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Estudo randomizado e controlado de transfus

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Title: Estudo randomizado e controlado de transfus


1
Estudo randomizado e controlado de transfusão
restritiva versus liberal nos recém-nascidos de
extremo baixo peso
  • INTERNATO PEDIATRIA - HRAS
  • Escola Superior de Ciências da Saúde -
    ESCS/FEPECS/SES/DF
  • Giselle Maria Araujo Felix
  • Paulo César Montalvão de Albuquerque
  • Coordenação Paulo R. Margotto
  • www.paulomargotto.com.br

JULHO/2007
2
THE PREMATURE INFANTS IN NEED OF TRANSFUSION
(PINT) STUDY A RANDOMIZED, CONTROLLED TRIAL OF A
RESTRICTIVE (LOW) VERSUS LIBERAL (HIGH)
TRANSFUSION THRESHOLD FOR EXTREMELY LOW BIRTH
WEIGHT INFANTS
  • HARESH KIRPALANI, MSC, FRCP(UK),1 ROBIN K. WHYTE,
    MB, FRCP(C),1 CHAD ANDERSEN, MBBS, FRACP,
    ELIZABETH V. ASZTALOS, MSC, FRCP(C), NANCY
    HEDDLE, MSC, MORRIS A. BLAJCHMAN, MD, FRCP(C),
    ABRAHAM PELIOWSKI, MD, FRCP(C), ANGEL RIOS, MD,
    MEENA LACORTE, MD, ROBERT CONNELLY, MD, FRCP(C),
    KEITH BARRINGTON, MB, FRCP(C), ROBIN S. ROBERTS,
    M.TECH, FOR THE PINT INVESTIGATORS

Pediatrics and Clinical Epidemiology and
Biostatistics, McMaster University, Hamilton,
Ontario, Canada Department of Pediatrics,
Dalhousie University and IWK Health Centre,
Halifax, Nova Scotia, Canada Mercy Hospital for
Women, Melbourne, Victoria, Australia Sunnybrook
and Womens Health Science Center, University of
Toronto, Toronto, Ontario, Canada Canadian Blood
Services and Transfusion Medicine, Mc- Master
University, Hamilton, Ontario, Canada Royal
Alexandra Hospital, Edmonton, Alberta, Canada
Albany Medical Center, Albany, New York Brooklyn
Hospital Center, Brooklyn, New York Kingston
General Hospital, Kingston, Ontario, Canada
McGill University, Montreal, Quebec, Canada and
Clinical Trials Methodology Group, Clinical
Epidemiology and Biostatistics, McMaster
University, Hamilton, Ontario, Canada. The
Journal of Pediatrics September 2006
3
Introdução
  • Recém-nascidos (RN) de extremo baixo peso
    rapidamente tornam-se anêmicos devido a um
    sistema hematopoietico imaturo levando a
    transfusão sanguínea em 94 dos casos.
  • Os riscos e os benefícios de uma transfusão em RN
    de extremo baixo peso ainda não estão claros
  • limitando-se transfusões pode-se reduzir sua
    associação com infecções ou sobrecarga de ferro.
  • níveis baixos de hemoglobina podem resultar em
    morbidades associadas a hipoxemia anêmica
    crônica.

4
Objetivo
  • Determinar se recém-nascidos de extremo baixo
    peso transfundidos com níveis altos de
    hemoglobina versus níveis mais baixos apresentam
    diferentes taxas de sobrevivência, ou morbidade
    pós alta.

5
Material e métodos
Estudo populacional
  • Consentimento informado preenchido pelos pais ou
    responsáveis.
  • RN foram randomizados e alocados em um dos dois
    grupos de transfusão sangüínea, com maiores ou
    menores níveis de hemoglobina.
  • A seqüência oculta randomizada gerada por
    computador foi estratificada por unidade de peso
    de nascimento (lt750g e 751 a 999g).

6
Material e métodos
Estudo populacional
  • Participaram do estudo RN de 10 unidades de
    cuidados intensivos neonatais do Canadá, EUA e
    Austrália.
  • Critérios de inclusão
  • peso de nascimento lt1000 g
  • idade gestacional lt31 semanas
  • lt48 horas de vida

7
Material e métodos
Estudo populacional
  • Critérios de exclusão
  • RN com cardiopatia cianótica
  • RN considerados não viáveis
  • RN com anemia congênita
  • RN em choque
  • RN transfundidos após 6 horas de vida
  • RN em uso de eritropoetina
  • Oposição dos pais a transfusão
  • Historia familiar de anemia ou doença hemolítica

8
Material e métodos
Intervenção
  • Os RN foram alocados em um algoritmo de baixos e
    altos níveis de hemoglobina para transfusão.
  • Este algoritmo foi desenvolvido por consensos
    entre os locais participantes do estudo.
  • Os níveis apropriados de hemoglobina foram
    ajustados para amostras de sangue capilar ou
    arterial/venoso.
  • Estes níveis foram baseados no fato de o RN estar
    recebendo suporte ventilatório (ventilação
    mecânica, CPAP, O2 suplementar).

9
Material e métodos
10
Material e métodos
Intervenção
  • O protocolo não especificava como e com que
    freqüência os valores de hemoglobina deveriam ser
    determinados.
  • Transfusão foi indicada sempre que a hemoglobina
    manteve-se igual ou abaixo dos limiares previstos
    por ambos os grupos.
  • Era permitido aos neonatologistas realizar
    transfusão sangüínea sem seguir o algoritmo em
    casos de choque, sepse severa, distúrbios da
    coagulação, cirurgias ou emergências.
  • Todos os centros utilizaram suplementação de
    ferro de acordo com suas diretrizes locais.

11
Material e métodos
Intervenção
  • Quando necessária, as transfusões sangüíneas
    foram realizadas até 6 horas após a obtenção dos
    valores de hemoglobina.
  • Todas as transfusões consistiram em bolsas com
    taxas determinadas de 15ml/kg de acordo com a
    normal local.
  • O algoritmo de transfusão foi distribuído
    amplamente e colocado nos locais de cuidados de
    cada paciente do estudo.
  • A coleta de dados limitou-se a transfusões,
    níveis de hemoglobina indutoras de transfusão e
    níveis de hemoglobina na alta médica.

12
Material e métodos
Coleta de dados
  • Todos os dados foram coletados desde a entrada no
    estudo até a alta, utilizando-se formatos
    específicos desenvolvidos.
  • A rotina de cuidados do RN de todas as unidades
    participantes incluía ultra-sonografia de crânio
    na primeira semana de vida e antes da alta, além
    de exame da retina antes da alta.

13
Material e métodos
Primeira etapa
  • Incluiu as principais morbidades clinicas
    relevantes experimentadas antes da alta
  • retinopatia da prematuridade (ROP)
  • displasia broncopulmonar (BPD)
  • injúria cerebral
  • A presença de ROP severa foi determinada por
    oftalmologista que não fazia parte do grupo de
    tratamento.
  • A necessidade de O2 suplementar na BPD foi
    determinada pelo médico atendente.
  • A ultra-sonografia de crânio foi interpretada por
    2 médicos que não conheciam o estudo.

14
Material e métodos
Segunda etapa
  • Incluiu avaliação
  • níveis de hemoglobina
  • número de transfusões
  • número de doadores identificados
  • pesos semanais e perímetro cefálico
  • variação nos valores de ferritina sérica
  • RN com enterocolite necrotizante ou apnéia
  • uso de xantinas, doxapram ou corticóides
  • culturas positivas para infecção
  • tempos O2, extubação e alta

15
Material e métodos
Tamanho da amostra e análise estatística
  • O tamanho planejado para a amostra foi de 424 RN.
  • A análise de cada etapa foi ajustada para cada
    unidade e faixa de peso de nascimento utilizando
    o modelo de regressão logística.
  • A sobrevida foi estimada pela curva de
    Kaplan-Meier.
  • Uma análise da eficácia do estudo foi conduzida e
    exigia um valor de plt0,001 para parar o
    experimento.

16
Resultados
  • 795 RN foram registrados para entrar no estudo de
    Janeiro/2000 a Fevereiro/2003, dos quais 694
    foram selecionados e 451 foram randomizados
  • O termo de consentimento não foi obtido em 136 RN
    e os pais de 107 RN não estavam disponíveis para
    participar.
  • 223 RN foram alocados no grupo restrito e 228 RN
    no grupo liberal. Os 2 grupos eram semelhantes.
  • A curva de Kaplan-Meier não mostrou diferença
    significativa entre os 2 grupos.

17
Resultados
18
Resultados
19
Resultados
20
Resultados
21
Discussão
  • O grupo com níveis altos de hemoglobina
    apresentava níveis médios de 10 mg/dl mais
    elevados que o grupo de baixos níveis nas
    primeiras 4 semanas de vida diferença que
    desapareceu ao longo da internação.
  • Essa diferença se dissipou ao longo do período de
    internação pelo crescimento dos recém-nascidos e
    menor necessidade de coletas de sangue. Além
    disso, apesar de as transfusões pré-determinadas
    serem menos recorrentes no grupo de baixos níveis
    de hemoglobina, elas são mais freqüentes por
    necessidades clínicas nesse grupo.

22
Discussão
  • Não houve diferenças estatísticas ou clínicas
    entre os dois grupos nos principais resultados
    estudados (Primary Outcomes), que avaliaram
    riscos de morte ou de sobrevida com complicações
    importantes.
  • O estudo foi de tamanho suficiente para detectar
    uma diferença absoluta de 15 e poder de 90.
    Apesar disso, o intervalo de confiança de 95,
    variou entre -3,7 ( a favor do grupo de
    baixos níveis) e 9,2 (a favor do de altos
    níveis). A diferença corrigida de 2,7,
    (favorecendo o grupo de altos níveis), parece
    ser, no entanto, o valor real do intervalo de
    confiança.

23
Discussão
  • Não houve diferença significativa com 2 estudos
    prévios que avaliaram parâmetros semelhantes em
    transfusões precoces. Um deles usando terapia
    adjuvante com eritropoetina. E outro, em que
    restrição de transfusões não teve influência na
    ocorrência de retinopatia da prematuridade.
  • Em outro estudo similar, porém menor (n 100) de
    Bell et al., foram encontradas diferenças
    significativas a favor do grupo de alto limiar de
    hemoglobina nos parâmetros de Hemorragia
    Intraventricular e Leucomalácia Periventricular.
    No presente estudo não foram observadas
    diferenças no parâmetro Dano Cerebral, entre os
    dois grupos.

24
Discussão
  • Esses achados discrepantes podem ser atribuídos
    ao acaso a diferenças de protocolos de alocação
    ou medidas de resultados.
  • Outros estudos com pacientes mais estáveis,
    também não evidenciaram diferenças significativas
    entre os grupos.
  • Apesar de alguns estudos menores, não
    randomizados, sugerirem a transfusão precoce
    para prevenir apnéia, acelerar o ganho de peso ou
    aumentar oxigenação em crianças ventiladas, este
    ensaio clínico não evidenciou diferenças
    significativas nos parâmetros avaliados nos
    resultados secundários (Secondary Outcomes),
    entre os dois grupos.

25
Discussão
  • Os resultados secundários não evidenciaram
    prejuízo aos recém nascidos tratados com o limiar
    menor de hemoglobina.
  • A falta de significância estatística no que diz
    respeito à apnéia, é consistente com resultados
    encontrados em outros estudos objetivos onde não
    foi demonstrada relação entre valores de
    hemoglobina e gravidade do quadro.

26
Discussão
  • Tentativas prévias de diminuir o número de
    transfusões baseava-se em três estratégias
    minimizar perdas nas coletas de sangue uso de
    eritropoetina ou se ater a transfusões de acordo
    com Guidelines. Tendo o uso precoce da
    eritropoetina sido considerado uma decepção após
    resultados clínicos desanimadores.
  • O presente estudo trabalhou com limites de
    hemoglobina dentro dos Guidelines atuais e da
    prática clínica, já que ainda não há segurança
    para maior variação desses valores.
  • Apesar do estudo apresentar um algoritmo para
    transfusões, transfusões por necessidade clínica
    também ocorreram, principalmente no grupo de
    baixos níveis, podendo ter influenciado nos
    resultados.

27
Discussão
  • O estudo não avaliou estatisticamente a presença
    de infecções relacionadas a transfusão, porém foi
    presumida uma freqüência diminuída no grupo de
    baixos níveis de hemoglobina.
  • Os presentes achados mostram evidências que
    valores de hemoglobina podem ser baixados e
    mantidos para, até 10g/L, sem necessidade de
    transfusões seriadas sem aumentar o risco de
    morte ou morbidades neonatais graves (Primary
    Outcomes).
  • Estudos futuros serão necessários para avaliar
    outros parâmetros avaliados nos resultados
    secundários (Secondary Outcomes).

28
Conclusão
  • Em recém nascidos com muito baixo peso, a
    manutenção de níveis mais altos de hemoglobina
    acarreta em maior número de transfusões, mas
    confere pequena evidência de benefício.

29
ABSTRACT
  • Objective To determine whether extremely low
    birth weight infants (ELBW) transfused at lower
    hemoglobin thresholds versus higher thresholds
    have different rates of survival or morbidity at
    discharge.
  • Study design Infants weighing lt1000 g birth
    weight were randomly assigned within 48 hours of
    birth to a transfusion algorithm of either low or
    high hemoglobin transfusion thresholds. The
    composite primary outcome was death before home
    discharge or survival with any of either severe
    retinopathy, bronchopulmonary dysplasia, or brain
    injury on cranial ultrasound. Morbidity outcomes
    were assessed, blinded to allocation.
  • Results Four hundred fifty-one infants were
    randomly assigned to low (n 223) or high (n
    228) hemoglobin thresholds. Groups were similar,
    with mean birth weight of 770 g and gestational
    age of 26 weeks. Fewer infants received one or
    more transfusions in the low threshold group (89
    low versus 95 high, P .037). Rates of the
    primary outcome were 74.0 in the low threshold
    group and 69.7 in the high (P .25 risk
    difference, 2.7 95 CI 3.7 to 9.2). There
    were no statistically significant differences
    between groups in any secondary outcome.
  • Conclusions In extremely low birth weight
    infants, maintaining a higher hemoglobin level
    results in more infants receiving transfusions
    but confers little evidence of benefit.

30
Referências
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    Abstract

36
Consultem também
  • Estratégias de transfusão para pacientes em
    Unidades de Cuidados Intensivos Pediátricas
  • Autor Lacroix J et al. Apresentação Mila Maia

37
Consultem também
  • HEMODERIVADOS
  • Autor(es) Samiro Assreuy

38
Obrigado!
Ddo Paulo César
Dda Giselle
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