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Title: Intera


1
Interações medicamentosas com Etanol e Fumo
  • Profa. Luciene Alves Moreira Marques

2
INTRODUÇÃO
  • No Brasil, uma em cada dez pessoas tem problemas
    com o uso abusivo de álcool.
  • Em 1935, Bob Smith e Bill Wilson, fundaram o AA
    (Alcoólatras Anônimos)?
  • Em 1951, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
    admitiu que o alcoolismo é uma doença.

3
  • A concentração de etanol nas bebidas é bastante
    variada
  • cervejas (4),
  • Whisky (35-40),
  • vinhos (11-12) e
  • aguardentes (38 a 54).

4
TOXICOCINÉTICA
  • Absorção é rápida através do estômago, intestino
    delgado e do cólon.
  • 20 absorvido na mucosa estomacal e 80 no
    intestino delgado.
  • Distribuição é uniforme por todos os líquidos e
    tecidos do organismo.

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  • Biotransformação
  • Através da álcool desidrogenase (ADH)?
  • Através do MEOS (microsomal ethanol oxidizing
    system
  • Pela Catalase

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ETANOL
Álcool desidrogenase
ALDEÍDO ACÉTICO
Aldeído desidrogenase
ACETATO ACETIL CoA
7
  • Na biotransformação, o álcool dá origem ao
    aldeído acético (substância tóxica) que é
    transformado em Acetato.
  • Acetato Acetil CoA AMP
  • AMP purinas ácido úrico

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Destino do acetato
  • Convertido em acetil-CoA (acetil-CoA sintase)
  • Ácidos graxos corpos cetônicos
    colesterol

9
(No Transcript)
10
  • Eliminação
  • Somente 2 a 10 do etanol absorvido é eliminado
    inalterado, sendo esta eliminação principalmente
    através dos rins e pulmões, o restante é oxidado
    no organismo a nível hepático.

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TOXICIDADE
  • Aguda
  • Alterações digestivas
  • Alterações nervosas ou psíquicas a) período de
    euforia, b) período com diminuição das faculdades
    mentais e falta de auto-controle, c) período
    comatoso, caracterizado por atonia, midríase
    (pupila dilatada), pulso lento, hipotensão
    (pressão baixa), hipotermia (queda da temperatura
    do corpo), etc.

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  • Crônica
  • Transtornos digestivos
  • Transtornos hepáticos
  • Transtornos cardiovasculares
  • Transtornos endócrinos
  • Transtornos psíquicos

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  • Transtornos digestivos
  • Anorexia e intolerância gástrica. Câncer de
    esôfago e estômago
  • Transtornos hepáticos
  • Esteatose, hepatite alcoólica e cirrose. A anemia
    é frequente

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  • Os fatores de risco para doença hepática
    alcoólica são
  • quantidade de álcool ingerida,
  • duração (tempo) da ingestão,
  • continuidade,
  • sexo feminino,
  • desnutrição,
  • substâncias hepatotóxicas em bebidas alcoólicas,
  • outras condições patológicas (obesidade,
    deposição de ferro),
  • hepatites pelos vírus B e C,
  • fator genético (predisponente)

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  • Transtornos cardiovasculares
  • Taquicardia a princípio. Aos poucos instala-se a
    dilatação cardíaca. O etanol favorece a
    aterosclerose.
  • Transtornos endócrinos
  • Pode ocasionar impotência, esterilidade, e outras
    perturbações.

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  • Transtornos psíquicos
  • Delirium tremens, alucinose alcoólica e demência,
    afeta a memória.
  • Outros
  • Neuropatia periférica em 5 a 15 dos casos.

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TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
  • A ingestão crônica de álcool leva à tolerância
    física, decorrente da adaptação do organismo aos
    efeitos do álcool.
  • Os critérios para a dependência de substâncias
    psicoativas são apresentadas na Tabela 1 e os
    critérios de abuso na tabela 2.

18
Critérios para o diagnóstico de dependência ao
álcoolPresença de 3 ou mais critérios, ocorrendo
num período de 12 meses
19
Critérios para o diagnóstico de dependência ao
álcoolPresença de 3 ou mais critérios, ocorrendo
num período de 12 meses
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Critérios para o diagnóstico de uso abusivo de
álcool
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SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
  • A interrupção abrupta da ingestão crônica do
    álcool pode resultar em síndrome de abstinência,
    que se inicia algumas horas após a última
    ingestão e dura de 5 a 7 dias.
  • Os sintomas da síndrome de abstinência do álcool
    estão relatados na Tabela 3.

22
Sintomas da síndrome de abstinência ao álcool
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TRATAMENTO
  • Intoxicações agudas
  • Lavagem gástrica com solução de bicarbonato de
    sódio
  • Provocar vômitos quando as condições forem
    favoráveis
  • Administrar bicarbonato de sódio para alcalinizar
    a urina
  • Aquecimento do paciente

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  • Administrar via I.M. cafeína com benzoato de
    sódio ou anfetamínicos. Estas substâncias
    antagonizam a depressão do sistema nervoso
    central
  • Oxigenoterapia quando necessário
  • Administração endovenosa de glicose hipertônica
    parece favorecer a oxidação do álcool. A
    administração de vitamina B1 e B6 também parece
    ter bons resultados
  • Sangria e transfusão de sangue em casos de
    alcoolemia muito elevada.

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  • Deve-se administrar primeiro a vitamina B1
    (tiamina) e depois a glicose. Caso contrário,
    pode precipitar a Encefalopatia de Wernicke e/ou
    Síndrome de Korsakoff.

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  • Intoxicações crônicas
  • Dissulfiram,
  • Metronidazol (Flagyl,

27
Interações medicamento-etanol
28
Teste de álcool
Depressor do SNC
29
Álcool deprime os mecanismos inibitórios e assim,
outros sistemas tem suas atividades em evidência
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  • Mecanismo de ação do dissulfiram ou metronidazol
    no tratamento da intoxicação crônica

Reação do dissulfiram Início 5-10
minutos Duração30 min a várias
horas Sintomas Enjôo, taquicardia, Hipotensão,
mal estar, cefaléia (dor de cabeça), vertigem
Álcool etílico álcool
desidrogenase
Aldeído aldeído desidrogenase
Produto não tóxico
METRONIDAZOL OU DISSULFIRAM
?
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  • Medicamentos que tem reação do tipo dissulfiram
    com álcool
  • Cefamandol, cefoperazona,
  • Cloranfenicol,
  • griseofulvina,
  • isoniazida
  • nitrofurantoína,
  • sulfametoxazol/Trimetoprima
  • Dinitrato de isossorbida,
  • nitroglicerina

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Fungo - micose
14 alfa metilesterol
Cit. P450
Ergosterol (membrana)
Fluconazol
Álcool
Cit. P450
33
Acetaminofeno Paracetamol
2 inalterado
94 é conjugado e excretado
O2
Composto tóxico
glutationa
excretado - não gera problema algum
HEPATOTOXICIDADE lesa o fígado e pode matar
34
Dramin
Dimenidrinato
  • anti-histamínico H1 com efeitos antieméticos e
    antivertiginoso
  • ação depressora do SNC, efeitos atropínicos

álcool
potencialização dos efeitos depressores
35
(No Transcript)
36
Antidiabéticos orais (sulfoniluréias)? clorpropami
da (Diabinese gt48 h) hipoglicemia grave em
idoso glibenclamida (Daonil 12-24 h)? gliclazida
(Diamicron 12-24 h, Diamicron MR 24
h)? glipizida (Minidiab 12-24 h)? glimepirida
(Amaryl 24 h)? álcool efeito dissulfiram
Antidiabéticos orais Insulina álcool
Metformina Glifage , Glucoformin
Dimefor Dano hepático
hipoglicemia
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  • Cimetidina (Tagamet) álcool
  • Aumenta a concentração da cimetidina e promove
    danos no Sistema Nervoso Central
  • Aumenta os efeitos do álcool
  • Inibição da álcool desidrogenase gástrica, ? a
    biodisponibilidade do álcool e inibição do
    metabolismo hepático do álcool.

38
  • Cetoconazol alcool
  • Reação semelhante ao dissulfiram. Mecanismo não
    conhecido.
  • Metoclopramida (Plasil) álcool
  • Aumenta a sedação pelo álcool

39
  • AAS (ácido acetil salicilico) álcool
  • Aumenta o risco de sangramento do estômago e
    intestino
  • Atenolol ou propranolol álcool
  • Aumenta o risco de hipotensão ou depressão do
    Sistema Nervoso Central

40
  • Verapamil (Dilacoron) álcool
  • O verapamil reduz a eliminação do etanol e
    aumenta a intoxicação.
  • Antibióticos e antiinflamatórios álcool
  • Reação do tipo dissulfiram.

41
  • Álcool anticoagulantes cumarínicos
    potencialização (competição por enzimas
    hepáticas)?

42
Ranitidina, Famotidina, nizatidinainfluenciam
o metabolismo do álcoolpor inibição de enzimas
que o biotransformam no fígado e no estômago.
  • Metoclopramida, eritromicina, AAS
  • aumentam a absorção de álcool no intestino delgado

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Jamais associar álcool com
  • Antidepressivos
  • Amitriptilina (Tryptanol)?
  • Fluoxetina (Prozac)?
  • Paroxetina (Aropax)?
  • Sertralina (Zoloft)?
  • Bupropiona (Welbutrin)?
  • Venlafaxina (Efexor), etc.
  • Anorexígenos
  • Femproporex
  • Anfepramona (Inibex S)?
  • Mazindol (Fagolipo)?
  • Ansiolíticos
  • Diazepam (Valium)?
  • Alprazolam (Frontal)?
  • Clonazepam (Rivotril)?
  • Buspirona (Buspar), etc.
  • Neurolépticos (aumenta a depressão SNC)
  • Haloperidol (Haldol)?
  • Clorpromazina (Amplictil)?
  • Levomepromazina (Neozine)?
  • Biperideno (Akineton)?
  • Clozapina (Leponex), etc.

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  • Lítio álcool
  • Aumenta a toxicidade do lítio
  • ADT álcool
  • Redução de níveis plasmáticos de ADT
  • ingestão aguda de álcool pode inibir o
    metabolismo do ADT, enquanto que a ingestão
    crônica de grandes quantidades de etanol pode
    induzir o metabolismo hepático

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TABACO Forma mais comum de uso!!
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EPIDEMIOLOGIA DO TABAGISMO
  • No mundo (OMS)
  • Considerada pandemia (1/3 da população)
  • Cinco milhões mortes/ano (6 por segundo)
  • Dez milhões mortes 2025 (70 nos paises em
    desenvolvimento)
  • Aumento entre mulheres, jovens e adolescentes

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EPIDEMIOLOGIA DO TABAGISMO
  • No Brasil (INCA)
  • 1/3 da população adulta é fumante (16,7 milhões
    homens, 11,2 milhões mulheres)
  • Cerca de 200.000 óbitos/ano pelo tabaco
  • Maioria de adolescentes e jovens tornam-se
    nicotino-dependentes aos 19 anos (sem diferença
    de sexo)
  • (www.inca.gov.br/tabagismo)

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O cigarro possui mais de 4700 substâncias. Porém,
somente uma vicia NICOTINA.
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Imipramina e Clomipramina
50
  • Benzodiazepínicos cigarro
  • Menor ação
  • 2 mecanismos
  • Metabolismo
  • Ação da própria nicotina

51
  • Insulina cigarro
  • Nicotina ação vasoconstritora, reduz absorção da
    insulina
  • Nicotina atua sobre cortisol e hormônio do
    crescimento e se contrapõe à insulina
  • Significado controverso!

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  • Diuréticos cigarro
  • O hábito de fumar diminui a diurese (hormônio
    antidiurético).
  • Estudos em humanos sobre a ação da furosemida, em
    fumantes eventuais, constataram menor diurese.
    Este achado não se repete em fumantes crônicos

53
  • OBRIGADA!
  • lumarques_at_unifal-mg.edu.br
  • lualvesmarques_at_yahoo.com.br
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