Title: Manuseio da hipotens
1Manuseio da hipotensão nos pré-termos ensaio
controlado randomizado do manuseio da hipotensão
nos recém-nascidos de extrema baixa idade
gestacional Management of Hypotension in Preterm
Infants (The HIP Trial) A Randomised Controlled
Trial of Hypotension Management in Extremely Low
Gestational Age Newborns
- Dempsey E.M, Barrington K.J, Marlow N, O'Donnell
C.P, Miletin J, Naulaers G,Cheung P.-Y, Corcoran D
, Pons G, Stranak Z, Van Laere D, on behalf of
the HIP Consortium Neonatology 2014 105
275-281 - Apresentação Ana Carolina Pessoa Simões
- Giulliane Carvalho Costa
- Glenda Maria Gallerani Pacheco
- Coordenação Paulo R. Margotto
- www.paulomargotto.com.br
- Brasília, 22 de maio de 2014
2Introdução
- Hipotensão
- Baixa pressão arterial média.
- É um problema comumente diagnosticado em
prematuros extremos (lt28 semanas completas),
porém o manejo clínico desses pacientes tem muita
divergência 1,2. - Apesar da hipotensão estar estatisticamente
associada a maiores danos, a curto e a longo
prazo, não foi possível achar, através de uma
revisão sistemática da literatura, critérios
claros que a definam 3.
3Introdução
- Como exemplo, na revisão de expansão volêmica
precoce realizada por Cochrane e colaboradores,
não foi possível achar um estudo controlado que
avalie a expansão volêmica comparado com a não
expansão volêmica, em pré-termos 4. - Dois pequenos estudos controlados compararam o
uso de cristalóide ou colóide em prematuros
hipotensos (n163), - Mostrando poucos efeitos clínicos adversos a
curto prazo como morte. - E apenas um evidenciou eventos clínicos de
repetição como displasia broncopulmonar e
enterocolite necrosante. - Semelhantemente, a revisão de Cochrane incluiu
cinco pequenos estudos (n total 243) utilizando
dopamina ou dobutamina para tratar hipotensão
5. - Três deles relataram mortalidade e dois,
hemorragia intraventricular, sendo que nenhum
deles relatou problemas a longo prazo.
4Introdução
- Outra terapia comum na hipotensão arterial seria
o uso de corticóides, - Contudo a revisão de Cochrane 6 não conseguiu
achar nenhum estudo que compare, a longo prazo, o
uso de corticóides e o uso de cristalóides não
utilizar corticóide na primeira abordagem ou só
usar em casos refratários. - Apesar de existirem evidências da eficácia em
melhorar a pressão arterial (PA), nenhuma prova
de melhora nos desfechos clínicos foi encontrada.
5Introdução
- Muitos prematuros extremos, tratados de
hipotensão não tem nenhum sinal clínico ou
bioquímico de má perfusão. - Essas crianças podem ter um bom fluxo sanguíneo,
baixa resistência no sistema vascular e uma
adequada distribuição de oxigênio para os tecidos
7-10. - Uma observação criteriosa dos prematuros
extremos, sem intervenção, pode ser mais
apropriada do que o tratamento farmacológico
(Hipotensão permissiva) 11. - Em alguns casos, tratar a hipotensão pode ser
mais prejudicial do que a própria hipotensão. - A partir de análises de pesquisas do Canadá, foi
possível observar que o tratamento da hipotensão
estava associado a sérios danos cerebrais. 12
6Introdução
- A abordagem de tratamento mais utilizada são os
bolus de volume seguidos por administração de
dopamina. - Entretanto, um estudo observacional mostrou uma
interação entre administração de volume e
hemorragia intracraniana. 13 - Além disso, a dopamina, que é um dos inotrópicos
mais utilizados, tem efeitos na maioria das
funções fisiológicas, como por exemplo na
glândula hipófise - Levando ao desenvolvimento de hipotireoidismo
secundário. 14 - Fator de risco conhecido para um pior
desenvolvimento neurológico a longo prazo. - A dopamina ainda causa vasoconstrição, que pode
ser associada com diminuição da perfusão
sistêmica. 15 16
7Introdução
- Não há um consenso na definição de limites para
hipotensão. - Apesar disso, o critério mais utilizado para
intervenção terapêutica, obtida pela Associação
Britânica de Medicina Perinatal, - Recomenda que a pressão arterial seja associada a
idade gestacional. - Por exemplo, um RN de 25 semanas de gestação deve
ter uma PA acima de 25 mmHg. 24 25 - Existem poucas evidências publicadas a respeito
dessa regra, mas ela permanece como o critério
mais utilizado.
8Introdução
- Um estudo canadense mostrou que 52 dos RN que
nascem com menos de 1.500g, possuem uma PA média
menor que a IG no primeiro dia de vida e são
classificados e tratados para hipotensão 27. - Portanto, apesar de tudo que foi discutido, ainda
permanece incerto o tratamento da hipotensão
(seja ela como for definida) e a sua relação com
os desfechos clínicos a curto prazo (aumento na
incidência de hemorragia intracraniana) e longo
prazo (desenvolvimento neurológico). - Até mesmo a dopamina, agente mais utilizado ainda
não se mostrou eficaz em melhorar os desfechos
clínicos.
9Avaliação da Perfusão Sistêmica
- Não existe um sistema de pontuação clínico válido
para diagnóstico de choque ou falência da
perfusão sistêmica em pré-termos - Avaliação principalmente subjetiva do fluxo
sanguíneo para órgãos-alvos. - Avaliação clínica inclui
- Tempo de enchimento capilar
- Dados limitados para a avaliação de crianças
pré-termos 33,34 - Relação significativa entre o índice cardíaco e o
tempo de enchimento capilar em pré-termos 33 - Fraca relação entre os valores do tempo de
enchimento capilar e o fluxo sanguíneo sistêmico
33 - Fraca relação entre os valores do tempo de
enchimento capilar e as medidas ecocardiográficas
do fluxo da veia cava superior (VCS) obtidos
simultaneamente. 35 - Cor da pele
- Temperatura
- Débito urinário.
- Pouco utilizado
- A TFG sobe rapidamente após o nascimento porém o
débito urinário é baixo e variável nas primeiras
24h de vida, período em que as crianças
pré-termos são mais comumente tratadas para
hipotensão. 11
10Avaliação da Perfusão Sistêmica
- Nenhum destes parâmetros isoladamente são
específicos para indicar má perfusão. - Valor preditivo positivo dessas medidas isoladas
para identificar má perfusão é baixo - A combinação de sinais pode aumentar a
identificação de pacientes com um risco aumentado
de maus resultados. 11
11Avaliação da Perfusão Sistêmica
- Avaliação Bioquímica inclui
- Níveis séricos de lactato
- Valores elevados ou em crescimento obtidos no
primeiro dia de vida pós-natal estão associados
com o aumento da mortalidade em recém-nascidos
pré-termos e a termo. 38,39 - Valor isolado de lactato gt5,6 mmol/l obtido no
primeiro dia de vida está associado a um aumento
no risco de resultados adversos (morte ou
hemorragia interventricular severa. 40 - Observação
- Wardle não encontrou diferença nos níveis de
lactato entre crianças pré-termos normotensas e
hipotensas. 41 - Foi encontrada fraca correlação negativa entre
os valores de lactato e o fluxo da veia cava
superior em uma coorte de crianças com muito
baixo peso ao nascimento. - Lactato gt4mmol/l tempo de enchimento capilar
gt4s valor preditivo positivo de 80 para
identificar baixo fluxo da veia cava superior. - Ou seja, a associação de Clínica Parâmetros
Bioquímicos possui grande valor na avaliação da
adequação do fluxo sanguíneo para órgãos-alvo.42
12Avaliação da Perfusão Sistêmica
- Atualmente a avaliação e tratamento dos problemas
circulatórios transitórios em pré-termos não são
baseados em evidências. - Consórcio da Hipotensão em Crianças Pré-termos
(HIP) - Participantes
- Neonatologistas
- Cientistas
- Farmacologistas
- Parceiros da indústria.
- Financiamento Sétimo Quadro do Programa da União
Européia. - Avalia duas estratégias em um estudo controlado
e randomizado e define a eficácia da medicação
inotrópica mais comumente utilizada Dopamina.
13Avaliação da Perfusão Sistêmica
- Foi utilizado uma combinação de parâmetros
clínicos e bioquímicos para determinar a adequada
perfusão nas crianças pré-termos hipotensas. - Também foram utilizados para uma avaliação mais
objetiva da adequada perfusão de órgãos-alvo a
Ecografia Funcional, a Espectroscopia de
Infravermelho Próximo e o Eletrocardiograma
(ECG). - Aplicados em subgrupos de crianças com o objetivo
de elucidar meios causais de todos os efeitos que
demonstramos.
14Seleção de Pacientes
- Critérios de Inclusão
- Idade gestacional (IG) ao nascimento entre 23
semanas e lt28 semanas completas, ou seja, até e
incluindo 27 semanas e 6 dias. - Idade pós-natal dentro de 72h de nascimento e um
cateter arterial devidamente calibrado e zerado
para monitoração da pressão sanguínea, com a
cúpula de medição no nível da linha axilar média. - Uma PA média menor 1mmHg ou mais que a PA média
equivalente a IG em semanas completas, que
persista ao longo de um período de 15 minutos. - Uma ultrassonografia de varredura de crânio
prévia livre de hemorragia intraventricular grau
III-IV ou leucomalácia cística periventricular. - Consenso informado por escrito.
15Seleção de Pacientes
- Critérios de Exclusão
- Considerado não viável por observação clínica.
- Com risco de vida por anormalidades congênitas
incluindo cardiopatia congênita (excluindo
patência do ducto arterioso) e anormalidades
cromossômicas crianças com conhecida necessidade
de tratamento cirúrgico como em casos de hérnia
diafragmática congênita, fístula
traqueo-esofágica, onfalocele, gastrosquise,
hidropsia fetal. - Anormalidade em ultrassonografia de crânio
antecedente com hemorragia intraventricular grau
III ou mais importante.
16Objetivo
- Objetivo Primário
- Determinar se há, em crianças com idade
gestacional lt28 semanas completas e lt72h após o
nascimento, para uma abordagem observacional no
manejo da baixa PA média comparado ao uso de
Dopamina como um agente pressor, um determinado
limite de melhora - Sobreviver sem lesão cerebral significante até
uma idade pós-menstrual de 36 semanas - Moderada ou grave dilatação ventricular
(determinada por uma combinação do aumento do
índice ventricular gt12mm, índice da distância
tálamo-occipital e corno anterior) - Lesões hemorrágicas intracerebrais
- Cisto porencefálico
- Leucomalácia cística periventricular em uma
ultrassonografia com ou próxima a 36 semanas. - Sobreviver sem deficiência no desenvolvimento
neurológico aos 2 anos de idade, corrigido para a
prematuridade - Paralisia cerebral com nota 3 ou mais no Sistema
de Classificação de Função Motora Grosseira - Pontuação na Escala de Desenvolvimento Infantil
de Bayley (versão III) menor que 80 em ambas
escalas de linguagem ou cognitivo, perda de
audição necessitando de amplificação ou perda
visual 20/200.
17Objetivo
- Objetivos Secundários definir se a abordagem
observacional para manejo da hipotensão comparada
ao uso de Dopamina afeta, em um limite
pré-determinado - A mortalidade por todas as causas até 36 semanas
de idade pós-menstrual - A incidência de lesões cerebrais graves (como já
definido) detectadas em uma série de exames de
ultrassonografia de crânio - O número de efeitos adversos atribuídos ao
tratamento - A prevalência de deficiências individuais até os
2 anos - Pontuação de desenvolvimento e comportamental até
os 2 anos.
18Desenho do estudo
- Estudo grande, pragmático, internacional,
multicêntrico e randomizado. - Objetivo
- Analisar duas estratégias para a gestão de
hipotensão em recém-nascidos lt28 semanas de
gestação concluídas. - Amostra
- 830 bebês nas primeiras 72h de vida.
19Desenho do Estudo
- Tipos de abordagem
- Uso de dopamina
- Bolus de solução salina seguido por dopamina 5ug
/ kg / min. - Abordagem restrita de tratamento
- Intervenção instituída apenas quando houver
sinais clínicos de má perfusão tecidual,
definidos no estudo. - Bolus de solução salina seguido por placebo 5
ug/kg/min.
20Desenho do Estudo
- O tratamento com dopamina ou placebo será
iniciado quando a pressão arterial média , medida
a partir de um cateter , cair 1 mmHg abaixo de
um valor limiar equivalente às semanas completas
de idade gestacional ao nascimento. - A medicação do estudo será aumentada de forma
gradual até que a pressão arterial exceda o
limiar de tratamento , um máximo de 20 ug / kg /
min de dopamina ou volume equivalente de placebo
21Desenho do Estudo
- OBS Ambas as abordagens serão acompanhadas por
uma observação criteriosa e em caso de surgimento
de sinais clínicos de má perfusão, utilizando os
critérios pré-estabelecidos, será instituído
tratamento de salvamento tendo como alternativa
agente inotrópico. - Critérios para terapia de resgate PA gt 5 mm/Hg
abaixo do limiar , ou uma combinação de dois ou
mais sinais que refletem má perfusão , ou seja,
um valor médio de PA 3 mm/Hg abaixo do limiar ,
lactato gt 4 mmol / L ou um tempo de enchimento
capilar gt 4.
22Desenho do Estudo
- Os primeiros resultados serão avaliados na idade
gestacional de 36 semanas de acordo com a data
da ultima menstruação. - Os desfechos serão considerados ou através da
constatação objetiva da morte ou através de
achados padronizados à ultrassonografia de
crânio.
23Desenho do Estudo
- Subgrupos de bebês inclusos no HIP serão
avaliados usando os seguintes testes adicionais
para a avaliação da perfusão orgânica - Ecocardiografia funcional para avaliar o débito
cardíaco (saída do ventrículo direito, de saída
do ventrículo esquerdo e veia cava superior) e
da função cardíaca. 43,44 - Espectroscopia infravermelha proximal para
avaliar a oxigenação cerebral. - EEG contínuo multicanal para determinar os
efeitos da PA média na atividade elétrica
cerebral. 41,45,46 - EEG contínuo de múltiplos canais para
determinar os efeitos da PA média na atividade
elétrica cerebral. 10,47 -
24Estatística
- Foi decidido incluir apenas as crianças até 27
semanas e 6 dias de gestação, no estudo a fim de
maximizar a amostra sem prejudicar estudo, já que
depois de 28 semanas de gestação , a frequência
de hipotensão com necessidade de tratamento e dos
efeitos adversos descritos diminui drásticamente.
25Estatística
- A mortalidade atual registrada para crianças lt28
semanas de gestação foi de cerca de 20. - Entre os sobreviventes, cerca de 30
apresentaram uma anormalidade ao ultrassom
cerebral, dos quais 9 tiveram hemorragia
intraventricular sem dilatação ventricular,
deixando 21 com lesão cerebral significante. - Portanto, incidência de morte ou grave lesão
cerebral foi de, aproximadamente 37 no grupo de
controle. - Estudos recentes, incluindo grupos de crianças
até 27 semanas e 6 dias de gestação têm
demonstrado uma incidência significativa de
atraso no desenvolvimento ou anomalia
neurológica, em cerca 32 entre os sobreviventes,
resultando em uma taxa de ocorrência do desfecho
primário 46.
26Estatística
- Considerando que pacientes com instabilidade
cardiovascular podem estar sob maior risco de
resultados adversos, a amostra inicial foi
calculada baseada na proporção do grupo controle,
na probabilidade inicial de 50. - A determinação do tamanho da amostra em 385
crianças em cada grupo foi baseada num poder
estatístico de 80 e o p significativamente
relevante 0,05. - Assumindo uma taxa de perda de acompanhamento não
superior a 10.
27Estatística
- A inclusão de 830
indivíduos será necessária. - O estudo será o primeiro a determinar se existe
uma diferença significativa entre a abordagem
padrão atual utilizando dopamina e uma abordagem
mais expectante com posterior adição de um
inotrópico apenas se satisfeitos os critérios
clínicos de má perfusão tecidual.
28Exigências éticas e regulamentares
- Um grupo consultivo de ética foi criado para
garantir todos os participantes respeitam os
requisitos éticos apropriados - composto por um neonatologista, um obstetra
independente , um advogado, um professor de ética
clínica e advogado representando os pais. - Função será analisar todo o processo de
consentimento para o experimento, rever os
folhetos informativos e formulários de
consentimento dos pais para garantir que sejam
cumpridas as Boas Práticas Clínicas.
29Exigências éticas e regulamentares
- Um conselho de monitoramento de segurança de
dados independente conduzirá as revisões de
relatórios de segurança dos pacientes a cada 6
meses, assim como será realizada uma análise
provisória formal quando cerca de 25, 50 e 75
dos dados do resultado esperado estiver
disponível. - Uma análise sequencial das 36 primeiras semanas
usando o método Haybittle-Peto será feita e um p
lt0,001 será exigido em cada análise para a
segurança dos dados .
30Exigências éticas e regulamentares
- O financiamento para a execução deste ensaio foi
obtido através do Seventh Framework Programme of
the European Commission, sobre auxílio do
Offpatent medicines call. - O objetivo final desta iniciativa é a obtenção da
liberação para o mercado pediátrico de drogas
atualmente não licenciadas para uso em
recém-nascidos, com destaque para a dopamina. - O consórcio se submeteu e obteve um plano de
investigação pediátrica (PIP) da Agência Européia
de Medicamentos para realizar este ensaio
clínico. 48
31Conclusão
- Há uma incerteza substancial sobre quando
devemos tratar hipotensão e qual estratégia
devemos usar - O presente estudo irá fornecer evidências para
determinar uma conduta e, usando o mais
comumente utilizado agente inotrópico, ele irá
fornecer uma linha de base para a avaliação de
outros agentes.
32Conclusão
- Ao contrário de outros estudos nesta área, que na
maioria das vezes simplesmente avaliam os efeitos
na PA, o presente estudo têm poder suficiente
para fornecer uma estimativa sólida do benefício
do tratamento em desfechos clinicamente
importantes sobrevivência, lesão cerebral e
deficiências de desenvolvimento em um grupo de
risco muito elevado.
33Referências Bibliográficas
- 1 Dempsey EM, Barrington KJ Diagnostic cri-
teria and therapeutic interventions for the
hypotensive very low birth weight infant. J Peri-
natol 200626677681. - 2 Laughon M, et al Factors associated with
treatment for hypotension in extremely low
gestational age newborns during the first
postnatal week. Pediatrics 2007119273280. - 3 Dempsey EM, Barrington KJ Treating hypo-
tension in the preterm infant when and with
what a critical and systematic review. J Peri-
natol 200727469478. - 4 Osborn DA, Evans N Early volume expansion for
prevention of morbidity and mortality in very
preterm infants. Cochrane Data- base Syst Rev
20042CD002055. - 5 Subhedar NV, Shaw NJ Dopamine versus do-
butamine for hypotensive preterm infants.
Cochrane Database Syst Rev 20033CD001242. - 6 Ibrahim H, Sinha IP, Subhedar NV Cortico-
steroids for treating hypotension in preterm
infants. Cochrane Database Syst Rev 2011
12CD003662. - 7 Kluckow M, Evans N Relationship between blood
pressure and cardiac output in preterm infants
requiring mechanical ventilation. J Pediatr
1996129506512. - 8 Pladys P, et al Left ventricle output and mean
arterial blood pressure in preterm infants - during the 1st day of life. Eur J Pediatr 1999
158817824. - 9 Groves AM, et al Relationship between blood
pressure and blood flow in newborn preterm
infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed
200893F29F32. - 10 Victor S, et al The relationship between
cardiac output, cerebral electrical activity,
cerebral fractional oxygen extraction and
peripheral blood flow in premature new- born
infants. Pediatr Res 200660456 460.
34Referências Bibliográficas
- 11 Dempsey EM, Al Hazzani F, Barrington KJ
Permissive hypotension in the extremely low
birthweight infant with signs of good perfu-
sion. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2009
94F241F244. - 12 Synnes AR, et al Variations in
intraventricular hemorrhage incidence rates among
Canadian neonatal intensive care units. J Pediatr
2001138525531. - 13 Goldberg RN, et al The association of rapid
volume expansion and intraventricular hemorrhage
in the preterm infant. J Pediatr 1980
9610601063. - 14 Filippi L, et al Dopamine versus dobutamine
in very low birthweight infants endocrine
effects. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2007
92F367F371. - 15 Zhang J, et al Mechanisms of blood pressure
increase induced by dopamine in hypotensive
preterm neonates. Arch Dis Child Fetal Neo- natal
Ed 199981F99F104. - 16 Osborn D, Evans N, Kluckow M Randomized trial
of dobutamine versus dopamine in preterm infants
with low systemic blood flow. J Pediatr
2002140183191. - 17 Lee J, Rajadurai VS, Tan KW Blood pressure
standards for very low birthweight infants during
the first day of life. Arch Dis Child Fe- tal
Neonatal Ed 199981F168F170. - 18 Spinazzola RM, Harper RG Blood pressure
values in 500- to 750-gram birthweight infants in
the first week of life. J Perinatol 199111147. - 19 Watkins AM, West CR, Cooke RW Blood pressure
and cerebral haemorrhage and ischaemia in very
low birthweight infants. Early Hum Dev
198919103. - 20 Versmold HT, et al Aortic blood pressure
during the first 12 hours of life in infants with
birth weight 610 to 4,220 grams. Pediatrics
198167607613.
35Referências Bibliográficas
- 21 Hegyi T, et al Blood pressure ranges in pre-
mature infants. I. The first hours of life. J
Pediatr 1994124627633. - 22 Hegyi T, et al Blood pressure ranges in pre-
mature infants II. The first week of life.
Pediatrics 199697336342. - 23 Bada H, et al Mean arterial blood pressure
changes in premature infants and those at risk
for intraventricular hemorrhage. J Pediatr
1990117607614. - 24 Development of audit measures and guide- lines
for good practice in the management of neonatal
respiratory distress syndrome. Re- port of a
Joint Working Group of the British Association of
Perinatal Medicine and the Re- search Unit of the
Royal College of Physi- cians. Arch Dis Child
19926712211227. - 25 Pellicer A, et al Cardiovascular support for
low birth weight infants and cerebral
hemodynamics a randomized, blinded, clinical
tri- al. Pediatrics 200511515011512. - 26 Cunningham S, et al Intra-arterial blood
pressure reference ranges, death and morbidity in
very low birthweight infants during the first
seven days of life. Early Hum Dev 1999
56151165. - 27 Barrington K, Lee S, Stewart S Differing
blood pressure thresholds in preterm infants,
effects on frequency of diagnosis of hypoten-
sion and intraventricular hemorrhage. PAS Meeting
Abstracts 20022648. - 28 Miall-Allen VM, De Vries LS, Whitelaw AL Mean
arterial blood pressure and neonatal cerebral
lesions. Arch Dis Child 1987621068 1069. - 29 Martens SE, et al Is hypotension a major risk
factor for neurological morbidity at term age in
very preterm infants? Early Hum Dev 2003
757989. - 30 Murphy D, et al Case-control study of ante-
natal and intrapartum risk factors for cerebral
palsy in very preterm singleton babies. Lancet
199534614491454.
36Referências Bibliográficas
- 31 OShea T, et al Survival and developmental
disability in infants with birth weights of 501
to 800 grams, born between 1979 and 1994.
Pediatrics 1997100982986. - 32 Raju NV, et al Capillary refill time in the
hands and feet of normal newborn infants. Clin
Pediatr (Phila) 199938139144. - 33 Wodey E, et al Capillary refilling time and
hemodynamics in neonates a Doppler
echocardiographic evaluation. Crit Care Med 1998
2614371440. - 34 Osborn DA, Evans N, Kluckow M Clinical
detection of low upper body blood flow in very
premature infants using blood pressure, capillary
refill time, and central-peripheral temperature
difference. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed
200489F168F173. - 35 Miletin J, Pichova K, Dempsey E Bedside de-
tection of low systemic flow in the very low
birth weight infant on day 1 of life. Eur J
Pediatr 2009168809813. - 36 Fitzgerald MJ, Goto M Early metabolic effects
of sepsis in the preterm infant lactic acidosis
and increased glucose requirement. J Pediatr
1992121951. - 37 Abubacker M, Yoxall CW, Lamont G Peri-
operative blood lactate concentrations in pre-
term babies with necrotising enterocolitis. Eur J
Pediatr Surg 2003133539. - 38 Groenendaal F, et al Early arterial lactate
and prediction of outcome in preterm neonates
admitted to a neonatal intensive care unit. Biol
Neonate 200383171176. - 39 Deshpande SA, Platt MP Association be- tween
blood lactate and acid-base status and mortality
in ventilated babies. Arch Dis Child Fetal
Neonatal Ed 199776F15F20. - 40 Nadeem M, Clarke A, Dempsey E Day 1 se- rum
lactate values in preterm infants less than 32
weeks gestation. Eur J Pediatr 2010169 667670.
37Referências Bibliográficas
- 41 Wardle SP, Yoxall CW, Weindling AM Pe-
ripheral oxygenation in hypotensive preterm
babies. Pediatr Res 199945343349. - 42 Miletin J, Dempsey EM Low superior vena cava
flow on day 1 and adverse outcome in the very low
birthweight infant. Arch Dis Child Fetal Neonatal
Ed 200893F368F371. - 43 Evans N, Iyer P Incompetence of the foramen
ovale in preterm infants supported by mechanical
ventilation. J Pediatr 1994125786 - 44 Evans N, Iyer P Assessment of ductus
arteriosus shunt in preterm infants supported by
mechanical ventilation effect of interatrial
shunting. J Pediatr 1994125778785. - 45 Naulaers G, et al Cerebral tissue oxygenation
index in very premature infants. Arch Dis Child
Fetal Neonatal Ed 200287F189F192. - 46 Nicklin SE, et al The light still shines, but
not that brightly? The current status of
perinatal near infrared spectroscopy. Arch Dis
Child Fetal Neonatal Ed 200388F263. - 47 West CR, et al Early low cardiac output is
associated with compromised electroencephalographi
c activity in very preterm infants. Pe- diatr Res
200659610615. - 48 Dempsey EM, Connolly K Who are the PDCO? Eur
J Pediatr 2013, Epub ahead of print.
38Consultem também HIPOTENSÃO ARTERIAL NOS
PRÉ-TERMOSDr. Paulo R. MargottoO que sabemos
(ou não sabemos!)
Hipotensão permissivaAutor(es) Keith Barrington (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto
- Prática muito comum na UTI Neonatal. Tratar bebês
muitos prematuros com uma pressão arterial média
(PAM) abaixo da idade gestacional em semanas,
independente dos sinais clínicos. Assim, muitos
bebês com 26 semanas com PAM abaixo de 26mmHg
acaba recebendo vários bolus de flúido e dopamina
e como a PAM continua baixa, acaba recebendo
dobutamina e corticosteróides. - Nas primeiras 6-12 horas os prematuros extremos
NÃO URINAM! E isto não necessariamente significa
que estejam com subperfusão renal. -
39- O que fazemos na nossa Unidade de Neonatologia
(Canadá)34 RN nos primeiros 3 dias de vida
tiveram PA abaixo da idade gestacional e não
tratamos e chamamos de hipotensão permissiva,
como a hipoxemia permissiva e a hipercapnia
permissiva. Destes 34 RN hipotensivos mas
clinicamente perfundidos, em 76 tiveram
resultados muito bons. Interessante que os 17 que
tratamos da hipotensão tiveram péssimos
resultados (RN em choque, somente 4 sobreviveram
sem complicações sérias). - Há muita confusão e as razões destas grandes
discrepâncias na prática não sabermos e mostra
que não sabemos o que estamos fazendo. O
principal em uma conduta é não causar dano.
Podemos ter bons resultados com terapias
restritas. Não há evidências que apoiem uma
abordagem mais agressiva. Precisamos de estudos
randomizados e prospectivos para termos melhores
evidências no futuro. Alguns RN estão muito
graves e não podemos aguardar. Temos que fazer
alguma coisa. Nestes RN vocês podem usar a
fisiologia, a hemodinâmica, as respostas
conhecidas para sabermos o que fazer. Mesmos
nestes casos precisamos de evidências melhores.
40Tratamento da hipotensão em recém-nascidos pré-termos quando e com o que uma revisão crítica e sistemáticaAutor(es) EM Dempsey and KJ Barrington. ApresentaçãoCarina Lassance, Hans Stauber Vanessa Cândidoe Paulo R. Margotto
- Esta revisão crítica e sistemática revela que não
há evidências para suportar um consenso na
intervenção da hipotensão em RN. - Tratar o bebê somente com base na baixa pressão
arterial deveria ser revisto - A combinação de baixa pressão arterial com sinais
clínicos de baixa perfusão parece esteve mais
fortemente relacionado com o prognóstico
41Estudo observacional sobre hemodinâmica cerebral durante o tratamento de crianças de extremo baixo peso ao nascer com dopamina no primeiro dia de vidaAutor(es) MH Lightburn, CH Gauss, DK Williams and JR Kaiser (EUA).Apresentação Kayo Luiz Matsumoto de Oliveira, Márcia Pimentel de Castro, Paulo R. Margotto
- Apesar da pouca evidência de que o tratamento da
hipotensão melhore o prognóstico dos
recém-nascidos com extremo baixo peso (RNEBP)
(lt1000g) , aproximadamente 40 deles recebem esse
tipo de terapia durante o início da vida - Os neonatologistas tratam a hipotensão com o
objetivo de promover adequada perfusão aos órgãos
vitais, principalmente o cérebro - Infelizmente, os atuais tratamentos de hipotensão
podem ter papel no desenvolvimento de efeitos
adversos tais como hemorragia intraventricular,
leucomalácia periventricular, atraso no
desenvolvimento, perda de audição e morte, devido
ao excessivo aumento dos parâmetros pressóricos
em alguns casos. - Dopamina é frequentemente usada no tratamento da
hipotensão arterial nos prematuros - Principal objetivo do estudo examinar
hemodinâmica cerebral durante a infusão de
dopamina nos RNEBP hipotensos no 1º dia de vida
42- Recém-nascidos de extremo baixo peso hipotensos
no 1º dia de vida, com velocidade do fluxo
sanguíneo cerebral e índice de resistência
apropriadas para a idade, tiveram aumento da
velocidade do fluxo sanguíneo cerebral , assim
que a pressão arterial média foi otimizada
(fluxo sanguíneo cerebral pressão-passiva)
durante o tratamento com dopamina - 2. Algumas crianças demonstraram abruptos
aumentos na velocidade do fluxo sanguíneo
cerebral acima do percentil 90 - durante a
infusão de dopamina . É plausível que este fato
poderia colocá-los em risco de lesão cerebral.
Assim, acompanhamento e titulação cuidadosa de
infusões de dopamina são essenciais.
43Abordagem terapêutica do choque no recém-nascido (XXI Congresso Brasileiro de Perinatologia, 14 a 17 de novembro de 2012, Curitiba, Paraná)Autor(es) Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto
- A pressão arterial (PA) é útil ou não? Esta
discussão está ficando até mais interessante nos
dias atuais (há 10-15 anos se discute este
tema!). - O que se sabe é que quando se compara a pressão
arterial (PA) e débito cardíaco (DC),
demonstrou-se uma falta de associação entre DC e
PA. Assim, levanta-se a dúvida quanto ao valor
da PA como estimativa do DC. - Estudo da Coréia do Sul no qual os autores
examinaram RN lt1000g (grupo hipotensos tratados,
grupo normotenso e grupo hipotensos não
tratados) neste estudo, as crianças com pressão
arterial baixa e não tratadas tiveram uma
incidência menor de displasia broncopulmonar,
hemorragia intraventricular e a mortalidade foram
menores. - No entanto, talvez este conceito de hipotensão
permissiva deva ser incorporado ao nosso
linguajar. Uma observação atenta de
recém-nascidos de extremo baixo peso hipotensos
com bons sinais clínicos de perfusão resultou em
um tratamento desnecessário e aqueles sem
tratamento, com bons resultados neurológicos.
Permissive Hypotension in Extremely Low Birth
Weight Infants (1000 gm). So Yoon Ahn, Eun Sun
Kim, Jin Kyu K et al.Yonsei Med J. 2012 July 1
53(4) 765771. Artigo Integral.
44Hipotensão Permissiva Ponto de vistaAutor(es) Paulo R. Margotto
Em 2008 escrevemos
- As divergências quanto ao manuseio do suporte
circulatório dos recém-nascidos (RN) pré-termos
se deve em grande parte a ausência de estudos
controlados e randomizados com poder suficiente
para conclusões muito do que sabemos sobre
choque séptico no RN ou vem da literatura de
adulto ou da literatura experimental. Os
trabalhos envolvem número pequeno de
recém-nascidos (10, 15, 20 RN). No entanto, temos
em nossas mãos RN graves que necessitam que
tomemos decisões. Muitas vezes a ausência de
evidência não é a evidência da ausência. - Agora mesmo, aqui na UTI Neonatal do Hospital
Planalto (Unimed-Brasília), tenho a informação
que um meu prematuro (29 semanas) estável está
com pressão arterial média de 26mmHg. Vou
introduzir inotrópico? Lógico que não. A pressão
arterial não é um bom parâmetro para se avaliar a
hemodinâmica do bebê e na verdade, é o único que
a maioria das UTIs Neonatais do país dispõe. Em
outro estudo conduzido por Barrington no Canadá
em que ele aplicou um questionário, a grande
maioria dos neonatologistas canadenses considera
a hipotensão arterial quando a pressão arterial
encontra-se abaixo da idade gestacional (que
segundo ele é um critério sem muito sentido) e
mais importante ainda, os neonatologistas
canadenses agregam outras informações, como a
perfusão e a diurese para valorizar o
tratamento. Ou seja, não se deve tratar somente
a hipotensão arterial e sim o bebê. - Em 2014, as controvérsias continuam, embora
com um pouco maior lucidez na abordagem dos RN
hipotensos, mas muitos ainda continuam
agressivamente expandidos e recebendo drogas
vasoativas para manter a pressão arterial acima
da idade gestacional!O ensaio proposto,
multicêntrico internacional randomizado e
controlado com grupo placebo, envolvendo 830
recém-nascidos entre 23 semanas e lt28 semanas
completas nas primeiras 72 horas de vida, trará
respostas mais robustas quando devemos tratar a
hipotensão e qual a melhor estratégia a ser
usada - O presente ensaio têm poder suficiente para
fornecer uma estimativa sólida do benefício do
tratamento em desfechos clinicamente importantes
sobrevivência, lesão cerebral e deficiências de
desenvolvimento em um grupo de risco muito
elevado.
45Ddas Ana, Glenda,(Dr. Paulo R. Margotto),
Giulliane, Amani e Bárbara Carneiro