Title: Sa
1Saúde Mental
- Belo Horizonte
- Secretaria Municipal de Saúde
- Coordenação de Saúde Mental
- Janeiro de 2002
2O Projeto de Saúde Mental de Belo Horizonte tem
como premissa a substituição do modelo
hospitalocêntrico por uma rede de serviços
abertos, articulados e mutuamente dependentes
- CERSAM.
- Centros de convivência.
- Equipes de Saúde Mental nas UBS.
- Residências Terapêuticas.
3O Projeto de Saúde Mental de BH iniciou a sua
atual conformação em 1992 com a implantação do
primeiro CERSAM , implemento e reorientação das
equipes especializadas nas unidades básicas.
- 4 Centros de Referência CERSAM.
- 9 Centros de Convivência.
- 64 Equipes de Saúde Mental em UBS
- 2 Residências Terapêuticas
4Impacto da rede
- Em 1991, 70 dos pacientes internados eram
procedentes de Belo Horizonte em 1998 este número
era de 35. - Em 1993 eram 2100 o número de leitos
psiquiátricos, em 2001 é de 1200.
Este projeto, mesmo que parcialmente implantado,
já demonstrou seu grande impacto social, sua
eficiência clínica e viabilidade econômica, na
medida em que substitui um modelo baseado na
exclusão, viabilizando o tratamento do usuário na
comunidade evitando gastos com internações.
5O Fundo Municipal de Saúde ainda gasta hoje em
torno de R 1.100.000 com internações
psiquiátricas, sendo R 625.000 com quadros
agudos e R 475.000 em quadros crônicos.
Com o reforço na política ambulatorial e a
realocação de recursos gastos com AIH agudos em
um modelo hospitalocêntrico equivocado é possível
o custeio de mais 5 CERSAM em BH
Com o realocação de recursos já gastos em AIH de
crônicos é possível o custeio de 30 Residências
Terapêuticas para 300 pacientes e o pagamento de
383 bolsas para pacientes que retornarão para
suas famílias, cobrindo a totalidade dos crônicos
hoje internados.
6O que não pode faltar ?
- Decisão política do gestor.
- Agilidade na operacionalização da abertura dos
novos serviços (infra-estrutura, recursos humanos
e etc.) - Ações efetivas para a redução de internações com
simultânea realocação dos recursos na rede
substitutiva. - Articulação entre as áreas assistencial e a de
regulação dos serviços (controle avaliação,
central de internação, epidemiologia, sistema de
informação). - Avaliação constante do perfil epidemiológico da
clientela atendida nos serviços substitutivos. - Integração da saúde mental com a saúde em geral.
- Efetivo controle social
7Ações a serem implementadas.
- Abrir 3 CERSAM em 2002 para cobrir as
Regionais Oeste e Nordeste ( área física própria
já garantidas) , Venda Nova ( área física já
alugada) e 2 em 2003, Centro Sul e Norte (sem
previsão de área física). - Estender em 2002 o funcionamento de 03 CERSAM
para funcionamento 24 horas cobrindo as 09
Regionais, avaliar posteriormente a necessidade
de outros CERSAM 24 hs. - Completar as equipes de todos CERSAM nos finais
de semana e feriados, com 01 profissional médico
e 01 não médico. - Garantir uma forma de remuneração justa para
plantões de final de semana e feriados.
8Ações a serem implementadas.
- Recompor as equipes de Saúde Mental nas
Unidades Básicas de Saúde, de forma articulada ao
BH-VIDA. - Garantir uma estrutura mínima para o
funcionamento dos 09 Centros de Convivência de
BH. - Continuidade da implantação do Programa de
Desospitalização Psiquiátrica (PDP), assegurando
a realocação do recursos gastos com as AIH para
as Residências Terapêuticas e bolsas de auxílio
para as famílias, viabilizando a alta dos
pacientes de longa permanência.
9Ações a serem implementadas.
- Definir uma política de Saúde Mental
intersetorial da criança e do adolescente,
respeitando o Estatuto da Criança e do
Adolescente, as políticas de inclusão, dados
epidemiológicos, demandas específicas
reavaliando os serviços já existentes e
garantindo acessibilidade, fluxo e priorização de
casos de maior gravidade. - Implantar nas 9 regionais atendimento à Criança
e Adolescentes através dos Centros de Saúde
Complexificados. - Garantir no Plano municipal de Saúde Mental a
atenção ao alcoolismo e a drogadição, incluindo a
criação de fóruns intersetoriais para discussão e
implementação de uma política mais abrangente.
10Conclusão
Apresentamos aqui, em linhas gerais, os passos
que julgamos fundamentais para consolidar o
projeto de Saúde Mental em BH. Esta proposta
está em consonância com as deliberações da II
Conferência Municipal de Saúde Mental e poderá,
devidamente apoiada, mudar definitivamente a
qualidade da assistência ao portador de
sofrimento mental e acabar com a dependência do
SUS ao setor privado, do qual BH é refém.