SEMANA PEDAG - PowerPoint PPT Presentation

1 / 52
About This Presentation
Title:

SEMANA PEDAG

Description:

Title: Escola Hoje Desafios e Perspectivas Rodolfo Joaquim Pinto da Luz Author: Rodolfo Last modified by: fpmansani Created Date: 8/12/2006 11:09:18 PM – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:68
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 53
Provided by: rodo172
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: SEMANA PEDAG


1
  • SEMANA PEDAGÓGICA DA UEPG
  • CURSOS SEQUENCIAIS ALTERNATIVA DE FORMAÇÃO
    SUPERIOR

2
O PODER ESTRATÉGICO DO CONHECIMENTO
  • As sociedades que poderão melhorar suas
    oportunidades de desenvolvimento social e
    econômico no século XXI, serão aquelas que
    souberem apostar no capital intelectual e nas
    capacidades inovadoras, produto de uma educação
    de alto nível e de uma formação contínua de seus
    cidadãos. (Conferência Mundial sobre a Educação
    Superior realizada pela UNESCO, em Paris, em
    outubro de 1998)

3
O PODER ESTRATÉGICO DO CONHECIMENTO
  • Gerar e lidar com novos conhecimentos é um
    desafio para todas as sociedades, mas para as
    emergentes ou em desenvolvimento constitui-se
    questão estratégica, ligada à sua própria
    sobrevivência.

4
DIREITO À EDUCAÇÃO
  • A educação, direito de todos e dever do Estado e
    da família, será promovida e incentivada com a
    colaboração da sociedade, visando ao pleno
    desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
    exercício da cidadania e sua qualificação para o
    trabalho. art. 205 CF.

5
ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Fonte Mec, 2005
6
Uma Visão da Educação Brasileira
  • O Brasil continua rico, figura entre as maiores
    economias do planeta, mas nem por isso tornou-se
    menos desigual. O que explica este paradoxo é a
    extrema concentração de renda e de riquezas
    existente, colocando-o na indesejável condição de
    um dos países com maior grau de iniqüidade do
    mundo.

7
Uma Visão da Educação Brasileira
  • É na educação, no entanto, que as desigualdades
    econômicas e sociais se reproduzem de forma
    ampliada e perversa, produzindo um círculo
    vicioso que se manifesta tanto em termos das
    restrições às oportunidades de acesso à escola
    quanto das condições desfavoráveis de permanência
    e sucesso escolar que afetam, sobretudo, as
    crianças e jovens provenientes de famílias de
    baixa renda, sendo mais evidentes nas Regiões
    Norte e Nordeste.

8
Uma Visão da Educação Brasileira
  • A Educação, como prioridade nacional tem que
    levar adiante e aprofundar as reformas
    educacionais que passaram a ser exigidas pela
    revolução tecnológica e pelas mudanças sociais,
    econômicas e políticas que marcaram o último
    quarto do século XX. Para cumprir esta agenda, o
    Brasil deverá encarar com determinação duas
    questões cruciais o que fazer para construir um
    sistema de educação básica, universal, eqüitativa
    e de boa qualidade, e para que a educação possa
    converter-se efetivamente na principal estratégia
    para promover a integração econômica, social e
    política dos excluídos e marginalizados.

9
  • Nenhum país pode aspirar a ser desenvolvido e
    independente sem um forte sistema de educação
    superior. Num mundo em que o conhecimento
    sobrepuja os recursos materiais como fator de
    desenvolvimento humano, a importância da educação
    superior e de suas instituições é cada vez maior.
    Para que estas possam desempenhar sua missão
    educacional, institucional e social, o apoio
    público é decisivo.

10
  • Para promover a renovação do ensino universitário
    brasileiro, é preciso, também, reformular o
    rígido sistema atual de controles burocráticos. A
    efetiva autonomia das universidades, a ampliação
    da margem de liberdade das instituições
    não-universitárias e a permanente avaliação dos
    currículos constituem medidas tão necessárias
    quanto urgentes, para que a educação superior
    possa enfrentar as rápidas transformações por que
    passa a sociedade brasileira e constituir um pólo
    formulador de caminhos para o desenvolvimento
    humano em nosso país.

11
  • Ensinar não é transferir conhecimentos, mas
    criar as possibilidades para sua produção ou sua
    construçãoPaulo Freire 

12
  • The fundamental cure for Poverty is not money
    but knowledge
  • Sir W. Arthur Lewis
  • Nobel Laureate, Economics

13
  • Não são as espécies mais fortes e nem as mais
    inteligentes que sobrevivem, mas sim aquelas que
    melhor respondem às mudanças
    Charles Darwin

14
CURSOS SEQUENCIAIS
  • A idéia da discussão do sentido dos cursos
    seqüenciais passa então pela discussão do
    contexto em que eles emergem, por um lado, como
    vislumbre de modernidade inserida no atual
    paradigma da globalização.
  • Por outro lado, tal legitimação já se encontraria
    contaminada paradoxalmente por um contexto que
    tradicionalmente leva a uma desconfiança das
    políticas oficiais de educação. A tentativa de
    mudança encontra obstáculos em seu próprio
    passado que não lhe confere legitimidade e
    confiança, estabelecendo um cenário de lutas em
    um campo simbólico definido.

15
  • A transição possível para um debate atualizado
    defronta-se com a memória de tentativas
    extemporâneas e autoritárias.
  • Aproveitando-se da situação, emergem os discursos
    corporativos das profissões regulamentadas,
    disfarçados pelo discurso da defesa da qualidade
    dos cursos de graduação. A atual forma de debate
    que opõe o discurso do ensino superior
    tradicional às alternativas propostas
    oficialmente corre o risco de deixar de lado a
    reflexão mais profunda sobre as redefinições
    necessárias em um contexto do que Gibbons chamou
    de novo modo de produção do conhecimento.

16
  • Os cruzamentos, afinidades e afastamentos
    determinados por esta dinâmica refletem a
    complexidade das questões entre educação, técnica
    e sociedade, em um mundo onde nos defrontamos com
    a difícil tarefa de pensar a possibilidade de um
    novo arranjo - percebendo as idiossincrasias da
    modernidade - que recoloque os termos da questão
    de forma a superar os argumentos tradicionalmente
    evocados nesta discussão.

17
  • Neste cenário, a análise do caso dos cursos
    seqüenciais torna-se paradigmática para ilustrar,
    por um lado a dinâmica e o comportamento dos
    diversos atores envolvidos, seus interesses,
    espaços de atuação e o impacto sobre cada um
    deles a cada mudança de movimento determinada
    pela guinada na regulamentação desta matéria
    e, por outro lado, a construção de múltiplos
    discursos que pretendem falar pela sociedade
    de forma quase exclusiva.

18
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •     Os cursos seqüenciais são considerados uma
    modalidade de ensino superior onde os alunos,
    após concluírem o ensino médio, podem ampliar os
    seus conhecimentos, ou sua qualificação
    profissional, freqüentando o ensino superior, sem
    necessariamente ingressar em um curso de
    graduação.     O que se busca ao definir-se um
    curso seqüencial é uma formação específica em um
    dado "campo do saber" e não em uma "área de
    conhecimento e suas habilitações". Por exemplo,
    na área de computação, pode-se ter um Curso
    Seqüencial em Redes de Computadores, onde o
    objetivo é claro e pode ser atingido em um prazo
    relativamente curto.    Os cursos seqüenciais
    são definidos por "campo do saber", enquanto que
    os cursos tradicionais são oferecidos por área do
    conhecimento e suas habilitações. Não devem,
    portanto, ser entendidos como abreviação da
    graduação e sim, como uma alternativa de formação
    superior.    

19
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •  Os cursos seqüenciais podem ser feitos antes,
    durante ou depois de um curso de graduação e
    permitem mas não exigem em todos os tipos (apenas
    nos cursos seqüenciais de complementação de
    estudos individual exige-se o diploma de
    graduação ou estar cursando a graduação) que seus
    alunos sejam portadores de diploma de nível
    superior. Assim fica claro que um curso
    seqüencial é diferente de um curso de graduação,
    ou de um programa de pós-graduação ou mesmo de um
    curso de extensão.   

20
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •   Um ponto importante a ser considerado é que os
    cursos seqüenciais não devem ser entendidos como
    uma simples ponte de ligação para os cursos de
    graduação e nem uma abreviação curricular de um
    curso de graduação. Os objetivos dos cursos
    seqüenciais são distintos dos objetivos dos
    cursos de graduação, embora as grades
    curriculares dos cursos seqüenciais possam
    contemplar disciplinas semelhantes às oferecidas
    nos cursos de graduação.     Podemos, portanto,
    caracterizar os Cursos Seqüenciais como
             abertos a candidatos que tenham
    concluído o ensino médio          podem ser
    feitos antes, durante ou depois de um curso de
    graduação          abertos a candidatos que
    atendam aos requisitos estabelecidos pelas
    instituições de ensino          cursos
    definidos por "campo do saber".

21
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •     Os cursos seqüenciais, definidos pelo MEC, se
    dividem em
  •     1 - Cursos Seqüenciais de Complementação de
    Estudos, com destinação individual ou coletiva,
    conduzindo a certificado.
  •     1.1 Os Cursos Seqüenciais de Complementação
    de Estudos com destinação individual dependem da
    existência de vagas em disciplinas oferecidas em
    cursos de graduação já reconhecidos pelo MEC.
    Conforme a legislação, as instituições de ensino
    superior, que desejam ofertar estes tipos de
    curso, divulgarão a relação das disciplinas nas
    quais existem disponibilidade de vagas e os
    candidatos indicarão a seqüência de disciplinas
    que desejam cursar. A instituição aprovará ou não
    a proposta do candidato em função da coerência
    desta, que deve configurar um campo de saber. Os
    requisitos para ingresso num curso deste tipo,
    serão fixadas pela instituição.
  •     1.2 Os Cursos Seqüenciais de Complementação
    de Estudos com destinação coletiva podem ser
    criados sem prévia autorização e não estão
    sujeitos a reconhecimento, porém devem estar
    vinculados a um ou mais dos cursos de graduação
    reconhecidos que sejam ministrados pela
    instituição de ensino e que incluam disciplinas
    afins àquelas que comporão o curso seqüencial.
    Estes cursos serão periodicamente avaliados, por
    amostragem, e seus resultados levados em
    consideração na renovação do reconhecimento dos
    cursos de graduação a que sejam vinculados.

22
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •   
  •   Nos dois casos, estão dispensados de obedecer
    ao ano letivo regular. Porém, os cursos estão
    sujeitos às normas gerais para os cursos de
    Graduação, tais como verificação de freqüência e
    de aproveitamento. A proposta curricular, a carga
    horária e o prazo de integralização deverão ser
    estabelecidos pela Instituição de Ensino que os
    ministrem e os candidatos, no caso de
    Complementação de Estudos com destinação
    individual devem ser portadores de diploma de
    curso de graduação superior ou pelo menos,
    estarem cursando graduação.
  •     Ambos os cursos conduzem a um certificado,
    que deverá ser expedido pela própria Instituição
    que os ofertou, atestando que o aluno adquiriu
    conhecimentos em um determinado "campo do saber".

23
.. O que são Cursos Seqüenciais ..
  •     2 - Cursos Seqüenciais de Formação
    Específica, somente com destinação coletiva,
    conduzindo a diploma.
  •     2.1 Os Cursos Seqüenciais de Formação
    Específica estão sujeitos a processos de
    autorização (excetuam-se dessa exigência, as
    Instituições que gozem de prerrogativas de
    autonomia universitária, nos termos das normas
    vigentes) e reconhecimento com procedimentos
    próprios. A instituição que desejar oferecê-los
    deverá ter curso de graduação reconhecido no MEC,
    na área do conhecimento a que se vincula o curso
    seqüencial e a carga horária não poderá ser
    inferior a 1.600 horas, que deverão ser
    integralizadas em prazo nunca inferior a 400 dias
    letivos.
  •     Estes cursos também estão dispensados de
    obedecer ao ano letivo regular, porém sujeitos às
    normas gerais para os cursos de graduação
    (verificação de freqüência e aproveitamento).
  •     Os Cursos Seqüenciais de Formação
    Específica se sujeitam à autorização e
    reconhecimento, de acordo com o disposto na para
    Portaria MEC nº 4.363 de 29 de dezembro de 2004.

24
.. Titulação
  •     
  • Os cursos seqüenciais, ao contrário dos cursos
    superiores tradicionais, não conferem titulação
    equivalente ao bacharel, tecnólogo ou licenciado,
    graus estes obtidos em cursos tradicionais de
    graduação.

25
.. Legislação
  • Portaria MEC nº 4.363 de 29 de dezembro de 2004,
    dispõe sobre a autorização e o reconhecimento de
    cursos seqüenciais da educação superior e dispõe
    sobre a oferta e acesso a cursos seqüenciais de
    ensino superior.
  • Resolução CES n.º. 1, de 27 de janeiro de 1999
    dispõe sobre os cursos seqüenciais de educação
    superior, nos termos do art. 44 da Lei n.º.
    9.394/96.
  • Parecer CES n.º. 968/98, de 17 de dezembro de
    1998 Trata sobre os Cursos Seqüenciais do Ensino
    Superior.
  • Lei n.º. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
    Estabelece as diretrizes e bases da Educação
    Nacional
  • Resolução CEPE 090/2005 Regulamenta os CS por
    campos de saber na UEPG.UEPG Resolução CA
    117/2004 Estabelece critérios para elaboração de
    planilha orçamentária dos projetos de CS na UEPG.
  • UEPG Resolução CA 038/2006 Altera redação do Art.
    5º da RES CA 117/2004.
  •  

26
.. Quem pode fazer os Cursos Seqüenciais
  •  Para quem já concluiu o Ensino Médio (2º Grau)
  •     Acesso ao Ensino Superior, com programas de
    curta duração, para aplicação imediata no mercado
    de trabalho. As disciplinas cursadas poderão ser
    aproveitadas se o aluno vier a cursar um programa
    de graduação.
  • Para profissionais já inseridos no mercado de
    trabalho
  •     Ótima oportunidade de atualização e
    incorporação de novos conhecimentos, para a
    utilização imediata na atividade profissional.
  • Para graduados
  •     Incorporação de novos conhecimentos,
    ampliando a área de atuação, abrindo novas
    perspectivas de exercício profissional no mercado
    de trabalho. Há aproveitamento de disciplinas já
    cursadas.
  • Para evadidos da Graduação
  •     Os alunos evadidos de curso superior de
    graduação da UEPG , na hipótese de não terem
    cumprido integralmente os requisitos exigidos
    para a respectiva diplomação, poderão requerer
    certificado de curso superior de complementação
    de estudos, apresentando o histórico escolar e
    sugerindo um título para o campo de saber.
  • Para empresas e organizações
  •     Poderão ser desenvolvidos programas
    específicos, que venham ao encontro das
    necessidades de qualificação do quadro de pessoal
    em nível superior.

27
.. Aproveitamento das disciplinas dos Cursos
Seqüenciais
  • Em relação aos Cursos de Graduação
  •     A critério da instituição, as disciplinas
    podem ser futuramente aproveitadas pelo aluno que
    vier a ingressar em curso de Graduação. Porém, é
    necessário que o aluno tenha passado por processo
    seletivo e que as disciplinas aprovadas integrem
    e sejam equivalentes ao do currículo pretendido.
    Não existe, portanto, nenhum mecanismo que
    automaticamente transforme o certificado ou o
    diploma de Curso Seqüencial em diploma de Curso
    de Graduação, nem se pode falar em
    "complementação" dos cursos seqüenciais para
    transformá-los em graduação.
  • Em relação aos Cursos de Pós-Graduação
  •     Os egressos de cursos seqüenciais de formação
    específica, que conferem diplomação, no
    entendimento do Conselho Nacional de Educação
    poderãofreqüentar os cursos de pós-graduação em
    nível de especialização Lato Sensu. Tal formação
    não é válida para ingresso nos programas de
    pós-graduação Stricto Sensu, uma vez que estes
    programas requerem, para o seu acesso,
    adiplomação em cursos de graduação, conforme
    artigo 44 da LDB.
  • Em relação a Concursos Públicos
  •     O acesso a concursos públicos, para
    diplomados em cursos seqüenciais, inde- pende de
    regulamentação do MEC e está vinculado aos
    requisitos estabelecidos no edital de cada
    concurso. Sendo o curso seqüencial um curso de
    nível superior, o edital de cada concurso deve
    deixar claro qual a diplomação exigida se de
    nível superior, com aceitação do diploma de curso
    seqüencial, se de graduação, onde os diplomas de
    cursos seqüenciais não serão aceitos.
  •  

28
.. Atuação Profissional
  •      De acordo com a legislação em vigor,
    cabe aos órgãos de classe e Conselhos
    Profissionais, a regulamentação das profissões e
    a habilitação para o exercício profissional.
  •     O Curso Seqüencial apenas confere
    Certificado ou Diploma que atesta conhecimento
    acadêmico em determinado "campo do saber".
  •      Estes cursos têm um viés
    profissionalizante e devem ser oferecidos como
    uma oportunidade diferenciada para a formação
    superior do indivíduo que desejar inserir-se mais
    rapidamente no mercado de trabalho.
  •      Assim, as atribuições profissionais dos
    egressos de cursos seqüenciais, realizados em
    áreas cujas profissões são regulamentadas, serão
    definidas pelos respectivos órgãos reguladores do
    exercício da profissão.

29
  • Os cursos seqüenciais não podem ser confundidos
    com cursos de graduação, previstos no inciso II
    do artigo 44 da LDB, pois a formação que oferecem
    não pode ser confundida com aquela oferecida na
    graduação, nem como uma abreviação da graduação
    (como nas antigas e mal fadadas graduações
    curtas).

30
  • Feitas estas considerações sobre visão oficial
    dos cursos seqüenciais podemos tentar pensar em
    uma concepção ampliada, para além do simples
    atendimento de demanda por formação em nível
    superior, definindo-se também a importância da
    diversificação da oferta de cursos superiores e a
    necessidade de modelos complementares aos modelos
    de formação existentes em um contexto que Giddens
    definiu como sendo de alta modernidade.

31
  • Para Giddens (1991), esta situação de alta
    modernidade está ligada ao desenvolvimento de
    uma nova dinâmica na sociedade, com a definição
    de novas formas de sociabilidade e de relação
    entre vida e conhecimento em um mundo cada vez
    mais marcado por saberes especializados e
    abstratos, no qual a intenção prática do
    conhecimento adquire novo sentido.

32
  • Neste contexto, o vislumbre de modernidade
    trazido pelos cursos seqüenciais seria a própria
    capacidade de um modelo viável e adaptado às
    atuais demandas por conhecimento diferenciado em
    vários setores da sociedade, onde um diploma de
    graduação tradicional nem sempre é o mais
    necessário ou adequado, ocorrendo por vezes que
    cursos formatados tradicionalmente com duração
    longa não atendam a indivíduos já inseridos em
    atividades profissionais e fora dos tempos
    normais do acesso a vestibulares.

33
O problema das ordens profissionais
  • A maior parte das entidades representantes dos
    interesses das áreas profissionais (conselhos,
    sindicatos e ordens profissionais), responsáveis
    pela regulamentação da habilitação profissional
    dos egressos dos cursos superiores, tem promovido
    um grande movimento de repúdio aos cursos
    seqüenciais.
  • Um dos argumentos utilizados é de que os egressos
    dos cursos seqüenciais não teriam formação
    condizente com os bacharéis egressos dos cursos
    de graduação, e como seriam formados em menor
    tempo, estariam em condições de competição que
    colocaria em desvantagem aqueles estudantes (e
    futuros profissionais) que permanecessem mais
    tempo na escola e que teriam adiada sua inserção
    em um mercado de trabalho já bastante
    competitivo.

34
  • Ao lado desse primeiro argumento, por conta da
    existência de legislação federal que regulamenta
    muitas destas profissões (o exercício
    profissional dos egressos de cursos de
    graduação), os conselhos têm afirmado que os
    cursos seqüencias, uma vez que não conferem
    nenhum título a seus egressos, não estariam
    formando nenhum tipo de profissional que se
    enquadrasse na legislação, tornando-se apenas
    fonte de renda fácil para as IES particulares
    usarem de má-fé na cooptação de alunos.
  • Além da questão do tempo reduzido de formação e
    do título acadêmico inexistente, outro argumento
    utilizado com freqüência é que esta formação mais
    curta teria o objetivo da diminuição geral dos
    salários dos profissionais daquela área, uma vez
    que as empresas poderiam contar com profissionais
    mais numerosos a custos menores.

35
  • Há que se notar que ao lado de uma preocupação
    legítima em relação à garantia da qualidade de
    tais cursos, principalmente em áreas como a saúde
    ou outras áreas cujo exercício profissional pode
    determinar riscos à sociedade, é possível mapear
    um discurso extremamente corporativo de garantia
    do mercado de trabalho de uma certa categoria
    profissional (com a respectiva garantia de
    salários), que se mostra como uma questão tanto
    de sobrevivência econômica quanto de legitimação
    cultural.

36
  • O exemplo das reações críticas de várias áreas de
    saúde como a enfermagem, a fisioterapia, a
    fonoaudiologia, a educação física (embora área de
    classificação híbrida) em contraste com uma
    surpreendente receptividade para discutir o
    assunto na área da medicina demonstra claramente
    um desencontro de discursos escamoteados embora
    misturados com discursos legítimos.

37
  • Situação contrária encontramos da parte dos
    conselhos profissionais das áreas de
    Administração, Economia, Ciências Contábeis e
    também de uma área extremamente complexa como a
    das Engenharias nestas áreas há uma disposição
    em construção para debater a questão dos cursos
    seqüenciais e as formas como os conselhos poderão
    contribuir para uma possível regulamentação da
    habilitação desses egressos, do ponto de vista da
    responsabilidade sobre o exercício de
    competências afetas àquelas profissões.

38
  • Exemplo desse reducionismo na análise encontra-se
    no artigo publicado na Folha de São Paulo, do
    ex-reitor da UFBA, Luiz Serpa, que assim expressa
    suas preocupações frente às mudanças que vêm
    ocorrendo na relação entre sociedade e
    universidade
  • Nos Estados Unidos, 25 dos estudantes de
    graduação formam-se em negócios, contra apenas 4
    em 1970, enquanto as matrículas em ciências
    sociais e humanas despencam. No Brasil, as
    matrículas seguem as mesmas tendências, comandas
    pelo mercado. (Serpa Pretto, 2000)

39
  • Ao lado desta separação entre universidade e
    mercado de trabalho, não é incomum ouvir-se nas
    universidades públicas lamentos por parte de
    alguns docentes porque seus atuais alunos seriam
    alienados e não participariam como eles
    participavam de todas as reuniões,
    manifestações ou encontros com o mesmo entusiasmo
    ou com a mesma mobilização. Critica-se com
    freqüência que os atuais alunos só pensam em como
    vão poder utilizar o que aprendem, como se tal
    fato fosse condenável a princípio.

40
  • Opera-se assim uma outra redução, também
    conservadora e por vezes reacionária ao
    idealizar uma idade do ouro anterior e que
    deseja ser recuperada nos mesmos moldes e que
    entende o momento atual não em sua diferença
    substancial, mas como um momento de decréscimo da
    racionalidade e do aumento da alienação.
    Confunde-se alienação com mudança de paradigma.

41
  • As resistências que os cursos seqüenciais
    enfrentam neste domínio encaixam-se na
    constatação de que
  • ...embora estejam em um estágio inicial de
    desenvolvimento, algumas das práticas associadas
    a este novo modo de produção do conhecimento têm
    criado pressões para mudanças radicais nas
    instituições tradicionais da ciência, em especial
    as universidades e outros órgãos nacionais de
    pesquisa. Não surpreende a resistência que tais
    instituições ainda oferecem a estas mudanças que
    parecem ameaçar as próprias estruturas e
    processos que tinham sido criadas para proteger a
    integridade da empreitada científica. (Gibbons,
    1994, p. 31)

42
Os (des)encontros dos discursos e as
idiossincrasias da modernidade
  • As questões acima delineadas nos colocam frente
    ao debate a respeito de educação, ciência e
    tecnologia na sociedade moderna, na qual o mundo
    do trabalho apresenta-se em transformação e o
    conhecimento é modificado continuamente ao ser
    apropriado pelas práticas quotidianas.
  • A ciência, tradicionalmente vista como fonte de
    autoridade inquestionável em seus discursos e
    objetivos puros, passa a contemplar também a
    dimensão da responsabilidade por demandas sociais

43
  • As rápidas mudanças no conhecimento têm
    determinado exigências de qualificação mais
    ecléticas e sofisticadas, valorização de saberes
    menos duramente tecnicistas e mais permeados por
    saberes das ciências humanas, valorização da
    interdisciplinaridade.

44
  • O conceito de transdisciplinaridade deixa de ser
    abstrato para se materializar na necessidade de
    contribuição de diferentes saberes das diferentes
    áreas para o enfrentamento dos novos problemas
    que surgem no mundo atual, refletindo a mudança
    nas características do conhecimento tradicional,
    tornado mais difuso e opaco pela contínua
    subdivisão de conhecimentos com grau de
    sofisticação cada vez maior, e pela formação de
    subdisciplinas e novos campos de estudo.

45
  • As conseqüências do processo de mudança
    estariam refletidas de forma imediata no mundo do
    trabalho, em sua reconfiguração em termos de
    qualificação, inserção, recrutamento, definição
    de novas formas de atividade laboral e
    consciência responsável sobre os sentidos
    contidos em um mundo racionalizado e
    especializado. O não desligamento entre trabalho
    e conhecimento, bem como a capacidade de reflexão
    crítica a respeito da atividade humana não pode
    ser adequadamente entendida de um ponto de vista
    unívoco de determinação de alienação, mas sob a
    ótica da reflexividade ao se considerar o
    processo de produção do conhecimento

46
  • Analisando as tendências de transformação no
    mundo do trabalho, De Masi (1999) questiona sobre
    o futuro das tradicionais relações que hoje regem
    as formas de atividade produtiva humana, que cada
    vez mais demonstram a inadequação do modelo
    clássico das jornadas contínuas, análogas aos
    primórdios da revolução industrial, e que, ao
    mesmo tempo, criam artifícios para combater o
    aumento do desemprego estrutural, mas que porém
    continuam inseridas em um paradigma esgotado da
    formação acadêmica monolítica.

47
  • A necessidade de superação dos tradicionais
    pontos de vista dos discursos sobre formação
    superior, naquilo que eles têm de mais
    reacionário, também é demonstrada pelas novas
    manifestações dinâmicas que emergem da sociedade,
    como por exemplo no aumento significativo das
    chamadas universidades corporativas, que nada
    mais são do que iniciativas das próprias empresas
    para oferecer formação e melhoria de qualificação
    de seus quadros, fora dos sistemas oficiais de
    credenciamento e avaliação de cursos superiores.

48
.. Cursos oferecidos ..EXPERIÊNCIA DA UEPG...
  •  Estilismo e Produção em Moda
  • Gestão Logística
  • Gestão Imobiliária
  • Gestão e Organização da Informação Eletrônica
  • Yôga - Formação Profissional
  • Informática Empresarial com mídias interativas
  • Gestão Empresarial Micro, Pequena e Média
    Empresa
  •  

49
DEPOIMENTOS DE ALUNOS E EX-ALUNOS
50
DEPOIMENTO DE PROFESSORES
51
BIBLIOGRAFIA
  • GIDDENS, Anthony, LASH, Scott. Modernização
    reflexiva política, tradição e estética na ordem
    social moderna. São Paulo UNESP, 1997.
  • DE MASI, Domenico. O futuro do trabalho.
    Brasília UnB Rio de Janeiro José Olympio,
    1999.
  • GIBBONS, Michael et all. The new production of
    knowledge the dynamics of science and research
    in contemporary societies. London Sage, 1994.
  • GIDDENS, Anthony. As conseqüências da
    modernidade. São Paulo UNESP, 1991.
  • _________________ A transformação da intimidade.
    São Paulo, UNESP, 1993.
  • _________________ Para além da esquerda e da
    direita. São Paulo UNESP, 1996.
  • _________________A vida em uma sociedade
    pós-tradicional. In BECK, Ulrich, GIDDENS,
    Anthony,
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). A política
    nacional para o ensino superior brasileiro.
    Brasília Secretaria de Educação Superior/MEC,
    setembro/96.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Parecer 670 de 6
    de novembro de 1997. Brasília Brasília Conselho
    Nacional de Educação.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Parecer 672 de 1
    de outubro de 1998. Brasília Brasília Conselho
    Nacional de Educação.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Parecer 968 de
    17 de dezembro de 1998. Brasília Brasília
    Conselho Nacional de Educação.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Resolução 1 de
    27 de janeiro de 1999. Brasília Brasília
    Conselho Nacional de Educação.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Portaria 612 de
    12 de abril de 1999. Brasília Brasília
    Secretaria de Educação Superior.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Portaria 482 de
    7 de abril de 2000. Brasília Brasília
    Secretaria de Educação Superior.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Enfrentar e
    vencer desafios educação superior. Brasília
    Secretaria de Educação Superior/MEC,
    abril/2000a.
  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (BRASIL). Resultados e
    tendências da educação superior no Brasil.
    Brasília MEC/INEP, junho/2000b.

52
  • Email marilisa2_at_bol.com.br
  • Fone 3220-3437 / 9972-5054

OBRIGADA...
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com