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QUIZ 6

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QUIZ 6 GERAL Caso cl nico 1 Mulher com 95 anos, com dor epig strica e icter cia. U.Som mostrou colecistolit ase. Sintomas de curta dura o, com melhora r pida ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: QUIZ 6


1
QUIZ 6
  • GERAL

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Caso clínico 1
  • Mulher com 95 anos, com dor epigástrica e
    icterícia.
  • U.Som mostrou colecistolitíase.
  • Sintomas de curta duração, com melhora rápida da
    icterícia.
  • Em função da idade e melhora clínica foi tratada
    clínicamente como colecistite.
  • Desenvolveu vômitos incoercíveis.
  • EDA mostrou vários cálculos impactados no duodeno
    causando obstrução. Não foi possível remover os
    cálculos endoscopicamente.
  • Laparotomia fístula colecistoduodenal com
    cálculo de 5 cm, impactado no duodeno.

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Qual o nome desta síndrome?
4
Síndrome de Bouveret
  • Impacto de cálculo biliar no bulbo duodenal,
    fenómeno descrito pela primeira vez por Bouveret,
    em 1896.
  • As fístulas colecisto-entéricas são um achado
    raro, verificando-se forte associação com a
    presença de cálculos volumosos (gt 2,5 cm).
  • O cálculo, sobre o leito vesicular, promove um
    processo de pericolecistite, formação de
    aderências com os órgãos adjacentes e erosão
    gradual, acabando por se formar um trajeto
    fistuloso
  • Durante este processo há, por vezes, dor

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Síndrome de Bouveret
  • É um fenómeno raro, existindo menos de 100 casos
    descritos na literatura, sendo mais frequente no
    idoso (idade média 69 anos) e predominando no
    sexo feminino (31).
  • O quadro clínico típico é de oclusão intestinal
    alta intermitente.
  • Na maioria dos doentes os cálculos são eliminados
    pelo vómito ou pelas fezes, no entanto o íleo
    biliar, a complicação mais grave, surge em cerca
    de 8-20 de todos os doentes, com a impactação ao
    nível do íleo terminal (60), jejuno e estômago
    (35) e cólon ou duodeno (5)

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Síndrome de Bouveret
  • As fístulas bilio-digestivas fazem-se para o
    duodeno (80), ângulo hepático do cólon (17),
    estômago e jejuno.
  • Alguns doentes apresentam variantes anatómicas,
    com reflexões peritoneais favorecendo determinado
    trajeto fistuloso.
  • São áreas predisponentes anatómicas Reflexão
    colecistoduodenal Reflexão colecisto-cólica
    Reflexão colecisto- gástrica.

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Síndrome de Bouveret
  • A litíase vesicular é responsável por cerca de
    90 dos casos de fístula e a doença péptica por
    cerca de 6.
  • Se há antecedentes de litíase vesicular e de
    úlcera duodenal, que apresenta quadro de
    hemorragia digestiva alta, é difícil determinar
    com rigor a causa da fístula colecistoentérica,
    se a úlcera ou o cálculo.
  • A hemorragia digestiva é a forma de apresentação
    menos comum, surgindo por erosão da parede de um
    vaso ao longo do trajeto ou por ulceração da
    mucosa intestinal

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Síndrome de Bouveret
  • Nos grupos etários avançados esta é uma
    importante causa de oclusão mecânica do intestino
    delgado, associando-se a elevada mortalidade (até
    20)
  • É freqüente o diagnóstico tardio, especialmente
    quando não são conhecidos antecedentes de litíase
  • O quadro clínico impõe a realização de endoscopia
    digestiva alta, constituindo-se esta como o
    gold-standard do diagnóstico nesta patologia, por
    permitir a visualização direta do cálculo

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Síndrome de Bouveret
  • A endoscopia tem também grande potencial
    terapêutico, permitindo a fragmentação do cálculo
    e a sua remoção.
  • Estão descritas na literatura técnicas de
    fragmentação por litotripsia mecânica, com laser
    e com ultra-sons
  • Há poucos casos resolvidos com sucesso com este
    tipo de terapêutica e é preciso ter em conta que
    implica normalmente um número alargado de
    sessões.
  • O sucesso da intervenção depende do tamanho do
    cálculo, qualidade dos instrumentos utilizados e
    perícia do endoscopista

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Síndrome de Bouveret
  • Perante um íleo biliar é fundamental resolver
    rápida e eficazmente o problema da oclusão
    intestinal, que põe em risco a vida.
  • É controverso se se deverá ou não, realizar no
    mesmo tempo operatório a entero-litotomia,
    colecistectomia e fistulectomia
  • Atualmente considera-se que a opção cirúrgica
    inicial deve incluir a entero-litotomia para
    remoção do cálculo e, numa 2ª fase, a
    colecistectomia, devendo ser feita a exploração
    de todo intestino

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Síndrome de Bouveret
  • Verifica-se que certos doentes com boa drenagem
    biliar fecham espontâneamente a fístula
  • A terapêutica cirúrgica combinada
    (entero-litotomia,colecistectomia e
    fistulectomia), é eventualmente mais eficaz para
    evitar a recorrência da oclusão, colangite e
    carcinoma da vesícula, mas associa-se a elevada
    taxa de mortalidade (25 em algumas séries)

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Caso clínico 2
  • Homem com 36 anos, com náuseas há 2 meses, pirose
    e dor epigástrica a 4 semanas.
  • Há vários dias prostrado, com vômitos e
    hematêmese intermitente.
  • Sem história pregressa de doença digestiva, nega
    uso de AAS, AINES ou outros irritantes.
  • Perdeu 25 Kg.
  • EDA úlcera de 2,5 cm, no corpo gástrico
    proximal, várias outras úlceras serpiginosas e
    estelares do antro ao canal pilórico aspecto de
    Cobblestone no duodeno com ulcerações
    superficiais.

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Que lesões são estas?
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Sífilis Gástrica
  • Em função do aspecto pouco usual pesquisou-se FTA
    Abs que foi positivo. VDRL negativo
  • Histopatologia mostrou H pylori e Treponema

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Sífilis gástrica
  • Mais comum em adultos jovens, na segunda ou
    terceira década de vida.
  • Dor epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos e
    perda de peso são os sintomas mais comuns.
  • Não há critérios diagnósticos claros.
  • REED pode mostrar deformidade em ampulheta na
    região pilórica, parte média do estômago,
    mimetizando linite plástica ou estenose pilórica.
  • O estômago pode se apresentar fixo e com pregas
    espessadas

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Sífilis gástrica
  • EDA pode mostrar úlceras com bordas
    enantematosas, margem com necrose, edema,
    friabilidade mucosa com sangramentos, ou como
    gastrites atrófica, erosiva ou enantematosa.
  • CA gástrico deve ser considerado em 85 a 95 dos
    casos.
  • O diagnóstico histológico é muito difícil
  • Os sinais mais comuns são espessamente de
    paredes arteriais, com infiltrado perivascular
    linfoplasmocitário e acentuado infiltrado
    linfoplasmocitário difuso da submucosa, e
    endovasculite

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Sífilis gástrica
  • Inflamação crônica com acentuado infiltrado
    linfoplasmocitário, lembrar de sífilis
  • Teste com imunofluorescência testes standard
    para Treponema devem ser rotina.
  • VDRL é falso negativo em 1, geralmente em
    pacientes do Lupus ou outras doenças auto-imunes
  • As espiroquetas não são sempre identificadas nas
    biopsias
  • Coloração pela prata, imunofluorescência ou
    imunoperoxidase para T. pallidum, é geralmente
    necessário

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Sífilis gástrica
  • Vários estudos têm demonstrado que sífilis e
    outras doenças genitais ulcerativas, são mais
    comuns nos HIV positivos.

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Caso clínico 3
  • Paciente com 16 anos, masculino, cor parda,
    internado com dor abdominal em cólica, intensa,
    com 15 dias de evolução, acompanhada de diarréia
    de odor fétido coloração amarelada, em média
    quatro evacuações por dia.
  • Emagreceu 10 kg nesse período. Nega alergias
    conhecidas.
  • Abdome flácido e doloroso à palpação no
    hipocôndrio direito e epigástrio. Pressão
    arterial 100x60 mmHg, pulso 80 bpm, respiração 18
    mrpm, temperatura axilar 36,4ºC.
  • Os leucogramas mostraram leucocitose por
    eosinofilia intensa.

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  • Exame parasitológico de fezes normal. A
    ultrassonografia abdominal mostrou pequena
    quantidade de líquido livre na pelve (ascite).
  • Endoscopia digestiva alta apresentou pangastrite
    enantematosa e edematosa no antro.
  • Biópsia duodenal evidenciou infiltrado
    inflamatório intersticial constituído por
    numerosos eosinófilos e linfócitos, vasos
    congestos, leve edema intersticial e eosinófilos
    intravasculares
  • Biópsia gástrica mostrou hiperplasia foveolar,
    com pequeno aumento do número de eosinófilos.

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Quais as hipóteses diagnósticas?
22
Gastroenterite eosinofílica
  • A gastroenterite eosinofílica (GEE) é uma doença
    inflamatória com predomínio masculino numa
    proporção de 32.
  • Aproximadamente 70 dos pacientes tem uma
    história pessoal ou familiar de distúrbio
    alérgico, como asma, febre do feno,
    hipersensibilidade a drogas ou eczema

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Gastroenterite eosinofílica
  • Existem relatos de gastroenterite induzida por
    medicamentos como genfibrozil, enalapril, sal de
    ouro, azatioprina, carbamazepina e clofazimina.
  • O infiltrado eosinofílico pode acometer qualquer
    parte do tubo digestivo, desde o esôfago até o
    reto
  • O local mais comum corresponde ao estômago,
    particularmente antro, e intestino delgado

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Gastroenterite eosinofílica
  • Klein et al descreveram 3 formas deapresentação
    histopatológica da GEE

25
Gastroenterite eosinofílica
  • 1 GEE com afecção predominante da camada
    mucosa, caracterizada por inflamação e ulceração
    causadoras de náusea, vômito, diarréia, dor
    abdominal, emagrecimento e perda de sangue e
    proteínas.
  • Nas formas mais graves, associa-se à uma síndrome
    de máabsorção.
  • É a forma mais comum, diagnosticada em 25-100
    dos casos, provavelmente pela facilidade relativa
    de diagnóstico por meios de endoscopia e biópsia
    disponíveis rotineiramente.

26
Gastroenterite eosinofílica
  • 2 GEE com afecção predominante da camada
    muscular caracterizada por um quadro de obstrução
    intestinal secundário ao espessamento e rigidez
    do trato afetado com náuseas, vômitos, dor e
    distensão abdominal.
  • Ocorre em 13-70 dos casos

27
Gastroenterite eosinofílica
  • 3 GEE com afecção predominante da camada
    serosa. Ocorre em 12-40 dos casos.
  • Está associada com ascite eosinofílica, um alto
    nível de eosinofilia periférica e uma alta
    resposta aos esteróides

28
Gastroenterite eosinofílica
  • O diagnóstico de GEE é suspeitado pela presença
    dos sintomas GI, eosinofilia periférica presente
    em 50-100 dos casos, e exclusão de outras
    enfermidades que cursam com eosinofilia.
  • A confirmação é feita pela histopatologia da
    parede intestinal comprometida cuja infiltração
    eosinofílica é patognomônica da GEE

29
Gastroenterite eosinofílica
  • Em muitas das publicações envolvendo casos em
    grandes séries, uma contagem maior de 20
    eosinófilos/campo foi usada para definir
    histologicamente a gastroenterite eosinofílica
  • À endoscopia, os achados característicos são
    edema, eritema, erosão no antro do estômago.

30
Gastroenterite eosinofílica
  • Normalmente a eosinofilia da mucosa pode ser
    encontrada em baixo número no estômago.
  • Achados marcantes na gastroenterite serosa são
    ascite, nódulos esbranquiçados, espessamento do
    peritônio parietal e visceral

31
Gastroenterite eosinofílica
  • A mucosa gástrica pode estar normal ou ter pregas
    mucosas proeminentes, hiperemia, ulceração ou
    nodularidade
  • À biópsia intestinal podem ocorrer resultados
    falsonegativos por distribuição esparsa da
    infiltração eosinofílica ou devido aos
    eosinófilos afetarem as camadas mais profundas da
    parede

32
Gastroenterite eosinofílica
  • O tratamento de eleição corresponde à prednisona
    20-40 mg/dia, observando-se excelente resposta em
    7 a 10 dias sendo a resposta terapêutica uma
    característica dessa doença
  • Quando o paciente é resistente ao corticóide, a
    opção terapêutica recai sobre o cromoglicato de
    sódio ou cetotifeno, embora existam resultados
    controversos

sendo a resposta terapêutica uma característica
dessa doença
33
Gastroenterite eosinofílica
  • Certos casos requerem intervenção cirúrgica.
  • Complicações evolutivas como obstrução,
    perfuração, suspeita de câncer e refratariedade
    ao tratamento medicamentoso são bons motivos para
    abordagem cirúrgica

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Gastroenterite eosinofílica
  • O prognóstico é benigno na maioria dos casos.
  • Recidivas são possíveis e comuns, freqüentemente
    observadas quando a dosagem dos esteróides é
    diminuída ou seu uso suspenso
  • Não há descrito o aparecimento de seqüelas a
    longo prazo, aumento do risco de desenvolver
    câncer gástrico ou diminuição da expectativa de
    vida

35
Fim
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