Title: INCLUS
1INCLUSÃO SOCIAL
2O QUE É INCLUSÃO SOCIAL?
- Conceitualmente dizendo
- É um conjunto de meios e ações que combatem a
exclusão aos benefícios da vida em sociedade,
provocada pela diferença de classe social, origem
geográfica, educação, idade, existência de
deficiência ou preconceitos raciais - Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados
oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro
de um sistema que beneficie a todos e não apenas
aos mais aptos
3PPD - Pessoas Portadoras de Deficiência
- Quem são?
- Há muitos conceitos para classificar o portador
de deficiência e foram mudando ao longo da
História, assim como as palavras utilizadas para
exprimi-los - Termos como retardado, doentinho, aleijado,
surdo-mudo, surdinho, mudinho, excepcional,
mongolóide, débil mental e outros, não são mais
aceitos, pois carregam muitos preconceitos - Atualmente, os termos adequados são Pessoa
Portadora de Deficiência, Pessoa com Deficiência
ou Pessoa com Necessidades Especiais - Estes termos sinalizam que, em primeiro lugar,
referimo-nos a uma pessoa que, dentre outras
características, tem uma deficiência, mas ela não
é esta deficiência
4PPD - Pessoas Portadoras de Deficiência
- Estes termos também despertam controvérsias cada
um deles tem defensores, com argumentos próprios - Acredita-se que o fundamental é referir-se a
estas pessoas ou conversar com elas de forma
natural e respeitosa - Em termos gerais, podemos definir que "Pessoa
Portadora de Deficiência" é a que apresenta, em
comparação com a maioria das pessoas,
significativas diferenças físicas, sensoriais ou
intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ou
adquiridos, de caráter permanente e que acarretam
dificuldades em sua interação com o meio físico e
social
5No Brasil - Pessoas Portadoras de Deficiência
- O Decreto n. 3.298 de 20 de dezembro de 1.999
considera pessoa portadora de deficiência a que
se enquadra em uma das seguintes categorias - 1.Deficiência Física Alteração completa
- ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
- humano, acarretando o comprometimento da
- função física, apresentando-se sob a forma de
- paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,
- tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
- hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência
- de membro, paralisia cerebral, membros com
- deformidade congênita ou adquirida, exceto as
- deformidades estéticas e as que não produzam
- dificuldades para o desempenho de funções
6No Brasil - Pessoas Portadoras de Deficiência
- 2.Deficiência Auditiva
- Perda parcial ou total das
- possibilidades auditivas
- sonoras, variando em
- graus e níveis que vão
- de 25 decibéis (surdez leve)
- à anacusia (surdez profunda)
- 3.Deficiência Visual
- Acuidade visual igual ou menor
- que 20/200 no melhor olho,
- após a melhor correção, ou campo
- visual inferior a 20 (Snellen), ou
- ocorrência simultânea de ambas
- as situações
7No Brasil - Pessoas Portadoras de Deficiência
- 4.Deficiência Mental
- Funcionamento intelectual geral
- significativamente abaixo da média,
- oriundo do período de desenvolvimento,
- concomitante com limitações associadas
- a duas ou mais áreas da conduta
- adaptativa ou da capacidade do indivíduo
- em responder adequadamente às
- demandas da sociedade
- 5.Deficiência Múltipla
- É a associação, no mesmo indivíduo,
- de duas ou mais deficiências primárias
- (mental/visual/auditiva/física), com
- comprometimentos que acarretam
- conseqüências no seu desenvolvimento
- global e na sua capacidade adaptativa.
8O extremo da escala das deficiências
- As pessoas consideradas superdotadas ou com altas
habilidades, fazem parte do extremo da escala das
habilidades intelectuais, se caracterizam por um
notável desempenho e elevado potencial em
qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou
combinados - Alta capacidade intelectual geral
- Aptidão acadêmica específica
- Pensamento criativo ou produtivo
- Capacidade de liderança
- Talento especial para artes
- Capacidade psicomotora.
9Condutas Típicas - Outras Deficiências
- Há um outro grupo de comportamentos e atitudes
que se diferencia do padrão considerado normal e
que recebe o nome de condutas típicas - São definidas como manifestações de comportamento
típicas de portadores de síndromes e quadros
psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, que
ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos
no relacionamento social, em grau que requeira
atendimento educacional especializado - Como por exemplo o Autismo, que é uma síndrome
definida por alterações presentes por volta do 3º
ano de vida, caracterizada pela presença de
desvios nas relações interpessoais,
linguagem/comunicação, jogos e comportamentos
10Autismo
- Dentre os sinais mais característicos do autismo,
podemos citar - Tendência ao isolamento
- Movimentos repetitivos, aparentemente sem função
e sem objetivo (esteriotipia) - Dificuldade no relacionamento com outras pessoas
(não mantém diálogo, mantém o olhar distante,
rejeita contatos físicos) - Faz uso de seu nome quando se refere a si
próprio - Repete palavras ou frases constantemente
(ecolalia) - Ausência de noção de perigo
- Permanência em situação de fantasia desvinculada
da realidade - Hiperatividade intensa e permanente
- Necessidade de manter rotinas obsessivas de
comportamento, apresentando reação de pânico
quando há alguma interferência
11- VÍDEO
- Deficiente ao contrário
12Gradações das Deficiências
- Qualquer tipo de deficiência apresenta gradações
há pessoas com comprometimentos maiores, que
exigem equipamentos como cadeira de rodas, e há
outras cujas limitações são menores algumas
conseguem aprender a ler e escrever, mas outras
não - A Organização Mundial da Saúde (OMS) define estes
graus usando as seguintes classificações - Desvantagem (handicap) "No domínio da saúde, a
desvantagem representa um impedimento sofrido por
um dado indivíduo, resultante de uma deficiência
ou de uma incapacidade, que lhe limita ou lhe
impede o desempenho de uma atividade considerada
normal para ele, levando em conta a idade, o sexo
e os fatores sócio-culturais" (OMS, 1980, p. 37). - A situação de desvantagem só se determina em
relação a outros, sendo por isso um fenômeno
social. Caracteriza-se por uma discordância entre
o nível de desempenho do indivíduo e as
expectativas que o seu grupo social tem em
relação a ele. A situação de desvantagem
expressa, pois, o conjunto de atitudes e
respostas dos que não sofrem de desvantagens.
13Gradações das Deficiências
- Deficiência "No domínio da saúde, deficiência
representa qualquer perda ou anormalidade da
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou
anatômica". Dizer que um indivíduo "tem uma
deficiência" não implica, portanto, que ele tenha
uma doença nem que tenha de ser encarado como
"doente". - Incapacidade No campo da saúde, indica uma
desvantagem individual, resultante da desvantagem
ou da deficiência, que limita ou impede o
cumprimento ou desempenho de um papel social,
dependendo da idade, sexo e fatores sociais e
culturais. - A incapacidade, estabelecendo a conexão entre a
deficiência e a desvantagem, representa um desvio
da norma relativamente ao comportamento ou
atividade habitualmente esperados do indivíduo. A
incapacidade não é um desvio do órgão ou do
mecanismo, mas sim um "desvio" em termos de
atuação global do indivíduo e pode ser temporária
ou permanente, reversível ou irreversível,
progressiva ou regressiva.
14 15Verdades e Mitos sobre as Deficiências
- Verdades
- Deficiência não é doença
- Algumas crianças portadoras de deficiências podem
necessitar de escolas especiais - As adaptações são recursos necessários para
facilitar a integração dos educandos com
necessidades especiais nas escolas - Síndromes de origem genética não são contagiosas
- Deficiente mental não é louco.
16Verdades e Mitos sobre as Deficiências
- Mitos
- Todo surdo é mudo
- Todo cego tem tendência à música
- Deficiência é sempre fruto de herança familiar
- Existem remédios milagrosos que curam as
deficiências - As pessoas com necessidades especiais são eternas
crianças - Todo deficiente mental é dependente.
17Definições Importantes
- Aluno de inclusão Nas escolas, todos são de
inclusão.Ao se referir por exaluno surdo,diga
aluno com (ou que tem) deficiência - Cadeirante O termo reduz a pessoa a objeto. Diga
pessoa em cadeira de rodas - Deficiente Não devemos reduzir as pessoas e suas
capacidades à deficiência. O correto é pessoa com
deficiência - Excepcional O certo é criança ou jovem com
deficiência mental - Portador de Deficiência A deficiência não é algo
que a pessoa porta (carrega). O correto é pessoa
com deficiência - Escola ou classe normal Dizemos escola ou classe
regular ou comum
18O que fazer, se suspeitar da ocorrência de
deficiência?
- Entre em contato com a família,
- para verificar se os comportamentos
- estão presentes também em casa e
- se já foi tomada alguma providência
- Recomende que a criança seja
- Encaminhada a especialistas, para
- fins de avaliação
- E o mais importante,
- NÃO tenha PRECONCEITOS!
19 20Por que temos preconceitos?
- É normal ter preconceito.
- O preconceito faz parte da natureza humana, desde
o início dos tempos. O homem desconfia e tem medo
de tudo o que é diferente dele mesmo. O "outro"
inspira receio, temor, insegurança daí para
adotar atitudes defensivas e de ataque é um
passo. - Esses sentimentos eram importantes no tempo das
cavernas, quando os homens eram poucos e lutavam
bravamente para sobreviver em um ambiente hostil.
Infelizmente, persistem até hoje, nas lutas entre
católicos e protestantes, árabes e judeus,
muçulmanos e cristãos, brancos e negros... A
lista dos pontos de divergência é grande mas, no
fundo, o ponto essencial reside na diferença
entre Eu e o Outro.
21Por que temos preconceitos?
- A rotina das relações sociais nos leva, mais ou
menos conscientemente, a "classificar" as pessoas
de acordo com uma escala de valores a priori,
como resultante da nossa educação e das nossas
referências culturais (do lugar que ocupamos na
"escala social"). Os critérios dessa
"classificação" são variados a qualidade da
expressão, o modo de olhar, a maneira de comer, a
forma de andar, a forma de vestir, o senso de
humor etc. - Muitas vezes, a segregação começa a partir da
colocação de "rótulos" ou de "etiquetas" nas
pessoas com deficiência, do tipo "não vai
aprender a ler", "não pode fazer tal movimento" e
outros. Estas "etiquetas" têm conseqüências sobre
a forma como estas pessoas são aceitas pela
sociedade e não permitem que a própria pessoa se
exprima e mostre do que é capaz. A ênfase recai
sobre a INcapacidade, sobre a Deficiência e não
sobre a Eficiência, a Capacidade, a
Possibilidade.
22Por que temos preconceitos?
- "O normal e o estigmatizado não são pessoas
concretas e sim, perspectivas que são geradas em
situações sociais. Assim, nenhuma diferença é em
si mesma vantajosa ou desvantajosa, pois a mesma
característica pode mudar sua significação,
dependendo dos olhares que se lançam sobre elas"
(Proposta Curricular de Santa Catarina - 1998). - Felizmente, esta postura começa a ser alterada e
os profissionais, principalmente na área da
Educação, estão voltando o diagnóstico e a
atuação para as possibilidades e os recursos que
a pessoa portadora de deficiência tem.
23Por que temo preconceitos?
- E, deste ponto de vista, a heterogeneidade,
característica presente em qualquer grupo humano,
passa a ser vista como fator imprescindível para
as interações na sala de aula. - A partir do reconhecimento e da aceitação de
nossos preconceitos e desconfianças, estamos
aptos a mudar nosso comportamento e a aceitar que
o objeto destes sentimentos é uma pessoa como
nós, ou seja, começaremos a identificar os pontos
comuns entre nós e não mais a acentuar as
diferenças. Poderemos, então, identificar o que
nos une e constatar que nossa essência é a mesma
somos seres humanos, cuja diversidade indica
riqueza de situações e possibilidade de
intercâmbio de vivências e de aprendizagem.
24Por que temos preconceitos?
- Os diferentes ritmos, comportamentos,
experiências, trajetórias pessoais, contextos
familiares, valores e níveis de conhecimento de
cada criança (e do professor) imprimem ao
cotidiano escolar a possibilidade de troca de
repertórios, de visão de mundo, bem como os
confrontos e a ajuda mútua, e a conseqüente
ampliação das capacidades individuais. - Por que as pessoas portadoras de deficiência são
"invisíveis"? - Às vezes, até parece que as pessoas com
deficiência não existem, são fantasmas... Elas
não são muito vistas nas ruas, ou na televisão,
ou na política... Como se explica isso?
25Por que temos preconceitos?
- Na verdade, desde que o mundo é mundo sempre
houve pessoas com deficiência. Mas, nem sempre
estas pessoas foram consideradas da mesma
maneira. - No passado, a sociedade freqüentemente colocou
obstáculos à integração das pessoas deficientes.
Receios, medos, superstições, frustrações,
exclusões, separações estão, lamentavelmente,
presentes desde os tempos da antiga Grécia, em
Esparta, onde essas pessoas eram jogadas do alto
de montanhas, ou em Atenas, onde elas eram
abandonadas nas florestas.
26Por que temos preconceitos?
- Adotando esta atitude de "longe dos olhos,
- longe do pensamento", Platão chegou
- mesmo a ponto de afirmar, quando dizia
- como deveria ser a sociedade ideal
- "As mulheres dos nossos militares são pertença da
comunidade, assim como os seus filhos, e nenhum
pai conhecerá o seu filho e nenhuma criança os
seus pais. Funcionários preparados tomarão conta
dos filhos dos bons pais, colocando-os em certas
enfermarias de educação, mas os filhos dos
inferiores, ou dos melhores, quando surjam
deficientes ou deformados, serão postos fora, num
lugar misterioso e desconhecido, onde deverão
permanecer."
27 28O Preconceito é Histórico
- Na Idade Média, eram freqüentes os apedrejamentos
ou a morte nas fogueiras da Inquisição das
pessoas com deficiência, pois eram consideradas
como possuídas pelo demônio. - No séc. XIX e princípios do séc. XX a
esterilização foi usada como método para evitar a
reprodução desses "seres imperfeitos". O nazismo
promoveu a aniquilação pura e simples das pessoas
com deficiência, porque não correspondiam à
"pureza" da raça ariana.
29O Preconceito é Histórico
- Paralelamente a estas atitudes extremas de
aniquilamento, outras atitudes eram adotadas,
como o isolamento destas pessoas em grandes
asilos, além de comportamentos marcados por
rejeição, vergonha e medo. - Foi apenas a partir da Revolução Francesa e das
suas bandeiras de liberdade, igualdade e
fraternidade que estas pessoas passaram a ser
objeto de assistência (mas ainda não de educação)
e entregues aos cuidados de organizações
caritativas e religiosas.
30O Preconceito é Histórico
- Após a 2ª Guerra Mundial, os direitos humanos
começaram a ser valorizados surgem os conceitos
de igualdade de oportunidades, direito à
diferença, justiça social e solidariedade nas
novas concepções jurídico - políticas,
filosóficas e sociais de organizações como a ONU
- Organização das Nações Unidas, a UNESCO, a OMS
- Organização Mundial de Saúde, a OIT -
Organização Internacional do Trabalho e outras. - As pessoas com deficiência passaram a ser
consideradas como possuidoras dos mesmos direitos
e deveres dos outros cidadãos e, entre eles, o
direito à participação na vida social e à sua
conseqüente integração escolar e profissional.
31O Preconceito é Histórico
- Segundo a UNESCO (1977), pode-se dividir a
história da humanidade em cinco fases, de acordo
com o modo como os deficientes foram tratados e
considerados - 1.Fase filantrópica em que as pessoas com
deficiência são consideradas doentes e portadoras
de incapacidades permanentes inerentes à sua
natureza. Portanto, precisavam ficar isoladas
para tratamento e cuidados de saúde - 2.Fase da "assistência pública em que o mesmo
estatuto de "doentes" e "inválidos" implica a
institucionalização da ajuda e da assistência
social
32O Preconceito é Histórico
- 3.Fase dos direitos fundamentais iguais para
todas as pessoas, quaisquer que sejam as suas
limitações ou incapacidades. É a época dos
direitos e liberdades individuais e universais de
que ninguém pode ser privado, como é o caso do
direito à educação - 4.Fase da igualdade de oportunidades época em
que o desenvolvimento econômico e cultural
acarreta a massificação da escola e, ao mesmo
tempo, faz surgir o grande contingente de
crianças e jovens que, não tendo um rendimento
escolar adequado aos objetivos da instituição
escolar, passam a engrossar o grupo das crianças
e jovens deficientes mentais ou com dificuldades
de aprendizagem - 5.Fase do direito à integração se na fase
anterior se "promovia" o aumento das
"deficiências", uma vez que a ignorância das
diferenças, o não respeito pelas diferenças
individuais mascarado como defesa dos direitos de
"igualdade" agravava essas diferenças, agora é o
conceito de "norma" ou de "normalidade" que passa
a ser posto em questão
33O Preconceito na Atualidade
- Mas, segundo a UNESCO, estas fases só
aparentemente se sucedem de forma cronológica. Na
verdade, o que acontece é que estas diferentes
atitudes e concepções face às pessoas com
deficiência se sobrepõem, mesmo nos dias atuais - Atitudes que contribuem para a integração da
pessoa com necessidades especiais - Acesso ao conhecimento e à informação
- Convivência, que estimula o relacionamento
- Rompimento de padrões de comportamentos
estabelecidos.
34O Preconceito na Atualidade
- Estratégias para facilitar mudança de atitudes
- Filmes mostrando como pessoas com necessidades
especiais podem viver integradas em sua
comunidade - Palestras com pessoas com necessidades especiais
relatando suas experiências - Palestras com profissionais acerca da
problemática das deficiências - Livros e folhetos informativos sobre a
deficiência.
35CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA - ONU -
- Reconhecendo que a deficiência é um conceito em
evolução e que a deficiência resulta da interação
entre pessoas com deficiência e as barreiras
devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a
plena e efetiva participação dessas pessoas na
sociedade em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas
36Convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência
- Artigo 1 Propósito
- O propósito da presente Convenção é promover,
proteger e assegurar o exercício pleno e
equitativo de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais por todas as pessoas com
deficiência e promover o respeito pela sua
inerente dignidade. - Pessoas com deficiência são aquelas que têm
impedimentos de longo prazo de natureza física, - mental, intelectual ou sensorial permanentes, os
quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva
na sociedade, em bases iguais com as demais
pessoas.
37Convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência
- Artigo 3 Princípios Gerais
- Os princípios da presente Convenção são
- O respeito pela dignidade inerente, a autonomia
individual, inclusive a liberdade de fazer as
próprias escolhas, e a independência das pessoas.
- A não-discriminação
- A plena e efetiva participação e inclusão na
sociedade - O respeito pela diferença e pela aceitação das
pessoas com deficiência como parte da diversidade
humana e da humanidade - A igualdade de oportunidades
- A acessibilidade
- A igualdade entre o homem e a mulher e
- O respeito pelo desenvolvimento das capacidades
das crianças com deficiência e pelo direito das
crianças com deficiência de preservar sua
identidade.
38DÉCADA DAS AMÉRICAS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
2006 - 2016
- PELOS DIREITOS E A DIGNIDADE DAS PESSOAS
- COM DEFICIÊNCIA
- Igualdade, Dignidade e
Participação -
- OBJETIVOS
- Dar visibilidade ao tema
- Fortalecer a vontade política
- Atrair recursos humanos, técnicos e econômicos
para a cooperação - Propiciar ações regionais concertadas
39OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- Logo no artigo 1 da Constituição são mencionados
dois dos fundamentos que amparam os direitos de
todos os brasileiros, incluindo, é claro, as
pessoas com deficiência a cidadania e a
dignidade - Cidadania é a qualidade de cidadão
- E cidadão é o indivíduo no gozo de seus direitos
civis, políticos, econômicos e sociais numa
Sociedade, no desempenho de seus deveres para com
esta - Dignidade é a honra e a respeitabilidade devida
a qualquer pessoa provida de cidadania.
40OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- São fundamentos que orientam os objetivos de
nossa República, tais como - construir uma sociedade livre, justa e
solidária - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais - promover o bem de todos, sem preconceito de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação - A expressão o bem de todos indica que os
direitos e deveres da cidadania pressupõem que
todos são iguais perante a lei, com a garantia de
que são invioláveis o direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade (Artigo 5)
41OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- Todavia, as pessoas com deficiência possuem
necessidades especiais que as distinguem das
outras - Desta forma, é importante compreender que, além
dos direitos relativos a todos, as pessoas com
deficiência devem ter direitos específicos, que
compensem, na medida do possível, as limitações
e/ou impossibilidades a que estão sujeitas - Por isto é preciso repetir que os não deficientes
e as pessoas com deficiência não são iguais, no
sentido de uma igualdade apenas abstrata e
formal, isto é, que não considera as diferenças
existentes entre os dois grupos - E que as pessoas com deficiência apresentam
necessidades especiais, que exigem um tratamento
diferenciado para que possam realmente ser
consideradas como cidadãos
42COMPROMISSO PELA INCLUSÃO DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA DECRETO N. 6215/2007
- Art. 2o O Governo Federal, atuando diretamente
ou em regime de cooperação com os demais entes
federados e entidades que se vincularem ao
Compromisso, observará, na formulação e
implementação das ações para inclusão das pessoas
com deficiência, as seguintes diretrizes - I - ampliar a participação das pessoas com
deficiência no mercado de trabalho, mediante sua
qualificação profissional - II - ampliar o acesso das pessoas com deficiência
à política de concessão de órteses e próteses - III - garantir o acesso das pessoas com
deficiência à habitação acessível - IV - tornar as escolas e seu entorno acessíveis,
de maneira a possibilitar a plena participação
das pessoas com deficiências - V - garantir transporte e infra-estrutura
acessíveis às pessoas com deficiência - VI - garantir que as escolas tenham salas de
recursos multifuncionais, de maneira a
possibilitar o acesso de alunos com deficiência. -
43 44Cenário atual
- O Brasil está entre os cinco países mais
inclusivos das Américas, reconhecido por sua
legislação e políticas públicas voltadas para as
pessoas com deficiência - Como fator diferencial está a organização do
movimento social e a formação da rede de
conselhos de direitos - Nas duas últimas décadas, o modelo com base em
ações assistenciais vem sendo substituído pelo
paradigma da inclusão social, caracterizado pela
autonomia das pessoas com deficiência, respeito à
diversidade e à dignidade, participação e
equiparação de oportunidades, sob a perspectiva
dos direitos humanos
45SOCIEDADE INCLUSIVA
- Todas as pessoas têm igual valor
- A diferença entre as pessoas é um princípio
básico e nenhuma forma de discriminação pode ser
tolerada - A existência de pessoas com deficiência faz
parte da diversidade humana - O respeito e a valorização das diferenças
definem a sociedade inclusiva.
46Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Segundo o CEDIPOD - Centro de Documentação e
Informação do Portador de Deficiência e a CORDE-
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, aqui vão algumas dicas
de comportamento
47Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Muitas pessoas não deficientes ficam confusas
quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso
é natural. Todos nós podemos nos sentir
desconfortáveis diante do "diferente" - Esse desconforto diminui e até desaparece quando
há convivência entre pessoas deficientes e não
deficientes
48Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Não faça de conta que a deficiência não existe.
Se você se relacionar com uma pessoa deficiente
como se ela não tivesse uma deficiência, você vai
estar ignorando uma característica muito
importante dela - Dessa forma, você não estará se relacionando com
ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou,
que não é real
49Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa
levá-la na sua devida consideração - Não subestime as possibilidades, nem superestime
as dificuldades e vice-versa
50Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- As pessoas com deficiência têm o direito, podem e
querem tomar suas próprias decisões e assumir a
responsabilidade por suas escolhas - Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa
seja melhor ou pior do que uma pessoa não
deficiente
51Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Provavelmente, por causa da deficiência, essa
pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas
atividades e, por outro lado, poderá ter extrema
habilidade para fazer outras coisas. Exatamente
como todo mundo. - A maioria das pessoas com deficiência não se
importa de responder perguntas, principalmente
aquelas feitas por crianças, a respeito da sua
deficiência e como ela transforma a realização de
algumas tarefas
52Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Quando quiser alguma informação de uma pessoa
deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a
seus acompanhantes ou intérpretes - Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Espere
sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Pergunte
a forma mais adequada para fazê-lo
53Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- Mas não se ofenda se seu oferecimento for
recusado, pois nem sempre as pessoas com
deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma
determinada atividade pode ser mais bem
desenvolvida sem assistência - Se você não se sentir confortável ou seguro para
fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa
deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste
caso, seria conveniente procurar outra pessoa que
possa ajudar
54Quando você encontrar uma pessoa com
deficiência...
- As pessoas com deficiência são pessoas como você.
Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os
mesmos receios, os mesmos sonhos - Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma
coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar
certo - Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa
dose de delicadeza, sinceridade e bom-humor nunca
falha!
55- VÍDEO
- Inclusão um ato de amor
56quem é o verdadeiro deficiente?
- Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a
deficiência quem é o cego? Se você deixa de
ouvir o grito do seu irmão para a justiça, quem é
o surdo? Se você não pode comunicar-se com sua
irmã e a separa, quem é o mudo? Se sua mente não
permite que seu coração alcance seu vizinho, quem
é o deficiente mental? Se você não se levanta
para defender os direitos de todos, quem é o
aleijado? A atitude para com as pessoas
deficientes pode ser nossa maior deficiência...
E a sua também - (Autor desconhecido)
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