Title: Tecnologias
1Tecnologias Cidadania
- Consequências Educativas da complexa relação
entre - Ciência, Espírito e Sociedade
- DUARTE COSTA PEREIRA
- 12.as Jornadas Psicopedagógicas de Gaia
- CIC - 30/11/07
2NOTA
- Para realizar esta conferência da forma mais
útil, pareceu-me dever referi-la ao meu livro
recém editado... - Nova Educação na Nova Ciência para a Nova
Sociedade, da Editora da Universidade
do Porto - ...dando assim a possibilidade de as pessoas
interessadas aprofundarem os seus conhecimentos
nas matérias que mais lhes interessem, já que,
embora os títulos da conferência e do livro não
sejam completamente coincidentes, os assuntos
abordados, de uma forma geral, são-no.
3NOTA (cont)
- Os aspectos mais formadores da
cidadania pela tecnologia, abordados no Livro,
concentram-se nas últimas secções de cada um dos
7 capítulos, sob a designação genérica de
construtivismos. - Outros temas extremamente relevantes são os
da Sustentabilidade e da Ciência da
Sustentabilidade, abordadas no capítulo 4 e
também estão nesse caso a Literacia Científica e
a Terceira Cultura abordadas no cap 5, já que são
elementos essenciais da cidadania contemporânea. - Por outro lado a cultura da Virtualidade
Real (abordada no capítulo 2) surge como elemento
essencial de ligação entre a sociedade e a
tecnologia onde cada vez mais sobressaem as
técnicas de Realidade Virtual. A sua adopção pela
Sociedade contemporânea pode amenizar as
necessárias destruições criativas inerentes ao
capitalismo do conhecimento (abordado no capítulo
2) e contribuir para a harmonia da tripla hélice
com que devem conviver Governo, Universidade e
Indústria (capítulo 4).O capítulo 7, finalmente,
aborda as tecnologias mais adequadas para
concretizar a Educação e a Cidadania cujos
princípios tinham sido descobertos nos
capítulos anteriores.
4Ponto de PartidaA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
5As modas da Educação Científica
- 1960- Aprendizagem por descoberta e condicionada
pela lógica da disciplina - 1970-Aprendizagem condicionada pelo
desenvolvimento mental - 1980-Aprendizagem condicionada pelos
conhecimentos existentes - 1990-Aprendizagem condicionada pela Sociedade e
pela Tecnologia
- Pedagogia por objectivos,
- aluno como cientista. Base
comportamentalista - Modelagem para adequação ao estágio. Base Piaget
- Aquisição ou mudança conceptual.Concepções
alternativas. Base cognitivista - Observação de casos e resolução de problemas.
Base eclética.
6Os Fundamentos da Educação CientíficaTEORIAS
GERAIS DA EDUCAÇÃO
7 EDUCAÇÃO
CONTEÚDOS
INTERACÇÃO
SOCIEDADE
APRENDIZ
8EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
CIÊNCIA
PRÁTICA EDUCATIVA
SOCIEDADE
ESPÍRITO
9 QUE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA?
O QUE É A CIÊNCIA?-cap 1
EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
COMO É A SOCIEDADE?-cap 2
COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?-cap 3
10 QUE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA?
O QUE É A CIÊNCIA?
QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE?-cap 4
QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPÍRITO?-cap 5
EDUCAÇÃO CIENTÍFICA-cap 7
COMO É A SOCIEDADE?
COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?
QUE RELAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E SOCIEDADE?-cap 6
11O QUE É A CIÊNCIA?- Cap 1
- Na "aventura" da Ciência à procura da
suaEducação que o livro descreve , começa-se
(cap 1) por caracterizar a Ciência na sua
filosofia, epistemolgia e discurso, podendo
antecipar-se que o aspecto mais interessante e
relevante que se descobre é que a Ciência
aparece - como projecto de conhecimento
- e não como objecto de conhecimento.
12O QUE É A CIÊNCIA?
- Aproximação das culturas científica e humanista
- Evolução da concepção de Ciência
- Novas correntes na Filosofia das Ciências
- Caracterização do actual discurso científico
- Substituição duma epistemologia positivista por
uma epistemologia construtivista com todos os
seus corolários. - Necessidade de precisão na medida e da modelação
de fenómenos complexos
13 O QUE É A CIÊNCIA?
- Aproximação das culturas científica e humanista
através da compatibilização dos paradigmas das
artes e das ciências, das ciências exactas e das
ciências humanas - Quebra do princípio de causalidade, crise do
materialismo, fim das certezas, advento da
complexidade e seus corolários (caos,
fractais...)
14O QUE É A CIÊNCIA? EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO DA
CIÊNCIA
- Objectiva
- Inquestionável
- Empirista
- Linear
- Dogmática
- Elitista
- Individualista
- Socialmente neutra
- Descontextualizada
- Subjectiva
- Controversa
- Versátil metodologicamente
- Complexa
- Não dogmática
- Não elitista
- Baseada em grupos
- Dependente do poder
- Dependente dos contextos
15O QUE É A CIÊNCIA? NOVAS CORRENTES NA FILOSOFIA
DAS CIÈNCIAS
- O indutivismo ingénuo e probabilístico
- O refutacionismo de Popper
- O revolucionismo de Kuhn
- O competicionismo de Lakatos
- O naturalismo de Giere
- O anarquismo de Feyerabend
16O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO INDUTIVISMO
- Indutivismo ingénuo
- Fragilidade lógica
- Ambiguidade perceptiva
- Indutivismo sofisticado ou probabilístico
(Bayesiano)
17O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO REFUTACIONISMO - POPPER
- A refutabilidade como critério de demarcação
- A aceitação provisória de teorias refutáveis até
serem refutadas
18O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO REVOLUCIONISMO - KUHN
- Revoluções científicas
- Ciência normal e ciência revolucionária
- A noção fundamental de paradigma
19O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO COMPETECIONISMO - LAKATOS
- Programas de Investigação Científica (PIC)
- Núcleo duro dos PIC
- Competição e ultrapassagem entre PICs
20O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO NATURALISMO DE GIERE
- Modelos
- Critério de adopção a adaptação ou fit dos
modelos à realidade - Modelos
- Baseados em equações (Ciência Convencional)
- Baseados em programas de computador (NKS- New
Kind of Science)
21O QUE É A CIÊNCIA? CORRENTES NA FILOSOFIA DAS
CIÈNCIASO ANARQUISMO - FEYERABEND
- A postura contra o método
- A criatividade científica como ordem a partir do
caos
22O QUE É A CIÊNCIA? DISCURSO DAS CIÊNCIASDE
DESCARTES ATÉ À ACTUALIDADE
- Discours sur la méthode pour bien conduire sa
raison et chercher la VÉRITÉ dans les Sciences-
DESCARTES - Negociação de significado e VEREDICÇÃO - HABERMAS
23O QUE É A CIÊNCIA? DISCURSO DAS
CIÊNCIAS(preceitos)
- DESCARTES
- Evidência
- Reducionismo
- Causalismo
- Exaustividade
- ACTUALIDADE
- Pertinência
- Globalismo
- Teleologismo
- Agregatividade
24O QUE É A CIÊNCIA? DISCURSO DAS CIÊNCIAS A
definição dos conceitos científicos como uma
triangulação
- Pólo ontológico
-
- Pólo funcional
Pólo genético -
25 O QUE É A CIÊNCIA? EPISTEMOLOGIA DA
CIÊNCIA(evolução)
- POSITIVISTA
- Ciência como objecto do conhecimento
- Base ontológica e determinista
- Metodologia modelação analítica e razão
suficiente
- CONSTRUTIVISTA
- Ciência como projecto de conhecimento
- Base fenomonológica e teleológica
- Metodologia modelação sistémica e acção
inteligente
26COMO É A SOCIEDADE?- CAP 2
- Caracteriza-se a Sociedade em que vivemos (cap
2) com os seus aspectos de sociedade em rede, em
quetanto o tempo como o espaço têm que ser
redefinidos - (tempo sem tempo e espaço de fluxos),
- a cultura é influenciada pela tecnologia
(cultura davirtualidade real), - a economia é uma nova forma de
capitalismo(capitalismo do conhecimento) com
enormes exigências sobre a inovação e
características insólitas como as que se
concretizam nos ventos de destruição criativa e
na competição colaborativa (coopetição)
27COMO É A SOCIEDADE?
- A SOCIEDADE INDUSTRIAL tem-se vindo a converter
numa outra que por ter características muito
diferentes e variadas tem sido designada por - SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
- SOCIEDADE DE RISCO
- SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
- SOCIEDADE EM REDE
- SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL
- (Optaremos pela designação mais vulgar de
SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO)
28COMO É A SOCIEDADE?
- A SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO implica
transformações muito grandes que têm sido
caracterizadas por vários autores de várias
maneiras - Metanóia, proposta por Senge inspirado em S.
Paulo - Ser Digital, novo estado de espírito proposto por
Negroponte e que serve de título a um dos seus
principais livros - A Economia é um capitalismo não de manufactura ou
Keynesiano mas do conhecimento ou Schumpeteriano - Mudar das organizações rígidas e hierárquicas da
Sociedade Industrial para as organizações
aprendentes da Sociedade de Informação, baseadas
numa dinâmica em que emergem novas disciplinas -
domínio pessoal, modelos mentais, visão
partilhada, aprendizagem em equipa, pensamento
sistémico, enfim tudo o que pode caracterizar um
radicalmente novo construtivismo social
29COMO É A SOCIEDADE? SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO vs
SOCIEDADE INDUSTRIAL
- GLOBALIZAÇÃO
- com as suas consequências entre as quais
- a impossibilidade de pleno emprego
- (20 SOCIETYTITILTAINMENT)
- a necessidade de educar para o lazer já que o
trabalho não esgota a actividade do homem na
Sociedade de Informação
30COMO É A SOCIEDADE? SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO vs
SOCIEDADE INDUSTRIAL
- FLEXIBILIZAÇÃO
- organizações não hierárquicas mas flexíveis, as
ORGANIZAÇÕES APRENDENTES (Learning Organizations
de Peter Senge) - NOVAS DISCIPLINAS (Senge)
- REFLEXIVAS (Mestria Pessoal e Modelos Mentais)
- COLABORATIVAS (Visão Partilhada e Aprendizagem em
Equipa) - SISTÉMICAS (Pensamento Sistémico)
31COMO É A SOCIEDADE? SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO vs
SOCIEDADE INDUSTRIAL
- PERSONALIZAÇÃO
- Ao mudar o bem mais apreciado e gerador de
riqueza das matérias primas para a informação, a
Sociedade de Informação valoriza a pessoa humana
e opõe-se aos tratamentos massificados e/ou de
linha de produção utilizados pela Sociedade
Industrial em muitas das suas instituições,
inclusivamente na sua ESCOLA, que ainda é a que
temos.
32COMO É A SOCIEDADE? SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO vs
SOCIEDADE INDUSTRIAL
- DESACTUALIZAÇÃO
- Rápida desactualização do conhecimento e
necessidade de adopção de - ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS (aprender a aprender)
- FORMAÇÃO CONTÍNUA (tão importante como a inicial)
- Quanto a COMPETÊNCIAS algumas perdem importância
(cálculo) outras transformam-se (escrita,
leitura) e outras aparecem (navegação)
33COMO É A SOCIEDADE? SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO vs
SOCIEDADE INDUSTRIAL
- COMPLEXIFIFAÇÃO
- Necessidade de encarar o complexo
- Necessidade de modelar os fenómenos complexos
- Necessidade de grande rigor na medição por causa
da hipersensibilidade às condições iniciais dos
sistemas dinâmicos não lineares - Necessidade de automação e controlo para os
sistemas complexos - Aparecimento de novas áreas do conhecimento
derivadas da complexidade como a GEOMETRIA
FRACTAL, a TEORIA DO CAOS,...
34COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O DESENVOLVIMENTO EXPONENCIAL
- O DOMÍNIO VIRTUOSO
- O ALVO MÓVEL
- O FUTURO EVASIVO
- (cf. UNESCO AED)
35COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O DESENVOLVIMENTO EXPONENCIAL
- Mais informação produzida nas últimas três
décadas do que nos últimos cinco milénios - A vida do dia a dia torna-se tecnologicamente
mais complexa - É fundamental adquirir a aptidão de encontrar o
conhecimento essencial e as competências básicas
para um Mundo constantemente em mudança
36COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O DOMÍNIO VIRTUOSO
- Aumento da consciência acerca de questões como a
democracia, cidadania e poder, liberdade de
comunicação, cultura, direitos humanos, justiça,
paz, qualidade de vida, ... - Objectivos de desenvolvimento não são restritos
aos aspectos económicos, mas incluem outros como
melhoramento da saúde e da Educação, protecção do
ambiente, redução da pobreza.
37COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O ALVO MÓVEL
- A Educação é reconhecida como crucial para o
desenvolvimento económico, bem estar e avanço
social - Em 12 países da OCDE entre ½ e ¼ da população
adulta não tinham competências de literacia para
enfrentar a complexidade da vida actual - As competências de literacia para a Sociedade da
Informação são muito mais exigentes e não são
satisfeitas por uma educação do tipo actual pois
os alunos irão actuar numa Sociedade
completamente diferente
38COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O FUTURO EVASIVO
- Tudo está a mudar com uma velocidade vertiginosa.
Certamente mais depressa do que o ciclo de vida
de um programa de Educação - Há que encarar a realidade da globalização e de
se operar num mercado global mesmo quanto aos
conteúdos de Educação acessíveis por EAD - É difícil de prever que competências são precisas
no futuro - Há que acompanhar a mudança já em marcha nos
países industrializados da produção em massa para
a produção de sistemas de alta performance
39COMO É A SOCIEDADE? - OS DESAFIOS
- O FUTURO EVASIVO (cont.)
- Para a localização não importarão só os custos do
trabalho (consequência da globalização) mas tem
muita importância a competência do produtor em
controlar a qualidade e manter sistemas flexíveis
baseados na informação - É importante promover o espírito empreendedor,
i.e. A capacidade dos indivíduos responderem às
mudanças de mercado com a criação das suas
próprias empresas - Os progressos das TIC revolucionaram todas as
empresas e tornou-se imprescindível o seu domínio
40COMO É A SOCIEDADE? - NOVAS REGRAS PARA O
SUCESSO ECONÓMICO
- A principal atracção para as empresas não devem
ser os baixos salários mas a produtividade,
qualidade e flexibilidade na produção - Os trabalhadores não podem ser treinados uma vez
para a vida mas precisam de treino inicial
flexível e aprendizagem ao longo da vida. - A aprendizagem de novas competências que vão
sendo precisas para os trabalhos emergentes
necessita de uma base sólida científica e
tecnológica bem como um conjunto de competências
cognitivas e sociais de ordem elevada
(COMPETÊNCIAS TRANSFERÍVEIS), tais como resolução
de problemas (Problem solving), flexibilidade,
agilidade, capacidade de adquirir recursos
(Resourcefulness), colaboração, trabalho de
equipa, empreendedorismo (entreprneurship) e
SABER APRENDER!
41COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?-? Cap 3 ... Psicologia
- Mudança de paradigma
- Da...
- Psicologia Comportamental (ainda muito usada na
Educação) - Para a...
- Psicologia Cognitiva (cap 3) e Discursiva(cap 6)
42 COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?
- A Psicologia cognitiva implica
- a possibilidade de modelar o que se passa no
cérebro e não só os observáveis estímulos e
respostas como acontece com o comportamentalismo - Engloba a Psicologia cognitiva positivista
(processamento de informação) pouco usada e a
Psicologia cognitiva construtivista mais usada - Genericamente origina uma aprendizagem
personalizada e considera o professor como seu
facilitador
43 COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?- Modelos
cognitivistas e comportamentalistas
- Os modelos comportamentalistas são só baseados em
elementos observáveis (estímulos e respostas) - A psicologia cognitivista, ao contrário da
comportamentalista, assume a existência e
operacionalidade de uma estrutura cognitiva com
que os indivíduos representam (modelos
positivistas) ou se adaptam (modelos
construtivistas) ao mundo exterior - Os modelos cognitivistas usam elementos derivados
dos observáveis por processos algorítmicos
(modelos positivistas) ou por processos
heurísticos (modelos construtivistas)
44 COMO FUNCIONA O ESPÍRITO?- Modelos
Construtivistas
- Dentro dos modelos cognitivos os modelos
construtivistas que explicam a formação e
transformação da estrutura cognitiva por
processos heurísticos são os mais usados - Eles não têm a veleidade de representar o mundo
exterior mas sim de modelar a adaptação do
aprendiz a esse mundo.
45QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE? - Cap 4
- O capítulo 4 dá conta da complexa relação entre
Ciência e Sociedade, não só no seu modo de
produção (Modo 2 e Modos 3 de Produção
Científica), como no seu condicionamento pela
rede (Ciência em Rede),do seu condicionamento
pela Natureza (Ciência da Sustentabilidade), como
ainda da complexa relação entre Cência Sociedade
e Governo (Modelo da Tripla Hélice), isto para
além de outras importantes conceptualizaçõescomo
as de cultura epistémica e a de migração
conceptual eespecialmente a de
transdisciplinaridade.
46QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E SOCIEDADE?
- A relação entre a Ciência e a Sociedade traduz-se
- Pela contextualização (Modo 2 vs Modo 1)
- Pela transdisciplinaridade
- Pela produção em rede
- Pela migração conceptual
47QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPÍRITO? Cap 5
- O capítulo 5 que caracteriza a relação Ciência
-Espírito através dos conceitos chave
distribuição cognitiva e andaimamento cognitivo,
descreve duas das grandes manifestações desta
problemática - o desenvolvimento da necessidade de uma
literacia cientíca - e o aparecimento de uma terceira cultura em que
os próprios cientístas escrevem para o público em
geral.
48QUE RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPÍRITO?
- A relação entre a Ciência e o Espírito traduz-se
- Pela Distribuição de Conhecimento entre o Homem
e os artefactos e outros Homens (Cognição
Distribuída) - Pela utilização de ferramentas que ajudam a
cognição (Andaimamento Cognitivo) - Pela necessidade de se atingir uma eficiência
mínima para entender e usar conceitos científicos
(Literacia Científica)
49QUE RELAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E SOCIEDADE? CAP 6
- No capítulo 6 a emergente ciência da comunicação,
os seus principais modelos e as filosofias em que
se baseiam são aflorados, referindo-se depois a
importantíssima questão das competências, que na
formulação contemporânea dos curricula (por
exemplo no processo de Bolonha) tende a suplantar
quer os comportamentos quer mesmo os conteúdos. - Isto muito especialmente as competências
transferíveis (genéricas), garantes de
empregabilidade, que são detalhadamente
abordadas. - Os modelos teóricos possíveis para a interacção
espírito sociedade são enfim abordados o
Construtivismo Sócio- Cognitivo de Vygotsky e o
Construcionismo Social.
50QUE RELAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E SOCIEDADE?
- A relação entre o Espírito e a Sociedade
traduz-se - Pela adopção de Modelos de Comunicação que nas
suas visões contemporâneas representativa,
expressiva e confusionante, têm sempre uma
componente construtivista de negociação do
significado, próxima da teoria da acção
comunicativa de Habermas e distante das teorias
simplistas de emissor / receptor de Shanon - Pela aquisição de Competências Transferíveis,
particularmente as que habilitam à acção
eficiente em grupo
51QUE EDUCAÇÃO? COMO SE CONSEGUE? CAP 7
- O capítulo 7 é uma espécie de visão sincrética
das teorias encontradas nos capítulos anteriores
que de uma forma ou de outra poderão servir à
Educação - é também uma plataforma de lançamento do 2º
volume que, como se disse, se dedicará às
práticas de Educação Científica a que os
princípios abordados no 1º volume dão origem.
52QUE EDUCAÇÃO? COMO SE CONSEGUE?
- Mudando a Escola actual, que é essencialmente uma
mistura das Escolas - Da Sociedade Industrial, que aplica a metáfora
da linha de produção - Da Sociedade Medieval, monástica, regulada por
sinos (ou campaínhas) - Para a Escola do Futuro, uma Escola ...
Aprendente (Senge, 2000)
53A ESCOLA QUE TEMOS (formadora dos velhos cidadãos)
- Muito eficiente para a Sociedade Industrial
- Inspira-se na linha de produção e produz
uniformização - Baseada na certificação inicial e não no life
long learning - Baseada na aquisição de um corpus crítico de
conhecimento para permitir a actividade
profissional - Extremamente resistente à mudança
- Utilização predominante de metodologias
transmissivas e não construtivistas - Baseada mais na competitividade do que na
colaboração - Muito influenciada ainda por correntes
psicológicas obsoletas como o behaviorismo.
54E A QUE DEVERÍAMOS TER (formadora dos novos
cidadãos)
- Adequada à Sociedade de Informação
- Inspira-se na potenciação máxima dos indivíduos
recorrendo a processos específicos para cada
situação - Baseada no life long learning
- Baseada no desenvolvimento integral do aprendiz e
preparando-o não só para o trabalho mas para o
lazer - Flexível e motivante
- Utilização predominante de metodologias
construtivistas - Baseada menos na competitividade do que na
colaboração e promovendo a sociabilização - Partindo dos aspectos aplicados, avança para as
conceptualizações, sem medo da complexidade - Muito importantes as estratégias metacognitivas e
as de resolução de problemas.
55Tal originaria um novo tipo de CIDADANIA!
- Deixando de formar cidadãos conhecedores ou
recebedores... - e...passando a formar cidadãos aprendedores,
- isto é, construtores, quer dizer que saibam
aplicar as várias formas de construtivismo
(incluindo o construcionismo) que se foram
encontrando nos capítulos de 1 a 7.
56Conhecedor (velho cidadão)
Aprendedor (novo cidadão)
- Projecta a informação no futuro
- Aplica e experimenta o conhecimento
- Cria e elabora redes conceptuais
- Cria soluções específicas para cada problema
- Modifica a compreensão para explicar os estímulos
- É proactivo-procura avidamente novas experiências
- Consulta a informação do passado
- Acomoda factos e conceitos
- Armazena conceitos sem os relacionar
- Aplica o conhecimento a problemas específicos
- Modifica os estímulos externos para se adaptarem
à compreensão - É passivo -espera por que lhe chegue a informação
57COMO SE CONSEGUE? O CONSTRUTIVISMO NA EDUCAÇÃO
(cap 7)
- O Construtivismo em Educação implica aceitar as
seguintes quatro dimensões da construção - Que o conhecimento é construído fisicamente pelos
aprendizes que se envolvem em aprendizagem activa - Que o conhecimento é construído simbolicamente
pelos aprendizes ao interiorizarem a
representação da acção - Que o conhecimento é construído socialmente pelos
aprendizes ao tentarem comunicar o seu
significado aos outros - Que o conhecimento é construído teoricamente
pelos aprendizes que tendem a explicar as coisas
que não compreendem completamente. - O que implica que a tarefa fundamental dos
professores não seja o planeamento da instrução
mas o design da aprendizagem.
58 COMO SE CONSEGUE? Design construtivista da
aprendizagem (cap 7)
- Tal design comporta a consideração dos seguintes
elementos (Gagnon Collay) - http//prainbow.com
- Situações- que os estudantes deverão explicar
- Agrupamentos de materiais e estudantes
- Pontes-entre o que os estudantes já sabem e o que
se quer que eles aprendam - Questões-para pôr e responder
- Mostras-de notas do pensamento dos estudantes
partilhadas com os outros - Reflexões que os estudantes devem fazer sobre a
sua aprendizagem - (Os objectivos, produtos e resultados não fazem
parte do exercício dos professores pois são
geralmente impostos do exterior)
59 COMO SE CONSEGUE? Construtivismo no Ensino
das Ciências (cap 7)
- http//exploratorium.edu/IFI/resources/research/co
nstructivism.html - PRESSUPOSTOS...
- O conhecimento reside nos indivíduos e não lá
fora... - As palavras não são embalagens de conceitos, há
que negociar significados... - A estratégia de aprendizagem é geralmente de
resolução de problemas... - Os outros são muito importantes, provocam
perturbações que ao resolverem-se conduzem à
aprendizagem cooperativa... - A experiência é muito importante mas visa
provocar uma harmonização (fit) parcial com a
realidade, já que os sentidos não são condutas
através das quais a verdade seja transmitida a
partir do exteror... - A Ciência numa perspectiva construtivista não é
tanto a procura da verdade mas a tentativa de
fazer com que o Mundo faça sentido... - Os conhecimentos prévios dos aprendizes são muito
importantes...
60 COMO SE CONSEGUE? Construtivismo no Ensino
das Ciências (cap 7)
- http//exploratorium.edu/IFI/resources/research/co
nstructivism.html - PRÁTICAS...
- Opõe-se radicalmente à prática objectivista (ou
positivista) que pretendia ter as pessoas o mais
atentas e passivas possível... - Os aprendizes precisam de tempo para reflectir
nas suas experiências e relacioná-las com o que
já conhecem... - Uma parte importante da aprendizagem deve ser a
negociação do significado, comparando com o que
já sabem, com o que os outros dizem e resolvendo
as discrepâncias... - O processo de aprendizagem não pode parar na
negociação que é feita no consenso da sala de
aula, é importante que os estudantes aprendam a
comparar o conhecimento construído na aula com o
conhecimento construído pela comunidade
científica... - Em vez de ter os estudantes calados e atentos
eles devem ser postos a falar, não só com o
professor mas uns com os outros... - A principal tarefa de um professor seria
estabelecer e manter um ambiente de aprendizagem
com aquelas características... - Os CLEs (Constructive Learning Environments) são
a principal contribuição da Multimédia para esta
perspectiva.
61 COMO SE CONSEGUE? Construtivismo no Ensino
das Ciências (cap 7)
- http//exploratorium.edu/IFI/resources/research/co
nstructivism.html - Exame de Consciência
- Ensinou aos seus alunos novo conhecimento para
ser memorizado e repetido num teste sem lhes dar
uma oportunidade de fazerem sentido dele? - Deu oportunidades aos seus alunos de usar o seu
conhecimento prévio e os seus sentidos para fazer
ligações com os conceitos que introduz?
62COMO SE CONSEGUE? IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO(cf
Graham Hills) (cap 7) Mudança de Paradigma
- Velho
- Professores em salas de aula convencionais
- Novo
- ISLE (intensive supported learning environment),
computadores, laboratórios de aprendizagem,
projectos -
- Tutoriais de pequenos grupos, exercícios de
laboratório,estudos de caso, treino de aptidões e
competências
63COMO SE CONSEGUE? IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO(cf
Graham Hills) (cap 7) Mudança de Paradigma
- VELHO
- Estático
- Impassivo
- Monomédia
- Síncrono
- Passivo
- Unidireccional
- Local
- Audiência
- Real
- NOVO
- Dinâmico
- Suportador
- Multimédia
- Assíncrono
- Activo
- Interactivo
- Rede
- Pessoa
- Virtual
64IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO(cf Graham Hills) (cap
7) Mudança de Paradigma
- VELHO
- Fragmentação do Conhecimento
- Referenciação Interna, peer review, cronismo e
corrupção social - Ausência de contexto. Fuga à realidade
- Objectividade levada ao extremo. Desumanização da
Ciência - Atitudes autoritárias relativamento a
conhecimento e sucesso - Competição entre as bases do conhecimento leva a
uniformidade interna e conformidade externa - Prevalência dos valores académicos e da teoria
perante a prática.
- NOVO
- Holístico, não reducionista
- Conduzido pelo contexto e não pelo assunto
- Investigação orientada pª missão e não pª o céu
azul - Trabalho de equipa não do académico individual
- Publicações com muitos autores, bases de
conhecimento heterogéneas - Pensamento divergente, não convergente
- Filosofia reflexiva em vez de afirmações
objectivas - Critério fundamental será que trabalha?
- Mundo fora da academia
65COMO SE CONSEGUE? IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO(cf
Graham Hills) (cap 7) Transição
- MODO 1
- Comunidades de assuntos homogéneos
- Académico solitário
- Publicação aberta e liberdade de conhecimento
- Temas Universais
- Objectividade e desinteresse
- Investigação fundamental , céu azul
- Vocação pª a vida inteira
- MODO 2
- Equipas multidisciplinares
- Parte duma rede activa
- Propriedade intelectual
- Projectos orientados por missão
- Ao serviço de interesses práticos
- Conduzido pelo contexto e não pelo assunto
- Contexto da aplicação, escolha do problema
colectivizada - Equipas profissionais e insegurança empresarial
- Investigação orientada pª missão e não pª o céu
azul - Necessidade de mudar de emprego e de profissão
durante a vida
66COMO SE CONSEGUE? IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO(cf
Graham Hills) Aptidões Essenciais (modo 2) (cap
7)
- Falar, escrever, debater, relatar e apresentar
- Avaliação, crítica e juízo
- Matemáticos, linguísticos e filosóficos
- Computacionais, teclado, marketing, financeiros,
design e gestão - Desenhar, pintar, técnico, música
- Pessoais
- De Personalidade
- Intelectuais
- Profissionais
- Artesanais
67- Acima de tudo a Educação Científica deverá
- - GARANTIR QUALIDADE AOS CIDADÃOS E PROFISSIONAIS
FORMADOS, MEDIANTE A AQUISIÇÃO DE APTIDÕES
(ESPECÍFICAS E/OU TRANSFERÍVEIS) E DE LITERACIA
CIENTÍFICA QUE OS PROJECTE E TORNE EFICIENTES
NUMA SOCIEDADE, QUE, GOSTE-SE OU NÃO, TERÁ
CARACTERÍSTICAS MUITO DIFERENTES DA ACTUAL
68- Para contactar com alguns materiais do livro,
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