Title: 4-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
14-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
A capacidade de um material se deformar
plasticamente está relacionado com a habilidade
das discordâncias se movimentarem
27. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de
Resistência
- - Conceitos básicos características das
discordâncias, sistemas de escorregamento - - Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão - - Aumento da resistência por solução sólida
- - Encruamento, recuperação, recristalização e
crescimento de grão
3PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
A capacidade de um material se deformar
plasticamente está relacionado com a habilidade
das discordâncias se movimentarem
4DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
- Os materiais podem ser solicitados por tensões de
compressão, tração ou de cisalhamento. - Como a maioria dos metais são menos resistentes
ao cisalhamento que à tração e compressão e como
estes últimos podem ser decompostos em
componentes de cisalhamento, pode-se dizer que os
metais se deformam pelo cisalhamento plástico ou
pelo escorregamento de um plano cristalino em
relação ao outro. - O escorregamento de planos atômicos envolve o
movimento de discordâncias
5DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
- Em uma escala microscópica a deformação plástica
é o resultado do movimento dos átomos devido à
tensão aplicada. Durante este processo ligações
são quebradas e outras refeitas. - Nos sólidos cristalinos a deformação plástica
geralmente envolve o escorregamento de planos
atômicos, o movimento de discordâncias e a
formação de maclas - Então, a formação e movimento das discordâncias
têm papel fundamental para o aumento da
resistência mecânica em muitos materiais. - A resistência Mecânica pode ser aumentada
restringindo-se o movimento das discordâncias
6MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
- Discordâncias em cunha movem-se devido à
aplicação de uma tensão de cisalhamento
perpendicular à linha de discordância - O movimento das discordâncias pode parar na
superfície do material, no contorno de grão ou
num precipitado ou outro defeito - A deformação plástica corresponde à deformação
permanente que resulta principalmente do
movimento de discordâncias (em cunha ou em
hélice)
7MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
Direção de escorregamento
Plano de escorregamento
Uma distância interatômica
8MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM CUNHA E EM HÉLICE
Fonte Prof. Sidnei/ DCMM/PUCRJ
9DENSIDADES DE DISCORDÂNCIAS TÍPICAS
- Materiais solidificados lentamente 103
discord./mm2 - Materiais deformados 109 -1010 discord./mm2
- Materiais deformados e tratados termicamente 105
-106 discord./mm2
10CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS IMPORTANTES
PARA AS PROP. MECÂNICAS
- Quando os metais são deformados plasticamente
cerca de 5 da energia é retida internamente, o
restante é dissipado na forma de calor. - A maior parte desta energia armazenada está
associada com as tensões associadas às
discordâncias - A presença de discordâncias promove uma distorção
da rede cristalina de modo que certas regiões
sofrem tensões compressivas e outras tensões de
tração.
11INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
12MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM MONOCRISTAIS
- Durante a deformação plástica o número de
discordâncias aumenta drasticamente - As discordâncias movem-se mais facilmente nos
planos de maior densidade atômica (chamados
planos de escorregamento). Neste caso, a energia
necessária para mover uma discordância é mínima - Então, o número de planos nos quais pode ocorrer
o escorregamento depende da estrutura cristalina
13DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS
POLICRISTALINOSA direção de escorregamento varia
de grão para grão
LINHAS DE ESCORREGAMENTO
Na maioria dos grãos há 2 sistemas de
escorregamento operando
14Planos e direções de deslizamento das
discordâncias
- Sistemas de delizamentoconjunto de planos e
direções de maior densidade atômica - CFC 111lt110gt (mínimo 12 sistemas)
- CCC 110lt111gt (mínimo 12 sistemas)
- HC apresenta poucos sistemas de deslizamento (3
ou 6) por isso os metais que cristalizam nesta
estrutura são frágeis
PARA ALGUNS MATERIAIS COM ESTRUTURAS CCC E HC O
ESCORREGAMENTO DE ALGUNS PLANOS SÓ SE TORNAM
OPERATIVOS A ALTAS TEMPERATURAS
15CFC 111lt110gt (mínimo 12 sistemas de
escorregamento)
Planos 111 4 Direções 3 para cada plano
16Maclas
- Discordâncias não é o único defeito cristalino
responsável pela deformação plástica, maclas
também contribuem. - Deformação em materiais cfc, como o cobre, é
comum ocorrer por maclação
17Mecanismos de aumento de resistência dos metais
- Aumento da resistência por adição de elemento de
liga (formação de solução sólida ou precipitação
de fases) - Aumento da resistência por redução do tamanho de
grão - Aumento da resistência por encruamento
- Aumento da resistência por tratamento térmico
(transformação de fase) será visto posteriormente
181- Aumento da resistência por adição de elemento
de liga
- Os átomos de soluto podem causar tanto tração
(átomos menores) como compressão (átomos maiores)
na rede cristalina - Os átomos de soluto se alojam na rede próximo às
discordâncias de forma a minimizar a energia
total do sistema
191- Aumento da resistência por adição de elemento
de liga EX INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS
Quando um átomo de uma impureza esta presente, o
movimento da discordância fica restringido, ou
seja, deve-se fornecer energia adicional para
que continue havendo escorregamento. Por isso
soluções sólidas de metais são sempre mais
resistentes que seus metais puros constituintes
202- Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão ex DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
- O contorno de grão interfere no movimento das
discordâncias - Devido as diferentes orientações cristalinas
presentes, resultantes do grande número de grãos,
as direções de escorregamento das discordâncias
variam de grão para grão
21Aumento da resistência por diminuição do tamanho
de grão
- O contorno de grão funciona como um barreira para
a continuação do movimento das discordâncias
devido as diferentes orientações presentes e
também devido às inúmeras descontinuidades
presentes no contorno de grão.
22ESCOAMENTO E DISCORDÂNCIAS
- A tensão necessária para mover a discordância e
gerar a deformação plástica está relacionada não
só com a energia para mover e criar
discordâncias, mas também para dissociá-las dos
átomos de soluto.
23- Qual das duas ligas com teores iguais de soluto
apresentará o maior limite de escoamento? - Al-Cu
- Al-Si
24Dependência da tensão de escoamento com o tamanho
de grãoEQUAÇÃO DE HALL-PETCH
- ?esc ?o Ke (d)-1/2
- ?o e Ke são constantes
- ?o tensão de atrito oposta ao movimento das
discordâncias - Ke constante relacionada com o empilhamento das
discordâncias - d tamanho de grão
- Essa equação não é válida para grãos muito
grosseiros ou muito pequenos
25Dependência do limite de escoamento com o tamanho
de grão
263- ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À
FRIO
- É o fenômeno no qual um material endurece devido
à deformação plástica (realizado pelo trabalho à
frio) - Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de
discordâncias e imperfeições promovidas pela
deformação, que impedem o escorregamento dos
planos atômicos - A medida que se aumenta o encruamento maior é a
força necessária para produzir uma maior
deformação - O encruamento pode ser removido por tratamento
térmico (recristalização)
27GRAU DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM TERMOS DE TRABALHO
À FRIO (TF)
- TF Ainicial-Afinal x100
- Ainicial
28VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO
O encruamento aumenta a resistência mecânica
O encruamento aumenta o limite de escoamento
O encruamento diminui a ductilidade
29ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA
30RECRISTALIZAÇÃO(Processo de Recozimento para
Recristalização)
- Se os metais deformados plasticamente forem
submetidos ao um aquecimento controlado, este
aquecimento fará com que haja um rearranjo dos
cristais deformados plasticamente, diminuindo a
dureza dos mesmos
31MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM
MATERIAL ENCRUADO
- ESTÁGIOS
- Recuperação
- Recristalização
- Crescimento de grão
32MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM
MATERIAL ENCRUADO
Ex Latão
33RECUPERAÇÃO
- Há um alívio das tensões internas armazenadas
durante a deformação devido ao movimento das
discordâncias resultante da difusão atômica - Nesta etapa há uma redução do número de
discordâncias e um rearranjo das mesmas - Propriedades físicas como condutividade térmica e
elétrica voltam ao seu estado original
(correspondente ao material não-deformado)
34RECRISTALIZAÇÃO
- Depois da recuperação, os grãos ainda estão
tensionados - Na recristalização os grão se tornam novamente
equiaxiais (dimensões iguais em todas as
direções) - O número de discordâncias reduz mais ainda
- As propriedades mecânicas voltam ao seu estado
original
Forma-se um novo conjunto de grãos que são
equiaxiais
35RECRISTALIZAÇÃO
Forma-se um novo conjunto de grãos que são
equiaxiais
- Pode-se refinar o grão
- de uma liga monofásica
- mediante deformação
- plástica e recristalização
36CRESCIMENTO DE GRÃO
- Depois da recristalização se o material
permanecer por mais tempo em temperaturas
elevadas o grão continuará à crescer - Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais
mole é o material e menor é sua resistência
37Crescimento de grão por difusão
Pode-se refinar o grão de uma liga monofásica
mediante deformação plástica e recristalização
38Dependência do tamanho de grão com o tempo de
aquecimento
39TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO
- A temperatura de recristalização é dependente do
tempo - A temperatura de recristalização está entre 1/3 e
½ da temperatura de fusão
40TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO
- Chumbo - 4?C
- Estanho - 4?C
- Zinco 10?C
- Alumínio de alta pureza 80?C
- Cobre de alta pureza 120?C
- Latão 60-40 475?C
- Níquel 370?C
- Ferro 450?C
- Tungstênio 1200?C
41DEFORMAÇÃO À QUENTE E DEFORMAÇÃO À FRIO
- Deformação à quente quando a deformação ou
trabalho mecânico é realizado acima da
temperatura de recristalização do material - Deformação à frio quando a deformação ou
trabalho mecânico é realizado abaixo da
temperatura de recristalização do material
42DEFORMAÇÃO À QUENTE
- VANTAGENS
- Permite o emprego de menor esforço mecânico para
a mesma deformação (necessita-se então de
máquinas de menor capacidade se comparado com o
trabalho a frio). - Promove o refinamento da estrutura do material,
melhorando a tenacidade - Elimina porosidades
- Deforma profundamente devido a recristalização
- DESVANTAGENS
- Exige ferramental de boa resistência ao calor, o
que implica em custo - O material sofre maior oxidação, formando casca
de óxidos - Não permite a obtenção de dimensões dentro de
tolerâncias estreitas
43DEFORMAÇÃO À FRIO
- Aumenta a dureza e a resistência dos materiais,
mas a ductilidade diminui - Permite a obtenção de dimensões dentro de
tolerâncias estreitas - Produz melhor acabamento superficial