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CURSO DE EXTENS

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universidade federal de uberl ndia instituto de geografia curso de gest o em sa de ambiental curso de extens o sa de ambiental e sa de do trabalhador – PowerPoint PPT presentation

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Title: CURSO DE EXTENS


1
CURSO DE EXTENSÃO SAÚDE AMBIENTAL E SAÚDE DO
TRABALHADOR 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE AMBIENTAL
  • Prof. Dr. Winston Kleiber de ALMEIDA BACELAR
  • Universidade Federal de Uberlândia
  • Instituto de Geografia
  • Geografia e Gestão em Saúde Ambiental
  • winston_at_ig.ufu.br

2
Saúde, sociedade e ambiente
  • EMENTA
  • Sociedade de consumo e questões ambientais
  • Determinantes sociais da saúde
  • Desenvolvimento local sustentável
  • Sociedade urbano-industrial e qualidade de vida
  • Cidade saudável e sustentável.

http//www.youtube.com/watch?vzsOGZKRVqHQ
3
2000 - Objetivos do Desenvolvimento do Milênio,
Nova Iorque A Declaração do Milênio foi
apresentada em 2000 pela Organização das Nações
Unidas e subscrita pelos 189 estados-membros que
têm assento na assembleia geral. A declaração
integra 8 grandes objetivos (ODM) que representam
um compromisso da comunidade internacional para
com o desenvolvimento humano a nível global e
onde a saúde sexual e reprodutiva desempenha um
papel essencial. Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio ODM 1 - Erradicar a pobreza extrema e a
fomeODM 2 - Alcançar a educação básica para
todosODM 3 - Promover a igualdade de gênero e
capacitar as mulheresODM 4 - Reduzir a
mortalidade infantilODM 5 - Melhorar a saúde
maternaODM 6 - Combater o VIH/SIDA, malária e
outras doençasODM 7 - Assegurar a
sustentabilidade ambientalODM 8 - Estabelcer uma
parceria global em prol do Desenvolvimento
4
Qualidade de vida, desenvolvimento sustentado,
são termos neoliberais. Matam qualquer
discussão. Porque são terminais. São termos
utilizados nos discursos dos políticos que, na
hora de implementá-los, não têm como
fazê-lo. Sendo termos vazios, não há como
estudá-los, substantivamente.
SANTOS, Milton. Quem está na frente é o povo. In
Revista Cadernos Le Monde diplomatique. Um outro
Mundo urbano É Possível. São Paulo jan. 2001, p.
4/7.
5
Sociedade de consumo e questões ambientais
6
(No Transcript)
7
Fonte http//jmmatias.blogspot.com.br/2010_01_01_
archive.html
8
PARTE I SOCIEDADE DE CONSUMO E QUESTÕES
AMBIENTAIS SOCIEDADE URBANO-INDUSTRIAL E
QUALIDADE DE VIDA
9
(No Transcript)
10
(No Transcript)
11
  • PENSAMENTO/IDEOLOGIA JUDAICO-CRISTÃ (OCIDENTAL)
  • O homem recebeu a Terra de Deus e deve gerir os
    recursos da natureza e, depois de expulso do
    paraíso, com o suor do próprio rosto
  • Foco utilitarista da natureza
  • Reflexo da vida moderna Ter/possuir é muito
    importante

12
(No Transcript)
13
AS CATÁSTROFES NATURAIS AUMENTARAM?
  • HIDROMETEOROLÓGICAS
  • SIM
  • GEOFÍSICAS (GEOLÓGICAS)
  • NÃO
  • FURACÃO/TUFÃO
  • TORNADO
  • TEMPESTADES/SECAS
  • EL NIÑO/LA NIÑA
  • DESLIZAMENTOS
  • ENCHENTES
  • ABALOS SISMICOS (TERREMOTOS E MAREMOTOS)
  • VULCANISMOS
  • TSUNAMIS

- CAUSA POSSÍVEL AGRAVAMENTO DO EFEITO DE ESTUFA.
14
A QUANTIDADE DE MORTES E PERDAS MATERIAIS
AUMENTARAM NOS ÚLTIMOS ANOS?
  • SIM
  • AUMENTARAM AS CATÁSTROFES HIDROMETEOROLÓGICAS
  • AUMENTOU A POPULAÇÃO MUNDIAL E A QUANTIDADE DE
    POBRES
  • A POPULAÇÃO RESIDE, EM SUA MAIORIA, EM ÁREAS DE
    RISCO (3/4 MORAM PROXIMAS AO LITORAL)
  • GLOBALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ( NOTÍCIAS MAIS
    REAIS E CONCRETAS).

15
O uso da natureza pelo homem a transforma. As
ações humanas sobre o meio, humaniza e o
transforma em Ser. Dá-se consciência à
Natureza. O homem Fetichiza/reifica a
natureza como desculpa aos processos de
reordenamento da energia.
16
CATÁSTROFES NATURAIS X IMPACTOS AMBIENTAIS
  • Das necessidades básicas
  • comer
  • vestir
  • beber
  • aquecer ...
  • Passamos, a humanidade, ou parte considerável
    dela, a ultrapassar os limites do biológico...

17
  • Degradamos a partir, portanto, das necessidades
    básicas até a crise que se dá na resiliência do
    ambiente (em ecologia, resiliência, é a
    capacidade de um determinado ecossistema de
    retomar sua forma original após uma perturbação.
    Pode também ser definida como limite resistência
    do ecossistema a uma mudança para que esta não se
    converta numa situação irreversível). Os impactos
    ambientais são, assim, determinados
    socialmente/culturalmente/historicamente .
  • ÁGUA
  • SOLOS
  • AR
  • ECOSSISTEMAS/BIOMAS/BIODIVERSIDADE (animal e
    vegetal)

18
COMO ??...
19
BIODIVERSIDADE
O termo biodiversidade - ou diversidade
biológica - descreve a riqueza e a variedade do
mundo natural. (www.wwf.org.br/)
Variedade e a variabilidade existente entre os
organismos vivos e as complexidades ecológicas
nas quais elas ocorrem. (www.agua.bio.br/)
A biodiversidade está relacionada com a
diversidade dos seres vivos plantas, animais,
microorganismos e do ecossistema e é
representada pela diversidade genética,
diversidade de espécies e diversidade de
habitats. (GARCIA, Eloi S. Biodiversidade,
Biotecnologia e Saúde. Cad. Saúde Públ., Rio de
Janeiro, 11 (3) 495-500, Jul/Sep, 1995.)
20
  • A TRANSIÇÃO DO
  • MUNDO RURAL
  • PARA O URBANO
  • AS REVOLUÇÕES NA
  • QUÍMICA E NA BIOLOGIA.
  • AS RELAÇÕES DE PERDA
  • E A REVOLUÇÃO VERDE

21
Muitas espécies domesticadas ou
semidomesticadas, comuns até recentemente em
mercados regionais, estão desaparecendo diante da
competição com espécies mais comuns ou facilmente
rentáveis.
(GARCIA, Eloi S. Biodiversidade, Biotecnologia e
Saúde. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (3)
495-500, Jul/Sep, 1995.)
22
Biotecnologia
Biotecnologia é "a aplicação dos princípios
científicos e da Engenharia ao processamento de
materiais, através de agentes biológicos, para
prover bens e assegurar serviços."
23
SAÚDE AMBIENTAL E A SAÚDE DO HOMEM O DEBATE ...
24
... saúde não é apenas a ausência da doença, mas
qualidade de vida em todos os aspectos...
Lima e Guimarães (2007, p. 60)
... antes de tudo, compreender o processo de
ocupação e organização do espaço geográfico
pelas sociedades humanas em diferentes tempos e
lugares para entender a manifestação das
doenças. Essa compreensão é muito importante,
porque pode permitir o entendimento da gênese e
da distribuição das doenças, e assim estabelecer
programas de vigilância ambiental em saúde.
Este princípio já estava estabelecido em
Hipócrates, o pai da Medicina e da Geografia
médica.
Lima e Guimarães (2007, p. 60)
25
A ocorrência das doenças relaciona-se ao lugar e
condição social em que se vive, portanto, as
doenças são geograficamente determinadas (LIMA,
2008).
26
SUSTENTABILIDADE DE QUAL SUSTENTABILIDADE ESTAMOS
FALANDO??
27
O ECOMALTHUSIANISMO
No final dos anos sessenta, paralelamente à
emergência da ecodiplomacia, que visa discutir
entre os países as questões de caráter ambiental,
surge o Ecomalthusianismo. Essa teoria foi
defendida pelo Clube de Roma, formado por
cientistas, economistas e funcionários
governamentais de alto escalão, e baseia-se na
idéia de que o sistema global é formado por
recusrsos finitos em acelerado processo de
desgaste diante do crescimento populacional e das
demandas produtivas do mundo contemporâneo. A
lógica é que quanto maior é a população, maior o
consumo dos recursos naturais.
28
CONTRA-ARGUMENTO SUSTENTABILIDADE. Ecodesenvolvi
mento Desenvolvimento Sustentado Sustentabilidad
e Ecológica, etc.
29
Conferências Ambientais
Primavera silenciosa
Em 1962, publicação do livro.
Movimentos ambientalistas
Em 1970 nascem em vários países os chamados
Deles se originaram as ONGs. Ex Greenpeace,
S.O.S Mata atlântica
Em 1968 nasce o clube de Roma, com uma
perspectiva ecológica, inaugurando o
ecomalthusianismo
Em 1972 nasce na Conferência das Nações Unidas
sobre o meio ambiente (Estocolmo - Suécia) a
idéia do desenvolvimento ecologicamente
sustentável
30
1987 Relatório Brundtland O conceito de
desenvolvimento sustentável foi apresentado em
1987 como resultado da Assembléia Geral das
Nações Unidas no relatório Our common future
Nosso futuro Comum, conhecido como Relatório
Brundtland devido ao fato do encontro ter sido
presidido por Gro Harlem Brundtland, primeira
ministra da Noruega. Nesse mesmo encontro foi
criado a UNCED Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento. O relatório
Brundtland traduziu algumas preocupações com o
meio ambiente que já se instalava na sociedade e
definiu novos paradigmas que passaram a nortear
as relações humanas a partir daquele momento.
Nele foi expresso pela primeira vez o conceito de
desenvolvimento sustentável utilizado até os
dias atuais e definido como àquele que atende as
necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras atenderem as
suas , através da sustentabilidade do
desenvolvimento que compreende uma mudança nas
relações econômicas, político-sociais, culturais
e ecológicas. Desse modo a natureza passa a ser
vista como parte integrante de um sistema que
originalmente deveria ser cíclico, excluindo o
comportamento predador do modelo
desenvolvimentista predominante.
31
Conferências Ambientais
Em 1992 aconteceu a ECO no Rio de Janeiro
  • Dois documentos resultaram desta conferência
  • Agenda 21 Gestão e preservação dos recursos
    naturais e políticos,
  • programa de ação global, em 40 capítulos.
  • Carta da terra Soberania dos estados sobre os
    seus recursos naturais

Outros importantes documentos foram elaborados na
Rio-92, que apontaram um comportamento mais
responsável de toda sociedade - Declaração do
Rio, em um conjunto de 27 princípios pelos quais
deve ser conduzida a interação dos humanos com o
Planeta. - Declaração de princípios sobre
Florestas - Convenção sobre diversidade
biológica - Convenção - quadro sobre Mudanças
climáticas - que culminou no Protocolo de Kyoto
em 1997
32
A sustentabilidade das populações e
conseqüentemente de suas nações, povos e
comunidades ... Passa pois por Gerar renda,
emprego, trabalho com preocupação ambiental
visando a gerações futuras. Este passa, então, a
ser o novo conceito de desenvolvimento.
33
O conceito moderno de desenvolvimento sustentado
prega, então, uma produção (capitalista) que se
envolva no mercado, não interessando o quão
extensa seja esta rede, se local, regional ou
global. Mas que os frutos advindos sejam mais bem
divididos entre a população em que a ação de
desenvolvimento sustentado se dê.
34
A tônica fundamental para que tais ações, de fato
concretizem-se, coadunando-se com os preceitos do
moderno Desenvolvimento Sustentado consiste em
que o meio ambiente seja respeitado e as
interações homem X natureza sejam de forma a
causar o menor impacto possível. Menor impacto
ambiental possível para que o bem natural, ou
simplesmente a natureza, possa ser menos agredida
para que as gerações futuras possam dela usufruir.
35
Dentro dos preceitos modernos de desenvolvimento
sustentado o impacto ambiental não é, portanto,
retirado de pauta. Não se deve confundir impacto
ambiental com escala de impacto ambiental. Todas
as ações humanas geram impactos ambientais. O
interessante é perceber isto. O desenvolvimento
sustentado não prega a eliminação dos impactos
ambientais, mas, sim, ações humanas de geração de
renda, emprego e trabalho com qualidade de vida,
com o menor impacto ambiental possível, pois
todas as ações humanas modificam o meio e, assim,
corrompem o meio natural gerando impactos
ambientais mesmo com boas intenções. Impacto
ambiental não tem tamanho, toda ação humana gera
impacto ambiental, o que temos que fazer é
conhecê-los para reduzir suas conseqüências
nocivas a partir de nossas ações.
36
Desde a menor ação humana sobre o meio, do ponto
de vista biológico e ecológico, ocorrem
modificações no meio ambiente. Assim, temos que
encarar a nossa existência, enquanto espécie e
seres sociais, como profundamente degradante ao
meio ambiente. Com isso, o desenvolvimento
sustentado e as ações coordenadas a partir dele
objetivam diminuir os impactos e nunca
eliminá-los, o que seria incorreto e acima de
tudo, impossível.
37
CONTUDO .... QUE SUSTENTABILIDADE ?
http//www.youtube.com/watch?vk7drtDdKxcE
38
Segundo Leff (2001), a forma espoliativa da ação
do capital sobre a natureza, mediada pelo
discurso do neoliberalismo ambiental, criou a
figura do desenvolvimento sustentável com o
propósito de legitimar o espólio dos recursos
naturais e culturais das populações dentro de um
esquema combinado, globalizado, no qual fosse
possível dirimir os conflitos num campo neutro.
Monken, Peiter, Barcellos et. All., 2010
39
É NECESSÁRIO INVERTER O QUESTIONAMENTO
A inovação dos processos no meio produtivo tem
mostrado que o aumento da produtividade é fator
primordial para o agronegócio. Assim, menores
extensões de terra podem produzir muito mais
quando aplicadas tecnologias adequadas. Esta
deveria ser a grande discussão no setor
produtivo Como transformar grandes áreas que
atualmente desenvolvem modelo extensivo de
produção em áreas com tecnologias adequadas para
produzir muito mais em menos espaço?
40
PARA REFLETIR...
A passagem do Paradigma Preventivo Clássico para
o Paradigma Precaucionário O PRINCÍPIO DA
PRECAUÇÃO ..não é propriamente a avaliação
científica da existência dos riscos, mas sim da
inexistência destes.
(Marcelo Firpo de Souza Porto, 2010)
41
Art. 225 da Constituição Federal de 1988
preconiza "Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações".
42
PARTE II DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
http//www.youtube.com/watch?vaUu-mjoiua0
43
(No Transcript)
44
  • NUM PAÍS EM QUE POUCOS TEM MUITO E MUITOS TEM
    QUASE NADA ESTA DESIGUALDADE REFLETE SE NA
    SAÚDE DA POPULAÇÃO
  • QUESTIONAMENTOS
  • O QUE FAZ QUE DETERMINADOS GRUPOS POPULACIONAIS
    SEJAM MAIS SAUDÁVEIS QUE OUTROS?
  • COMO O LOCAL E AS CONDIÇÕES DE VIDA DETERMINAM A
    SAÚDE DA FAMÍLIA?
  • COMO CERTOS GRUPOS SÃO MAIS SUCEPTÍVEIS À AGRAVOS
    DE SAÚDE?

45
DETERMINANTES DA SAÚDE PODEM SER BIOLÓGICOS OU
ESTAREM SOB MAIOR CONTROLE DO INDIVÍDUO ( EX.
CONDUTAS INDIVIDUAIS).
46
(No Transcript)
47
(No Transcript)
48
(No Transcript)
49
(No Transcript)
50
(No Transcript)
51
(No Transcript)
52
Conceitos
Pobreza
carência do minimamente necessário a uma
existência humana digna
existência humana digna ?
53
Conceitos
Pobreza
carência do minimamente necessário a uma
existência humana digna
Segundo a ONU
R 4,00 . por pessoa
R 480,00 . por família
54
Conceitos
Pobreza
carência do minimamente necessário a uma
existência humana digna
63
63
pobres
15
13
9,3
Porcentagem da população brasileira
55
Conceitos
Miséria
Falta do mínimo necessário a uma subsistência
alimentar adequada
R 240,00 . por família
56
Conceitos
Miséria
Falta do mínimo necessário a uma subsistência
alimentar adequada
63
miseráveis
38
24
24
15
13
9,3
Porcentagem da população brasileira
57
GLOBALIZAÇÃO E SAÚDE
O deslocamento dos assuntos humanos do marco
restrito do estado-nação para o vasto cenário do
planeta Terra está afetando não só o comércio, as
finanças, a ciência, o meio ambiente, o crime e
o terrorismo também está influindo na saúde
(Valaskakis, 2001).
Um aspecto que merece destaque especial ...
tanto no caso das análises históricas quanto
contemporâneas das pandemias, refere-se ao papel
da circulação internacional na transmissão das
doenças. Neste sentido, tanto o comércio
internacional (do mercantilismo à sua versão
atual globalizada) quanto circulação de pessoas
(desde os descobrimentos até a versão
contemporânea do turismo) são altamente
correlacionados com a ocorrência de pandemias.
Eduardo L. G. Rios-Neto . POBREZA, MIGRAÇÕES E
PANDEMIAS . TEXTO PARA DISCUSSÃO N 301, Março de
2007 , p. 18.
58
A RELAÇÃO PAN/ EPIDEMIAS E POBREZA
...a pobreza e as condições de vida na pobreza
favorecem o surgimento e a persistência destas
epidemias. A expansão de uma doença até tornar-se
epidêmica depende do contato freqüente entre
pessoas, que pode crescer com a pobreza. Cinco
razões são mencionadas por Bloom e Canning (2006)
para ligar epidemias com pobreza. A primeira
seria o contato entre pessoas, que pode ser
afetado por condições adversas de moradia (como
no caso da tuberculose) ou pela mobilidade da
população. A segunda está ligada às condições de
saneamento básico e higiene, as quais podem
favorecer a proliferação de vetores
transmissíveis como bactérias, vírus e parasitas.
Terceira, os corpos mais desnutridos e fracos são
mais suscetíveis a contrair infecções, com menor
capacidade de lutar contra elas. Quarto, as
epidemias tendem a ocorrer em países ou regiões
que possuem um fraco sistema de saúde. Quinto, a
condição de pobreza pode gerar comportamentos e
estilos de vida que favoreçam a transmissão e
difusão da doença.
Eduardo L. G. Rios-Neto . POBREZA, MIGRAÇÕES E
PANDEMIAS . TEXTO PARA DISCUSSÃO N 301, Março de
2007 , p. 18.
59
As epidemias e pandemias colocam desafios para a
comunidade internacional. Bloom e Canning (2005)
mostram que a imprevisibilidade é uma fonte de
pânico em algumas epidemias, afetando tanto os
impactos econômicos quanto os mecanismos de
transmissão. O primeiro desafio para os
formuladores de política é estar preparado para
uma rápida ação quando a epidemia surge.
Segundo, esta resposta tem de ser flexível para
captar rápidas mudanças na epidemia. Terceiro,
algumas epidemias demandam limitação no movimento
das pessoas, o que afeta tanto o turismo quanto o
comércio entre os países. Finalmente, a
propensão à mutação do vírus das epidemias causa
um grande desafio, pois o sucesso no combate a
uma variante da doença não garante sucesso em
outra variante. O combate à doença na sua
primeira fase é a melhor estratégia,
principalmente por intermédio do uso de vacinas e
redes nas camas (para o caso de vetores
transmissores como o mosquito), além de
eliminação dos vetores e de programas
educacionais.
Eduardo L. G. Rios-Neto . POBREZA, MIGRAÇÕES E
PANDEMIAS . TEXTO PARA DISCUSSÃO N 301, Março de
2007 , p. 19.
60
Para Bloom e Canning (2005), o combate às
epidemias pode tomar a forma de prevenção ou
tratamento. A maioria dos vírus que afeta os
seres humanos se origina dos animais. A
prevenção inclui práticas higiênicas e controle
de zoonose via melhoramento nas condições das
fazendas (construções modernas, áreas
desinfetadas, refrigeração e conscientização dos
produtores). A provisão de serviços de saúde de
boa qualidade é outra forma de prevenir as
epidemias por exemplo, na distribuição das
drogas, como os anti-retrovirais no caso da aids,
onde a experiência brasileira é pioneira. Os
sistemas de saúde dos países têm de aumentar a
rapidez na ação no caso de uma nova epidemia, o
que implica num sistema bem desenvolvido de
vigilância sanitária, sendo que o controle de
todos os novos casos é fundamental para isolar a
expansão de uma doença transmissível. No caso de
novas epidemias onde o mecanismo de transmissão é
desconhecido, o isolamento e a quarentena são as
medidas mais apropriadas. O último componente na
estratégia de prevenção é a imunização.
Eduardo L. G. Rios-Neto . POBREZA, MIGRAÇÕES E
PANDEMIAS . TEXTO PARA DISCUSSÃO N 301, Março de
2007 , p. 23.
61
WOLFE. Natan. Na natureza selvagem. Revista
Scientific American Brasil, 2009, p. 75)
62
PARA REFLETIR A MEDICALIZAÇÃO (CONCRETA DO E
ABSOLUTA) DO SUS E OS DETERMINANTES SOCIAIS E
AMBIENTAIS DA SAÚDE.
63
PARTE III CIDADE SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL DESENVOL
VIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL
64
(No Transcript)
65
...ACHO UM EQUÍVOCO CULPAR A CIDADE POR UM
FENÔMENO DE CIVILIZAÇÃO. É UM PONTO DE PARTIDA
EQUIVOCADO. NÃO É A CIDADE, É A CIVILIZAÇÃO...
SANTOS, Milton. Quem está na frente é o povo. In
Revista Cadernos Le Monde diplomatique. Um outro
Mundo urbano É Possível. São Paulo jan. 2001, p.
4/7.
66
O FENÔMENO URBANO NÃO PODE SER ESTUDADO FORA DO
TERRITÓRIO
SANTOS, Milton. Quem está na frente é o povo. In
Revista Cadernos Le Monde diplomatique. Um outro
Mundo urbano É Possível. São Paulo jan. 2001, p.
4/7.
67
A sustentabilidade do município, especialmente da
pequena cidade, é um desafio premente e carece de
políticas eficientes para seu pleno
desenvolvimento. Em estudos sobre as
problemáticas sociais e financeiras das pequenas
cidades, a premissa básica da sustentabilidade,
as análises se realizam sobre a via ambiental e
do turismo como sendo as portas do paraíso para
as soluções dos problemas financeiros, sociais e
culturais, enfim a definição da sua
sustentabilidade. Este aspecto exclusivo da
sustentabilidade calcado na visão do ambiental
tem sua razão de ser na medida em que os
municípios que envergam pequenas cidades eram
vistos como ausentes de outros problemas a não
ser os ambientais.
68
Para as cidades a sustentabilidade deve passar de
um simples discurso ambientalista para uma práxis
ecológica microrregional de cunho social mais
presente. Esta é mais abrangente e contumaz. O
desenvolvimento ecológico do município compreende
a sustentabilidade social, política, ambiental e
cultural de uma dada fração do território ou
lugar, a fração microrregional. A maneira mais
holística do processo ecológico é mais
interessante para áreas em que não apenas o
turismo pode ser a fonte da possível
sustentabilidade.
69
Tais situações somente poderão se alterar quando
o caminho a seguir, dentre outros, passa pela
integração das realidades das cidades para que as
soluções sejam conjuntas a estas realidades que
se fazem em escalas do cotidiano da cidade. Não
podemos dissociar tais possibilidades de
alteração da realidade atual da cidade do papel
do Estado. O planejar e organizar o espaço
geográfico é tarefa realizada por poucos, o que
não deixa de ser frustrante. Assim, ao
compreender que as forças globais não permitem o
desenvolvimento das capacidades individuais, a
questão central torna-se a compreensão do papel
do Estado. Ele, o Estado, tem de ser entendido
como meio de permitir o desenvolvimento das
capacidades individuais. O Estado possui um papel
preponderante neste processo.
70
DO TEÓRICO ...
  • Centralização do capital-saúde aparelhamento e
    capacitação técnica e tecnológica nos grandes
    centros urbanos e em algumas médias cidades
  • Descentralização das responsabilidades
    Municipalização da saúde via SUS (pós década de
    1990)
  • Deficiência na prestação de serviços (falta de
    mão de obra especializada).

71
NA PRÁTICA... A REALIDADE SUPERA A UTOPIA...
72
  • Grande parte dos secretários de saúde do Brasil
    tem apenas o ensino médio e não tem nenhuma
    formação relacionada ao campo da saúde (Ex.
    motorista de ambulância que se torna secretário
    municipal da saúde) (Abrasco, 2011).
  • As necessidades criadas no mundo pós-moderno
    e globalizado fazem com que os médicos abdiquem
    de residir em pequenas cidades
  • As necessidades criadas no mundo pós-moderno e
    globalizado fazem com que os médicos abdiquem de
    clinicar na periferia dos grandes centros
    urbanos

73
A MAIORIA DOS MUNICÍPIOS DO BRASIL EM ÁREAS
NÃO-METROPOLITANAS ADOTAM A POLÍTICA DE SAÚDE
PÚBLICA BASEADA NA AMBULÂNCIA Um exemplo
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
74
Brasil evolução das cidades com até 10.000
habitantes, 2000.
1970 1980 1991 2000
Brasil 3.952 3.991 4.491 5.507
Municípios até 10.000 habitantes 3.361 2.971 2.273 2.616
Porcentagem em relação ao Brasil 85,05 74,43 50,62 47,50
Fonte Censos do IBGE 1960, 1970, 1980, 1991 e
2000. Org. BACELAR, W., 2002.
75
As políticas públicas para o setor da saúde
realizadas pelo Estado-município das cidades vão
desde as meramente assistencialistas, até o
encaminhamento de pacientes a outras cidades da
região, do estado e do Brasil.
76
O volume de viagens diário e semanal, a
freqüência e a presteza dos serviços de
ambulância e de transferência de pacientes para
os centros de referência da região se realizam na
função de válvula de escape operacional, que é
confundida com boa prestação de serviços
médico-hospitalares na maioria das cidades do
Brasil.
77
(No Transcript)
78
Promoção da saúde no município e na
microrregião.
  • AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROMOÇÃO DA
    SAÚDE
  • AUSÊNCIA/DEFICIÊNCIA EM PROMOVER/PRODUZIR
    TERRITÓRIOS SAUDÁVEIS
  • AUSÊNCIA EM PROMOVER DEBATES SOBRE TERRITÓRIOS E
    AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE
  • MEDICALIZAÇÃO DA SAÚDE.

79
PARA REFLETIR
É neste sentido - o da cooperação microrregional
entre os municípios - que reside a energia de
coesão para a redução dos problemas comuns aos
municípios e às pequenas cidades neles
encerradas. A coesão microrregional estabelecida
a partir de uma história comum, de um presente
amalgamado, como por exemplo, em estruturas
judiciais realizado pela unicidade da comarca e
de um futuro em que os problemas são comuns e
muito parecidos entre si.
80
O DSM (DESENVOLVIMENTO SUTENTADO MICRORREGIONAL)
PARA A CIDADE E REGIÃO.
81
O Desenvolvimento Sustentável Microrregional
(DSM) necessita de uma reformulação tanto do que
se quer e deseja da microrregião, fato esse que
se torna possível apenas e tão somente com a
concatenação dos setores sociais, que de fato
podem estabelecer os princípios da
sustentabilidade microrregional, pois assim as
definições dos desejos partem da premissa da
interação e da visualização dos anseios de toda a
sociedade envolvida na microrregião, quanto da
própria noção do Estado, que invariavelmente não
consegue sustentar por mais tempo o
assistencialismo social e camuflar as frustrações
de parte da população quanto às necessidades
impostas pela modernidade.
82
  • PARA MILTON SANTOS O HOMEM É ATIVO. A AÇÃO QUE
    REALIZA SOBRE O MEIO QUE O RODEIA, PARA SUPRIR AS
    CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À MANUTENÇÃO DA ESPECIE
    CHAMA-SE AÇÃO HUMANA. TODA AÇÃO HUMANA É TRABALHO
    E TODO TRABALHO É TRABALHO GEOGRÁFICO...A
    NATUREZA VAI REGISTRANDO, INCORPORANDO A AÇÃO DO
    HOMEM, DELE ADQUIRINDO DIFERENTES FEIÇÕES, QUE
    CORRESPONDEM ÀS FEIÇÕES DO RESPECTIVO MOMENTO
    HISTÓRICO...IMPONDO À NATUREZA SUAS PRÓPRIAS
    FORMAS, A QUE PODEMOS CHAMAR DE FORMAS OU OBJETOS
    CULTURAIS,ARTIFICIAIS, HISTÓRICOS...ESTAS FORMAS
    HISTÓRICAS NÃO SÃO AS MESMAS ATRAVÉS DOS
    TEMPOS...A NATUREZA CONHECE UM PROCESSO DE
    HUMANIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR, GANHANDO A CADA PASSO
    ELEMENTOS QUE SÃO RESULTADO DA CULTURA. TORNA-SE
    CADA DIA MAIS CULTURALIZADA, MAIS
    ARTIFICIALIZADA, MAIS HUMANIZADA...TORNA-SE CADA
    VEZ MAIS, O PROCESSO DE SUA TECNIFICAÇÃO...A
    NATUREZA SE SOCIALIZA E O HOMEM SE NATURALIZA..
    (SANTOS, 1996, p. 88/89).
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