Title: V
1Vírus Características Gerais e Ciclos de vida
21. Introdução
vírus (latim) veneno 1796 Jenner vacina
contra varíola 1892 Ivanowski Mosaico do fumo
(TMV tobacco mosaic virus) 1946 Stanley
isolamento do TMV 1949 Enders cultivo dos vírus
em culturas de células
3Jenner imunizando uma criança contra a varíola
(vaccínia)
4Diagrama do TMV (vírus do mosaico do tabaco)
Em relação à natureza dos vírus, é óbvio que uma
nítida linha, separando coisas vivas e coisas
não vivas, não pode ser traçada. Esse fato serve
para aquecer a velha discussão sobre a questão o
que é a vida? (Wendell Meredith Stanley
-1904-1971)
51. Introdução
vírus (latim) veneno Entidades infecciosas
não celulares cujos genomas são constituídos de
DNA ou RNA Replicação somente no interior de
células vivas Usando sistemas de produção de
energia e biossíntese do hospedeiro para
sintetizar cópias e transferir seu genoma
para outras células
FORMA SUPREMA DE SOFISTICAÇÃO DO PARASITISMO
62. Características gerais
2.1. ampla distribuição parasitando animais,
plantas, microrganismos - com diferentes graus
de dependência para replicação p. ex.
bacteriófagos menos de 10 genes, dependência
completa outros com 30-100 genes, mais
independentes
72.2. Morfologia básica
a) tamanho 20-300 nm (10-100 vezes menores que
as bactérias)
8b) componentes parte central de ácido
nucléico capsídeo capa protéica(unidades
capsômeros) - simetria helicoidal TMV,
sarampo, gripe - simetria icosaédrica
envelope
92.2. Morfologia básica
b) componentes parte central de ácido
nucléico capsídeo - simetria helicoidal
TMV, sarampo, gripe - simetria icosaédrica
envelope
10Vírus de simetria icosaédrica
112.2. Morfologia básica
b) componentes parte central de ácido
nucléico capsídeo envelope
nucleocapsídeo envolvido por uma membrana de
lipoproteínas
12Vírus envelopados
13 ácido nucléico viral capsídeo nucleocapsídeo
c) ácido nucléico viral DNA ou RNA DNA e RNA
(nunca simultaneamente) o genoma pode
ser linear vírus de animais com RNA circular
ex. herpesvirus (dsDNA) segmentado vírus da
influenza (gripe) 8 segmentos
(!)
(!)
14Alguns tipos de genomas virais
15Síntese de mRNA após a infecção celular por
diferentes tipos de vírus
16d) outros componentes (ocorrendo em alguns
vírus) - enzimas polimerases replicação do AN
viral ex. transcriptase reversa nos
retrovírus - lipídeos fosfolipídeos,
glicolipídeos, ác. graxos ex. fosfolipídeos do
envelope - carboidratos além dos açúcares dos
AN ex. glicoproteínas nas espículas do vírus da
gripe
17Anatomia do vírus da AIDS
183. Replicação dos vírusDentro da célula
hospedeira
- Bacteriófagos (vírus de bactérias)
- Ciclo lítico (fagos virulentos)
- a) adsorção ligação a receptores específicos
- reversível
- irreversível
193. Replicação dos vírus
- Bacteriófagos (vírus de bactérias)
- Ciclo lítico (fagos virulentos)
- b) penetração
- entrada do AN viral na célula
203. Replicação dos vírus
- Bacteriófagos (vírus de bactérias)
- Ciclo lítico (fagos virulentos)
- c) síntese dos componentes virais
- eventos iniciais
- enzimas polimerases
- síntese do mRNA
- eventos tardios
- proteínas estruturais (capsômeros)
- ácido nucléico viral
213. Replicação dos vírus
- Bacteriófagos (vírus de bactérias)
- Ciclo lítico (fagos virulentos)
- d) montagem
- síntese das enzimas de montagem
- agregação das proteínas estruturais
- condensação do AN viral
223. Replicação dos vírus
- Bacteriófagos (vírus de bactérias)
- Ciclo lítico (fagos virulentos)
- e) liberação de novos vírus
- síntese das endolisinas
- lise da célula hospedeira
- liberação rápida
- liberação lenta (extrusão)
25 min. após a infecção são liberados 50-100
novos vírus
233. Replicação dos vírus
243. Replicação dos vírus
3.1.2. Ciclo lisogênico a) adsorção b)
penetração do genoma c) síntese de proteínas
funcionais (inserção) d) integração do genoma
viral ao genoma da célula
25(No Transcript)
263. Replicação dos vírus
3.2. Vírus de animais e plantas a) adsorção
animais glicoproteínas do envelope
(espículas) especificidade de hospedeiros,
espécie, tecidos plantas parece não haver
receptores específicos
273. Replicação dos vírus
b) penetração e desnudamento vírus de
animais - liberação do AN viral na
célula fusão do envelope viral com a membrana,
ou endocitose (enzimas digerem o capsídeo)
vírus de plantas - vetores bactérias, fungos,
nematóides, fungos, insetos - poros nas
paredes - ferimentos abrasão, cortes, vento
Replicação de um vírus de planta vírus do
nanismo da cevada
283. Replicação dos vírus
c) biossíntese dos componentes virais eventos
iniciais polimerases, mRNA eventos tardios
proteínas estruturais, síntese AN viral d)
maturação e montagem
e) liberação mecanismos variáveis - lise da
célula (certos animais) - exocitose - pela
membrana do núcleo e exocitose - vírus
envelopados brotamento
Ex. vírus da gripe enzima neuraminidase para
excisão do broto
294. Classificação dos vírus
- Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus
(ICTV) (1966) - Um sistema universal para a classificação dos
vírus e uma taxonomia uniforme, foi discutido e
proposto pelo comitê. - A exploração de novos nichos e o aumento da
sensibilidade e especificidade nas técnicas de
detecção têm expandido a lista de novos vírus. - ICTV reconhece mais de 3000 espécies, 71
famílias, 11 subfamílias e 175 gêneros. - Base de dados para pesquisadores ICTVdB desde
1991.
304. Classificação dos vírus
Exemplo de Classificação
Ordem (com sufixo -virales) Família (sufixo
-viridae) Subfamília (sufixo -virinae) Gênero
(sufixo -virus) Espécie (por ex. tobacco
mosaic virus)
- O vírus Ebola é classificado da seguinte
maneira - Ordem Mononegavirales
- Família Filoviridae
- Gênero Ebolavirus
- Espécie Zaire ebolavirus (Rio Ebola no Sudão e
Zaire- 1ª ocorrência)
314. Classificação dos vírus
- Famílias
- Poxyviridae
- Herpesviridae
- Parvoviridae
- Retroviridae
- Picornaviridae
- Gêneros
- Enterovírus (trato alimentar), exemplo de
espécies Poliovírus 1, 2 e 3. - Cardiovírus (neurotrópico), exemplo de espécie
Mengovírus - Rhinovírus (região naso-faringeal), exemplo de
espécie Rhinovírus 1a - Hepatovírus (fígado), exemplo de espécie
Hepatite A
32Critérios Taxonômicos
Os critérios taxonômicos mais importantes para
diferenciação entre as Ordens, Famílias e
Gêneros, são
- Tipo e organização do genoma
- Estratégia de replicação
- Estrutura (morfologia)
33Critérios Taxonômicos
As características para diferenciação entre
espécies de vírus, são Relação entre a
sequência do genoma Hospedeiro Tropismo
celular Patogenicidade e citopatologia Modo de
transmissão Propriedades fisico-químicas Proprieda
de antigênica das proteínas virais
345. Outros agentes infecciosos semelhantes
5.1. Viróides - menores agentes infecciosos
conhecidos - compostos somente de RNA simples
(circular) - sem capa protéica - sem genes
codificando enzimas - total dependência do
hospedeiro - localizados no núcleo
interferência direta com a regulação gênica -
possível origem riborganismos -transmissão por
sementes ou pólem exemplo agente da doença
cadang-cadang (coqueiro) 5.2. Príons
(proteinaceous infectious particles) - somente
proteínas (?) ou AN não detectado (?) -
localizam-se nas células do SNC (crônica) -
incubação longa (anos) - alta resistência a UV e
calor - exemplos kuru, scrapie (vaca louca) ou
encefalopatia espongiforme bovina), Mal de
Alzheimer (?)
35Viróides
Cadang-cadang doença do coqueiro causada por
viróides
36Kuru, É transmitida por rituais canibalísticos
entre os membros da etnia Fore em Papua, Nova
Guiné Consumo de partes do cerébro de mortos.
Entre esse povo, as mulheres e crianças comiam
o cérebro, pés e mãos, partes menos
nobres. Mulheres e crianças eram as principais
vítimas da doença. A incubação até 30 anos mas,
uma vez aparecendo os sintomas, a doença progride
rapidamente. Morte 3 a 12 meses após o
aparecimento dos sintomas A incidência da doença
diminuiu após a abolição do canibalismo
37Príons são também causadores de outras doenças
degenerativas Creutzfeldt-Jakob, Kuru,
Gerstmann-Straussler-Scheinker e algumas formas
de insônia fatal em humanos. Gerstmann-Straussler
-Scheinker Disease Ocorre em seres humanos.
Rara, predominantemente hereditária.
Caracterizada por uma descoordenação muscular
e demência. Associada a uma mutação no gene
que codifica para a proteína normal (PrPC).
Morte segue o sintomas dentro de 2 a 6 anos.
A doença da vaca louca também é causada por
príons e ocorre em outros animais como ovinos,
mink, mulas, cervos, gatos e outros.
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