Title: SONET e SONET Next Generation
1SONET e SONET Next Generation
- Guilherme Mello de Moura
- gmoura_at_gta.ufrj.br
2Introdução
- SONET (Synchronous Optical Network) é um padrão
para transporte óptico dos anos 80 - Formulado pela ECSA (Exchange Carriers Standards
Association) para o ANSI (American National
Standards Association) - O padrão foi posteriormente englobado por sua
versão internacional, o SDH (Synchronous Digital
Hierarchy), pelo então CCITT
3Anseios do padrão
- Padronização industrial no setor de
telecomunicações americano - Rede síncrona, concebida para transporte de voz a
taxas fixas (ineficiente para tráfegos em rajada) - Administração centralizada (OAMP)
- Posicionamento das redes para transporte dos
novos serviços da época, como o ATM - Falando resumidamente, o SONET define as taxas
ópticas e seus equivalentes elétricos, os STS
(Synchronous Transport Signals) na sua hierarquia
de transmissão
4Taxas ópticas do SONET
5Terminologia
- Seção
- Fibra conectando diretamente um dispositivo a
outro - Linha
- Conexão entre dois multiplexadores
- Caminho
- Conexão entre origem e destino
Multiplexador
Repetidor
Multiplexador
Repetidor
Demultiplexador
Seção
Seção
Seção
Seção
Linha
Linha
Caminho
6Byte Interleave Synchronous Multiplexer
A1
A2
A3
B1
B2
B3
A3
B3
C3
A2
B2
C2
A1
B1
C1
C1
C2
C3
7Características
- O SONET opera com a taxa básica do STS-1, o que
nos dá uma banda de 51,84 Mbps - Todas as outras taxas são obtidas através de
múltiplos do STS-1, com um conceito chamado de
concatenação contígua
8Concatenação contígua
- Na concatenação contígua, os quadros STS-1 são
dispostos sequencialmente para formar um sinal
mais alto na hierarquia - (Ex). Se precisarmos de uma banda de 150 Mbps,
vamos colocar 3 canais STS-1 para formar um canal
STS-3c (155.52 Mbps)
9Conseqüências
- Esquema inflexível SONET tem granularidade fixa
e pula em fatores de 4 após o STS-3 - Assim, se precisarmos de uma banda entre as taxas
básicas estabelecidas, teremos que contratar da
prestadora a taxa imediatamente superior,
desperdiçando a diferença
10Padrão do quadro SONET
11Padrão do quadro SONET (continuação)
- Com uma conta simples, obtemos a taxa do STS-1
- 90 colunas x 9 linhas x 8000 quadros/segundo
51,84 Mbps
12O bloco de construção STS-1
- O quadro STS-1 pode ser dividido em duas áreas
overhead de transporte e o envelope síncrono de
carga (SPE), aonde os dados são carregados - O SPE pode ser dividido, ainda, em outras duas
regiões o overhead de caminho e a carga
propriamente dita
13Ponteiros
- Como já vimos, o SONET usa o conceito de ponteiro
na sua área de overhead - O uso de ponteiros evita atrasos e perda de dados
associados com o uso de buffers de sincronização - Os ponteiros também são usados para compensar
desvios de fase entre os nós com relógios
defasados
14Ponteiros (continuação)
- Assim, o valor do ponteiro pode ser incrementado
ou decrementado para manter uma sincronização
15Overhead
- Como visto, o SONET reserva uma parte
significativa do quadro para overhead - Permite alta capacidade administrativa (OAMP)
- Overhead de caminho comunicações fim a fim
- Overhead de linha comunicações entre os
multiplexadores - Overhead de seção comunicação entre elementos
adjacentes - Overhead do tributário virtual explicado mais
adiante
16Next Generation SONET
- Na década de 90, a explosão da Internet trouxe a
tona um novo paradigma, o da transmissão de dados - O SONET foi concebido para tráfego de voz, a
taxas fixas, sendo ineficiente para tráfegos em
rajada, característica das redes de dados - Dessa forma, com altos volumes de dados passando
em sua infraestrutura rígida, o SONET tentou se
moldar ao novo paradigma - Surgimento de mecanismos de adaptação
- Tributários virtuais
- LCAS
- GFP
17Tributários virtuais
- Além do formato básico STS-1, o SONET também
define níveis sub-STS-1s - O STS-1 pode ser subdividido em tributários
virtuais, que são sinais usados para transmissões
de baixa velocidade
18Tributários virtuais (continuação)
- Com o overhead do VT, podemos localizar o
envelope de carga do tributátio virtual
19Grupo de tributários virtuais
- Para acomodar combinações diferentes de VTs de
forma eficiente, o STS-1 é dividido em 7 grupos - Um grupo pode conter 1xVT-6, 3xVT-2s ou 4xVT-1.5s
- Um grupo só pode conter um tipo de tributário
virtual, mas grupos diferentes podem ser
combinados no STS-1
20Grupo de tributários virtuais (continuação)
21Visibilidade dos VTs
- Uma característica importante dos tributários
virtuais é que eles ficam visíveis de fora do
quadro - Assim, um tributário virtual pode ser retirado do
quadro sem demultiplexarmos o quadro inteiro
22LCAS (Link Capacity Adjusment Scheme)
- Projetado para melhorar os tributários virtuais
- Flexibilidade configuração dinâmica da banda
(aumento ou diminuição) baseado num mecanismo de
pedido e reconhecimento - A sincronização da capacidade do transmissor e do
receptor é precedida por um pacote de controle
23Mensagens
- Mensagens do LCAS
- Fixed LCAS não suportado nesse STS-1
- Add requisição para adicionar esse STS-1 num
canal, aumentando sua banda - Norm este STS-1 está em uso
- EOS este é o último STS-1 da seqüência
- Idle este STS-1 não é parte de um canal
- Do not use este STS-1 deveria fazer parte de um
canal, masfoi removido por falha do link
24GFP (Generic Framing Procedure)
- Fornece um mecanismo genérico de encapsulamento
de dados das camadas mais altas - Taxas iguais a do Ethernet
- Duas formas de GFP
- Frame-mapped usado com tráfegos de tamanho de
carga variável. Mapeamento de quadros do cliente
com quadros GFP - Transparente usado com tráfegos de taxa
constante. Mapeamente de todo o sinal do cliente
em quadros GFP
25Técnicas automáticas de proteção contra falhas
- Uma das principais considerações para o SONET é
prover serviços confiáveis - Vários mecanismos foram desenvolvidos para tornar
as redes ópticas resistentes à falhas - Velocidade de recuperação definida pelo SONET
- 50 ms (não percebida numa conversação)
26Por quê proteção na camada óptica?
- Restauração em camadas superiores envolvem
temporizações grandes - Explorar o re-roteamento de forma mais rápida
- Vantagens
- Velocidade
- Eficiência
271º forma 11
- Origem transmite nas duas fibras simultaneamente
- Receptor apenas escolhe sinal com melhor
qualidade - Vantagens
- Nenhuma reconfiguração nem sinalização necessária
- Dispositivo eletrônico apenas escolhe o melhor
sinal dos dois (instantâneo) - Desvantagens
- Redundância
- Desperdício de banda
282º forma 11
- A origem transmite apenas pela fibra principal,
deixando a fibra de proteção inoperante ou com o
tráfego de baixa prioridade - Quando a fibra principal falha, a origem passa a
transferir os dados pela fibra de proteção - Vantagens
- Não há desperdício de banda
- Desvantagens
- Necessita de um tempo maior para recuperação
- Sinalização necessária
293º forma 1n
- N fibras principais partilhando 1 fibra de
proteção - Vantagens/desvantagens
- As mesmas do caso anterior, só que a fibra de
proteção suporta no máximo uma fibra principal
quebrada
30Mecanismos de proteção de caminho
- Se um link é cortado, então a origem e o destino
re-roteiam o tráfego por um caminho alternativo - Restauração feita pela origem e o destino
31Mecanismo de proteção de linha
- Na proteção de linha, os nós adjacentes à falha é
que realizam a tarefa - SPAN protection se existir uma fibra
sobressalente - Line switching caso contrário
32Unidirectional path switched ring
- Para topologias em anel
- Tráfego na fibra principal vai em sentido
horário. Na fibra de proteção em sentido
anti-horário - Utiliza estratégia 11 oara transmitir dados
- Quando uma fibra quebra, a estação passa a
receber pela fibra de proteção
33Unidirectional line switched ring
- Topologias em anel
- Quando ocorre a falha, os nós adjacentes a ela
fecham o loop entre a linha principal e a de
proteção - Transparente para o emissor e para o receptor
34Conclusão
- Novas tecnologias fazem o SONET mais palatável
para o transporte de dados - VT
- LCAS
- GFP
- Evolução do padrão tenta preencher as lacunas que
não foram pensadas na sua concepção - Ainda assim, o SONET é um padrão massivamente
utilizado e garante uma ótima resistência à falhas
35Bibliografia