Title: Investigando a Base Gen
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS GRADUAÇÃO EM
BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA DE GENÔMICA II Profª,
Dra. Fabiana Seixas
Investigando a Base Genética do Câncer Câncer
Colorretal Câncer de Mama
Angela Casaril Caciara Souza Laísa Camerini da
Rosa Michelle Hornes Natália Al-Alam Rafaely
Severo
Pelotas, 16 de Maio de 2012
2TEMAS ABORDADOS
- Objetivo
- Câncer Colorretal
- 2.1 Introdução
- 2.2 Fatores de Risco
- 2.3 Anatomia
- 2.4 Patologia
- 2.5 Diagnóstico
- 2.6 Os genes e suas mutações
- 2.7 Mecanismos de Reparo
- 2.8 Artigos
- Câncer de Mama
- 3.1 Genes BRCA1 e BRCA2
- 3.2 Mutações dos genes BRCA1 e BRCA2
- 3.3 Mutações específicas em determinadas
populações Judeus Ashkenazi - 3.4 Fatores de risco para o câncer de mama
- 3.5 Câncer de ocorrência esporádica
- 3.6 Estimativas
- 3.7 No Brasil
- 3.8 Índice de incidência e mortalidade
31. Objetivo
- O presente trabalho tem como objetivo relatar
sobre as características principais bem como
sobre a genética de dois tipos de cânceres, que
afetam largamente a população mundial.
42. Câncer de Cólon retal
52.1 Introdução
- Adenomas neoplasias de origem benigna.
- Carcinomas neoplasias de origem maligna.
685
15
X
Esporádico, não familiar
Hereditário
Acúmulo de agentes carcinogênicos na mucosa
colorretal
PAF Polipose adenomastosa familiar
HNPCC Síndrome do câncer colorretal hereditário
sem polipose.
O CCR é a terceira neoplasia mais frequente no
mundo.
- 20.000 novos casos de CCR por ano
- 6.000 óbitos
7Compreensão da carcinogenese começou com
CCR Volgestein et al. Variação da expressão
gênica na sequência adenoma-carcinoma
A degeneração de um tecido normal até o
surgimento de um câncer é consequência de um
acúmulo de mutações de genes que expressam
proteínas com ação sobre o ciclo celular.
Sequência de mutações dos genes APC k-ras
DCC p53
8PAF (Polipose adenomatosa familiar)
Acúmulo de mutações genéticas
Carcinogênese por múltiplos passos
Epitélio do colon normal
Adenoma displásico
Carcinoma invasivo
9Sequência adenoma-carcinoma demonstrada por
Vogelstein e colaboradores.
10Vantagem de crescimento
Acúmulo de mutações genéticas
CCR
Divisão, diferenciação e morte celular
112.2 Fatores de risco
- Cálcio, vegetais e fibras
- Gorduras saturadas, açúcar, álcool, carne
vermelha. - - Aumenta a concentração de ferro no lúmen
intestinal, elevando a quantia de ROS, que causam
danos oxidativos no DNA.
Tabagismo
Radiação
Câncer colorretal
Alimentação
Idade
Sedentarismo
122.3 Anatomia patológica
? Classificação do CCR, por Haggitt 1985.
- Nível 0 carcinoma in situ (lesões acima da
muscular da mucosa) - Nível 1 muscular da mucosa limitada à cabeça do
pólipo - Nível 2 colo do pólipo
- - colo transição entre o adenoma e o
revestimento epitelial normal - Nível 3 haste ou pedículo
- Nível 4 submucosa da parede intestinal na base
do pólipo
13? Atualmente, admite-se a existência de duas vias
genéticas para a carcinogênese colorretal
- Via da hipermutabilidade do DNA inativação de
um dos alelos dos genes envolvidos no reparo do
DNA. - HNPCC
2. Via da instabilidade cromossômica ou perda da
heterozigose (LOH) inativação dos genes
supressores tumorais ou ativação do oncogene.
PAF
14PAF Polipose adenomastosa familiar
Mutação no gene supressor tumoral APC
- ? Centenas a milhares de adenomas
- Adenomas extraintestinais também são
- comuns, particularmente no duodeno
15- HNPCC Câncer colorretal hereditário sem
polipose -
Mutações nos genes de reparo do DNA
As células da mucosa intestinal acumulam erros de
replicação e assumem características neoplásicas.
16A Genética e o Câncer
2.6 Os genes e suas mutações
O QUE SÃO GENES?
17Indivíduo Homozigoto
Indivíduo Heterozigoto
18Mutações - alterações na seqüência de
nucleotídeos
Alterações estruturais
Alterações funcionais
19Segundo a visão da genética e da biologia
molecular, o câncer é o resultado de um processo
de múltiplas etapas, dirigidas por alterações
genéticas, levando ao surgimento de um clone de
células com vantagens proliferativas sobre as
demais.
Alterações genéticas
- Reguladores de crescimento fundamentais do
aparato celular
Linhagem germinativa síndromes predisponentes
ao câncer
Mutações somáticas casos esporádicos de
neoplasias
20- Oncogenes
- K-ras
- Genes supressores de tumor
- APC, DCC e p53
- Genes reparadores de DNA
- MSH2, MLH1, PMS1 e PMS2
21O gene APC
Síndromes de polipose colônica ? FAP Alterações
no cromossomo 5
GENE APC
adenomatous poliposis coli
Braço longo do cromossomo 5
22Gene APC
Proteína APC (300 kd)
Não possui similaridade de seqüência a qualquer
outra bem conhecida.
23Proteína citoplasmática complexada a alfa e
beta-cateninas
- Regular a quantidade de b-catenina no citoplasma
B-catenina
Proteína de adesão
- Regulam importantes funções celulares como
crescimento, diferenciação, migração,
proliferação e morte celular.
24Em condições normais...
B-catenina está ligada a E-caderina
Inibindo a progressão do ciclo celular
Se ocorrer mutação...
Aumento da porção livre de b-catenina
Gene APC codifica uma proteína truncada (inativas)
Núcleo
Genes de proliferação celular
25Mutações germinativas no APC
- Mutações germinativas em um dos alelos do gene
APC foram identificadas em aproximadamente 80
dos indivíduos com polipose.
Mutações somáticas no APC
- Mutações somáticas no gene APC foram
identificadas em mais de 60 dos casos de câncer
colorretal esporádico, e em alguns casos,
associado à perda de heterozigosidade para o
braço longo do cromossomo 5 (5q).
A mutação do gene APC pode ser um evento precoce
ou até iniciador da maioria dos tumores que
surgem no cólon com potencial maligno.
26Detecção de mutações do gene APC no DNA fecal de
pacientes com tumores colorretais.
Fonte New England Journal of Medicine
27O gene K-ras
GENE K-ras
N-ras, H-ras e K-ras
Mutados em vários tumores humanos e animais
Braço longo do cromossomo 12
28Mutações no K-ras
- O estado ativo da proteína causa alterações no
padrão de crescimento da célula
GTPase-like
Estimula cascatas enzimáticas que levam á
progressão da célula no ciclo celular
29Freqüência das Mutações no gene K-ras
30A mutação mais freqüente
Transcrição de uma base do códon 12
13
61
Códon é a trinca de nucleotídeos que determinam
os aminoácidos componentes de proteínas.
. O tipo de mutação e a base em que ela ocorre
pode estar relacionada com compartimentos
biológicos e estados diferentes dos tumores
31O gene p53
GENE p53
Proteína p53
Braço curto do cromossomo 17
32- Modulação de expressão de genes importantes para
o reparo do DNA - Divisão celular
- Apoptose
p53
Outras proteínas
- Impedem a progressão da célula no ciclo
- Restauração da integridade do DNA
DNA danificado
p53
A opção entre o efeito de bloquear
reversivelmente o ciclo celular ou a morte
celular programada vai depender do estado de
ativação celular.
33Linhagens celulares
Mutações alelos do p53
Resistência á apoptose
Um efeito importante disso tem implicações
terapêuticas diretas quimioterapia e
radioterapia eliminam células cancerosas por
indução de apoptose. A eficácia destes métodos
deve estar muito diminuída em células sem a ação
do p53, resistentes a apoptose.
34Perda ou deleção do braço curto do cromossomo 17
(17p)
Tumores colorretais
Tumores avançados e invasivos do cólon
Esta distribuição sugere a deleção alélica do 17p
como um evento tardio, ao contrário das
alterações nos genes APC e K-ras.
35O cromossomo 18 (18q) gene DCC
Deleção do braço longo do cromossomo 18 (18q)
Padrão de distribuição semelhante ás alterações
do gene p53
Evento tardio na carcinogênese colorretal
GENE DCC
O estudo de outras neoplasias do trato
gastrointestinal sugere que este seja um gene com
alguma especificidade para o câncer colorretal.
deleted in colon cancer
36Gene DCC
Comunicação intercelular
Moléculas de adesão celular neural
Glicoproteínas de superfície da superfamília das
imunoglobulinas
A deleção é capaz de gerar diminuição da
expressão e, conseqüentemente, há comprometimento
do controle do crescimento por alteração de
adesão celular, o que facilita a expansão clonal
e progressão tumoral.
37As perdas e mutações de alelos são eventos
moleculares freqüentes na carcinogênese do Câncer
de Colorretal esporádico
5q (APC)
17p (p53)
12q (K-ras)
18q (DCC)
Há relatos de que, quanto maior o número de
perdas e mutações, pior será o prognóstico
38Mecanismos de reparomismatches genes
- hMSH2 e hMSH6 (recente)
- hMLH1
- PMS l e 2
- Metilação do DNA
38
39mismatches genes
- Proteínas removem um segmento que contém erro
na sequência e inserem o certo - Regulação de checkpoints do ciclo celular
4040
4141
42Metilação do DNA
- O MMR (mismatch repair) em E. coli é direcionado
pela ausência da metilação, por metiltransferase,
na posição N6 da adenina nos sítios dGATC da nova
fita sintetizada. - Gaps são suficientes para direcionar o reparo em
células de mamíferos (inclusive na tumorogênese
humana).
Presença de gaps na cadeia não metilada ?
direciona a reação
Hipometilação (apesar de enzima normal) ?
ativação de oncogenes
42
43RER
- 75 do genoma ? sequências single-copy
- 25 ? repetitivas microssatélites (sequências
menores que 10 pb, fora dos genes, dispersas, de
extensão variável entre indivíduos porém
constante para um mesmo)
43
4444
45RER
- Importância
- Caracterização tumores malignos colorretais RER
apresentam aspectos bastante característicos,
como tendência à localização em cólon direito e
maior incidência em pacientes jovens - Ocorrência esporádica ou hereditária? 90 dos
tumores colorretais RER são de portadores de
HNPCC (hereditário)
45
46Artigos
47Quimioprevenção do câncer colorretal por
trans-resveratrol
48Polifenol
Atividade anti-proliferativa sob células
cancerígenas
Doenças cardiovasculares
Obesidade
Alzheimer
Envelhecimento
Parkinson
Diabetes
49Efeitos do trans-resveratrol na apoptose de
células HT-29
(A) Mudanças na permeabilidade da membrana foram
determinadas pela coloração Hoechst 33342 em
células HT-29 encubadas sozinhas (controle) e com
150 µM do composto, por 24h.
50(B) Células que acumularam corante devido a
desintegração da membrana foram contadas usando
um microscópio de fluorescência.
51Controle
Células tratadas com DMH
A indução de tumores colorretais (Focos de
Criptas Aberrantes ACF) foi feita pela
administração de 1,2-dimethylhydrazina (DMH)
Essas criptas podem ser identificadas pelo
aumento de tamanho e espessura do revestimento
epitelial.
52Resveratrol administrado oralmente (60mg/kg por
49 dias).
Efeitos do trans-resveratrol no ACF (criptas
aberrantes)
DMH (20mg/kg) foi injetada intraperitonealmente
nos dias 7, 14 e 21.
533. Câncer de Mama
54Câncer de Mama Feminino - Sintomas
-
- Nódulo no seio e axila
- (Geralmente não dói)
- Alterações na pele que recobre a mama
55Câncer de Mama Masculino- Sintomas
- Dor nas mamas
- Secreção pelos mamilos
- Introjeção do mamilo
- Ulceração
- (nos casos mais avançados)
56 Tipos de câncer de mama
- Carcinoma Ductal (Mais comum)
- Carcinoma Lobular
- Início Lóbulos da mama
- Carcinoma Inflamatório de mama (Mais
agressivo) - - Compromete toda a mama
- -Mama inchada, vermelha e quente
57 Câncer de mama Hereditário ou Esporádico...
Hereditário mutações progressivas e
cumulativas que alteram a função de genes, como
os genes supressores tumorais.
- Genes supressores tumorais 2 categorias
- Gatekeepers regulam o crescimento do tumor
diretamente, codificando para proteínas que ou
estimulam ou inibem a proliferação, diferenciação
ou apoptose. (Gene p53, Gene APC) - Caretakers controlam a manutenção da
integridade da informação genética em cada
célula. (Gene BRCA1, Gene BRCA2)
Câncer de Mama
58 Câncer de
Mama Genes BRCA1 e BRCA2
Genes supressores tumorais Caretakers
Suprimem indiretamente o crescimento neoplásico,
codificando proteínas BRCA que atuam na
manutenção da integridade do genoma
Mutação
Inativação destes genes
Tumor
59 Mutações podem causar...
- ? Câncer de mama feminino, cancro de ovário,
câncer pancreático - ? Câncer pancreático, câncer testicular
- ? Câncer de estômago, câncer do ducto biliar,
melanoma - ? Câncer de mama masculino, câncer de próstata
BRCA1
BRCA2
Mas a mutação do gene BRCA1 também pode estar
presente quando aparece o câncer masculino...
60Mutações específicas em determinadas
populações Judeus Ashkenazi
- 3 mutações nos genes BRCA estão
presentes - em 1 a 2,5 da população
-
Frequência é cinco vezes maior do que a
encontrada na população em geral
61Mutação no gene BRCA2
Deleção ? 6174delT
62Mutação no gene BRCA1
Deleção ? 185delAG (2 bases) Inserção ? 5382insC
63 ...informações sobre diferenças genéticas entre
grupos raciais e étnicos podem ajudar os
prestadores de cuidados de saúde na escolha do
teste mais apropriado genética
64(No Transcript)
65FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA
66Câncer de mama hereditário BRCA
- Dois ou mais membros da família que já tiveram
câncer de mama - Antes dos 35 anos de idade
- Sexo masculino
- Casos de câncer bilateral
67Câncer de mama esporádico
- Alimentação
- Comidas ricas em gorduras.
- Frutas, legumes e verduras contêm substância
antioxidante, que ajudam a combater os radicais
livres - Gestação
- Ter a primeira gestação após os 30 anos de idade
68- Primeira menstruação cedo
- Menopausa tardia
- Fumo
- Álcool
- Radiação
- Agrotóxicos
- Pílula anticoncepcional e estrogênio????
69- Abrir mão da amamentação
- O aleitamento durante 6 meses promove uma
esfoliação interna das células da mama, ocorrendo
uma renovação que favorece a eliminação de
eventuais unidades precursoras de tumor.
70Estimativas
- Mutações hereditárias no gene BRCA1 estão
associadas ao câncer de mama familiar, e
representam 5 a 10 de todos os carcinomas
mamários - Cerca de 12 das mulheres na população em geral
irão desenvolver câncer de mama em algum momento
de suas vidas
71No Brasil
- É a neoplasia maligna mais frequente entre as
mulheres - É considerado um problema de saúde pública,
devido a suas altas taxas de incidência e
mortalidade. - 45 mil novos casos por ano
- 10 mil óbitos
72Índice de incidência e mortalidade
73Localização do gene
74MÉTODOS DE RASTREAMENTO
- Mamografia
- Exames clínicos de Mama
- Auto exame das Mamas
75MÉTODOS DE DETECÇÃO
- Procura mudanças em BRCA1 e BRCA2
- Alteração de proteínas
76TESTE POSITIVO
- Herança de mutação no BRCA1 ou BRCA2
- Quando e onde o câncer se desenvolverá ?
- Nem todo filho de pais com o gene alterado
herdarão a alteração
77TESTE NEGATIVO
- Apenas a herança aumentada para a
suscetibilidade para o câncer - Não significa que a pessoa não terá câncer.
78(No Transcript)
79(No Transcript)
80(No Transcript)
81TERAPIA GÊNICA
82TRATAMENTOS
- Cirurgia e a Radioterapia , para tratamento loco
regional - Quimioterapia e a hormonioterapia para tratamento
sistêmico
83(No Transcript)
844. Referências Bibliográficas
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tp//www.inca.gov.br/rbc/n_56/v03/pdf/12_revisao_a
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1130-01082004000100007 http//www.sbcp.org.br/pdfs
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85http//www.sbcp.org.br/pdfs/18_1/01.pdf http//www
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ia-no-cancer-colorretal-parte-1/ OLIVEIRA,
M.V.M. FRAGA, C.A.C. GUIMARÃES, A.L.S.
Complexos de reparo mismatch mecanismos e
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exame/539 http//www.inca.gov.br/rbc/n_51/v04/pdf/
revisao3.pdf http//boasaude.uol.com.br/lib/ShowDo
c.cfm?LibDocID3217ReturnCatID1572 http//www.lu
me.ufrgs.br/handle/10183/12657
86OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
87UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS GRADUAÇÃO EM
BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA DE GENÔMICA II Profª,
Dra. Fabiana Seixas
Investigando a Base Genética do Câncer Câncer
Colorretal Câncer de Mama
Angela Casaril Caciara Souza Laísa Camerini da
Rosa Michelle Hornes Natália Al-Alam Rafaely
Severo
Pelotas, 16 de Maio de 2012