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Teoria da Infla

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Teoria da Infla o Notas de Aula Prof. Gi como Balbinotto Neto UFRGS Bibliografia recomendada Marques, Maria Silvia Bastos (1987), RBE Lopes & Rosetti (2005, cap. – PowerPoint PPT presentation

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Title: Teoria da Infla


1
Teoria da InflaçãoNotas de Aula
  • Prof. Giácomo Balbinotto Neto
  • UFRGS

2
Bibliografia recomendada
  • Marques, Maria Silvia Bastos (1987), RBE
  • Lopes Rosetti (2005, cap. 6)
  • Helmut Frisch (1983)
  • Mishkin (2000, cap.24, 26 a 28)
  • Simonsen, Mário Henrique
  • (1983, cap. 7,8 e 11)

3
Inflação Definição e Caracterização
  • A inflação pode ser definida como um aumento
    sustentado no nível de preços ao contrário de um
    aumento de uma vez por todas nos preços.
  • A inflação lida com o aumento nos preços médios
    e não apenas com o aumento de alguns poucos
    preços na economia.

4
Inflação é diferente de aumento de preços
160
150
140
130
Nível de preços(1992 100)
120
110
100
90
1993
1994
1995
1996
1997
1998
5
O Conceito de Inflação
  • A inflação é definida com sendo uma elevação do
    nível geral de preços de uma economia.
  • A taxa de inflação é medida pelo percentual de
    incremento do índice de preços durante certo
    preíodo de tempo, isto é
  • ? (P1-Po)/Po

6
Índices de Preços Usados no Brasil
  • Índice Geral de Preços
  • Índice de Preços ao Consumidor
  • Índice Nacional de preços ao Consumidor
  • IPCA

7
IGP-DI
8
IPCA
9
Índices de Preços Usados no Brasil
  • Deflator do PIB - é a razão entre o PIB Nominal
    e o PIB Real, ou seja, é o preço de determinada
    mercadoria ou serviço em um determinado ano
    relativamente ao preço desta no ano-base.
  • Resumindo O PIB nominal mede o valor da
    produção da economia. O PIB real mede a
    quantidade de produto, ou seja, a produção
    avaliada em preços constantes (do ano-base). O
    deflator do PIB mede o preço da unidade típica de
    produto em comparação com seu preço no ano-base.

10
Taxa de Inflação e Planos de Estabilização
Econômicos Brasil (1976 - 2004)
Inflação ( a.m.)
11
A natureza da inflação
  • A inflação é um fenômeno de natureza monetária.
  • Segundo Friedman (1992,p. 179) A inflação na
    faixa à qual ficamos acostumados, sem falar na
    faixa hiperinflacionária, só se tornou possível
    depois que o papel moeda passou a ser
    multiplicada indefinidamente, a um custo
    insignificante é necessário apenas imprimir
    números mais altos nos mesmos pedaços de papel.

12
Quando há inflação? A visão de Friedman
  • A inflação ocorre quando a quantidade de moeda
    aumenta muito mais rapidamente do que a produção,
    e quanto mais rápido o aumento da quantidade de
    moeda por unidade de produção, mais alta a taxa
    de inflação. Talvez não exista nenhuma outra
    proposição, em economia, que seja tão bem
    confirmada quanto esta.

13
Qual a causa da inflação?
  • Nenhum governo aceita de bom grado a
    responsabilidade por provocar inflação,mesmo que
    num grau moderado, e muito menos a taxas
    hiperinflacionárias. Autoridades do governo
    sempre acham alguma desculpa - empresários
    gananciosos, sindicatos vorazes, consumidores
    perdulários, xeques árabes, mau tempo ou qualquer
    outra coisa que pareça remotamente plausível. Não
    há dúvida de que os empresários são gananciosos,
    os sindicatos são vorazes, os consumidores são
    perdulários, os xeques árabes têm aumentado o
    preço do petróleo e o tempo muitas vezes é ruim.
    Qualquer um deles pode provocar preços altos para
    itens isolados não podem provocar preços em
    alta para bens em geral. Podem causar altos e
    baixos temporários na taxa de inflação. Mas não
    podem provocar uma inflação contínua, por uma
    razão muito simples nenhum dos supostos culpados
    possui uma impressora na qual possa produzir
    legalmente aqueles pedaços de papel que levamos
    em nossas carteiras e chamamos de dinheiro
    nenhum deles tem poderes legais de autorizar um
    guarda-livros que faça lançamentos em
    livros-razão que sejam equivalentes a esses
    pedaços de papéis.

14
Índices de preçosHenri Guitton (1955)
  • ...um índice é uma maneira de designar um
    fenômeno oculto ou complexo. È antes uma seta que
    indica um caminha desconhecido. De uma maneira
    menos figurada, é um elemento que exprime um
    outro elemento difícil de ser apreendido
    diretamente... No mundo econômico, não se
    conhecem índices perfeitos, exatos. Existem
    muitos índices e, a priori, não se conhece o
    melhor. E é porque um único elemento não pode
    sozinho, indicar um fenômeno complexo, que a
    técnica estatística procura contornar através de
    um estratagema. É aquele do número índice.
    Trata-se de um número abstrato que exprime, em
    principio um conjunto de fenômenos que se
    desejaria entender como um todo.

15
Índices de preços
  • Índice de preço de Laspeyres
  • O índice de Laspeyres pondera preços (p) de
    insumos (i) em duas épocas, inicial (0) e atual
    (t), tomando como pesos quantidades (q)
    arbitradas para estes insumos na época inicial.
  • Como essas quantidades são consideradas
    adequadas à época inicial e não à época atual,
    admite-se que o numerador possa se apresentar
    super dimensionado e assim o índice de Laspeyres
    apresentar tendência de elevação.

16
Índice de Preços de Laspeyres
I(L) (S pnqo/ Spoqo)
17
Índices de preços
  • Índice de preço de Paasche
  • O índice de Paasche pondera preços (p) de
    insumos (i) em duas épocas, inicial (0) e atual
    (t), tomando como pesos quantidades (q)
    arbitradas para estes insumos na época atual.
  • Como essas quantidades são consideradas
    adequadas à época atual e não à época inicial,
    admite-se que o denominador possa se apresentar,
    eventualmente, super dimensionado e assim o
    índice de Paasche apresentar tendência a
    rebaixamento.

18
Índice de Preços de Paasche
I(L) (S pnqn/ Spoqn)
19
Índices de preços
  • Diante das características dos índices de
    Laspeyres e de Paasche vários autores sugeriram
    índices que apresentassem valores intermediários
    entre eles, considerando que ambos atendem à
    formula geral
  • Dentre eles, destaca-se Fisher que adotou a
    média geométrica dos índices de Laspeyres e
    Paasche.

20
A magnitude da taxa de elevação dos preços
  • Alguns autores consideram que há ou se manifesta
    um processo inflacionário quando há uma elevação
    apreciável considerável ou suficientemente
    grande nos níveis de preços.
  • Contudo, devemos reconhecer que o caráter desta
    definição é arbitrário.

21
Oferta monetária e preços durante quatro
hiperinflações
(b) Hungria
(a) Austria
índice (Jan. 1921 100)
índice (Jan. 1921 100)
Nível de preços
100,000
100,000
Nível de preços
10,000
10,000
Oferta monetária
1,000
1,000
Oferta de moeda
100
100
1925
1924
1923
1922
1925
1924
1923
1922
1921
1921
22
Oferta monetária e preços durante quatro
hiperinflações
c) Alemanha
d) Polônia
índice (Jan. 1921 100)
índice (Jan. 1921 100)
10 million
100 trilhões
Nível de preços
Nível de preços
1 trilhão
1 million
10 bilhões
Oferta de moeda
100,000
100 milhões
Oferta de moeda
1 milhão
10,000
10,000
1,000
100
1
100
1925
1924
1923
1922
1921
1925
1924
1923
1922
1921
23
Hiperinflações
Table 23-1 7 hiperinflações das décadas de 1920 e 1940 7 hiperinflações das décadas de 1920 e 1940 7 hiperinflações das décadas de 1920 e 1940 7 hiperinflações das décadas de 1920 e 1940 7 hiperinflações das décadas de 1920 e 1940
País Inicio Fim PT/P0 Taxa média mensal de inflação() Taxa média mensal de crescimento monetário ()
Austria Out. 1921 Ago. 1922 70 47 31
Alemanha Ago. 1922 Nov. 1923 1.0 x 1010 322 314
Grécia Nov. 1943 Nov. 1944 4.7 x 106 365 220
Hungria 1 Mar. 1923 Fev. 1924 44 46 33
Hungria 2 Ago. 1945 Jul. 1946 3.8 x 1027 19,800 12,200
Polônia Jan. 1923 Jan. 1924 699 82 72
Russia Dez. 1921 Jan. 1924 1.2 x 105 57 49
PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month. PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month. PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month. PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month. PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month. PT/P0 Price level in the last month of hyperinflation divided by the price level in the first month.
24
Inflação Alta
Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000 Alta Inflação na América Latina, 1976-2000
Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação () Taxa média mensal de Inflação ()
Country 1976-1980 1976-1980 1981-1985 1981-1985 1986-1990 1986-1990 1991-1995 1991-1995 1996-2000
Argentina 9.3 12.7 12.7 20.0 20.0 2.3 2.3 0.0 0.0
Brasil 3.4 7.9 7.9 20.7 20.7 19.0 19.0 0.6 0.6
Nicaragua 1.4 3.6 3.6 35.6 35.6 8.5 8.5 0.8 0.8
Peru 3.4 6.0 6.0 23.7 23.7 4.8 4.8 0.8 0.8
25
A dimensão do fator tempo
  • Persistência o que caracteriza um processo
    inflacionário é a hipótese de sua tendência
    altista.
  • Continuada a alta nos preços deve ser
    continuada ela deve persistir por um período
    considerável de tempo
  • Prolongada um processo inflacionário é
    diferente de um processo de alta temporária nos
    preços.

26
O caráter dinâmico do processo inflacionário
  • Laidler e Parkin (1977) destacam que a inflação
    não se refere a uma situação estática de preços
    altos, mas a um processo dinâmico de preços
    crescentes.

27
Abrangência do Fenômeno
  • A inflação é caracterizada como sendo um
    fenômeno macroeconômico, na medida em que se
    refere a uma considerável e persistente elevação
    geral dos preços.
  • Devemos ter claro que a elevação inflacionária
    de preços não se limita a um só produto ou a uma
    dada fração dos bens e serviços que resultam do
    esforço social de produção, mas a uma alta
    generalizada, abrangente, que envolve
    praticamente os preços de todos os fatores e
    produtos.

28
Teoria Quantitativa de Moeda
  • A teoria quantitativa é considerada como sendo a
    teoria clássica ou neoclássica da inflação.
  • A teoria quantitativa se apresenta em duas
    formas
  • (i) equação de transações, como formulada por
    irving Fisher
  • (ii) a equação de slados efetivos da Escola de
    Cambridge.

29
Teoria Quantitativa de Moeda as versões de
Fisher e Cambridge
  • (i) Fisher
  • P.T M. V
  • (ii) Cambridge
  • M k PY

30
Pressupostos da Teoria Quantitativa
  • Assume-se que, a velocidade renda da moeda seja
    constante. Isto implica, então, que a
    elasticidade do nível geral de preços com relação
    a uma variação da oferta monetária é igual a
    unidade.
  • Este resultado forma o núcleo da teoria
    quantitativa.

31
A teoria quantitativa da moeda e a inflação
  • A elasticidade de P com respeito a M é dada por
  • ePM (dP/DM)(M/P)
  • da equação quantitativa obtemos que
  • (dP/dM) (V/Y)

32
A teoria quantitativa da moeda e a inflação
  • Substituindo a equação acima na equação da
    elasticidade
  • ePM (V/Y)(M/P) mas como V (PY/M), temos
    que
  • ePM (YP/MY)(M/P) 1

33
A teoria quantitativa da moeda e a inflação
  • Da equação quantitativa podemos utilizar a
    relação que será utilizada pelos modelos
    monetaristas. Derivando a equação quantitativa,
    temos que
  • Y(dP) (dY)P M(dV) (dM)V
  • Multiplicando ambos os lados da equação por
    (1/YP), chegamos a seguinte equação
  • (dP/P) (dY/Y) (M/YP)dV (V/YP)dM

34
A teoria quantitativa da moeda e a inflação
  • Usando a definição da velocidade renda da moeda
    VPY/M, temos que
  • (dP/P) (dY/Y) (dM/M) (dV/V)
  • (dM/M) (dP/P) (dY/Y)
  • ou
  • ? m - y

0
35
Inflação de Demanda
  • Uma inflação é dita ser de demanda quando é
    impulsionada pela elevação das quantidades de
    bens e serviços que os consumidores estão
    dispostos e aptos a adquirir aos níveis de preços
    existentes. Se a elevação dos preços não
    corresponder a uma expansão equivalente da oferta
    agregada, os preços tendem a ser pressionados
    para cima, a taxas consideradas como
    inflacionárias.
  • Em suma, existe um excesso de moeda em relação
    aos bens e serviços disponíveis.

36
Inflação de Demanda
  • Uma inflação é dita ser de demanda quando é
    impulsionada pela elevação das quantidades de
    bens e serviços que os consumidores estão aptos e
    dispostos a adquirir aos níveis de preços
    existentes.
  • Se esta elevação não corresponder a uma expansão
    equivalente da oferta global, os preços tendem a
    ser precionados para cima, a taxas consideradas
    como inflacionárias.

37
Inflação de Demanda
  • Uma inflação de demanda é gerada por um
    deslocamento ascendente da curva de demanda da
    economia causado por fatores como
  • 1- aumento na propensão a consumir
  • 2- aumento nos gastos do governo
  • 3- aumento na oferta de moeda
  • 4- aumento das exportações numa economia aberta
  • 5- aumento no investimento autonomo.

38
Inflação de Demanda
p
D1
Do
c
p2
a
b
p1
0
Yo
Y2
Y1
Y
39
Inflação de Demanda Os Efeitos Inicias e Finais
  • A) os efeitos iniciais
  • a) um aumento na demanda
  • b) um aumento no nível de preços
  • c) um excesso de demanda ao nível inicial de
    preços
  • B) Os efeitos finais
  • a) um aumento no nível de preços
  • b) uma diminuição no nível de emprego em relação
    ao excesso de demanda
  • c) nível de produção mais elevado que o anterior.

40
Inflação de Demanda O Processo de Ajustamento
  • Ao nível inicial de preços, Po, o produto de
    equilíbrio do lado da demanda da economia aumenta
    até Y1, o que cria um excesso de demanda medido
    por Y1-Yo e os preços começam a aumentar. Este
    aumento nos preços reduz o produto até Y2 ao
    longo da curva de demanda D1.

41
Inflação de Custos
  • Uma inflação de custos é gerada por um
    deslocamento para cima da curva de oferta, o que
    gera um excesso de demanda ao nível inicial de
    preços. Isto aumenta os preços, mas reduz o
    produto de equilíbrio.

42
Inflação de Custosos efeitos iniciais e finais
  • A) Os efeitos iniciais de uma inflação de custos
  • a) deslocamento da oferta agregada
  • b) redução dos níveis de emprego e produto
  • c)um excesso de demanda ao nível inicial de
    preços, Po.
  • B) os efeitos finais de uma inflação de custos
  • a) aumento no nível geral de preços
  • b) redução nos níveis de produto e emprego.

43
Inflação de Custos
S1
p
So
b
p2
a
p1
Yo
Y1
Y2
0
Y
44
Critério para distinguir uma inflação de custos
de uma de demanda
  • Um critério geral para distinguir uma inflação
    de custos de uma de demanda é verificar o
    comportamento do nível de produção resultante
    após o ajustamento.
  • Se no final tivermos um nível de produção maior
    do que o inicial, podemos caracteriza-la como uma
    inflação de demanda, caso contrário, se
    caracteriza como uma inflação de custos.

45
Teoria monetarista principais autores
  • Milton Friedman (1970, 1971)
  • Karl Brunner (1970)
  • Alan Meltzer (1977)
  • D. Laidler (1975, 1976, 1981)
  • Michael Parkin (1975)
  • Phillips Cagan (1989) New Palgrave Dictionary
    of Economics

46
Teoria monetarista da inflação
  • Segundo Cagan (1989,p.195), o termo monetarismo
    foi usado pela primeira vez por Karl Brunner
    (1968). Contudo, o monetarismo está fortemente
    associado com os trabalhos de Milton Friedman que
    advogavam o controle da oferta de moeda como
    sendo superior as medidas fiscais keynesianas
    para estabilizar a demanda agregada.

47
Os Monetaristas afirma que dados como os
apresentados abaixo sustentam sua hipótese de
que a inflação é um fenômeno monentário
48
Crescimento Monetário e Inflação
49
Hiperinflação Alemã 192123
50
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (i) a inflação é em essência um fenômeno
    monetário
  • (ii) a teoria keynesiana, a qual os monetaristas
    a igualam a uma simples Curva de Philips sem
    ajustamento das expectativas, não pode explicar o
    problema da inflação e especialmente sua
    aceleração
  • iii) a taxa de crescimento e a aceleração da
    oferta da moeda explicam a taxa de inflação e sua
    aceleração, respectivamente.

51
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (iv) a demanda de moeda é uma função estável, ou
    seja, nega-se a instabilidade keynesiana do
    investimento, que implicaria, pela lei de Walras,
    instabilidade da demanda de algum outro bem, em
    particular, da demanda por moeda.

52
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (v) o estoque de moeda é controlável pelas
    autoridades monetárias

53
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (vi) as economias de mercado são estáveis no
    sentido de que os desvios em relação à posição de
    pleno emprego são sempre eliminados pelo sistema
    de preços estabelecidos nos diversos mercados.

54
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (vii) Uma mudança na taxa de crescimento da
    moeda primeiro altera a taxa de crescimento
    econômico,e portanto, a taxa de desemprego.
  • No longo prazo, isto é, depois que todas as
    variáveis foram ajustadas, este efeito real se
    esvai e permanece apenas um aumento na tendência
    inflacionária.

55

Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (viii) A taxa de crescimento da quantidade de
    moeda é consistentemente, embora não
    precisamente, relacionado com a taxa de
    crescimento da renda nominal.
  • Isto é, se a quantidades de moeda cresce
    rapidamente, o mesmo acontecerá com a renda
    nominal e vice versa. A velocidade de circulação
    da moeda, embora não seja constante é altamente
    previsível.

56
Pontos comuns entre os teóricos monetaristas
  • (ix) os gastos do governo pode ser
    inflacionários ou não.
  • Eles serão inflacionários se forem financiados
    pela criação de moeda e se a resultante taxa de
    criação monetária exceder a taxa de crescimento
    do produto.
  • Se os gastos forem financiados por impostos ou
    por empréstimos junto ao público, o principal
    efeito é que o governo gastas tais fundos ao
    invés dos indivíduos.

57
Um modelo monetarista simplificado
  • Os monetaristas tendem a se concentrar no longo
    prazo e nas economias onde as variações no
    crescimento monetário são os distúrbios
    primários.

58
Um modelo monetarista simplificadopressupostos
  • (i) A demanda agregada é assumido que a demanda
    agregada e a produção aumetarão toda vez que os
    ativos reais estiverem aumentando.
  • Por outro lado, quando os encaixes reais
    estiverem caindo, então, também estarão caindo
    a demanda agregada e o nível de produção.
  • ?y f(m-?) (1)

59
Um modelo monetarista simplificadopresupostos
?
m lt ?
?y 0
m gt ?
0
y
60
Um modelo monetarista simplificadopressupostos
  • Ao longo de (m ?) a produção é constante.
  • Para pontos onde m lt ?, a inflação excede a
    taxa de crescimento monetário. Aqui temos, então,
    que os encaixes reais apresentam uma queda, e de
    acordo com a equação (1), a produção também.
  • Para pontos abaixo de (m ?), a taxa de
    crescimento monetário excede a inflação, o que
    implica que os encaixes reais estão aumentando,
    as taxa de juros estão caindo e o produto
    crescendo.

61
Um modelo monetarista simplificadopressupostos
  • A oferta agregada
  • seja
  • y - o nível de produção de pleno emprego
  • ?e ?t-1
  • A curva de oferta agregada é dada por
  • ? ?e ? (y - y)

62
Um modelo monetarista simplificadopressupostos
?
0
y
y
63
Um modelo monetarista simplificadopressupostos
  • Substituindo-se a variação da inflação ao longo
    do tempo por
  • ?? ? (y y)
  • Quando a produção está abaixo do nível de pleno
    emprego y, a inflação está caindo, e quando a
    produção está acima do nível de pleno emprego
    y, a inflação está aumentando.

64
Um modelo monetarista simplificadooferta,
demanda e dinâmica
?
m?
E
0
y
y
65
Um modelo monetarista simplificadooferta,
demanda e dinâmica
  • O ponto E da figura acima é o único ponto no
    diagrama onde tanto a produção como a inflação
    são constantes. O ponto E é o ponto de
    equilíbrio de longo prazo onde a economia
    converge.

66
Um modelo monetarista simplificadoos efeitos de
curto e longo prazos de um crescimento monetário
  • Um aumento permanente no crescimento monetário
    de mo para m1 leva a economia ao longo da
    trajetória EoE1.

67
Um modelo monetarista simplificadooferta,
demanda e dinâmica
?
E1
m1?1
mo?o
Eo
0
y
y
68
As propriedades do modelo monetarista simplificado
  • (1) não se deve esperar uma forte correlação
    entre taxa de inflação e a taxa de expansão
    monetária no curto prazo, pois para uma taxa de
    crescimento mais elevada da base monetária, a
    taxa de inflação apresenta várias fazes até o
    ajustamento final

69
A curva de Phillips e sua evolução teórica
70
Os três estágios da Curva de Phillips
  • Estágio I formulação do conceito da curva de
    Phillips (1958) por Alban William Phillips e
    Richard Lipsey (1960) baseado na existência de
    uma relação estável e negativa entre a taxa de
    inflação e a taxa de desemprego.

Richard Lipsey
71
Os três estágios da Curva de Phillips
  • Estágio II formulação da hipótese da taxa
    natural de desemprego por Edmund Phelps (1967) e
    Milton Friedman (1968), na qual é feita uma
    diferenciação entre as curvas de Phillips de
    curto e longo prazo.

72
Os três estágios da Curva de Phillips
  • Estágio III a escola das expectativas
    racionais Robert Lucas, Thomas Sargent e Neil
    Wallace. Na qual se assume que não há um dilema
    trade off sistemático entre inflação e
    desemprego, mesmo no curto prazo.

73
A Formulação Phillips/Lipsey
  • A contribuição original de A.W Phillips (1958)
    foi a de concluir, com base em observações
    empíricas para a Grã-Bretanha, no período de 1861
    a 1957, que havia uma correlação negativa entre
    a taxa de mudança de salários nominais e a na
    taxa de desemprego, e que esta relação era
    estável.

74
A Formulação Phillips/Lipsey
  • A mais influente interpretação teórica foi dada
    por Richard Lipsey (1960) que derivou a curva de
    Phillips de um sistema de oferta e demanda de
    mão-de-obra.
  • A idéia principal do modelo de Phillips-Lipsey é
    que a inflação salarial é explicada pelo excesso
    de demanda no mercado de trabalho, pela qual a
    taxa de desemprego é interpretada como um
    indicador do nível de excesso de demanda.
  • este primeiro estágio da CP foi, além disso,
    caracterizado pela crença de que existia uma
    relação estável entre o nível dos salários
  • nominais e a taxa de desemprego, de modo que os
    formuladores de política econômica pudessem
    explorar tal dilema trade off.

75
A Formulação Phillips/Lipsey
  • A curva estimada por Phillips (1958) para a
    Grã-Bretanha foi a seguinte
  • ln (gw 0.9) ln9.64 - 1.39 ln Ut
  • onde gw é a taxa de crescimento monetário dos
    salários e Ut é o nível de desemprego.
  • De acordo com esta função, a taxa de crescimento
    dos salários nominais diminuiria se a taxa de
    desemprego aumentasse. O elemento de
    originalidade de Phillips (1958) foi ter
    contatado que tal relação era estável.

76
As propriedades da curva de Phillips (1958)
  • (i) os salários permaneciam estáveis quando a
    taxa de desemprego situava-se num nível de 5,5
  • (ii) Phillips concluiu que havia um ciclo no
    sentido anti-horário, isto é, os salários
    nominais subiam um pouco mais rápido que a queda
    na taxa de inflação e algo mais devagar que a
    taxa de desemprego quando esta caia.

77
Os ciclos de Phillips (1958)
  • 1918-21 horário
  • 1926-33 horário
  • 1948-1957 horário
  • 1861-1913 - anti-horário
  • 1921-25 - anti-horário
  • 1934-43 anti-horário.

78
Curva de Phillips (1958)
5,5
79
O modelo de excesso de demanda de Lipsey (1960)
(dw/dt)/w f (Ld - Ls)/Ls e como (Ld -
Ls)/Ls -U
(dw/dt)/w (dp/dt)/p então a inflação, ? , é
negativamente relacionado a taxa de desemprego e
a curva de Phillips mostraria, então uma relação
entre inflação e desemprego ? h(U) A não
linearidade da curva de Phillips é justificada em
termos de desemprego friccional e de dificuldades
institucionais em seus extremos.
80
A modificação de Samuelson-Solow (1960)
  • Através do artigo de Samuelson-Solow (1960)
    Analytical Aspects of Anti-Inflation Policy o
    conceito de curva de Phillips foi popularizado,
    tornado-se o conceito relevante para a formulação
    de política econômica, no sentido de que mostrava
    um dilema entre inflação e desemprego, a qual
    podia ser explorado.

81
A Curva de Phillips para os EUA durante os anos
1960.
82
A Curva de Phillips para os EUA 1970-2001.
83
A teoria aceleracionista da inflação
  • Edmund Phelps (1967) e Milton Friedman (1968),
    notaram que a relação de Phillips omitira um
    ponto essencial um dos principais ingredientes
    da taxa de reajuste de salários nominais é a taxa
    esperada de inflação, que Phillips implicitamente
    igualara a zero. Mas esta hipóteses implícita é
    incompatível com o modelo que pretende
    justificar a inflação crônica.

84
A teoria aceleracionista da inflação
  • É a curva de Phillips uma relação estável como
    haviam suposto Phillips (1958) e Lipsey (1960)?
  • O dilema entre inflação e desemprego existe
    também no longo prazo, ou a escolha de um ponto
    alo longo da curva de Phillips influencia a
    posição da curva ela mesma?
  • Qual a importância e a influência das
    expectativas na posição da curva de Phillips?

85
A teoria aceleracionista da inflação
  • A teoria aceleracionista assume que cada ponto
    percentual de inflação esperada eleva de um ponto
    percentual a curva de Phillips. Consequentemente,
    a verdadeira opção não estava entre inflação e
    desemprego, mas entre desemprego e inflação acima
    das expectativas.
  • Visto que os indivíduos reajustariam suas
    expectativas, no longo prazo a curva de Phillips
    seria vertical, e a sociedade não restaria outra
    opção senão escolher entre desemprego presente e
    o desemprego futuro.

86
A teoria aceleracionista da inflação as
expectativas adaptativas
  • Na hipótese das expectativas adaptativas os
    agentes econômicos, em cada período de tempo,
    corrigem e reajustam suas expectativas com
    relação ao período anterior em vista do erro
    cometido, isto é
  • ?(e)t ? (e)t-1 (1-?) (?t-1 - ?(e)t) (1-
    ?)?t-1 ??(e)t-1

87
A teoria aceleracionista da inflação
  • A escolha de um ponto ao longo da curva de
    Phillips produz uma certa taxa de inflação.
    Depois de um período de ajustamento, esta produz
    uma nova expectativa de taxa de inflação e causa
    uma mudança na curva de Phillips.

88
A teoria aceleracionista da inflação
.
P ()
U ()
6
8
89
.
P ()
CPLP
U ()
6
8
Un
90
O principio aceleracionista
  • O principio aceleracionista nos diz que para
    manter a taxa de desemprego U abaixo da taxa
    natural de desemprego Um, as autoridades
    econômicas precisam aceitar níveis cada vez
    maiores de inflação. O custo de uma política como
    esta aumento com o tempo e pode vir a tornar-se
    alta demais quando a inflação tiver uma
    aceleração alta demais.
  • O princípio aceleracionista deu origem a outro
    nome para a taxa natural de desemprego, a taxa
    de desemprego não-aceleracionista da inflação
    NAIRU, ou seja, a NAIRU é o nível de
    desemprego Um abaixo do qual a inflação tende a
    se acelerar e acima do qual a inflação tende a se
    desacelerar,

91
O principío aceleracionista
  • O princípio aceleracionista nos diz que a troca
    entre inflação e desemprego é impossível no longo
    prazo. Quando o desemprego fica abaixo da taxa
    natural, a inflação não somente será alta como
    ficará em ascensão. Quando o desemprego estiver
    acima da taxa natural, a inflação cairá.
  • No longo prazo, não existe um dilema trade off
    entre inflação e desemprego. Só a taxa natural de
    desemprego é consistente com uma taxa estável de
    inflação. Além do mais, a taxa natural pode ser
    consistente com qualquer taxa estável de
    inflação. Assim, a curva de Phillips de longo
    prazo é vertical.

92
.
P ()
.
X (Pe 20)
U ()
8
13
93
.
P ()
J
k
.
X (Pe 20)
.
XI (Pe 18)
U ()
8
13
94
.
P ()
J
k
l
m
a
U ()
8
13
95
.
P ()
U ()
Un
Year 0, 1
96
.
P ()
c
Year 3
b
a
Year 2
U ()
Un
Year 0, 1
97
.
P ()
Curva de Phillips de Longo Prazo
f
e
d
Year 5, 8
c
Year 4, 7
Year 3, 8
b
a
Year 2, 9
U ()
Un
Year 0, 1, 10
98
A taxa natural de desemprego
  • No longo prazo, a curva de Phillips é uma linha
    vertical sobre a abcissa na posição da taxa
    natural de desemprego.
  • A taxa natural de desemprego é também conhecida
    como o nível de desemprego de pleno emprego, ou
    o nível de desemprego de equilíbrio de longo
    prazo e em que as expectativas sobre o
    comportamento dos preços e salários são corretas.

99
A taxa natural de desemprego Milton Friedman
(1968)
  • the level that would be ground out by the
    Walrasian system of general equilibrium
    equations, provided there is imbedded in them the
    actual structural characteristics of the labor
    and commodity markets, including market
    imperfections, stochastic variability in demand
    and supplies, the cost of gathering information
    about job vacancies and labor availabilities, the
    costs of mobility, and so on.

100
A teoria aceleracionista da inflação
  • Segundo a teoria aceleracionista, os sacrifícios
    da produção e do emprego no combate à inflação
    são temporários eles persistem apenas enquanto a
    inflação está sendo reduzida aquém as
    expectativas, mas não depois que se baixam
    definitivamente ambas, a inflação efetiva e a
    esperada.

101
A teoria aceleracionista da inflação
  • A teoria acelaracionista colocou em cheque toda
    a distinção entre inflação de demanda e custos
    abolindo o preconceito de que esta última poderia
    ser adequadamente curada pela política monetária.
  • E, de passagem decifrava um dos mais intrincados
    enigmas da macroeconomia neoclássica porque a
    prosperidade é a companheira das primeiras fases
    da inflação, e porque é preciso enfrentar um
    purgátório recessivo para estabilizar os preços.

102
A taxa natural de desemprego os determinantes
  • (i) a organização do mercado de trabalho
  • (ii) o perfil da força de trabalho
  • (iii) da capacidade e do desejo dos
    trabalhadores de procurar empregos
  • (iv) da disponibilidade e tipos de emprego.

103
A teoria aceleracionista da inflação
  • Os componentes da taxa de inflação
  • (i) componente antecipado
  • (ii) componente não antecipado -

104
O modelo monetarista de Vanderkamp (1975)
  • O modelo pertence a escola de pensamento de
    Friedman sobre a teoria monetarista de inflação
    e, apesar de sua simplicidade, contém todas as
    propriedades e conclusões desta teoria.
  • Ele pode ser considerado com sendo o modelo
    monetarista padrão de inflação.
  • O modelo é monetarista porque a taxa
    decrescimento da oferta monetária determina a
    taxa de inflação, embora a curva de Phillips
    conecte o setor monetário com o setor real. cf.
    p. 120

105
O modelo monetarista de Vanderkamp (1975) as
equações fundamentais
  • (1) mt xt ?t - equação quantitativa
  • (2) ?t ?t b(ut u) versão liner da CP
  • (3) ut - ut-1 a (xt x) - Lei de Okun
  • Variáveis endógenas xt ?t, ut
  • Variáveis exógenas mt ?t x u ut-1

106
O modelo monetarista de Vanderkamp (1975) as
equações fundamentais
  • Reesecrevendo as equações (1), (2) e (3) da
    seguinte forma, obtemos
  • (xt - x) ?t mt - x (4)
  • ?t but ? bu (5)
  • a(xt-x) ut ut-1 (6)

107
Forma matricial
  • Ver notas de aula

108
Forma reduzida
  • xt x (1/1ab)(m- x-?) (b/1ab)(ut-1
    u) (7)
  • ?t ? (ab/1ab) (m- x - ?) -
    (b/1ab)(ut-1 u) (8)
  • ut u - (a/1ab)(m x - ?) - (b/1ab)(ut-1
    u) (9)

109
O processo de ajustamento de curto e longo prazo
?
?
u
0
0
x
X
U
x
x
X
u
0
0
X
U
0
110
Sites recomendados
  • http//www.britannica.com/nobel/macro/5004_32.htm
    l

111
Os Novos Clássicos
112
Estrutura dos modelos novo clássico
Hipótese das expectativas racionais Muth (1961)
Equilíbrio contínuo do mercado
Hipótese da curva de oferta agregada de Lucas
(1972, 1973)
Macroeconomia novo clássica
113
As expectativas racionais e a curva de Phillips
  • A diferença entre as curvas de Phillips de curto
    e longo prazo das análises de Friedman-Phelps é
    uma conseqüência lógica do mecanismo de
    expectativas adaptativas.
  • O conceito de expectativas adaptativas é,
    entretanto, aberto a duas objeções (1) ele pode
    levar, sistematicamente, a expectativas viesadas
    Lucas (1972) e (2) ela leva a que os agentes
    econômicos desperdiçam informações adicionais que
    possuem.

114
As expectativas racionais e a curva de Phillips
  • Os teóricos das expectativas racionais, como
    Lucas (1972) e Sargent, argumentaram que as
    expectativas inflacionárias são formadas por
    pessoas inteligentes que devem levar em conta
    todas as informações disponíveis sobre a economia
    quando eles formam seus planos.

115
A importância do trabalho de Lucas (1972)Nobel
Prize, 1995
  • In a study published in 1972, Lucas used the
    rational expectations hypothesis to provide the
    first theoretically satisfactory explanation for
    why the Phillips curve could be sloping in the
    short run but vertical in the long run. In other
    words, regardless of how it is pursued,
    stabilization policy cannot systematically affect
    long-run employment. Lucas formulated an
    ingenious theoretical model which generates time
    series such that inflation and employment indeed
    seem to be positively correlated. A statistician
    who studies these time series might easily
    conclude that employment could be increased by
    implementing an expansionary economic policy.
    Nevertheless, Lucas demonstrated that any
    endeavor, based on such policy, to exploit the
    Phillips curve and permanently increase
    employment would be futile and only give rise to
    higher inflation. This is because agents in the
    model adjust their expectations and hence price
    and wage formation to the new, expected policy.

116
O conceito de expectativas racionaisJohn Muth
(1961, p. 316)
  • O conceito de expectativas racionais foi
    proposto por Muth (1961), que sugeriu que os
    agentes formam suas expectativas da mesma forma
    como eles empreendem outras atividades, isto é
    eles suam a teoria econômica para predizer o
    valor da variável, e isto são suas expectativas
    racionais.
  • Como sugeriu John Muth (1961), elas são
    essencialmente iguais às previsões da teoria
    econômica relevante, baseadas nas informações
    disponíveis.

117
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • (1) A curva de Phillips na formulação da taxa
    natural de desemprego
  • ?t ?t b (ut u) ?t (1)
  • (2) equação de excesso de demanda
  • ut u - ? (mt - ?t ) ?t (2)
  • (3) expectativas racionais
  • ?t E (?t/ It-1) (3)

118
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • Substituindo (2) em (1) e resolvendo para ?t
    obtemos
  • ?t (?t b?mt - b?t ?t )/ (1 b?)
    (4)
  • A equação (4) é a chamada forma semi-reduzida na
    qual ?t é explicada pela taxa de inflação
    esperada ?t , pela taxa de crescimento da
    oferta de moeda mt e pelas duas variáveis
    estocáticas (?t ?t).

119
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • Se aplicarmos o operador E na equação (4), nós
    obtemos a equação (5)
  • E(?t/It-1) E(?t/It-1) b? E(mt/It-1)/
    (1b?) (5)
  • como E(?t) 0 e E(?t) 0 temos que
  • (6) ?t E(?t/It-1) E(mt/It-1)

Expectativa racional de inflação
Taxa esperada de inflação é igual a taxa esperada
de crescimento monetário.
120
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • Substituindo (6) em (4), nós obtemos a taxa
    atual de inflação
  • (7) ?t E(?t/It-1) b?mt - b?t ?t / (1
    b?)
  • (8) E(mt/It-1) mt

121
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • Substituindo-se (8) em (7) obtemos (9)
  • (9) ?t E(mt/It-1) (?t -b?t)/(1 b?)
  • A equação (9) no diz que a taxa de inflação é
    igual a taxa de crescimento da oferta de moeda
    mais uma combinação linear das variáveis
    randômicas do sistema.

122
Desemprego involuntário em Lucas
  • there is an involuntary element in all
    unemployment, in the sense that no one chooses
    bad luck over good there is also a voluntary
    element in all unemployment, in the sense that
    however miserable ones current work options, one
    can always choose to accept them.

123
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • Substituindo (9) em (2) e assumindo que
    E(mt/It-1) m, nós derivamos a seguinte taxa de
    desemprego
  • (11) ut u - (??t ?t)/ (1b?)
  • A taxa de desemprego Ut é igual a taxa natural
    de desemprego mais um componente estocástico.
  • A implicação da hipóteses das expectativas
    racionais é que a taxa atual de desemprego oscila
    randomicamente em torno da taxa natural.

124
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • No caso das expectativas racionais há também uma
    curva de Phillips, mas com uma diferença crucial.
  • Os desvios sistemáticos da taxa de inflação
    esperada não podem ser gerados pela política
    monetária. Um aumento na taxa de crescimento da
    oferta de moeda que é conhecido pelos agentes
    econômicos irá elevar as expectativas
    inflacionárias e, simultaneamente deslocar a
    curva de Phillips.
  • Em outras palavras, assim que o trade off é
    explorado por uma política econômica sistemática,
    este trade off desaparece.

125
As respostas de política econômica a choques
antecipados
126
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionais
  • As variáveis aleatórias não são correlacionadas
    com nenhuma variável cujo valor é conhecido no
    momento em que as expectativas são formadas,
    incluindo seus próprios valores passados.
  • A principal implicação disto é que a trajetória
    temporal da taxa de desemprego não deveria
    mostrar nenhuma correlação serial.

127
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionaiscf. Mankiw (1995,p. 218)
  • ... Os defensores das expectativas racionais
    afirmam que a curva de Phillips no curto prazo
    não representa adequadamente as escolhas
    disponíveis. Acreditam que, se os formuladores de
    políticas econômicas estiverem firmemente
    comprometidos com o combate à inflação, as
    pessoas entenderão o compromisso e baixarão suas
    expectativas inflacionárias. De acordo com a
    teoria das expectativas racionais, as estimativas
    tradicionais da taxa de sacrifício não são úteis
    para avaliar o impacto de políticas econômicas
    alternativas. Se a política tiver credibilidade,
    os custos da redução da inflação podem ser muito
    menores do que as estimativas das taxas de
    sacrifício sugerem.

128
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionaiscf. Mankiw (1995,p. 219)
  • No caso mais extremo, pode-se imaginar que o
    combate à inflação não provoque recessão alguma.
    Uma desinflação indolor exige duas condições.
    Primeira, o plano de combate à inflação deve ser
    anunciado antes que as expectativas cruciais
    tenham se formado. Segunda, que os que
    determinam preços e salários devem acreditar no
    anúncio.
  • Se ambas as condições são atendidas, o anúncio
    reduzirá imediatamente o custo do combate a
    inflação em termos de desemprego, permitindo
    reduzir a inflação sem aumentar o desemprego.

129
Expectativas Racionais e Hiperinflação Thomas
Sargent (1982)
  • http//www.econ.puc-rio.br/gfranco/ej.pdf

O final de quatro hiperinflações
130
O modelo da curva de Phillips com expectativas
racionaiscf. Mankiw (1995,p. 219)
  • Embora a abordagem das expectativas racionais
    ainda desperte controvérsias, quase todos os
    economistas concordam que as expectativas de
    inflação influem sobre a opção conflitiva entre
    inflação e desemprego no curto prazo.
  • A credibilidade de uma política de combate à
    inflação é, portanto, fundamental para determinar
    os custos da política. Infelizmente, costuma ser
    mais difícil prever se o público considerará
    confiável ou não o anúncio de uma nova política.
    O papel central das expectativas torna bem mais
    difícil a previsão dos resultados de políticas
    alternativas.

131
Credibilidade e Inflação
  • As expectativas da inflação irão influenciar a
    inflação atual. Portanto, as expectativas de
    inflação irão influenciar a inflação corrente.
  • Portanto, os formuladores de política econômica
    que podem influenciar tais expectaticas, são, de
    um modo geral, bastante conservadores e
    constatemente nos alertam dos perígos da
    inflação.

132
Credibilidade e Inflação
133
Credibilidade, Inflação e Independência do Banco
Central
134
O dilema da persistênciaModigliani (1977)
  • Segundo Modigliani (1977), o modelo das
    expectativas racionais poderia explicar a
    existência do desemprego em qualquer ano
    particular, mas não seria adequado para explicar
    o movimento persistente nas taxas de desemprego
    observadas nos ciclos econômicos do mundo real.

135
O dilema da persistênciaModigliani (1977)
  • O desvio de ?t de seu nível de pleno emprego é
    explicada somente pelo termo estocástico na
    equação. As variáveis randômicas não são
    correlacionadas com nenhuma variável cujo valor é
    conhecido no momento em que as expectativas são
    formadas, incluindo seus próprios valores
    passados.
  • A principal implicação disto é que a trajetória
    temporal de desemprego não deveria mostrar
    nenhuma colrrelação serial

136
O dilema da persistênciaModigliani (1977)
  • Contudo, como as séries temporais do PIB e do
    desemprego têm um alto grau de correlação
    serial, temos uma deficiência da hipótese das
    expectativas racionais em explicar os movimentos
    sistemáticos da taxa de desemprego durante a
    expansão ou contração foi chamado de dilema da
    persistência da hipótese das expectativas
    racionais.

137
O dilema da persistência a explicação dos novos
clássicos
  • (i) Lucas (1975) - se os indivíduos não se dão
    conta da existência de erros de predição senão
    vários períodos mais tarde, seus erros de
    predição podem estar correlacionados. Os
    indivíduos não têm modo algum de conhecer que
    seus erros podem estar, de fato, correlacionados,
    e por conseguinte, não podem corrigir este erro
    sistemático

138
O dilema da persistência a explicação dos novos
clássicos
  • (ii) Alan Blinder Stanley Fisher (1981) - um
    segundo modelo com expectativas racionais que
    pode explicar a persistência se baseia na
    existência a mudanças aleatórias que causam
    variações no nível de produção potencial ao longo
    do ciclo econômico.
  • A razão pela qual esta produção potencial ou de
    plano emprego pode variar é que mudanças
    aleatórias afetam o estoque de capital e o nível
    de pleno emprego variará.

139
Sites Recomendados
  • http//www.econlib.org/library/Enc/RationalExpect
    ations.html
  • http//www.nobelpreis.org/portugues/wirtschaft/lu
    cas.htm
  • http//nobelprize.org/economics/laureates/1995/lu
    cas-autobio.html

140
Fim
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