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4-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE

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Title: 4-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE


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4-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
A capacidade de um material se deformar
plasticamente está relacionado com a habilidade
das discordâncias se movimentarem
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7. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de
Resistência
  • - Conceitos básicos características das
    discordâncias, sistemas de escorregamento
  • - Aumento da resistência por diminuição do
    tamanho de grão
  • -  Aumento da resistência por solução sólida
  • - Encruamento, recuperação, recristalização e
    crescimento de grão

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PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
A capacidade de um material se deformar
plasticamente está relacionado com a habilidade
das discordâncias se movimentarem
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DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
  • Os materiais podem ser solicitados por tensões de
    compressão, tração ou de cisalhamento.
  • Como a maioria dos metais são menos resistentes
    ao cisalhamento que à tração e compressão e como
    estes últimos podem ser decompostos em
    componentes de cisalhamento, pode-se dizer que os
    metais se deformam pelo cisalhamento plástico ou
    pelo escorregamento de um plano cristalino em
    relação ao outro.
  • O escorregamento de planos atômicos envolve o
    movimento de discordâncias

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DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
  • Em uma escala microscópica a deformação plástica
    é o resultado do movimento dos átomos devido à
    tensão aplicada. Durante este processo ligações
    são quebradas e outras refeitas.
  • Nos sólidos cristalinos a deformação plástica
    geralmente envolve o escorregamento de planos
    atômicos, o movimento de discordâncias e a
    formação de maclas
  • Então, a formação e movimento das discordâncias
    têm papel fundamental para o aumento da
    resistência mecânica em muitos materiais.
  • A resistência Mecânica pode ser aumentada
    restringindo-se o movimento das discordâncias

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
  • Discordâncias em cunha movem-se devido à
    aplicação de uma tensão de cisalhamento
    perpendicular à linha de discordância
  • O movimento das discordâncias pode parar na
    superfície do material, no contorno de grão ou
    num precipitado ou outro defeito
  • A deformação plástica corresponde à deformação
    permanente que resulta principalmente do
    movimento de discordâncias (em cunha ou em
    hélice)

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
Direção de escorregamento
Plano de escorregamento
Uma distância interatômica
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM CUNHA E EM HÉLICE
Fonte Prof. Sidnei/ DCMM/PUCRJ
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DENSIDADES DE DISCORDÂNCIAS TÍPICAS
  • Materiais solidificados lentamente 103
    discord./mm2
  • Materiais deformados 109 -1010 discord./mm2
  • Materiais deformados e tratados termicamente 105
    -106 discord./mm2

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CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS IMPORTANTES
PARA AS PROP. MECÂNICAS
  • Quando os metais são deformados plasticamente
    cerca de 5 da energia é retida internamente, o
    restante é dissipado na forma de calor.
  • A maior parte desta energia armazenada está
    associada com as tensões associadas às
    discordâncias
  • A presença de discordâncias promove uma distorção
    da rede cristalina de modo que certas regiões
    sofrem tensões compressivas e outras tensões de
    tração.

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INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
  • ATRAÇÃO
  • REPULSÃO

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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM MONOCRISTAIS
  • Durante a deformação plástica o número de
    discordâncias aumenta drasticamente
  • As discordâncias movem-se mais facilmente nos
    planos de maior densidade atômica (chamados
    planos de escorregamento). Neste caso, a energia
    necessária para mover uma discordância é mínima
  • Então, o número de planos nos quais pode ocorrer
    o escorregamento depende da estrutura cristalina

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DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS
POLICRISTALINOSA direção de escorregamento varia
de grão para grão
LINHAS DE ESCORREGAMENTO
Na maioria dos grãos há 2 sistemas de
escorregamento operando
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Planos e direções de deslizamento das
discordâncias
  • Sistemas de delizamentoconjunto de planos e
    direções de maior densidade atômica
  • CFC 111lt110gt (mínimo 12 sistemas)
  • CCC 110lt111gt (mínimo 12 sistemas)
  • HC apresenta poucos sistemas de deslizamento (3
    ou 6) por isso os metais que cristalizam nesta
    estrutura são frágeis

PARA ALGUNS MATERIAIS COM ESTRUTURAS CCC E HC O
ESCORREGAMENTO DE ALGUNS PLANOS SÓ SE TORNAM
OPERATIVOS A ALTAS TEMPERATURAS
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CFC 111lt110gt (mínimo 12 sistemas de
escorregamento)
Planos 111 4 Direções 3 para cada plano
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Maclas
  • Discordâncias não é o único defeito cristalino
    responsável pela deformação plástica, maclas
    também contribuem.
  • Deformação em materiais cfc, como o cobre, é
    comum ocorrer por maclação

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Mecanismos de aumento de resistência dos metais
  1. Aumento da resistência por adição de elemento de
    liga (formação de solução sólida ou precipitação
    de fases)
  2. Aumento da resistência por redução do tamanho de
    grão
  3. Aumento da resistência por encruamento
  4. Aumento da resistência por tratamento térmico
    (transformação de fase) será visto posteriormente

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1- Aumento da resistência por adição de elemento
de liga
  • Os átomos de soluto podem causar tanto tração
    (átomos menores) como compressão (átomos maiores)
    na rede cristalina
  • Os átomos de soluto se alojam na rede próximo às
    discordâncias de forma a minimizar a energia
    total do sistema

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1- Aumento da resistência por adição de elemento
de liga EX INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS
Quando um átomo de uma impureza esta presente, o
movimento da discordância fica restringido, ou
seja, deve-se fornecer energia adicional para
que continue havendo escorregamento. Por isso
soluções sólidas de metais são sempre mais
resistentes que seus metais puros constituintes
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2- Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão ex DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
  • O contorno de grão interfere no movimento das
    discordâncias
  • Devido as diferentes orientações cristalinas
    presentes, resultantes do grande número de grãos,
    as direções de escorregamento das discordâncias
    variam de grão para grão

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Aumento da resistência por diminuição do tamanho
de grão
  • O contorno de grão funciona como um barreira para
    a continuação do movimento das discordâncias
    devido as diferentes orientações presentes e
    também devido às inúmeras descontinuidades
    presentes no contorno de grão.

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ESCOAMENTO E DISCORDÂNCIAS
  • A tensão necessária para mover a discordância e
    gerar a deformação plástica está relacionada não
    só com a energia para mover e criar
    discordâncias, mas também para dissociá-las dos
    átomos de soluto.

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  • Qual das duas ligas com teores iguais de soluto
    apresentará o maior limite de escoamento?
  • Al-Cu
  • Al-Si

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Dependência da tensão de escoamento com o tamanho
de grãoEQUAÇÃO DE HALL-PETCH
  • ?esc ?o Ke (d)-1/2
  • ?o e Ke são constantes
  • ?o tensão de atrito oposta ao movimento das
    discordâncias
  • Ke constante relacionada com o empilhamento das
    discordâncias
  • d tamanho de grão
  • Essa equação não é válida para grãos muito
    grosseiros ou muito pequenos

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Dependência do limite de escoamento com o tamanho
de grão
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3- ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À
FRIO
  • É o fenômeno no qual um material endurece devido
    à deformação plástica (realizado pelo trabalho à
    frio)
  • Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de
    discordâncias e imperfeições promovidas pela
    deformação, que impedem o escorregamento dos
    planos atômicos
  • A medida que se aumenta o encruamento maior é a
    força necessária para produzir uma maior
    deformação
  • O encruamento pode ser removido por tratamento
    térmico (recristalização)

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GRAU DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM TERMOS DE TRABALHO
À FRIO (TF)
  • TF Ainicial-Afinal x100
  • Ainicial

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VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO
O encruamento aumenta a resistência mecânica
O encruamento aumenta o limite de escoamento
O encruamento diminui a ductilidade
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ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA
  • Antes da deformação
  • Depois da deformação

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RECRISTALIZAÇÃO(Processo de Recozimento para
Recristalização)
  • Se os metais deformados plasticamente forem
    submetidos ao um aquecimento controlado, este
    aquecimento fará com que haja um rearranjo dos
    cristais deformados plasticamente, diminuindo a
    dureza dos mesmos

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MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM
MATERIAL ENCRUADO
  • ESTÁGIOS
  • Recuperação
  • Recristalização
  • Crescimento de grão

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MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM
MATERIAL ENCRUADO
Ex Latão
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RECUPERAÇÃO
  • Há um alívio das tensões internas armazenadas
    durante a deformação devido ao movimento das
    discordâncias resultante da difusão atômica
  • Nesta etapa há uma redução do número de
    discordâncias e um rearranjo das mesmas
  • Propriedades físicas como condutividade térmica e
    elétrica voltam ao seu estado original
    (correspondente ao material não-deformado)

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RECRISTALIZAÇÃO
  • Depois da recuperação, os grãos ainda estão
    tensionados
  • Na recristalização os grão se tornam novamente
    equiaxiais (dimensões iguais em todas as
    direções)
  • O número de discordâncias reduz mais ainda
  • As propriedades mecânicas voltam ao seu estado
    original

Forma-se um novo conjunto de grãos que são
equiaxiais
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RECRISTALIZAÇÃO
Forma-se um novo conjunto de grãos que são
equiaxiais
  • Pode-se refinar o grão
  • de uma liga monofásica
  • mediante deformação
  • plástica e recristalização

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CRESCIMENTO DE GRÃO
  • Depois da recristalização se o material
    permanecer por mais tempo em temperaturas
    elevadas o grão continuará à crescer
  • Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais
    mole é o material e menor é sua resistência

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Crescimento de grão por difusão
Pode-se refinar o grão de uma liga monofásica
mediante deformação plástica e recristalização
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Dependência do tamanho de grão com o tempo de
aquecimento
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TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO
  • A temperatura de recristalização é dependente do
    tempo
  • A temperatura de recristalização está entre 1/3 e
    ½ da temperatura de fusão

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TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO
  • Chumbo - 4?C
  • Estanho - 4?C
  • Zinco 10?C
  • Alumínio de alta pureza 80?C
  • Cobre de alta pureza 120?C
  • Latão 60-40 475?C
  • Níquel 370?C
  • Ferro 450?C
  • Tungstênio 1200?C

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DEFORMAÇÃO À QUENTE E DEFORMAÇÃO À FRIO
  • Deformação à quente quando a deformação ou
    trabalho mecânico é realizado acima da
    temperatura de recristalização do material
  • Deformação à frio quando a deformação ou
    trabalho mecânico é realizado abaixo da
    temperatura de recristalização do material

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DEFORMAÇÃO À QUENTE
  • VANTAGENS
  • Permite o emprego de menor esforço mecânico para
    a mesma deformação (necessita-se então de
    máquinas de menor capacidade se comparado com o
    trabalho a frio).
  • Promove o refinamento da estrutura do material,
    melhorando a tenacidade
  • Elimina porosidades
  • Deforma profundamente devido a recristalização
  • DESVANTAGENS
  • Exige ferramental de boa resistência ao calor, o
    que implica em custo
  • O material sofre maior oxidação, formando casca
    de óxidos
  • Não permite a obtenção de dimensões dentro de
    tolerâncias estreitas

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DEFORMAÇÃO À FRIO
  • Aumenta a dureza e a resistência dos materiais,
    mas a ductilidade diminui
  • Permite a obtenção de dimensões dentro de
    tolerâncias estreitas
  • Produz melhor acabamento superficial
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