Title: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CI
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE
CIÊNCIAS JURÍDICASDISCIPLINAGoverno
eletrônico na sociedade em rede - Prof. Aires
José RoverEstado Moderno e governo eletrônico -
Prof. Orides MezzarobaEQUIPE 3 Daiane
Tramontini Jaqueline Albino Augusto César da
Silva
- A sociedade individualizada
- vidas contadas e histórias vividas.
-
- ZYGMUNT BAUMAN
-
2CONHECENDO ZYGMUNT BAUMAN
3TRAGETÓRIA
- Sociólogo polonês
- nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán.
- Ele principiou sua trajetória acadêmica na
Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a
deixar a academia, em 1968, ao mesmo tempo em que
sua obra era proibida neste país. Sem muitas
perspectivas, o sociólogo abandonou sua pátria e
partiu para a Inglaterra, depois de passar pelo
Canadá, EUA e Austrália. - Atualmente é professor emérito de sociologia das
universidades de Leeds e Varsóvia.
4TEMÁTICA
- Seus livros são povoados por ideias sobre as
conexões sociais potenciais na sociedade
contemporânea, comumente conhecida como
pós-modernidade. - Para o sociólogo, a fluidez dos vínculos, que
marca a sociedade contemporânea, encontra-se
inevitavelmente inserida nas próprias
características da modernidade, discussão esta
que está perfeitamente retratada nas obras do
autor
5Sociedade Individualizada
- Em A Sociedade Individualizada, o sociólogo dá
continuidade em suas observações sobre a nossa
dificuldade de vivermos em sociedade e o desafio
da confiança e do cuidado mútuo, já tratado em
outras obras. - Enfatiza a insegurança, a fragilidade dos
relacionamentos e o individualismo.
6Aspectos selecionados para a apresentação
- Relações de poder e dominação
- Privado e subjetivo
- Ambiente social e do trabalho
- Moralidade
7Trabalho
- A "modernidade pesada" era o tempo do compromisso
entre capital e trabalho, fortificado pela
mutualidade de sua dependência. (P. 33). - Mobilização sindical e equilíbrio de forças
- O capital substitui a dependência para os
consumidores.
8- A passagem da modernidade "pesada" ou "sólida"
para a "leve" ou "liqüefeita" constitui a
estrutura na qual a história do movimento
trabalhista foi inscrita.. P. 43.
9LOCAL X GLOBAL
- ORDEM. As coisas são ordenadas se elas se
comportam como você espera, ou seja, você pode
não levá-las em conta quando planeja suas ações.
Essa é a principal atração da ordem segurança
que vem da capacidade de prever, com pequeno ou
nenhum erro, quais serão os resultados de suas
ações.. P. 44.
10- MANUTENÇÃO DA ORDEM. O estado da incerteza, a
"impureza" das classificações, a nebulosidade e a
porosidade das fronteiras são fontes constantes
de medo e agressividade inseparáveis dos esforços
de criar e manter a ordem.
11- GLOBALIZAÇÃO. se refere à natureza desordenada
dos processos que ocorrem acima do território
"principalmente coordenado" e administrado pelo
"mais alto nível" do poder institucionalizado,
isto é, Estados soberanos.. P. 48.
12- A precariedade é hoje o principal bloco
construtivo da hierarquia de poder global e a
principal técnica de controle social. P. 51. - O grau de imobilização é hoje a principal medida
de privação social e a principal dimensão da
falta de liberdade, um fato simbolicamente
refletido na crescente popularidade do
confinamento prisional como forma de lidar com os
indesejáveis.. P. 53. - INVERSÃO DO NOMADISMO X SEDENTARISMO.
13LIBERDADE X SEGURANÇA
- A liberdade sem segurança não tende a causar
menos infelicidade do que a segurança sem
liberdade. P. 58. - ECONOMIA POLÍTICA DA INCERTEZA. O resultado
geral desse processo é, como observa Manuel
Castells, um mundo no qual o poder flutua,
enquanto as políticas continuam atadas em seu
lugar o poder é crescentemente global e
extraterritorial, mas as instituições políticas
permanecem territoriais e acham difícil, se não
impossível, subir além do nível local. P. 72.
14MODERNIDADE E CLAREZA
- UTOPIAS - concentravam as ideias e anseios pela
ordem e ausência de incertezas. P. 86-87. - QUERER X PODER - "O princípio de realidade", em
termos simples, significa podar o "eu quero" até
ficar do tamanho do "eu posso".. P. 89.
15RESPONSABILIDADE E MORALIDADE
- Quer eu admita, quer, não, sou o guardião do meu
irmão porque o bem-estar do meu irmão depende do
que eu faço ou do que me abstenho de fazer. P.
96. - - Nossa sociedade de risco enfrenta uma tarefa
assustadora quando se trata de conciliar seus
membros com os riscos e pavores da vida
cotidiana.. P. 102.
16- A moralidade tem apenas a ela mesma para se
apoiar é melhor se preocupar do que lavar as
próprias mãos, melhor ser solidário com a
infelicidade do outro do que ser indiferente, é
muito melhor ser moral, mesmo que isso não faça
as pessoas mais ricas nem as companhias mais
lucrativas.. P. 109.
17- IDENTIDADE E IMAGEM Em vez de construir nossa
identidade de maneira gradual e paciente, como se
constrói uma casa, lidamos com formas montadas
instantaneamente, apesar de desmanteladas com
facilidade, pintadas umas sobre as outras é uma
identidade palimpséstica. É o tipo de identidade
que se adapta a um mundo em que a arte de
esquecer é um bem mais importante do que a arte
de memorizar .... P. 115.
18- CIDADE, ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS. Na cidade, o
lar de uma pessoa é um terreno hostil para outra.
Isso é assim porque a liberdade de movimento
dentro da cidade se tornou o principal fator de
estratificação.. P. 117. - FORTALEZAS URBANAS.
19COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 1) Teoria crítica x Hospitalidade crítica
- Teoria Crítica (Adorno e Horkheimer) defendia a
autonomia humana e a liberdade de escolher e auto
afirmar-se, frente ao totalitarismo. (p.133) - Hospitalidade crítica (novo sentido) a sociedade
contemporânea traz uma acomodação de ação e
pensamentos mantendo-se imune às
consequências.(p.130)
20COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 2) Crítica ao estilo Consumidor X Produtor
- (estacionamento de trailers)
- (p.130/131)
- Não criticam a filosofia gerencial não querem
quebrar paradigmas não desafiam, renegociam o
modelo - O Eu primeiro
- Busca do melhor serviço e satisfação própria
- Questionamento Universidade pública é serviço ao
consumidor?
21COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 3) Sociedade moderna Modernização compulsiva
(p.135) - É a modernização que não pára, a ânsia
avassaladora e endêmica pela destruição criativa
(ou criatividade destrutiva) para limpar o
terreno em nome do design novo e melhorado, para
desmantelar, cortar, defasas e diminuir em prol
da maior produtividade ou concorrência
22COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- Ser moderno significa ser incapaz de parar
- deve continuar movendo não tanto pelo atraso na
satisfação como sugeriu Marx Weber mas, pela
impossibilidade de sermos satisfeitos (p.135) - A satisfação está sempre no futuro é impossível
sermos satisfeitos por completo. (p.136)
23COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 4)Indivíduo de JURE e de FACTO
- Indivíduo de jure A quem culpar?
- significa não ter ninguém para culpar sobre os
seus fracassos e desilusões a não ser a si mesmo.
(p.138) - Indivíduo de facto ter o controle sobre seus
destinos e toma as decisões que assim deseja.
Entretanto, para que seja de facto é necessário
que seja um cidadão
24COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- Lacuna entre o indivíduo de jure e facto E essa
brecha não pode ser preenchida apenas pelos
esforços individuais nem pelos meios e recursos
disponíveis dentro da política da vida. (p.139) - Crítica da política-vida a verdadeira libertação
requer mais da esfera pública e do poder público - onde a autonomia individual carece de medidas
públicas, na medida em que flui a sua relação
interpessoal e o complexo meio da sociedade
autônoma.
25COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 5) Soluções BIOGRÁFICAS para CONTRADIÇÕES
SISTÊMICAS - buscamos modelos, experiências individuais para
resolvermos questões sistêmicas. - Problemas do esvaziamento dos espaços públicos e
principalmente do intermediário a Ágora. - o aumento da liberdade individual pode coincidir
com o aumento da impotência coletiva na medida em
que as pontes entre a vida pública entre a vida
pública e privada são destruídas ou, para
começar, nem foram construídas (Modernidade
Líquida, p.10, 2001)
26Onde está a Ágora?
- Ágora era a praça principal na constituição da
pólis, a cidade grega da Antiguidade clássica. - Manifesta-se como a expressão máxima da esfera
pública na urbanística grega, sendo o espaço
público por excelência. É nela que o cidadão
grego convive com o outro para comprar coisas nas
feiras, onde ocorrem as discussões políticas e os
tribunais populares é, portanto, o espaço da
cidadania. - era considerada um símbolo da democracia direta,
e, em especial, da democracia ateniense, na qual
todos os cidadãos tinham igual voz e direito a
voto. - Fonte http//pt.wikipedia.org/wiki/C381gora
27COMO PENSAMOSCrítica - privatizada e desarmada
- 6) CRÍTICA ATUAL
- A crítica hoje deve ser feita para reconectar os
dois lados do abismo que se abriu entre a
realidade do indivíduo de jure e as
possibilidades do indivíduo de facto
construindo uma ponte. (p.141) - Entender-se como cidadão para reconectar
28COMO PENSAMOSProgresso Igual e Diferente
- 1) O progresso tem como característica o
desprezo à história - Henry Ford A história é um palavrório, em
maior ou menos grau. Não queremos tradição.
Queremos viver no presente e a única história que
vale a pena é a que fazemos hoje (P.143) - Pierre Bourdieu para dominar o futuro,
precisamos controlar o presente - 2) Vida fatiada em episódios
- período de vida como um todo é fatiado em
episódios enfrentados e atacados um de cada
vez. (P.147)
29COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
- 1) Visão sobre a pobreza
- o marco cognitivo é puramente econômico
(dinheiro) o da distribuição de riqueza e renda
e do acesso a emprego remunerado. - A ideia do IDH para confrontar o PIB os três
pilares que constituem o IDH (saúde, educação e
renda) mudança de foco
30Vídeo Quanto Vale ou é Por Quilo? Sérgio
Bianchi
31COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
- 2)Pobreza Medo ambiente / insegurança
- O restante da sociedade não pode ser libertado
de seu medo ambiente e impotência a não ser que
sua parte mais pobre seja libertada da penúria.
(p. 150) - 2.1 o papel dos novos pobres
32Confrontos na periferia de Londres Hackney foi
um dos bairros atingidos (agosto/2011)
- Bauman em entrevista ao GLOBO, por e-mail, ele
afirma que as imagens de caos na capital
britânica nada mais representaram que uma revolta
motivada pelo desejo de consumir, não por
qualquer preocupação maior com mudanças na ordem
social. - Não estamos falando de uma revolta de gente
miserável ou faminta ou de minorias étnicas e
religiosas reprimidas. Foi um motim de
consumidores excluídos e frustrados. - Fonte http//oglobo.globo.com/mundo/foi-um-motim-
de-consumidores-excluidos-diz-sociologo-zygmunt-ba
uman-2690805ixzz22ogcK6rh
33COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
- 3.2. economia política da incerteza (insegurança
ao futuro e à estabilidade) - o trabalho cada vez mais flexivel (contratos
renovável trabalhos temporários, facilidade de
demitir a baixo custo) - o enfraquecimento dos sindicatos etc
- o atualmente o trabalho é visto como o custo de
manter-se vivo.
34Cerca de 25 mil manifestantes desafiaram uma
proibição do governo da Espanha e continuaram
acampados durante a noite desta sexta-feira em
uma praça da capital, Madri Maio/2011
- Fonte http//www1.folha.uol.com.br/mundo/922703-e
m-madri-indignados-dizem-que-continuarao-acampados
-em-praca.shtml
35A voz do povo não é ilegal", diz cartaz colocado
em poste próximo de praça em Madri
- "As democracias europeias foram sequestradas
pelos mercados financeiros", indica o manifesto
do grupo francês em palavras semelhantes às do
manifesto da Porta do Sol, em Madri. -
- "Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda foram
atingidos em cheio pelas políticas antissociais
da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário
Internacional aplicadas na ausência de um debate
democrático", indicou a ONG francesa ATTAC.
36Jovens (PORTUGUESES) de todo o país queixam-se
contra o discurso de inevitabilidade da
austeridade num protesto no Rossio (março/2011)
GERAÇÃO À RASCA
37COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
- 3) Globalização x universalização
- Globalização é a separação entre o poder e a
política. Os verdadeiros poderes de hoje são
essencialmente extraterritoriais, enquanto os
lugares de ação política permanecem locais.
Indica o que está acontecendo conosco hoje. - Enquanto que universalização é aquilo que
precisamos, devemos ou pretendemos fazer.
38COMO PENSAMOSUSOS DA POBREZA
- 5-Agências globais x mercados globais e do
capital financeiro - Diante desta situação insegura o autor acredita
que devem existir a força das agência para
combater esta visão, como ONGs, e organismos
internacionais. - Como exemplo citamos o PNUD que é o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento, fundado em
1965 com sede em Nova Iorque. - Este Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização
das Nações Unidas (ONU) visa promover o
desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. - é conhecido por elaborar o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH).
39COMO PENSAMOSEducação sob, para e apesar da
pós-modernidade
- 1) Racionalizar x treinar seres racionais
- Cita a preocupação da ocupação dos cursos de
curta duração e de treinamento das empresas como
substituidores dos cursos científicos. - Conclui que a versão atual da teoria da evolução
nos diz que as espécies generalistas, não
seletivas, têm uma capacidade muito maior de
sobrevivência do que as espécies perfeitamente
acomodadas num nicho ecológico particular.
(p.174)
40COMO PENSAMOSEducação sob, para e apesar da
pós-modernidade
- 2) Reputação/fama X jogo da notoriedade
- A autoridade intelectual era medida pelo tamanho
da multidão de discípulos que se arrebanhavam - Notoriedades são descartáveis pela mídia
- Como a notoriedade tomou conta da fama os
graduados das universidades estão competindo com
estrelas pop, esportistas, terroristas sem
qualquer chance de vencê-los.
41COMO PENSAMOSIdentidade no mundo globalizante
- 1) Identidade x identificação
- estaria mais próximo da realidade do mundo
globalizado falar de identificação, pois, nunca
termina sempre incompleta, na qual todos nós, por
necessidade ou escolha estamos engajados. - a busca da identidade é o efeito colateral e o
subproduto da combinação das pressões
globalizantes e individualizadoras e das tensões
que elas geram. (p.193)
42COMO PENSAMOSIdentidade no mundo globalizante
- 2)Indivíduo x coletividade
- A individualização/ a emancipação do indivíduo da
determinação atribuída uma característica muito
clara e seminal da condição moderna. - A identidade não é uma questão privada a falta
ostensiva de relacionamento é uma ilusão erro
grave. - Homens e mulheres buscam grupos aos quais possam
pertencer, com certeza e para sempre, num mundo
onde tudo o mais está se movendo e mudando, onde
nada mais é garantido.
43COMO PENSAMOSFé e Satisfação Instantânea
- Relacionamentos Consumo (p.199)
- O Mundo como um contêiner descartável
- Precarização dos laços e parceiros/ ausência
compromisso - A insegurança impede a ocorrência da fé valores
estáveis
44COMO AGIMOS13. O Amor precisa da razão?
- O amor precisa da razão como instrumento, não
como desculpa, justificativa ou esconderijo
(pg.215)
45Amor e Razão convergem p/ falha de comunicação
- O amor trata do valor (qualidade da coisa) e a
razão do uso (atributo de quem utiliza) - As orientações de uso e valor colocam a razão e o
amor em trilhos separados. (amor infinitos
razão - estanca o infinito) - A razão inspira lealdade no próprio self , já o
amor apela para a solidariedade pelo Outro - A
razão oferecer ao self a habilidade de converter
suas proprias intenções nos objetivos que guiam a
conduta de outros O amor, inspira o self a
aceitar as intenções do outro como seu próprio
objetivo.
46Amor como molde para o eu ético e o
relacionamento moral
- A ética é feita à semelhança do amor, qualquer
coisa dita sobre o amor se aplica à ética. - Antes de ser um ser pensante ou um ser que
deseja, o homem é um ser que ama. - Antes de assumir qualquer compromisso com a
sociedade, qualquer regra ou obrigação legal o
ser já é responsável (ético). Assim, antes mesmo
da construção de regras essa responsabilidade
já adquire força com o primeiro vislumbre do
Outro (ela é vazia de conteúdo)
responsabilidade incondicional (Levinas)
47Incerteza do Amor (assim como da moral)
consequências
- - Necessita de ajuda para contabilizar riscos e
chances, antecipar efeitos, etc. Razão atua
como instrumento. Instrumento porque? Porque
utilizar o pensamento racional não libera o
amante da sua responsabilidade pelas
consequências. - - Busca-se alivio na forma de uma autoridade
poderosa o bastante para garantir a correção de
certos passos e a impropriedade do restante - Ex. de Autoridade governando impiedosos,
autoridade dos números (armada com a ameaça do
ostracismo social) Na sociedade moderna, todas
afirmando falar em nome da razão assim, quem
desobedece, vira não só um transgressor mas um
ser irracional
48- Na sociedade moderna a ajuda da Razão vem da
absolvição das preocupações éticas. Desculpa do
amor por seu fracasso, um refúgio contra a
não-enunciação da demanda ética e da
incondicionalidade da responsabilidade moral. - Conclui esses são usos errados da razão,
oferecem apenas um escape das questões morais,
não a chance de enfrentar e lidar com seus
dilemas .
4914. Moralidade privada, mundo imoral
- A moralidade não precisa de códigos ou regras,
razão ou conhecimento, argumento ou convicção
ela esta antes de tudo isso Partido moral de
dois (Levinas) - Tal moralidade muda com o aparecimento do
Terceiro a sociedade verdadeira aparece e o
ingênuo impulso moral, sem regra e
indisciplinado, não satisfaz mais. - O Outro transformou-se em Muitos (pg.225).
50- A falta da necessária compreensão ética não pode
ser culpada pelas catástrofes das condições
globais. Existem outros fatores - Forças de Mercado - capital financeiro ? PODER
(flui). Ao posso que a política , permanece atada
ao solo. O poder foi emancipado da política.
(pg. 235) - Mobilidade do capital fator estratificador -
matéria com a qual se constroem e reconstroem
novas hierarquias políticas, econômicas,
culturais e sociais. Poder que se move. (pg.
236). A informação flutua independentemente de
seus portadores (pg. 237) - Foi retirada das mãos do Estado a função de
manutenção de um equilíbrio dinâmico entre os
ritmos do crescimento do consumo e o aumento da
produtividade (Cornelius Castoriadis).
51- - Efemeridade das economias, não-territorialidade
os mercados financeiros globais imponham suas
leis e preceitos. - - Estados contemporâneos como executores de
forças que eles não têm a esperança de controlar
politicamente. (pg. 239) - - Consequências a separação da economia da
política (e a consequente dispensa da
intervenção da primeira na segunda), tornou
problemática a capacidade de fazer escolhas
coletivamente comprometidas e levá-las a cabo
(Claus Offe) . - dificuldade de reforjar
questões sociais em ações coletivas que sejam
efetivas Pg. 242
52- A nossa civilização parou de se questionar
(Cornelios Castoriadis). - A classe erudita da era moderna tardia ou
pós-moderna intelectuais orgânicos
(auto-referencialidade, preocupados com a sua
própria atividade profissional, postura evasiva
em relação a sociedade) (pg. 247) -
- O ciberespaço terreno da prática intelectual
pós-moderna alimenta-se da fragmentação e a
promove, ao mesmo tempo seu produto e sua
principal causa efficiens. (pg. 249)
5315. Democracia em duas frentes de batalha
- Democracia é a prática da translação contínua
entre o público e o privado, de reforjar
problemas privados em questões públicas e
redistribuir o bem-estar público em tarefas e
projetos privados (pg. 252/252) - Essa translação depende da autonomia da
sociedade e de seus membros para decidirem o
que é considerado bom. - Ameaça à democracia 1) impotência dos poderes
públicos de promulgar o que é considerado bom e
implementar o que foi promulgado (poder separado
da políticas) e 2) enfraquecimento da translação
entre questões públicas e problemas privados.
(pg. 253)
54- A crescente impotência prática das instituições
públicas diminui o interesse em questões e
posições comuns de sua esfera de atração,
enquanto a capacidade enfraquecida e a vontade
definhante de transladar sofrimentos privados
para questões públicas facilita o trabalho das
força globais que impulsionam essa impotência à
medida que se alimenta de seus resultados (pg.
257)
5516. Violência antiga e nova
- Violência conceito contestável quanto à
legitimidade - Na luta pelo poder, a violência é ao mesmo tempo
um meio e um risco, cujo objetivo é legitimar a
coerção. (pg. 260) - A guerra contra a violência é travada em nome
do monopólio da coerção, o seu objetivo - a
eliminação da violência, é o estado no qual esse
monopólio não é mais contestado. A não-violência
é ausência de coerção não autorizada. (pg. 262)
56- Coerção institucionalizada com segurança se
dissolve na vida cotidiana, torna-se invisível. - Quando a rotina da vida cotidiana é quebrada ou
fica sob pressão é que a coerção torna-se visível
aparência de violência (uso não autorizado,
injustificado força). (pg. 265) - A construção dos Estados-nação modernos
história de violência perpetrada - coerção
autoritária busca de território (pg. 269) - Novas guerras globais (ex Golfo e Kosovo)
não possuem mais o território como objetivo, e
sim escancarar a porta para o capital global (pg.
272)
5717. Sobre os usos pós-modernos do sexo
- Sexo natural, não um produto cultural - a
cultura (erótica sublimação) que manipulou o
sexo. - Erotismo nasce como truque cultural para
separar o prazer da experiência sexual da
reprodução (função primária). É o excedente do
ato sexual - sensações. - Revolução erótica e outros aspectos da cultura
pós-moderna - 1) Colapso do modelo panóptico de assegurar e
perpetuar a ordem social (ex fábricas
industriais e exercito de conscritos trabalho
como medida da norma) (pg. 288/281). - Hoje, a ordem social integra pessoa mais pela
sedução do que policiamento, mais pela propaganda
do que doutrinamento, precisa mais de criação do
que regulamentação normativa. Estamos social e
culturalmente treinados e moldados para buscar e
recolher sensações e não para sermos produtores
ou soldados. - Boa forma (capacidade de assimilar,
resistência qualidade para absorver sensações)
(pg. 282)
58- 2) Como as sensações são vividas de maneira
subjetiva a boa forma não pode ser comparada
nem medida de modo objetivo. (pg. 283) - 3) Dualidade entre corpo e dono - As sensações
prazerosas, arrebatadoras, em termos corporais
são o que uma pessoa em boa forma busca, mas o
coletor das sensações é o corpo, e ao mesmo tempo
dono deste. Um busca a imersão (corpo), o outro
um julgamento sóbrio (dono). (pg. 284) -
- Esses três aspectos fazem daquele que busca a
boa forma pessoas ansiosas aflição típica
pós-moderna.
59- 4) Sexo substrato material da produção
cultural da imortalidade continuidade
durabilidade das formas de vida (pg. 285). - 5) Erotismo na construção da identidade
pós-moderna e na rede de laços interpessoais
flexível, livre é adaptado à tarefa de tender
para o tipo de identidade que, é calculado para
obter máximo impacto e obsolescência instantânea
(pg. 290) - 6) Sexo como articulação de mecanismos de poder
e controle social ex - controle parental
(Foucault pg.291), assédio sexual (ameaça do
sorriso), estupro marital (definir o evento como
estupro depende apenas de um) - Rápida extenuação das relações humanas,
despojando-as de intimidade e emoção, além de um
definhamento do desejo de entrar nelas e
mantê-las vivas (individualização)
6018. Existe vida após a imortalidade?
- Pontes para eternidade
- - Individual oportunidades de permanecer
vivo na memória da posteridade presença no
mundo que fez diferença, fez história
poucos e excepcionais (pg. 303). - - Pública livre para todos que não se
sobressaem mas obedecem à lei e à rotina mundana
individuo que faz a diferença em prol de algo
maior, ex nação, família a perpetuidade
depende de seus membros . - Civilização moderna crise
- - As forças globalizantes retiraram a soberania
econômica, militar, cultural e política dos
Estados-nação. - - Poder do capital extraterritorial e nômade.
- - Famílias os casamentos efêmeros e a linhagem
diluidas
61- - Imortalidade individual deturpada fama
substituída pela notoriedade (objeto de consumo
instantâneo, no lugar de algo construído
laboriosamente). - - Sociedade de consumidores sociedade de
peças sobressalentes e materiais descartáveis.
(pg. 309) - - Os dias de hoje não têm importância e não
vale a pena contá-los antigo carpe diem com
novo sentido colha seus créditos agora, pensar
no amanha é perda de tempo. - - Cultura que não premia a duração e fatia o
tempo em episódios vividos para protelar suas
consequências duradouras e evitar compromissos
firmes. (pg. 313)
62- Conclusão Não enfrentamos uma crise cultural,
que é condição natural de toda cultura humana. - Propõe que nesse estágio de contínua
transgressão chegamos a um território que os
humanos jamais habitaram, um território que a
cultura humana no passado considerou inabitável.
A longa história da transcendência (salto para
eternidade) não é cobiçada nem parece necessária.
-
- Pela primeira vez, os humanos mortais conseguem
viver sem a imortalidade, e não parecem se
importar.