Title: Stewardship and Corporate Governance Codes
1Stewardship and Corporate Governance Codes
- Ana Patrícia Vieira nº24536
- Anabela Martins nº 24537
- Isabel Geraldes nº 5079
- Joana Valinho Marques nº 24440
- Sandrine Ferreira nº24018
Prof. Humberto Ribeiro
2Índice
- 1 - Corporate Governance
- 1.1 Conceito
- 1.2 Teoria da Agência
- 1.3 Conflitos de Agência
- 2 Teoria Stewardship
- 3 Códigos de Melhores Práticas de Corporate
Governance - 3.1 Corporate Governance em Portugal
- Conclusão
3 Corporate Governance
- Definição de regras que regulamentassem o
relacionamento, dentro de uma empresa, dos
interesses de accionistas maioritários,
minoritários e administradores. - (Relatório Cadbury, 1992)
- Formas pelas quais os fornecedores de capital
para as organizações asseguram a eles próprios a
obtenção de retorno ao seu investimento. - (Shleifer e Vishny ,1997)
- Sistema de regras e condutas relativo ao
exercício da direcção e do controlo das
sociedades cotadas. - (Alves, 2000)
4 Corporate Governance
- Envolve um conjunto de relações entre a gestão
da empresa, o seu órgão de administração, os seus
accionistas e outros sujeitos com interesses
relevantes. O governo das sociedades estabelece
também a estrutura através da qual são fixados os
objectivos da empresa e são determinados e
controlados os meios para alcançar esses
objectivos... . - (OCDE, 2004)
- ...o sistema de regras e condutas relativo ao
exercício da direcção e controlo das sociedades
emitentes de acções admitidas à negociação em
mercado regulamentado. - (CMVM, 2005)
5Teoria da agência
- Baseia-se nas funções de utilidade e nos
conflitos potenciais existentes entre o principal
e o agente. -
- Direcciona os interesses dos gestores com os
dos accionistas, através das estruturas e órgãos
societários, bem como através de sistemas de
gestão e avaliação de desempenho, incluindo
sistemas de remuneração e incentivos.
6Teoria da agência
- O foco principal da teoria da agência está
assim, no relacionamento entre o agente e o
principal, no qual o agente dispõe de informações
privilegiadas e as suas acções afectam o
bem-estar entre as partes, sendo dificilmente
observáveis pelo principal. Este tipo de relação
coloca o problema de assimetria de informações
entre o agente e o principal, que beneficia o
primeiro em detrimento do segundo. -
7Conflitos de agência
- Os conflitos de agência tornaram-se importantes
a partir da evolução dos mercados de capital. - As relações de agência supõem fundamentalmente
que podem ocorrer conflitos entre o principal e o
agente, globalmente aplicam-se às relações
existentes entre estes dois grupos de actores de
uma empresa. - Em matéria de finanças as situações conflituais
mais fáceis de observar são as que ocorrem entre
dirigentes e accionistas, e as que opõem os
accionistas e dirigente aos credores. -
8Conflitos de agência
- A relação de agência é assimilável a um contrato
que pode suscitar conflitos entre as partes,
acarretando custos e perdas de riqueza. - A existência ou a eventualidade de conflitos e a
sua resolução envolvem custos, chamados de custos
de agência, os quais se dividem em três
categorias - Custos de controlo ou vigilância encargos
assumidos pelo principal para se assegurar que o
agente opera em prol dos seus interesses.
9Conflitos de agência
- Custos de obrigação ou de justificação custos
assumidos pelo agente para justificar as suas
decisões e convencer o principal de que actua bem
e no interesse dele - Custos residuais são custos de oportunidade
que derivam dos dois tipos de custos precedentes.
O principal e o agente procuram em conjunto
aproximar as suas funções de utilidade ou, pelo
menos reduzir o mais possível a perda de valor,
resultante do facto de o segundo poder não
decidir sempre em prol dos melhores interesses do
primeiro.
10Teoria Stewardship
- Baseia-se na ideia de que as pessoas nas
comunidades/ organizações estão dispostas a optar
pelo trabalho acima dos interesses pessoais - Implica proporcionar autonomia às pessoas para
se responsabilizarem pelos seus actos.
11Stewardship
Refere-se a alguém que administra a propriedade
alheia, com todo tipo de cuidados, monitorização,
zêlo e demais práticas que visam promover a
gestão de uma empresa.
12- Davis, Schoorman Donaldson (1997)
Desenvolveram a teoria Stewardship como uma
estratégia oposta a teoria da agência. Esta
teoria focaliza-se na filosofia de liderança.
Inicialmente o proprietário gere o negócio, este
aumenta, o dono, eventualmente, passa a
responsabilidade para um gestor ou agente que
cuida da sua organização. A decisão critica
corresponde á autoridade e controle que o dono dá
ao agente. (Kurt,2008).
13- Na teoria da agência, o principal tem a suposição
de que o agente procura maximizar os seus
interesses pessoais. - Para minimizar o risco do agente colocar os seus
interesses em negócios, o principal tenta
controlar e influenciar o agente a tomar decisões
que são do interesse para a organização. - teoria da agência tem sido criticada
14Stewardship
- Surgiu a partir dos campos da psicologia e da
sociologia. - Teve origem no trabalho Donaldson e Davis
(1989, 1991) e foi desenvolvido como um modelo a
seguir para a gestão e no melhor interesse dos
proprietários. Nesta teoria, a administração é
baseada na suposição de que o gestor irá tomar
decisões no melhor interesse da organização,
colocando-os acima dos interesses próprios.
15- O gestor (mordomo) maximiza o desempenho da
organização, trabalhando sob a premissa de que
tanto o administrador quanto o principal querem o
benefício da organização - Está motivado para responder aos interesses da
organização, porque acredita que beneficiará se a
organização prosperar.
16- A teoria Stewardship, defende que a administração
irá capacitar o gestor com as informações, as
ferramentas e a autoridade para tomar boas
decisões para a organização. - O principal permite ao gestor agir no melhor
interesse da organização, confiando que este
decidirá no sentido de maximizar o retorno de
longo prazo para a organização.
17- Um dos obstáculos a esta teoria é a pouca
tolerância, são risco do principal e dos
pressupostos típicos do capital. - Em curto prazo, é mais seguro e mais rápido para
um principal assumir a teoria da agência e para
não investir tempo e energia necessários para
construir uma relação de confiança com o gerente.
18- Davis, Schoorman e Donaldson, definiram uma
série de factores que descrevem a filosofia de
stewardship e que inclui - confiança,
- comunicação aberta,
- capacitação,
- orientação de longo prazo e
- melhoria de desempenho
19- Segundo Sánchez (2005) os principais podem
escolher entre um steward ou um agente, escolha
condicionada pela sua motivação, e do que
valorizam para a sua empresa, alguém motivado,
identificado com os valores da organização e
finalidade.
20CÓDIGOS DE MELHORES PRÁTICAS DE CORPORATE
GOVERNANCE
- Com o desenvolvimento do Corporate Governance
foram surgindo, inicialmente nos países com
mercado de capitais mais desenvolvido, os códigos
de boas práticas. - As Boas Práticas de Corporate Governance, podem
ser entendidas como o conjunto de regras e
condutas relativas ao exercício da direcção e
controlo das sociedades de modo a contribuir para
a optimização do desempenho das sociedades e
favorecer todas as pessoas cujos interesses estão
envolvidos na actividade societária
investidores, credores e trabalhadores - num
espírito de bom governo e de excelência, que não
se contenta com uma ética dos mínimos mas
aspira a fazer sempre mais e bem.
21Cadbury Report
- Objectivo
- Avaliar as práticas de Corporate Governance
relacionadas com aspectos contabilísticos. - Baseava-se na ideia de reforço da
sindicabilidade da administração e na defesa da
essencialidade do rigor da informação financeira. -
22Cadbury Report
- Abordou questões determinantes para o governo
societário, como as relacionadas com a estrutura
dos órgãos de administração e as suas comissões,
a separação das funções de Presidente do Conselho
de Administração e de Presidente da Comissão
Executiva, a responsabilidade, independência e
remuneração dos administradores, a importância do
contributo dos administradores não-executivos, a
fiabilidade da informação financeira, o papel dos
auditores externos e os direitos e deveres dos
accionistas. - Introduziu também, o princípio cumpra ou
explique (comply or explain), segundo o qual
as empresas devem declarar quais as normas que
cumprem do código de boas práticas e justificar
a situações de não-cumprimento.
23Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico - OCDE
- A OCDE foi criada em 30 de Setembro de 1961,
sucedendo à Organização para a Cooperação
Económica Europeia, criada em 16 de Abril de
1948. - Em 1999 foi aprovado um relatório onde constavam
um conjunto de Princípios sobre Corporate
Governance, com indicações dirigidas aos Estados
no sentido de introduzir ajustamentos
legislativos no que concerne aos mecanismos de
tutela dos accionistas e dos restantes sujeitos
envolvidos nas empresas.
24Relatório da OCDE
-
- Estes Princípios assumiram uma abrangência
mundial (Banco Mundial, Financial Stability Forum
). - Princípios
- - Os direitos dos accionistas
- - A igualdade de tratamento destes
- - O papel dos diferentes intervenientes na
empresa, incluindo os investidores estrangeiros,
os investidores institucionais e os
trabalhadores - - os deveres de informação.
-
25Relatório da OCDE
- Princípios actuais
- - Enquadramento legal e institucional do governo
das sociedades - - Direitos dos accionistas e funções relativas
ao seu exercício - - Tratamento equitativo dos accionistas
- - Papel dos outros sujeitos com interesses
relevantes no Corporate Governance
(stakeholders) - - Divulgação de informação e transparência
- - Responsabilidades do órgão de administração.
-
26Comissão do Mercado de Valores Mobiliários - CMVM
- Em Abril de 1991, surgiu a Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM ) com a missão de
supervisionar e regular os mercados de valores
mobiliários e instrumentos financeiros derivados
(tradicionalmente conhecidos como mercados de
bolsa) e a actividade de todos os agentes que
neles actuam. - A CMVM é um organismo público independente, com
autonomia administrativa e financeira. As
receitas da CMVM não provêm do Orçamento Geral do
Estado, resultando das taxas de supervisão
cobradas em contrapartida pelos serviços que
presta. -
-
-
27 CMVM
- A transposição para o mercado português da
reflexão relativa ao Corporate Governace foi
realizada através da aprovação, pela CMVM, em
Outubro de 1999, de um conjunto de Recomendações
relativas ao sistema de regras de conduta
agrupadas por cinco itens - - Divulgação de informação
- - Exercício do direito de voto e representação
de accionistas - -Investidores institucionais
- - Regras societárias
- - Estrutura e funcionamento do órgão de
administração. -
-
-
28 CMVM
- A CMVM considera que uma adequada política de
Corporate Governance deve - - Garantir a transparência
- - Assegurar a defesa dos accionistas e dos
credores - - Responsabilizar os gestores pelos
incumprimentos de objectivos e pelas violações à
lei - - Não impedir a maximização do desempenho
- - Ser conforme aos standards internacionais e
ser ajustada à realidade do país. -
-
-
29CMVM
- Em 2001 relevância a informação ao obrigar as
sociedades cotadas a divulgar se, e em que
medida, cumprem tais obrigações ou, caso não o
façam, explicar por que tal (comply ou explain ). - Em 2003 - assegurar a sua actualidade e
ajustamento às preocupações nacionais e
internacionais, mantendo uma postura de
inconformismo e permanente crítica, tendo em
vista a optimização dos sistemas organizativos e
de regulação. - Em 2005 - centrou-se sobretudo nas questões
relativas aos mecanismos de fiscalização interna
das sociedades e de aclaração das políticas de
remuneração dos membros do órgão de
administração.
30Instituto Português de Corporate Governance (IPCG)
- Em Maio de 2004
- Principal missão a elaboração de um Livro Branco
sobre o governo das sociedades em Portugal - Projecto de Código de Bom Governo das Sociedades
- -consulta pública iniciada a 4 de Fevereiro
de 2009 - -análise e deliberação dos Associados em
reunião de Assembleia Geral no próximo dia 29 de
Janeiro de 2010
31Conclusões
- Vivemos num mundo de mudanças, as organizações
tal como as pessoas, sofrem o impacto dessas
mudanças, o que levou a necessidade de reavaliar
a forma como as organizações são estruturadas e
geridas. -
- O Corporate Governance ou governo das sociedades
é um tema multi-facetado e estudado por muitos
autores.
32Conclusões
- O objectivo é assegurar um conjunto de regras
para o desempenho da organização, através de
mecanismos que tentam reduzir ou eliminar o
problema agente-principal e melhorar a eficiência
económica, com uma forte ênfase no bem-estar dos
accionistas e das partes interessadas. Assim, o
modelo de Corporate Governance varia de país para
país.
33Conclusões
- A teoria da agência centra-se nos problemas do
principal e do agente, no conflito de interesses
e nos custos que estes acarretam. - Assim, em oposição a esta teoria mais
economicista surge a Stewardship Theory que
defende que os executivos tendem a actuar mais no
interesse da organização, que consideram uma
extensão de si próprios, do que no seu próprio
interesse. Nesta teoria, os executivos valorizam
mais os aspectos de auto-reconhecimento,
prestigio, realização profissional,
responsabilidade, altruísmo, crenças, respeito
pela autoridade e a motivação intrínseca pela
satisfação na realização das suas tarefas.
34Conclusões
- Os códigos de boas práticas promovem o
alinhamento de interesses entre gestores e
accionistas, o Corporative Governance permite o
reforço da segurança e da confiança dos mercados
e das aplicações dos investidores e apresenta-se
como um factor distintivo importante que promove
a concorrência entre sociedades cotadas e entre
mercados.
35FIM