Title: Apresenta
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENT
O DE FISIOLOGIA CFS CCB PROFESSORA Dr. MARTA
PASCHOALINI ALUNO JULIANO CÓRDOVA
VARGAS OBESIDADE Florianópolis, Junho de 2005
2Regulação do peso corporal
3- Ingestão de Alimentos o início da ingestão de
alimento pode ser influenciado por variáveis
externas e internas como - Fatores emocionais
- Momento ao longo do dia
- Disponibilidade e palatabilidade da comida
- Ameaças do ambiente.
- Término
- Controle mais bem controlado biologicamente.
4- Marcadores ambientais na ingestão de alimento
- O SNC recebe estímulos sensoriais antes da
ingestão de alimento - Visuais, olfativos, auditivos memória de
experiências passadas influenciam a ingestão de
alimento. - Contribuem para a fase cefálica da ingestão de
alimento que consiste da salivação e secreção de
hormônios do TGI.
5- Sinais de saciedade do TGI
- Mecano- e quimioceptores regulam a curto prazo a
ingestão de alimento - regulam o tamanho da refeição induzindo o
término da ingestão e, determinando o intervalo
entre as refeições. - Essas informações entram no NTS e projetam-se
para o n. arqueado, n. paraventricular e n.
dorsomedial do hipotálamo e hipotálamo lateral.
6Mecanoceptores
- Mecanoceptores no estômago sinalizam ao cérebro o
seu grau de estiramento. Um aumento no seu volume
reduz a quantidade ingerida no refeição seguinte.
- Obesos parecem possuir um estômago com uma
capacidade 75 maior que as pessoas com peso
normal. O esvaziamento gástrico nos 30 min
iniciais parece ser mais rápido em obesos.
7(No Transcript)
8- Hormônios do TGI
- CCK x gorduras x proteínas
- Ação Reduz a ingestão de alimento através da
estimulação de aferentes vagais.. - GLP1 liberado pela presença de nutrientes,
hormônios e sinais neurais do TGI. Produzido no
íleo e colon. - Ação Reduz o esvaziamento gástrico e a ingestão
de alimento.
9- Exendina veneno do monstro de gila
- Ações análogas ao GLP1
- Reduz glicemia de jejum
- Reduz esvaziamento gástrico
- Reduz ingestão de alimentos.
- Uso tratamento de obesidade e diabetes.
10 Ghrelina liberação jejum Produção
estômago. Ação aumenta a ingestão de alimentos
ação sobre o núcleo arqueado. Níveis reduzidos
em obesos.
11- Regulação da ingesta por substratos energéticos
- Glicose
- a ingestão de alimento é precedida por uma
ligeira queda na glicemia. - A hipoglicemia ou a redução na utilização de
glicose pelo neurônio induz aumento na ingestão
de alimento. No hipotálamo existiriam neurônios
sensíveis à glicose/insulina. - Gorduras e Corpos cetônicos
- Redução da ingesta.
- Drogas que inibem a beta-oxidação
- Aumento da ingesta.
12Homeostase energética
- A homeostase energética envolve a integração de
sinais aferentes de longo prazo do tecido adiposo
(leptina) e da célula beta pancreática (insulina)
com sinais aferentes de curto prazo sinais que
partem do intestino e estão relacionados a
ingestão de alimento, incluindo os sinais
inibidores da alimentação (peptídeo YY, PYY
GLP-1 e CCK), e os estimuladores da alimentação
(ghrelin). - Esses sinais são integrados dentro do cérebro e
regulam a ingestão de alimento, o gasto
energético, o estado neuroendócrino, incluindo a
reprodução e o crescimento.
13(No Transcript)
14- Insulina
- Secreção de insulina é estimulada pela presença
de carboidratos e aminoácidos na dieta. - Receptores para insulina são localizados no SNC.
- Insulina atravessa a BHE através de
transportadores ou através do órgãos
circunventriculares. - Ação reduz a ingestão de alimento.
- Níveis circulante de insulina são proporcionais
ao tamanho do tecido adiposo e serve como medida
da reserva energética do organismo.
15- Leptina
- Leptina é produzido pelo tecido adiposo.
- sinaliza ao hipotálamo a quantidade de gordura
armazenada no tecido adiposo. - Leptina aumenta com a elevação na quantidade de
tecido adiposo. - Leptina diminui no jejum e aumenta com a
alimentação nesse caso (sem alteração na reserva
adiposa) sua secreção parece ser regulada pela
insulina. - Leptina atravessa a BHE através de
transportadores ou através do órgãos
circunventriculares (através da eminência mediana
influencia o n. arqueado do hipotálamo).
16Camundongos obesos
17(No Transcript)
18- Experimentos com circulação cruzada
- Ob/Ob obeso não produz leptina.
- Db/Db defeitos no sistema de recepção de
leptina.
19Criança obesa por deficiência na produção de
leptina
20- Gasto energético
- Modelos animais mostram que a obesidade pode ser
resultado de uma redução no gasto energético. - Cada indivíduo tem um ponto de referência para a
massa adiposa. - Quando ocorre um aumento na massa adiposa ajustes
homeostáticos são desencadeados provocando um
aumento no gasto energético. - Obesos podem ter um gasto energético normal com
um ponto de referência para massa adiposa
deslocado para cima.
21- Categorias de gasto energético
- Atividade física
- Gasto obrigatório
- Termogênese
- Modificações ciclos fúteis desacoplamento da
cadeia fosforilativa, aumento na atividade de
bombas (ciclo fútil)
22(No Transcript)
23- Atividades que demandam gasto energético
relevante - Contração muscular
- Bomba de sódio
- Bomba de cálcio
- Síntese proteica.
24(No Transcript)
25- Circuitos centrais envolvidos na ingestão
alimentar - Papel do hipotálamo e de estruturas do tronco
cerebral - Núcleos hipotalâmicos
- Paraventricular
- Arqueado
- Ventromedial
- Dorsomedial
- Região perfornical.
26(No Transcript)
27Núcleo Arqueado
- O Núcleo Arqueado recebe todas as informações
referentes ao estado metabólico. - Arqueado está localizado bastante associada com
uma outra pobre em barreira hemato-encefálica a
eminência mediana. - Dessa forma , a hormônios como Insulina e
Leptina poderiam ter fácil acesso a esse núcleo. - Dali partiriam projeções para
- Paraventricular
- Dorsomedial
- Lateral região perifornical.
28- Núcleo Arqueado
- Sistemas peptidérgicos
- NPY x AGOUTI x POMC (Sistema melanocortina)
- Destruição do arqueado não provoca alterações
metabólicas ou na ingestão de alimentos. - Causa
- Influências excitatórias e inibitórias removidas.
29- Influências sobre ingestão alimentar e gasto
energético (em relação ao arqueado) - Excitatórias NPY e AGRP.
- Inibitórias POMC e CART.
30- Alfa MSH
- Produto da POMC (Pró-opimelanocortina)
- Regulação da ingestão de alimentos
- Interação com receptores MC3 e MC4.
31- Importância do sistema camundongos amarelo
agouti - Esses camundongos são
- Obesos
- Hiperfágicos
- Hiperinsulinemia.
32 Agouti expressão folículo piloso, onde é
antagonista do alfa MSH, atuando no receptor MC1
do melanócito. Efeito antagônico muda produção
de melanina cor amarelada da pelagem do
camundongo.
33 Agouti também gera obesidade por antagonizar
alfa-MSH, no receptor MC4. Remoção de MC4
hiperfagia e obesidade em camundongos.
34Sistema melanocortina Peptídeo agouti
co-expressado nos neurônios NPY. Papel Antagonis
ta endógeno do alfa-MSH, impedindo a ação deste
último no receptor MC3 e MC4. Resultado Aumento
na ingestão e redução no gasto energético.
35- NPY
- Estimulador da ingestão de alimentos.
- Administração repetida no hipotálamo
- Hiperfagia
- Obesidade
- Diminuição da termogênese
- Diminuição do tecido adiposo marrom
- Hiperinsulinemia.
- Obesidade sem hiperfagia é possível.
36- Níveis de NPY
- Respondem às modificações energéticas
- Aumenta durante o jejum
- Expressão aumentada em modelos animais de
obesidade ex camundongos ob/ob. - Camundongos nocaute para NPY
- Peso sem alteração e ingestão de alimento também
sem alteração.
37- AGRP
- Produção neurônios NPY
- Ligante do receptor de melanocortina
- Ligação com receptor impede ação antagonista
ex MSH.
38- Cart
- Transcrito regulado por cocaína e anfetamina.
- Ação inibição da ingestão alimentar.
- RNA mensageiro para o cart locais
- ARC
- PVN
- Núcleo supraóptico
- VMH.
39(No Transcript)
40- Cart
- Ratos fa/fa e camundongos ob/ob apresentam
redução na sua expressão no ARC e DMH. - Administração de leptina em camundongos ob/ob
aumenta a expressão do CART. - A administração do CART impede o aumento na
ingestão de alimento induzida pelo NPY.
41 Hormônio concentrador de melanina Produção
neurônios do hipotálamo lateral e zona
incerta. Administração aumenta a ingestão de
alimentos. Camundongos obesos / jejum produção
elevada.
42- Hipocretinas / orexinas
- Produção hipotálamo lateral, perifornical e
dorsal. - Orexinas A e B
- Aumentam a ingestão de alimentos
- Jejum produção elevada.
43 CRT, TRH, ocitocina AçãoRedução da ingestão
de alimentos. Atuação Núcleo paraventricular do
hipotálamo.
44(No Transcript)
45(No Transcript)
46(No Transcript)
47- Tronco cerebral
- Receptores para leptina
- Receptores para insulina.
- Mecanismos sensíveis à
- Glicose, neuropeptídeos.
- A presença desse sistema seria suficiente para
garantir a ingestão de alimento.
48(No Transcript)
49- Respostas neuroendócrinas no jejum
- As respostas neuroendócrinas de jejum dependem de
informações que partem do tronco cerebral até o
hipotálamo. - Aferentes viscerais chegam no tronco cerebral e
essas informações processadas nele ou indo até o
hipotálamo induziriam mudanças - na atividade autonômica, no sistema
hipotálmo-hipófise e nos comportamentos
associados à ingestão de alimento e ao gasto
energético.
50- Outras áreas
- Motora busca, obtenção e processamento
- Córtex motor
- Gânglios da base
- Substância nigra.
- Motivacionais
- Núcleo acumbens.
51Obesidade
- O aumento no número de crianças e adultos obesos
pode ser explicado, em parte, por mudanças no
nosso ambiente nos últimos 30 anos, em particular
um suprimento de alimento ilimitado, altamente
palatável e rico calorias associado a um estilo
de vida com baixos níveis de atividade física. - Entretanto, a obesidade representa uma interação
complexa entre fatores ambientais, herança
genética e comportamento que podem influenciar a
resposta de um individuo a dieta e à atividade
física. - A propensão por obesidade deve fazer arte de
nossa evolução, tendo emergido recentemente em
larga escala como o resultado de mudanças no
ambiente. Em particular, na maior
disponibilidade de alimento e mudanças na sua
composição, acompanhada por uma redução na
atividade física.
52Obesidade na criança
- A obesidade em crianças e adolescentes afeta
entre 10-25 dessa população em países
desenvolvidos. - Mesmo a criança mais magra está mais gorda do que
no passado. - A obesidade na criança trará conseqüências a
longo prazo no adulto que foi uma criança obesa.
53As causas de ganho de peso na criança
- A susceptibilidade genética explica as diferenças
entre os indivíduos no ganho de peso. - Os fatores ambientais, particularmente
comportamentos ligados a dieta e atividade
física, tem uma participação importante nos casos
de obesidade no presente momento. - O excesso de peso adquirido é o resultado de um
aumento no balanço energético positivo que vai
acumulando ao longo do tempo.
54As causas de ganho de peso na criança
- Comparações na dieta ingerida nas duas últimas
décadas mostram que não ocorreram alterações na
quantidade de energia ingerida. - Aparentemente, a redução no gasto energético é o
principal fator contribuindo para elevação no
número de obesos.
55Gasto energético
- O gasto energético compreende 3 componentes
metabolismo basal, termogênese e atividade
física. - A atividade física é o comportamento que pode ser
modificado - Ainda não está claro se o risco de obesidade está
associado a uma redução na atividade física
vigorosa/moderada ou a um aumento no
sedentarismo. - O sedentarismo tem sido identificado como um
possível fator de risco para obesidade. - Deve acontecer uma interação importante entre o
sedentarismo e os hábitos alimentares somado ao
controle da ingestão de alimento.
56Sedentarismo
- Assistir televisão tem sido considerado um fator
fundamental, com estudos mostrando um aumento na
associação entre o número de horas gastas
assistindo TV e medidas de obesidade. - Ver TV provoca uma mudança importante nos hábitos
alimentares. - Nos anos recentes, a quantidade de tempo gasto
por uma criança vendo TV tem sido substituído por
outros produtos de mídia como computadores e
vídeos games.
57Tamanho da refeição
- Está bem documentado o aumento nas porções padrão
de alimento oferecidas às criança e aos adultos,
incluindo petiscos, bebidas, fastfood e refeições
servidas em restaurantes. - Estudos experimentais mostraram que uma criança
de 3 anos não é afetada pelo tamanho da refeição
servida. - No entanto, uma criança de 5 nos exibe um aumento
na conservação de energia com o aumento no
tamanho da refeição.
58Balanço energético
- Essas observações sugerem mudanças no sistema de
regulação de balanço energético com o avanço da
idade. - Crianças mais velhas podem ser mais influenciadas
pelos fatores ambientais do que pelos sinais
biológicos inatos que geram a saciedade.
59Alimento industrializado
- Alimentos embalados em pacotes podem estimular
um consumo exagerado desde que a quantidade de
alimento consumido é freqüentemente influenciada
pelo tamanho da refeição, - Além disso, o conceito de sobrar comida é
indesejável em muitas culturas. - Dados da literatura mostram que uma criança
consome mais alimento quando é servida a ela uma
grande porção do que quando ela tem liberdade
para servir a si própria.
60Alimentação fora de casa
- A alimentação fora do ambiente doméstico tende a
ser mais rica em calorias ( tem mais gordura e
menos fibra) do que a comida preparada em casa. A
refeição também pode ser servida em porções
maiores. - A alimentação fora de casa reflete, em parte, o
declínio no consumo de uma refeição e o aumento
na ingestão de petiscos, salgadinhos. - Existe uma tendência em ocorrer um afastamento da
tradição de consumir 3 refeições ao dia, em
direção a ingestão de alimento mais freqüente e
informal, descritas comobeliscos.
61Peso corporal X obesidade
- Estudos epidemiológicos indicam que o tamanho no
nascimento pode influenciar o ganho de peso após
o nascimento, a distribuição de gordura e um
maior risco de desenvolver obesidade na vida
adulta. - Um estudo com 300 000 homens de 19 anos de idade,
sobreviventes da fome holandesa em 1944/5, aponta
que há um aumento de 2 vezes no risco de
obesidade nos homens cujas mães passaram por
inanição/fome no primeiro trimestre de gestação.
62- Na população atual, baixo peso ao nascimento
seguido por um rápido ganho de peso após o
nascimento parece ser um fator de risco para
posterior obesidade e deposição central de
gordura. - A transição de um baixo peso ao nascimento para
peso corporal mais elevado na infância está
associado a um risco aumentado de resistência à
ação da insulina. - Filhos de mães diabéticas risco maior de
obesidade futura.
63- Alimentos com baixo índice glicêmico pode
provocar um ligeiro aumento na glicemia e estão
associados a uma baixa resposta insulínica. - Em adultos, o consumo elevado de alimentos com
baixo índice glicêmico pode reduzir o ganho de
peso ao longo do tempo por promover saciedade e
oxidação de gordura no lugar de carboidratos.
64- Historicamente, a melhoria no sistema de
saúde/higiene e nutrição permitiu um rápido ganho
de peso pósnatal, e esse fato é refletido na
tendência de estaturas mais elevadas e
antecipação da puberdade.
65Aspectos psicológicos
- Crianças obesas e adolescentes estão sujeitas a
uma rejeição social, discriminação e imagem
negativa. - Essas experiências poderiam afetar a imagem
própria do indivíduo, provocar baixa auto estima,
insatisfação com o seu corpo e depressão. - Existe a idéia corrente de que a obesidade tem
profundos custos psicológicos. - No entanto, crianças obesas apresentam um pequeno
grau de insatisfação como próprio corpo, um
pequeno número de crianças obesas apresentam
baixa auto estima e/ou depressão.
66- Fechamento
- Mutações x obesidade x raro.
- Humanos deficientes em leptina
- Hiperfágicos
- Obesos e respondem à reposição
- Mutações no receptor MC4
- Hiperfagia
- Obesidade
- Hiperinsulinemia