UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI - PowerPoint PPT Presentation

1 / 62
About This Presentation
Title:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI

Description:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI NCIAS JUR DICAS DISCIPLINA: Governo eletr nico na sociedade em rede - Prof. Aires Jos Rover – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:68
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 63
Provided by: Micr237
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI


1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE
CIÊNCIAS JURÍDICASDISCIPLINAGoverno
eletrônico na sociedade em rede - Prof. Aires
José RoverEstado Moderno e governo eletrônico -
Prof. Orides MezzarobaEQUIPE 3 Daiane
Tramontini Jaqueline Albino Augusto César da
Silva
  • A sociedade individualizada
  • vidas contadas e histórias vividas.
  • ZYGMUNT BAUMAN

2
CONHECENDO ZYGMUNT BAUMAN
3
TRAGETÓRIA
  • Sociólogo polonês
  • nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán.
  • Ele principiou sua trajetória acadêmica na
    Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a
    deixar a academia, em 1968, ao mesmo tempo em que
    sua obra era proibida neste país. Sem muitas
    perspectivas, o sociólogo abandonou sua pátria e
    partiu para a Inglaterra, depois de passar pelo
    Canadá, EUA e Austrália.
  • Atualmente é professor emérito de sociologia das
    universidades de Leeds e Varsóvia.

4
TEMÁTICA
  • Seus livros são povoados por ideias sobre as
    conexões sociais potenciais na sociedade
    contemporânea, comumente conhecida como
    pós-modernidade.
  • Para o sociólogo, a fluidez dos vínculos, que
    marca a sociedade contemporânea, encontra-se
    inevitavelmente inserida nas próprias
    características da modernidade, discussão esta
    que está perfeitamente retratada nas obras do
    autor

5
Sociedade Individualizada
  • Em A Sociedade Individualizada, o sociólogo dá
    continuidade em suas observações sobre a nossa
    dificuldade de vivermos em sociedade e o desafio
    da confiança e do cuidado mútuo, já tratado em
    outras obras.
  • Enfatiza a insegurança, a fragilidade dos
    relacionamentos e o individualismo.

6
Aspectos selecionados para a apresentação
  • Relações de poder e dominação
  • Privado e subjetivo
  • Ambiente social e do trabalho
  • Moralidade

7
Trabalho
  • A "modernidade pesada" era o tempo do compromisso
    entre capital e trabalho, fortificado pela
    mutualidade de sua dependência. (P. 33).
  • Mobilização sindical e equilíbrio de forças
  • O capital substitui a dependência para os
    consumidores.

8
  • A passagem da modernidade "pesada" ou "sólida"
    para a "leve" ou "liqüefeita" constitui a
    estrutura na qual a história do movimento
    trabalhista foi inscrita.. P. 43.

9
LOCAL X GLOBAL
  • ORDEM. As coisas são ordenadas se elas se
    comportam como você espera, ou seja, você pode
    não levá-las em conta quando planeja suas ações.
    Essa é a principal atração da ordem segurança
    que vem da capacidade de prever, com pequeno ou
    nenhum erro, quais serão os resultados de suas
    ações.. P. 44.

10
  • MANUTENÇÃO DA ORDEM. O estado da incerteza, a
    "impureza" das classificações, a nebulosidade e a
    porosidade das fronteiras são fontes constantes
    de medo e agressividade inseparáveis dos esforços
    de criar e manter a ordem.

11
  • GLOBALIZAÇÃO. se refere à natureza desordenada
    dos processos que ocorrem acima do território
    "principalmente coordenado" e administrado pelo
    "mais alto nível" do poder institucionalizado,
    isto é, Estados soberanos.. P. 48.

12
  • A precariedade é hoje o principal bloco
    construtivo da hierarquia de poder global e a
    principal técnica de controle social. P. 51.
  • O grau de imobilização é hoje a principal medida
    de privação social e a principal dimensão da
    falta de liberdade, um fato simbolicamente
    refletido na crescente popularidade do
    confinamento prisional como forma de lidar com os
    indesejáveis.. P. 53.
  • INVERSÃO DO NOMADISMO X SEDENTARISMO.

13
LIBERDADE X SEGURANÇA
  • A liberdade sem segurança não tende a causar
    menos infelicidade do que a segurança sem
    liberdade. P. 58.
  • ECONOMIA POLÍTICA DA INCERTEZA. O resultado
    geral desse processo é, como observa Manuel
    Castells, um mundo no qual o poder flutua,
    enquanto as políticas continuam atadas em seu
    lugar o poder é crescentemente global e
    extraterritorial, mas as instituições políticas
    permanecem territoriais e acham difícil, se não
    impossível, subir além do nível local. P. 72.

14
MODERNIDADE E CLAREZA
  • UTOPIAS - concentravam as ideias e anseios pela
    ordem e ausência de incertezas. P. 86-87.
  • QUERER X PODER - "O princípio de realidade", em
    termos simples, significa podar o "eu quero" até
    ficar do tamanho do "eu posso".. P. 89.

15
RESPONSABILIDADE E MORALIDADE
  • Quer eu admita, quer, não, sou o guardião do meu
    irmão porque o bem-estar do meu irmão depende do
    que eu faço ou do que me abstenho de fazer. P.
    96.
  • - Nossa sociedade de risco enfrenta uma tarefa
    assustadora quando se trata de conciliar seus
    membros com os riscos e pavores da vida
    cotidiana.. P. 102.

16
  • A moralidade tem apenas a ela mesma para se
    apoiar é melhor se preocupar do que lavar as
    próprias mãos, melhor ser solidário com a
    infelicidade do outro do que ser indiferente, é
    muito melhor ser moral, mesmo que isso não faça
    as pessoas mais ricas nem as companhias mais
    lucrativas.. P. 109.

17
  • IDENTIDADE E IMAGEM Em vez de construir nossa
    identidade de maneira gradual e paciente, como se
    constrói uma casa, lidamos com formas montadas
    instantaneamente, apesar de desmanteladas com
    facilidade, pintadas umas sobre as outras é uma
    identidade palimpséstica. É o tipo de identidade
    que se adapta a um mundo em que a arte de
    esquecer é um bem mais importante do que a arte
    de memorizar .... P. 115.

18
  • CIDADE, ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS. Na cidade, o
    lar de uma pessoa é um terreno hostil para outra.
    Isso é assim porque a liberdade de movimento
    dentro da cidade se tornou o principal fator de
    estratificação.. P. 117.
  • FORTALEZAS URBANAS.

19
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 1) Teoria crítica x Hospitalidade crítica
  • Teoria Crítica (Adorno e Horkheimer) defendia a
    autonomia humana e a liberdade de escolher e auto
    afirmar-se, frente ao totalitarismo. (p.133)
  • Hospitalidade crítica (novo sentido) a sociedade
    contemporânea traz uma acomodação de ação e
    pensamentos mantendo-se imune às
    consequências.(p.130)

20
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 2) Crítica ao estilo Consumidor X Produtor
  • (estacionamento de trailers)
  • (p.130/131)
  • Não criticam a filosofia gerencial não querem
    quebrar paradigmas não desafiam, renegociam o
    modelo
  • O Eu primeiro
  • Busca do melhor serviço e satisfação própria
  • Questionamento Universidade pública é serviço ao
    consumidor?

21
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 3) Sociedade moderna Modernização compulsiva
    (p.135)
  • É a modernização que não pára, a ânsia
    avassaladora e endêmica pela destruição criativa
    (ou criatividade destrutiva) para limpar o
    terreno em nome do design novo e melhorado, para
    desmantelar, cortar, defasas e diminuir em prol
    da maior produtividade ou concorrência

22
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • Ser moderno significa ser incapaz de parar
  • deve continuar movendo não tanto pelo atraso na
    satisfação como sugeriu Marx Weber mas, pela
    impossibilidade de sermos satisfeitos (p.135)
  • A satisfação está sempre no futuro é impossível
    sermos satisfeitos por completo. (p.136)

23
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 4)Indivíduo de JURE e de FACTO
  • Indivíduo de jure A quem culpar?
  • significa não ter ninguém para culpar sobre os
    seus fracassos e desilusões a não ser a si mesmo.
    (p.138)
  • Indivíduo de facto ter o controle sobre seus
    destinos e toma as decisões que assim deseja.
    Entretanto, para que seja de facto é necessário
    que seja um cidadão

24
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • Lacuna entre o indivíduo de jure e facto E essa
    brecha não pode ser preenchida apenas pelos
    esforços individuais nem pelos meios e recursos
    disponíveis dentro da política da vida. (p.139)
  • Crítica da política-vida a verdadeira libertação
    requer mais da esfera pública e do poder público
  • onde a autonomia individual carece de medidas
    públicas, na medida em que flui a sua relação
    interpessoal e o complexo meio da sociedade
    autônoma.

25
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 5) Soluções BIOGRÁFICAS para CONTRADIÇÕES
    SISTÊMICAS
  • buscamos modelos, experiências individuais para
    resolvermos questões sistêmicas.
  • Problemas do esvaziamento dos espaços públicos e
    principalmente do intermediário a Ágora.
  • o aumento da liberdade individual pode coincidir
    com o aumento da impotência coletiva na medida em
    que as pontes entre a vida pública entre a vida
    pública e privada são destruídas ou, para
    começar, nem foram construídas (Modernidade
    Líquida, p.10, 2001)

26
Onde está a Ágora?
  • Ágora era a praça principal na constituição da
    pólis, a cidade grega da Antiguidade clássica.
  • Manifesta-se como a expressão máxima da esfera
    pública na urbanística grega, sendo o espaço
    público por excelência. É nela que o cidadão
    grego convive com o outro para comprar coisas nas
    feiras, onde ocorrem as discussões políticas e os
    tribunais populares é, portanto, o espaço da
    cidadania.
  • era considerada um símbolo da democracia direta,
    e, em especial, da democracia ateniense, na qual
    todos os cidadãos tinham igual voz e direito a
    voto.
  • Fonte http//pt.wikipedia.org/wiki/C381gora

27
COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
  • 6) CRÍTICA ATUAL
  • A crítica hoje deve ser feita para reconectar os
    dois lados do abismo que se abriu entre a
    realidade do indivíduo de jure e as
    possibilidades do indivíduo de facto
    construindo uma ponte. (p.141)
  • Entender-se como cidadão para reconectar

28
COMO PENSAMOSProgresso Igual e Diferente
  • 1) O progresso tem como característica o
    desprezo à história
  • Henry Ford A história é um palavrório, em
    maior ou menos grau. Não queremos tradição.
    Queremos viver no presente e a única história que
    vale a pena é a que fazemos hoje (P.143)
  • Pierre Bourdieu para dominar o futuro,
    precisamos controlar o presente
  • 2) Vida fatiada em episódios
  • período de vida como um todo é fatiado em
    episódios enfrentados e atacados um de cada
    vez. (P.147)

29
COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
  • 1) Visão sobre a pobreza
  • o marco cognitivo é puramente econômico
    (dinheiro) o da distribuição de riqueza e renda
    e do acesso a emprego remunerado.
  • A ideia do IDH para confrontar o PIB os três
    pilares que constituem o IDH (saúde, educação e
    renda) mudança de foco

30
Vídeo Quanto Vale ou é Por Quilo? Sérgio
Bianchi
31
COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
  • 2)Pobreza Medo ambiente / insegurança
  • O restante da sociedade não pode ser libertado
    de seu medo ambiente e impotência a não ser que
    sua parte mais pobre seja libertada da penúria.
    (p. 150)
  • 2.1 o papel dos novos pobres

32
Confrontos na periferia de Londres Hackney foi
um dos bairros atingidos (agosto/2011)
  • Bauman em entrevista ao GLOBO, por e-mail, ele
    afirma que as imagens de caos na capital
    britânica nada mais representaram que uma revolta
    motivada pelo desejo de consumir, não por
    qualquer preocupação maior com mudanças na ordem
    social.
  • Não estamos falando de uma revolta de gente
    miserável ou faminta ou de minorias étnicas e
    religiosas reprimidas. Foi um motim de
    consumidores excluídos e frustrados.
  • Fonte http//oglobo.globo.com/mundo/foi-um-motim-
    de-consumidores-excluidos-diz-sociologo-zygmunt-ba
    uman-2690805ixzz22ogcK6rh

33
COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
  • 3.2. economia política da incerteza (insegurança
    ao futuro e à estabilidade)
  • o trabalho cada vez mais flexivel (contratos
    renovável trabalhos temporários, facilidade de
    demitir a baixo custo)
  • o enfraquecimento dos sindicatos etc
  • o atualmente o trabalho é visto como o custo de
    manter-se vivo.

34
Cerca de 25 mil manifestantes desafiaram uma
proibição do governo da Espanha e continuaram
acampados durante a noite desta sexta-feira em
uma praça da capital, Madri Maio/2011
  • Praça Porta do Sol
  • Fonte http//www1.folha.uol.com.br/mundo/922703-e
    m-madri-indignados-dizem-que-continuarao-acampados
    -em-praca.shtml

35
A voz do povo não é ilegal", diz cartaz colocado
em poste próximo de praça em Madri
  • "As democracias europeias foram sequestradas
    pelos mercados financeiros", indica o manifesto
    do grupo francês em palavras semelhantes às do
    manifesto da Porta do Sol, em Madri.
  • "Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda foram
    atingidos em cheio pelas políticas antissociais
    da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário
    Internacional aplicadas na ausência de um debate
    democrático", indicou a ONG francesa ATTAC.

36
Jovens (PORTUGUESES) de todo o país queixam-se
contra o discurso de inevitabilidade da
austeridade num protesto no Rossio (março/2011)
GERAÇÃO À RASCA
37
COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
  • 3) Globalização x universalização
  • Globalização é a separação entre o poder e a
    política. Os verdadeiros poderes de hoje são
    essencialmente extraterritoriais, enquanto os
    lugares de ação política permanecem locais.
    Indica o que está acontecendo conosco hoje.
  • Enquanto que universalização é aquilo que
    precisamos, devemos ou pretendemos fazer.

38
COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
  • 5-Agências globais x mercados globais e do
    capital financeiro
  • Diante desta situação insegura o autor acredita
    que devem existir a força das agência para
    combater esta visão, como ONGs, e organismos
    internacionais.
  • Como exemplo citamos o PNUD que é o Programa das
    Nações Unidas para o Desenvolvimento, fundado em
    1965 com sede em Nova Iorque.
  • Este Programa das Nações Unidas para o
    Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização
    das Nações Unidas (ONU) visa promover o
    desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo.
  • é conhecido por elaborar o Índice de
    Desenvolvimento Humano (IDH).

39
COMO PENSAMOSEducação sob, para e apesar da
pós-modernidade
  • 1) Racionalizar x treinar seres racionais
  • Cita a preocupação da ocupação dos cursos de
    curta duração e de treinamento das empresas como
    substituidores dos cursos científicos.
  • Conclui que a versão atual da teoria da evolução
    nos diz que as espécies generalistas, não
    seletivas, têm uma capacidade muito maior de
    sobrevivência do que as espécies perfeitamente
    acomodadas num nicho ecológico particular.
    (p.174)

40
COMO PENSAMOSEducação sob, para e apesar da
pós-modernidade
  • 2) Reputação/fama X jogo da notoriedade
  • A autoridade intelectual era medida pelo tamanho
    da multidão de discípulos que se arrebanhavam
  • Notoriedades são descartáveis pela mídia
  • Como a notoriedade tomou conta da fama os
    graduados das universidades estão competindo com
    estrelas pop, esportistas, terroristas sem
    qualquer chance de vencê-los.

41
COMO PENSAMOSIdentidade no mundo globalizante
  • 1) Identidade x identificação
  • estaria mais próximo da realidade do mundo
    globalizado falar de identificação, pois, nunca
    termina sempre incompleta, na qual todos nós, por
    necessidade ou escolha estamos engajados.
  • a busca da identidade é o efeito colateral e o
    subproduto da combinação das pressões
    globalizantes e individualizadoras e das tensões
    que elas geram. (p.193)

42
COMO PENSAMOSIdentidade no mundo globalizante
  • 2)Indivíduo x coletividade
  • A individualização/ a emancipação do indivíduo da
    determinação atribuída uma característica muito
    clara e seminal da condição moderna.
  • A identidade não é uma questão privada a falta
    ostensiva de relacionamento é uma ilusão erro
    grave.
  • Homens e mulheres buscam grupos aos quais possam
    pertencer, com certeza e para sempre, num mundo
    onde tudo o mais está se movendo e mudando, onde
    nada mais é garantido.

43
COMO PENSAMOSFé e Satisfação Instantânea
  • Relacionamentos Consumo (p.199)
  • O Mundo como um contêiner descartável
  • Precarização dos laços e parceiros/ ausência
    compromisso
  • A insegurança impede a ocorrência da fé valores
    estáveis

44
COMO AGIMOS13. O Amor precisa da razão?
  • O amor precisa da razão como instrumento, não
    como desculpa, justificativa ou esconderijo
    (pg.215)

45
Amor e Razão convergem p/ falha de comunicação
  • O amor trata do valor (qualidade da coisa) e a
    razão do uso (atributo de quem utiliza)
  • As orientações de uso e valor colocam a razão e o
    amor em trilhos separados. (amor infinitos
    razão - estanca o infinito)
  • A razão inspira lealdade no próprio self , já o
    amor apela para a solidariedade pelo Outro - A
    razão oferecer ao self a habilidade de converter
    suas proprias intenções nos objetivos que guiam a
    conduta de outros O amor, inspira o self a
    aceitar as intenções do outro como seu próprio
    objetivo.

46
Amor como molde para o eu ético e o
relacionamento moral
  • A ética é feita à semelhança do amor, qualquer
    coisa dita sobre o amor se aplica à ética.
  • Antes de ser um ser pensante ou um ser que
    deseja, o homem é um ser que ama.
  • Antes de assumir qualquer compromisso com a
    sociedade, qualquer regra ou obrigação legal o
    ser já é responsável (ético). Assim, antes mesmo
    da construção de regras essa responsabilidade
    já adquire força com o primeiro vislumbre do
    Outro (ela é vazia de conteúdo)
    responsabilidade incondicional (Levinas)

47
Incerteza do Amor (assim como da moral)
consequências
  • - Necessita de ajuda para contabilizar riscos e
    chances, antecipar efeitos, etc. Razão atua
    como instrumento. Instrumento porque? Porque
    utilizar o pensamento racional não libera o
    amante da sua responsabilidade pelas
    consequências.
  • - Busca-se alivio na forma de uma autoridade
    poderosa o bastante para garantir a correção de
    certos passos e a impropriedade do restante
  • Ex. de Autoridade governando impiedosos,
    autoridade dos números (armada com a ameaça do
    ostracismo social) Na sociedade moderna, todas
    afirmando falar em nome da razão assim, quem
    desobedece, vira não só um transgressor mas um
    ser irracional

48
  • Na sociedade moderna a ajuda da Razão vem da
    absolvição das preocupações éticas. Desculpa do
    amor por seu fracasso, um refúgio contra a
    não-enunciação da demanda ética e da
    incondicionalidade da responsabilidade moral.
  • Conclui esses são usos errados da razão,
    oferecem apenas um escape das questões morais,
    não a chance de enfrentar e lidar com seus
    dilemas .

49
14. Moralidade privada, mundo imoral
  • A moralidade não precisa de códigos ou regras,
    razão ou conhecimento, argumento ou convicção
    ela esta antes de tudo isso Partido moral de
    dois (Levinas)
  • Tal moralidade muda com o aparecimento do
    Terceiro a sociedade verdadeira aparece e o
    ingênuo impulso moral, sem regra e
    indisciplinado, não satisfaz mais.
  • O Outro transformou-se em Muitos (pg.225).

50
  • A falta da necessária compreensão ética não pode
    ser culpada pelas catástrofes das condições
    globais. Existem outros fatores
  • Forças de Mercado - capital financeiro ? PODER
    (flui). Ao posso que a política , permanece atada
    ao solo. O poder foi emancipado da política.
    (pg. 235)
  • Mobilidade do capital fator estratificador -
    matéria com a qual se constroem e reconstroem
    novas hierarquias políticas, econômicas,
    culturais e sociais. Poder que se move. (pg.
    236). A informação flutua independentemente de
    seus portadores (pg. 237)
  • Foi retirada das mãos do Estado a função de
    manutenção de um equilíbrio dinâmico entre os
    ritmos do crescimento do consumo e o aumento da
    produtividade (Cornelius Castoriadis).

51
  • - Efemeridade das economias, não-territorialidade
    os mercados financeiros globais imponham suas
    leis e preceitos.
  • - Estados contemporâneos como executores de
    forças que eles não têm a esperança de controlar
    politicamente. (pg. 239)
  • - Consequências a separação da economia da
    política (e a consequente dispensa da
    intervenção da primeira na segunda), tornou
    problemática a capacidade de fazer escolhas
    coletivamente comprometidas e levá-las a cabo
    (Claus Offe) . - dificuldade de reforjar
    questões sociais em ações coletivas que sejam
    efetivas Pg. 242

52
  • A nossa civilização parou de se questionar
    (Cornelios Castoriadis).
  • A classe erudita da era moderna tardia ou
    pós-moderna intelectuais orgânicos
    (auto-referencialidade, preocupados com a sua
    própria atividade profissional, postura evasiva
    em relação a sociedade) (pg. 247)
  • O ciberespaço terreno da prática intelectual
    pós-moderna alimenta-se da fragmentação e a
    promove, ao mesmo tempo seu produto e sua
    principal causa efficiens. (pg. 249)

53
15. Democracia em duas frentes de batalha
  • Democracia é a prática da translação contínua
    entre o público e o privado, de reforjar
    problemas privados em questões públicas e
    redistribuir o bem-estar público em tarefas e
    projetos privados (pg. 252/252)
  • Essa translação depende da autonomia da
    sociedade e de seus membros para decidirem o
    que é considerado bom.
  • Ameaça à democracia 1) impotência dos poderes
    públicos de promulgar o que é considerado bom e
    implementar o que foi promulgado (poder separado
    da políticas) e 2) enfraquecimento da translação
    entre questões públicas e problemas privados.
    (pg. 253)

54
  • A crescente impotência prática das instituições
    públicas diminui o interesse em questões e
    posições comuns de sua esfera de atração,
    enquanto a capacidade enfraquecida e a vontade
    definhante de transladar sofrimentos privados
    para questões públicas facilita o trabalho das
    força globais que impulsionam essa impotência à
    medida que se alimenta de seus resultados (pg.
    257)

55
16. Violência antiga e nova
  • Violência conceito contestável quanto à
    legitimidade
  • Na luta pelo poder, a violência é ao mesmo tempo
    um meio e um risco, cujo objetivo é legitimar a
    coerção. (pg. 260)
  • A guerra contra a violência é travada em nome
    do monopólio da coerção, o seu objetivo - a
    eliminação da violência, é o estado no qual esse
    monopólio não é mais contestado. A não-violência
    é ausência de coerção não autorizada. (pg. 262)

56
  • Coerção institucionalizada com segurança se
    dissolve na vida cotidiana, torna-se invisível.
  • Quando a rotina da vida cotidiana é quebrada ou
    fica sob pressão é que a coerção torna-se visível
    aparência de violência (uso não autorizado,
    injustificado força). (pg. 265)
  • A construção dos Estados-nação modernos
    história de violência perpetrada - coerção
    autoritária busca de território (pg. 269)
  • Novas guerras globais (ex Golfo e Kosovo)
    não possuem mais o território como objetivo, e
    sim escancarar a porta para o capital global (pg.
    272)

57
17. Sobre os usos pós-modernos do sexo
  • Sexo natural, não um produto cultural - a
    cultura (erótica sublimação) que manipulou o
    sexo.
  • Erotismo nasce como truque cultural para
    separar o prazer da experiência sexual da
    reprodução (função primária). É o excedente do
    ato sexual - sensações.
  • Revolução erótica e outros aspectos da cultura
    pós-moderna
  • 1) Colapso do modelo panóptico de assegurar e
    perpetuar a ordem social (ex fábricas
    industriais e exercito de conscritos trabalho
    como medida da norma) (pg. 288/281).
  • Hoje, a ordem social integra pessoa mais pela
    sedução do que policiamento, mais pela propaganda
    do que doutrinamento, precisa mais de criação do
    que regulamentação normativa. Estamos social e
    culturalmente treinados e moldados para buscar e
    recolher sensações e não para sermos produtores
    ou soldados.
  • Boa forma (capacidade de assimilar,
    resistência qualidade para absorver sensações)
    (pg. 282)

58
  • 2) Como as sensações são vividas de maneira
    subjetiva a boa forma não pode ser comparada
    nem medida de modo objetivo. (pg. 283)
  • 3) Dualidade entre corpo e dono - As sensações
    prazerosas, arrebatadoras, em termos corporais
    são o que uma pessoa em boa forma busca, mas o
    coletor das sensações é o corpo, e ao mesmo tempo
    dono deste. Um busca a imersão (corpo), o outro
    um julgamento sóbrio (dono). (pg. 284)
  • Esses três aspectos fazem daquele que busca a
    boa forma pessoas ansiosas aflição típica
    pós-moderna.

59
  • 4) Sexo substrato material da produção
    cultural da imortalidade continuidade
    durabilidade das formas de vida (pg. 285).
  • 5) Erotismo na construção da identidade
    pós-moderna e na rede de laços interpessoais
    flexível, livre é adaptado à tarefa de tender
    para o tipo de identidade que, é calculado para
    obter máximo impacto e obsolescência instantânea
    (pg. 290)
  • 6) Sexo como articulação de mecanismos de poder
    e controle social ex - controle parental
    (Foucault pg.291), assédio sexual (ameaça do
    sorriso), estupro marital (definir o evento como
    estupro depende apenas de um)
  • Rápida extenuação das relações humanas,
    despojando-as de intimidade e emoção, além de um
    definhamento do desejo de entrar nelas e
    mantê-las vivas (individualização)

60
18. Existe vida após a imortalidade?
  • Pontes para eternidade
  • - Individual oportunidades de permanecer
    vivo na memória da posteridade presença no
    mundo que fez diferença, fez história
    poucos e excepcionais (pg. 303).
  • - Pública livre para todos que não se
    sobressaem mas obedecem à lei e à rotina mundana
    individuo que faz a diferença em prol de algo
    maior, ex nação, família a perpetuidade
    depende de seus membros .
  • Civilização moderna crise
  • - As forças globalizantes retiraram a soberania
    econômica, militar, cultural e política dos
    Estados-nação.
  • - Poder do capital extraterritorial e nômade.
  • - Famílias os casamentos efêmeros e a linhagem
    diluidas

61
  • - Imortalidade individual deturpada fama
    substituída pela notoriedade (objeto de consumo
    instantâneo, no lugar de algo construído
    laboriosamente).
  • - Sociedade de consumidores sociedade de
    peças sobressalentes e materiais descartáveis.
    (pg. 309)
  • - Os dias de hoje não têm importância e não
    vale a pena contá-los antigo carpe diem com
    novo sentido colha seus créditos agora, pensar
    no amanha é perda de tempo.
  • - Cultura que não premia a duração e fatia o
    tempo em episódios vividos para protelar suas
    consequências duradouras e evitar compromissos
    firmes. (pg. 313)

62
  • Conclusão Não enfrentamos uma crise cultural,
    que é condição natural de toda cultura humana.
  • Propõe que nesse estágio de contínua
    transgressão chegamos a um território que os
    humanos jamais habitaram, um território que a
    cultura humana no passado considerou inabitável.
    A longa história da transcendência (salto para
    eternidade) não é cobiçada nem parece necessária.
  • Pela primeira vez, os humanos mortais conseguem
    viver sem a imortalidade, e não parecem se
    importar.
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com