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Caso em An

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ENRON CORPORATION Rodrigo Fragoso ... Texas, declarou culpados tanto Skilling quanto Ken Lay. Skilling foi condenado por 19 casos de conspira o, ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Caso em An


1
  • Caso em Análise
  • ENRON CORPORATION
  • Rodrigo Fragoso
  • Rio de Janeiro, outubro de 2008

2
  • Aula 1
  • Exibição do documentário Enron the smartest
    guys in the room.
  • AULA 2
  • Análise do caso. Conspiração. Manipulação de
    demonstrativos contábeis. Insider trading.

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  • ENRON CORPORATION
  • (1985-2001)
  • Valor de mercado USD 68 Bi
  • Áreas de atuação gás natural, eletricidade,
    telecomunicações e água.
  • 6a. maior empresa de energia do Mundo
  • Eleita seis vezes consecutivas a empresa mais
    admirada dos EUA. (Revista Fortune)
  • Maior financiadora da campanha eleitoral do
    Presidente George Bush

4
  • A queda da ENRON
  • Pedido de falência em 02.12.2001
  • Demissão 20.000 (vinte mil) funcionários.
  • Empregados perderam USD 1,2 Bi em fundos de
    aposentadoria. (investidos em ações da ENRON)
  • Aposentados perderam USD 2 Bi em fundos de
    pensão.
  • Processos por responsabilidade civil USD 22 Bi.

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  • Quais são os fatos ?
  • (1) Para esconder prejuízos, Enron utilizou
    empresas coligadas e controladas para inflar seu
    resultado.
  • (2) Administradores negociaram suas ações
    valendo-se de informações privilegiadas.

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  • Fato 1 Manipulação de demonstrativos contábeis
  • . Por que manipularam?
  • . Como manipularam?
  • Fato 2 Uso indevido de informação privilegiada
  • . Há conceito legal de informação relevante?
  • . Qual o dever do administrador?

7
  • Conspiração
  • (US Code, Titulo 18, Parte I,
  • Capitulo 19, Seção 371)
  • Definição Duas ou mais pessoas que conspirem
    para cometer qualquer crime, dando início à
    execução.
  • (vide art. 288 CP)
  • (Section 371. If two or more persons conspire
    either to commit any offense against the United
    States, or to defraud the United States, or any
    agency thereof in any manner or for any purpose,
    and one or more of such persons do any act to
    effect the object of the conspiracy, each shall
    be fined under this title or imprisoned not more
    than five years, or both.)

8
  • Fato 1
  • Manipulação dos demonstrativos contábeis
  • . Por que manipularam?
  • Necessidade de ocultar prejuízos.
  • Aparência bem sucedida para captar novos
    investidores.
  • stock options administradores remunerados com
    ações da empresa.
  • Pressão dos investidores por bons resultados.

9
  • Como manipularam ?
  • (1) Criaram empresas coligadas (SPEs - special
    purpose entities) para transferir passivos e
    camuflar despesas.
  • (2) No balanço geral, não consolidavam os
    demonstrativos da Enron junto com os das empresas
    coligadas SPEs.
  • (3) Usaram indevidamente a técnica contábil de
    marcação a mercado (mark-to-market)

10
  • Marcação a mercado
  • Essa técnica permite contabilizar como receita
    corrente ganhos projetados. A Enron aumentou os
    números manipulando projeções para rendimentos
    futuros de contratos de energia a longo prazo.
  • Com isso, criaram dificuldades para que o mercado
    visse como a Enron realmente fazia dinheiro. Os
    números estavam nos livros contábeis e as ações
    continuaram altas, mas a Enron não estava pagando
    impostos altos.

11
  • Resultado
  • Com uma excelente aparência financeira, os
    analistas dos Bancos continuaram a recomendar a
    compra das ações. A ENRON obtinha mais
    empréstimos bancários, melhores condições em
    leasings e fazia securitizações.

12
  • O primeiro indício
  • Apesar dos excelentes resultados, em 14 de
    agosto de 2001, o diretor-presidente (CEO) da
    Enron, JEFFREY SKILLING, demitiu-se por "assuntos
    de família".

13
  • Como foi o início da descoberta?
  • 15.08.2001 SHERRON WATKINS, vice-presidente da
    Enron, escreveu uma carta anônima para Kenneth
    Lay sugerindo que Skilling havia saído devido a
    impropriedades contábeis e outras ações ilegais.
  • Reportagem da revista Fortune Is Enron
    overpriced ? (A Enron está acima do preço?)
  • - Em dezembro de 2001, as ações da Enron tinham
    desabado de US 86 para US 0,30.

14
  • Os banqueiros falharam....
  • ou tinham interesses escusos?

15
  • O QUE DIZIAM OS BANCOS ?
  • "Consideramos as ações da "Enron" acima da média
    do mercado e mantemos nosso preço alvo de 85
    dólares por ação. (Morgan Stanley, 12 de julho
    de 2001)
  • Obs. As ações fecharam a 39,26 dólares nesse
    dia
  • "A "Enron" tem avançado no processo de reorientar
    seu foco para atividades mais lucrativas (...).
    Nosso preço-alvo para a ação é de 44 dólares.
    (Merrill Lynch, 9 de outubro de 2001.)
  • Obs. As ações fecharam a 26,55 dólares.

16
  • O QUE DIZIAM OS ANALISTAS ?
  • "Mantemos nossa recomendação de compra e nosso
    preço-alvo para os próximos 12 meses é de 45
    dólares por ação. (CIBC, 17 de outubro de
    2001.)
  • Obs. Ações a 29,06 dólares
  • "As notícias da morte da Enron são muito
    exageradas. A ação deve ter um desempenho
    superior ao do mercado, e o preço-alvo é de 30
    dólares por ação. (Bernstein Research, 1º de
    novembro de 2001.)
  • Obs. Haja otimismo. As ações fecharam a 9,53
    dólares, e a empresa esperava uma alta de 215.

17
  • O envolvimento do MERRIL LYNCH
  • Aquisição simulada de negócios da Enron na
    Nigéria para acobertar prejuízos das atividades
    locais.

18
  • E os auditores externos (Artur Andersen)
  • também falharam....
  • ou foram cúmplices?

19
  • Qual a responsabilidade do auditor?
  • Art. 177, parágrafo 3o., Lei 6.404/76   
  • 3º As demonstrações financeiras das
    companhias abertas observarão, ainda, as normas
    expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e
    serão obrigatoriamente auditadas por auditores
    independentes registrados na mesma comissão.

20
  • Instrução Normativa nº 308 da CVM, de 1999
  • Art. 23. É vedado ao Auditor Independente e às
    pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas,
    conforme definido nas normas de independência do
    CFC, em relação às entidades cujo serviço de
    auditoria contábil esteja a seu cargo
  • I adquirir ou manter títulos ou valores
    mobiliários de emissão da entidade, suas
    controladas, controladoras ou integrantes de um
    mesmo grupo econômico ou
  • II - prestar serviços de consultoria que possam
    caracterizar a perda da sua objetividade e
    independência.

21
  • Incompatibilidade
  • auditoria x consultoria
  • Auditoria verificar as demonstrações
    financeiras da corporação de forma isenta e
    transparente.
  • Consultoria otimizar lucros e processos
    internos. Estes muitas vezes se distanciam do
    dever de transparência da auditoria.

22
  • Conclusão
  • A responsabilidade do auditor é examinar a
    escrituração da companhia e retratar de forma
    clara a situação da corporação.

23
  • O que fizeram na Enron
  • os consultores-auditores da Artur Andersen ?
  • "lucros superestimados em 591 milhões de dólares
    e dívidas subestimadas em 628 milhões de dólares
    no último balanço."
  • (David Cohen, Quem audita os auditores?. Revista
    Exame, São Paulo. ano 36, n.3, p.10 a 11, fev./
    2002 )

24
  • DESTRUIÇÃO DE DOCUMENTOS
  • NA ARTUR ANDERSEN
  • Em 23.10.2001, quando circulou boato de que a
    SEC requisitaria informações, DAVID DUNCAN, sócio
    da Andersen, destruiu diversos emails e
    documentos contábeis da Enron. (matéria)
  • Objetivo evitar prova de fatos ilícitos.

25
  • Supressão de documento art. 305 CP Brasileiro
  • (crime contra a fé pública)
  • Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em
    benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
    alheio, documento público ou particular
    verdadeiro, de que não podia dispor
  • Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa,
    se o documento é público, e reclusão, de um a
    cinco anos, e multa, se o documento é
    particular.

26
  • Fato n.º 2
  • Uso indevido de informação privilegiada
  • 29 diretores receberam USD 1,1 Bi ao vender 17,3
    MM de ações da Enron entre 1999 e meados de 2001.

27
  • Uso Indevido de Informação Privilegiada
  • Art. 27-D, L. 6385/76
  • Art. 27-D. Utilizar informação relevante ainda
    não divulgada ao mercado, de que tenha
    conhecimento e da qual deva manter sigilo, capaz
    de propiciar, para si ou para outrem, vantagem
    indevida, mediante negociação, em nome próprio ou
    de terceiro, com valores mobiliários
  • Pena reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e
    multa de até 3 (três) vezes o montante da
    vantagem ilícita obtida em decorrência do crime.

28
  • INFORMAÇÃO RELEVANTE
  • Conceito legal Lei 6.40476, art. 155, parágrafo
    1o..
  • Aquela que não tenha sido divulgada para
    conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo
    e capaz de influir de modo ponderável na cotação
    de valores mobiliários.

29
  • DEVER DE INFORMAR
  • Lei 6.404/76, art. 157, parágrafo 4o.
  • os administradores de companhia aberta são
    obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de
    valores e a divulgar pela imprensa qualquer
    deliberação da assembléia geral ou dos órgãos da
    administração da companhia qualquer fato
    relevante ocorrido nos seus negócios (...)
  • Instrução CVM 358/2002, art. 2o. (rol
    exemplificativo)

30
  • Para se aprofundar.....
  • Insider Trading e os novos crimes corporativos
  • João Carlos Castellar
  • RJ editora Lumen Juris, 2008.

31
  • AS CONDENAÇÕES

32
  • ARTUR ANDERSEN
  • David Duncan condenado por obstrução da Justiça.

33
  • MERRIL LYNCH
  • Diretores condenados por fraude na aquisição
    simulada dos ativos da Enron
  • na Nigéria.

34
  • ANDREW FASTOW
  • (diretor financeiro da ENRON)
  • Em janeiro de 2004, aceitou um acordo em troca
    de testemunhar contra executivos da Enron. Após
    se declarar culpado de duas acusações de
    conspiração, recebeu a sentença de 10 anos de
    prisão e uma multa de US 23,8 MM.

35
  • JEFFREY SKILLING
  • (CEO)
  • Em 25.05.2006, um júri da corte federal em
    Houston, Texas, declarou culpados tanto Skilling
    quanto Ken Lay.
  • Skilling foi condenado por 19 casos de
    conspiração, fraude, insider trading e
    declarações falsas. Estas acusações levam a uma
    sentença somada de 185 anos.
  • Em dezembro de 2006, começou a cumprir a pena.
    Ele enfrenta o máximo de 45 anos na prisão.

36
  • KENNETH LAY
  • (CHAIRMAN e ACIONISTA MAJORITÁRIO)
  • Condenado por seis casos de conspiração e
    fraude. Em julgamento separado, Lay foi também
    declarado culpado por quatro casos de fraude
    bancária. Cada caso leva a sentenças máximas de
    30 anos.
  • Ken Lay faleceu em julho de 2006.

37
  • PRÓXIMA AULA
  • Lei Sarbanes-Oxley de 2002 (Sarbox)
  • Governança corporativa no Brasil
  • Novo mercado da BMF-Bovespa

38
  • DIA 17 DE OUTUBRO 11H
  • PROF. ARNALDO MALHEIROS FILHO
  • COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL
    ECONÔMICO DA GV-LAW DE SÃO PAULO
  • PALESTRA SOBRE CRIMES FINANCEIROS
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