/2005 para a
realização de protocolo de quimioterapia - início 53 de blastos
- a neutropenia foi transitória
- após 12 dias de quimioterapia registou-se um
aumento de linfócitos, tendo sido detectados
blastos circulantes - não fez 2ª dose de GO (Gemtuzumab Ozogamicina
anti CD 33) prevista para o 14º dia, tendo
iniciado MICE ao 15º - ao 8º dia de MICE registou-se nova aplasia a qual
durou 17 dias - a avaliação da medula óssea pósarranque revelou
critérios morfológicos e fenotípicos de remissão
completa.
28HISTÓRIA CLÍNICA
- A 16/01/2006 foi internada para iniciar o
protocolo de quimioterapia de consolidação - doente bem disposta, com exame físico sem
alterações de novo - teve uma infecção ocular celulite/blefarite a
qual foi tratada e já se encontra resolvida - plano rotinas, avaliação da função cardíaca e
quimioterapia conforme o protocolo. - Dada a idade da doente não se equaciona o
transplante de medula.
29HISTÓRIA MÉDICA PRÉVIA
- Sarampo aos 6 anos de idade
- Varicela em idade que não sabe precisar
- Hipertensa desde os 50 anos, medicada e
controlada (não sabe precisar medicação) - Diabética insulinodependente desde 2003
- Nega dislipidemia
- Refere terapêutica com cortisona há 7 anos para
um problema ósseo que não sabe precisar - Menarca aos 14 anos, menopausa aos 54 anos,
medicada com terapêutica hormonal de
substituição - Refere apendicectomia há cerca de 30 anos há
cerca de 5 anos realizou cirurgia ao joelho em
virtude de um traumatismo - Tirar véu atrás do útero aos 56 anos
- Refere ter efectuado vacina anti-gripal
- Refere alergia à medicação hormonal de
substituição pelo que terá suspendido a mesma.
30HISTÓRIA OCUPACIONAL E AMBIENTAL
- Consumo de 20g álcool/dia
- Refere viagem a França, terá permanecido 34 anos
naquele país - Refere contacto com porcos, galinhas e cães.
31HISTÓRIA FAMILIAR
- Mãe refere asma e bronquite, terá falecido aos
80 anos por problemas cardíacos - Pai terá falecido aos 80 anos em consequência de
um carcinoma na próstata - Tem 8 irmãos sendo todos eles saudáveis.
32HISTÓRIA SOCIAL
- Não sabe ler nem escrever, não frequentou a
escola - Vive em Freamunde com o marido em casa da filha,
boas condições.
33INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMAS
- Geral
- Nega intolerância ao frio ou ao calor bem como
qualquer tipo de exposição a radiações. - Refere diminuição do peso habitual,
fatigabilidade, anemia, tendência a hemorragias e
transfusões sanguíneas.
34INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMAS
- Pele e Faneras
- Refere equimoses fáceis. Refere queda do cabelo e
alteração na textura das unhas após inicio de
quimioterapia. - Cabeça
- Refere vertigens.
- Olhos
- Refere uso de óculos desde há um ano por miopia
- Ouvidos
- Nega qualquer sintomatologia ou patologia
- Nariz
- Nega qualquer sintomatologia ou patologia
- Boca e Garganta
- Tem dentes tratados, 2 implantes
35INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMAS
- Pescoço
- Nega qualquer sintomatologia ou patologia
- Tórax
- Refere tosse e asma
- Cardíaco
- Nega palpitações ou dor torácica.
- É hipertensa desde os 50 anos (vide supra
historia médica prévia) - Último ECG estava normal
- Vascular
- Nega edemas, refere dor nas pernas
- Mama e Genital
- Refere realização de mamografia e
colpocervicocitologia anuais os últimos não
revelaram alterações
36INTERROGATÓRIO POR APARELHOS E SISTEMAS
- Gastrointestinal
- Refere diminuição do apetite.
- Nega hematemeses ou melenas.
- Urinário
- Nega qualquer sintomatologia ou patologia
- Músculo Esquelético
- Refere diminuição da força muscular e ciatalgia
- Neurológico
- Nega qualquer sintomatologia ou patologia.
37EXAME FÍSICO
- OBSERVAÇÃO GERAL
- Doente consciente, colaborante e orientado no
tempo, espaço e em relação aos outros. Razoável
estado geral e nutricional. Idade aparente
superior à idade real. Sem posição preferencial
no leito. Queda total do cabelo devido à
quimioterapia. Hidratado. Pele e mucosas sem
palidez e cianose e anictéricas. - SINAIS VITAIS
- Pulso Arterial Radial 78 pulsações/minuto
rítmico, amplo, regular, simétrico e sustentado - P.A 140/75 mmHg (MSE, posição sentado)
- F.R 11 ciclos/minuto, regular
- T. Axilar 37,2º C
- DADOS ANTROPOMÉTRICOS
- Altura 1,55 m Peso 54,2 Kg
IMC 22,56 Kg/m2
38EXAME FÍSICO
- CABEÇA
- Crânio sem dismorfias, cicatrizes ou
tumefacções. - Face mímica facial simétrica. Corrugação da
fronte normal. Sem tumefacções e telangiectasias.
Sem dor à palpação dos seios perinasais. - Olhos diminuição da acuidade visual (usa
óculos). Sem edema palpebral. Mobilidade
palpebral e ocular normal. Conjuntivas coradas e
hidratadas. Escleróticas anictéricas. - Ouvidos Pavilhões auriculares com implantação,
configuração e consistência normais. Sem
ulcerações, nódulos ou escorrências. Canais
auditivos externos sem lesões e sem escorrências.
- Nariz septo em posição central. Sem
escorrências, pólipos ou tumefacções. - Boca lábios com coloração normal, hidratados e
sem lesões. Peças dentárias em razoável estado de
conservação. Mucosa bucal hidratada e sem lesões.
Língua e palato sem alterações. Orofaringe sem
sinais inflamatórios. Glândulas salivares de
consistência e dimensões normais. Sem nódulos e
não dolorosas à palpação.
39EXAME FÍSICO
- PESCOÇO
- Inspecção Simétrico e sem tumefações. Ausência
de turgescência venosa jugular a 45ºe sem refluxo
hepato-jugular. - Palpação Canal laríngeo-traqueal central, móvel
e indolor. Pulsos carotídeos presentes
bilateralmente, simétricos e rítmicos, amplos,
regulares e sustentados. Sem frémitos. Tiróide
não palpável - Auscultação Pulsos carotídeos sem sopros.
Tiróide sem sopros.
40EXAME FÍSICO
- TÓRAX
- Sem cicatrizes ou outras lesões cutâneas. Sem
telangiectasias. Distribuição pilosa de acordo
com o sexo e idade. - Sem deformidades e sem rede venosa superficial
visível. Simétrico e de configuração normal. - APARELHO RESPIRATÓRIO
- Inspecção movimentos respiratórios de amplitude
normal, rítmicos e com relação expiração/inspiraçã
o normais. - Palpação expansibilidade simétrica. Sem frémitos
e sem dor à palpação. Sem alteração na
transmissão das vibrações vocais. - Percussão ressonância típica em toda a área
pulmonar. Macicez abaixo do 7º espaço intercostal
direito corresponde à área hepática. - Auscultação sons respiratórios simétricos e
normais. Ausência de sons adventícios. - ÁREA CARDÍACA
- Inspecção área de impulso máximo e outras
pulsatilidades não visíveis - Palpação área de impulso máximo não palpável.
Ausência de frémitos - Auscultação 1º e 2º sons cardíacos normais,
rítmicos e regulares. 3º e 4º sons não audíveis.
Ausência de outros sons.
41EXAME FÍSICO
- ABDOMÉN
- Inspecção Mobilidade normal com os movimentos
respiratórios. Sem circulação colateral,
distensão ou hérnias. Cicatriz umbilical de
conformação e implantação normal. - Palpação indolor à palpação superficial e
profunda e sem rigidez. Sem hepatoesplenomegalia
palpável. - Percussão timpanismo normal. Sem macicez
variável nos flancos. Sinal da onda líquida
negativo. - Auscultação sons hidroaéreos presentes, de
características normais e sem sopros - Fígado limite superior à percussão no 7º espaço
intercostal direito na linha médio-clavicular.
42EXAME FÍSICO
- MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
- Inspecção Sem deformidades ou posições viciosas.
Leito ungueal sem hemorragias, palidez ou
cianose. Sem hipocratismo digital. Veias
varicosas superficiais em ambos os MI. Mobilidade
activa preservada. - Palpação Sem edemas e massas palpáveis.
Movimentos passivos e contra resistência normais.
Articulações sem tumefacções. Pulsos radial,
femural, tibial posterior e pedioso simétricos,
rítmicos, amplos, regulares e sustentados.
Articulações sem tumefacções.
43EXAME FÍSICO
- DORSO
- Inspecção sem deformidades e sem posições
viciosas. Sem desvios nos planos sagital e
coronal. Mobilidade activa preservada. - Palpação mobilidades passiva preservadas. Sem
dor à palpação de estruturas vertebrais. - CADEIAS GANGLIONARES
- Sem adenomegalias palpáveis ao nível dos gânglios
pré e retroauriculares, cervicais,
supraclaviculares, axilares e inguinais. - EXAME GENITAL E RECTAL não efectuados.
44EXAME FÍSICO
- EXAME NEUROLÓGICO
- Consciente, atenta e orientada no tempo, no
espaço e em relação aos outros. - Pupilas de diâmetro médio, isocóricas e
fotorreactivas. Reflexo acomodação-convergência
preservado. Exame oftalmoscópio sem alterações. - Pares craneanos II-XII sem alterações.
- Sensibilidade (proprioceptiva, táctil e dolorosa)
e força conservadas. Reflexos osteo-tendinosos
presentes bilateralmente e semelhantes. Sem
alterações da coordenação e do equilíbrio. - Sem alterações da marcha.
- Testes de Rinne e Weber normais. Exame otoscópio
sem alterações - Prova de Romberg, dinanometria, prova dedo-nariz
e prova calcanhar-joelho sem alterações.
45Exames Complementares de Diagnóstico
Hemograma 23/01/06
Leucopenia
WBC 0.4 L 103/mm3 RBC 2.95
l 106/mm3 HGB 9.1 l g/dL HCT 26.2
l MCV 89 fl µm3 MCH 30.9 pg MCHC 34.8 g/dL RDW
11.0 l PLT 42 L 103/mm3 MPV 8.2
µm3 PCT 0.034L PDW 19.5 h
Anemia normocrómica normocítica
Linfocitose
LYM 65.7 H 0.23L MON 3.9 0.01L NEU 28.0
L 0.10L EOS 1.3 0.00 BAS 1.1 0.00
Trombocitopenia
Neutropenia
46Exames Complementares de Diagnóstico
Marcadores víricos 18/01/06
Marcadores HIV Resultados
anteriores(07/11/05) HIV (Ag Ac
HIV-1/2) 0.1 (NRlt0.9)-(Rgt1.1) 0.1 Marcadore
s Hepatite C Atc. HCV 0.1
(NRlt0.9)-(Rgt1.1) 0.0 Marcadores Hepatite B
Atg. HBs 0.3 (NRlt0.9)-(Rgt1.1) 0.3
Atc. HBc 1.3 (NRlt0.9)-(Rgt1.1) 2.9
Atc. HBs 1.2 (NRlt0.9)-(Rgt1.1) 0.5
47Exames Complementares de Diagnóstico
Hemostase
APTT 29.8 seg (24.5-36.5) T. Quick 12.8
seg (11.0-13.3) Fibrinogénio 391
mg/dL (190.0-400.0)
17/01/06
23/01/06
APTT 35.7 seg (24.5-36.5) T. Quick 12.4
seg (11.0-13.3) Fibrinogénio 414
mg/dL (190.0-400.0)
48Exames Complementares de Diagnóstico