Title: Diferentes abordagens para avaliar o desempenho Avalia
1Diferentes abordagens para avaliar o
desempenhoAvaliação da Qualidade
- Álvaro Escrivão Junior
- FGV-EAESP/GVsaúde
- Observatório de Saúde da RMSP
- Ripsa
2INDICADORES DE DESEMPENHO (perfomance indicator)
- Os indicadores de desempenho não são medidas
diretas da qualidade e sim flags to alert users
to possible opportunities for improvement in
processes and outcomes. - mensuram apenas os aspectos do cuidado em saúde
que os tomadores de decisão pretendem controlar - Turpin et al.
3INDICADORES DE DESEMPENHO (perfomance indicator)
- As medidas do desempenho comportam pelo menos
três dimensões - qualidade,
- custo e
- satisfação dos usuários e dos profissionais de
saúde.
4INDICADORES DE DESEMPENHO (perfomance indicator)
- Informações expressas por um evento,um
coeficiente ou uma razão visando monitorar a
qualidade da assistência prestada - Podem mensurar tanto o processo de cuidado ao
paciente como o seu resultado.
5Performance assessment tool for
qualityimprovement in hospitals - PATH
- Selecionou seis dimensões interdependentes para a
avaliação do desempenho hospitalar - efetividade clínica,
- segurança,
- foco no paciente (patient centredness),
- eficiência na produção,
- orientação do staff e
- governança receptiva
Escrivão Junior, A. Ciência Saúde Coletiva,
12(3) 2007
6Qualidade
- Sabe-se que é um termo abstrato que vem sendo
definido ao longo do tempo de distintas formas
decorrentes das necessidades das organizações e
dos objetivos dos avaliadores. - Pode ser entendida como excelência, como valor,
como conformidade a critérios definidos e como
satisfação dos usuários dos serviços de saúde.
7A preocupação com a qualidade da assistência à
saúde é antiga
- 1844 Semmelweis Áustria
- Levantamento de dados, comparação com dados de
outros serviços do mesmo hospital para
identificar a causa de morte das puérperas - 1850 Florence Nightingale Inglaterra
- Sistematização de estatísticas hospitalares com o
objetivo de subsidiar as avaliações da qualidade
da assistência
8A preocupação com a qualidade da assistência é
antiga
- 1910 Relatório Flexner EUA
- Falta de organização, qualificação inadequada dos
funcionários e falhas grosseiras de higiene em
diversos hospitais norte americanos - 1918 Joint Comission on Hospitals Acreditation
(JCHA) - EUA - Objetivo melhorar padrões de qualidade da
assistência...
9A preocupação com a qualidade da assistência é
antiga
- (JCHAO) - EUA
- Três objetivos
- Fornecer segurança ao público, através de um
processo de avaliação completo e parcial - Tornar disponíveis as informações sobre o
desempenho da organização - Estimular a busca e a manutenção da qualidade da
assistência.
10Avaliação externa evidências de qualidade 3
modelos conhecidos
- International Standardization Organization (ISO)
- Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ)
- Acreditação hospitalar (várias agências)
- Os três modelos
- Elevam a qualidade dos serviços prestados
- Trazem a idéia da melhoria contínua da qualidade
- Ajudam a encontrar um caminho
- Estão em aprimoramento constante
- Nenhum resolve todos os problemas de uma
instituição
11SETE PILARES DA QUALIDADE (Donabedian)
- Eficácia como a ciência da saúde pode, se bem
usada, melhorar a saúde. - Efetividade até que ponto os resultados
possíveis são atingidos nas condições usuais da
prática cotidiana. - Eficiência menor custo para alcançar uma dada
melhoria na saúde, mantidas eficácia e
efetividade.
12SETE PILARES DA QUALIDADE (Donabedian)
- Otimização melhoras obtidas x custos de sua
obtenção (custos acrescidos na adição de
benefícios). - Aceitabilidade conformidade com aspirações,
desejos e expectativas dos usuários (diretos ou
não) relacionada também com acesso, relação
médico-paciente, amenidades.
13SETE PILARES DA QUALIDADE (Donabedian)
- Legitimidade ações dentro da ética, mais do que
da lei aceitabilidade pela comunidade ou
sociedade em geral. - Equidade o que é justo ou razoável na
distribuição do cuidado tratamento igual para
necessidade iguais.
14INDICADORES DE ESTRUTURA
- Avaliação da capacidade instalada utilizada
tanto para calcular a produtividade potencial
quanto as possibilidades de aumento ou de
instalação de novos programas/serviços. Ex. nº
leitos em funcionamento. - Avaliação tecnológica tem por finalidade
verificar os efeitos da introdução ou modificação
de determinada tecnologia, enfatizando os
impactos esperados e os inesperados, indiretos ou
prolongados. Ex. nº exames realizados /
tomógrafo.
15INDICADORES DE PROCESSO
- Processos administrativos podem ser
estabelecidas normas a serem seguidas a partir do
estudo da racionalidade dos processos (ex.
certificação pela ISO). Ex. pessoal de
enfermagem / leito. - Diretrizes clínicas protocolos desenvolvidos
sistematicamente para apoiar a decisão do
profissional sobre o cuidado médico apropriado
para lidar com determinada situação clínica.
Ex. tempo porta-ECG no IAM (AHA 10).
16INDICADORES DE RESULTADOS
- Avaliação da satisfação do usuário preocupação
dos serviços em ampliar os canais de comunicação
com os seus usuários atendimento às necessidades
do usuário, definidas tecnicamente, e as suas
preferências participação do paciente na decisão
clínica. Ex. índice de recomendação do
serviço. - Avaliação do impacto do tratamento sobre o estado
de saúde do paciente. Ex. taxa de sobrevida
após TMO.
17Sistemas adequados de informaçõesepidemiológicas
e administrativas
- São essenciais para subsidiar o gerenciamento
ético do cuidado em saúde, devendo permitir não
somente a avaliação econômica, como também a da
qualidade dos serviços prestados
18Seleção dos indicadores
- A seleção do conjunto básico de indicadores e
de seus níveis de desagregação deve ajustar-se
à disponibilidade de sistemas de informação,
fontes de dados, recursos, prioridades e
necessidades específicas em cada região. - A manutenção deste conjunto de indicadores deve
depender de instrumentos e métodos simples, para
facilitar a sua extração regular dos sistemas de
informação.
19Seleção dos indicadores
- Para assegurar a confiança dos usuários na
informação produzida, é necessário monitorar a
qualidade dos indicadores e revisar
periodicamente a consistência da série histórica
de dados, e disseminar a informação com
oportunidade e regularidade.
20Seleção dos indicadores
- Algumas informações relevantes para a gestão de
saúde não estão disponíveis com nível de
desagregação municipal ou das regiões de saúde,
como por exemplo a Pesquisa Nacional de
Domicílios PNAD. - Esses indicadores são trabalhados na análise da
Região Metropolitana, pois consideramos que as
informações contidas nesse tipo de pesquisa são
extremamente relevantes na identificação de
necessidades de saúde.
21Metodologia de Seleção
- Análise de artigos e pesquisas referentes às
dimensões do eixo Condições de Vida e Saúde - Análise das experiências de sistematizações de
indicadores referentes ao eixo condições de vida
e saúde - Elaboração de quadro comparativo
- Entrevistas com especialistas em informação e
gestores municipais - Seleção dos indicadores
- Validação com gestores de saúde
22Experiências de Sistematizações
- RIPSA Rede Interagencial de Informações para a
Saúde, que congrega instituições responsáveis por
informação em saúde no Brasil, com o objetivo de
produzir subsídios para políticas públicas de
saúde - a CEInfo- Coordenadoria de Epidemiologia e
Informação da Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo e o GAIS - Grupo Técnico de Avaliação e
Informações de Saúde da Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo.
23Experiências de Sistematizações
- Sistematização de indicadores no sentido de
avaliar o desempenho do Sistema de Saúde, como é
o caso do Pro-Adess (Projeto de Sistematização de
Avaliação do Sistema de Saúde Brasileiro), além
de iniciativas de monitoramento, como é caso do
Atlas de Desenvolvimento Humano e os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento/PNUD e mais
recentemente, o Pacto pela Saúde, por meio dos
indicadores do Pacto pela Vida.
24Fonte Proadess
25(No Transcript)
26(No Transcript)
27Painel MunicipalIndicadores de avaliação da
gestão e de avaliação da equidade
Avaliação da equidade Comparação entre
Subprefeituras
- Índice-Saúde
- Distância Relativa do parâmetro
Fonte PMSP-SMS/CEInfo
28Índice-Saúde Índice composto que avalia
resultados da política municipal de maneira
sintética
- 4 componentes
- Mortalidade infantil
- Mortalidade precoce por DCNT
- Incidência de tuberculose
- Mortalidade por causas externas
Metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano
Discrepância Máxima na Cidade
29Distância Relativa do Parâmetro
- Gráfico onde são plotados os valores dos
- indicadores de cada Subprefeitura marcando
- sua distância em relação ao parâmetro (meta)
- Informa sobre a situação diferenciada de
- grupos de Subprefeituras apontando para
- estratégias de intervenção diferenciadas
30(No Transcript)
31PAINEL DE MONITORAMENTO RESULTADOS DE SAÚDE -
MORTALIDADE 3º Trimestre de 2004 e 2005
Valor
Variação em
Tendência
Indicadores
3º Tri 2005
relação a 2004
1999 a 2004
510
Boa
Mortalidade Infantil (menores de 1ano)
- 9,3
0,0
101
Boa
Mortalidade Neonatal Tardia (de 7 a menos de 28
dias)
190
Boa
Mortalidade Infantil Tardia (28 dias a menos de 1
ano)
-6,4
108
10,2
Boa
Mortes por Câncer de colo e porção não espec do
útero
20,1
281
Atenção
Mortes por Câncer de mama
- 11,2
Boa
175
Mortes por Câncer de próstata
- 0,4
Boa
Mortalidade proporcional em lt 60 anos por AVC
24,4
81
- 22,9
Boa
Mortes por Tuberculose
Boa
260
Mortes por AIDS
0,8
32Nº DE MORTES E TENDÊNCIA POR CÂNCER DE MAMA,
ÚTERO (COLO e Porção NE) e AIDS - MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO 3º TRIMESTRE DE 1999 A 2005
33Observatório de Saúde daRegião Metropolitana de
São Paulo
34Estratégias de Atuação
- 8 Portal www.observasaude.sp.gov.br
35Quais informações?
- As características do processo decisório
predominante na administração pública brasileira
e a falta de preparo dos gestores para usar de
modo eficiente os dados disponíveis fazem com que
as informações técnicas sejam preteridas na
tomada de decisões e prejudicam seriamente a
avaliação dos serviços e ações de saúde. - É necessário produzir o Conhecimento socialmente
robusto, ou seja, o conhecimento que não se
limita à validação por uma comunidade restrita,
mas requer a validação de uma comunidade mais
ampla preocupada não apenas com a confiabilidade
do conhecimento, como também com suas implicações
sociais.
Pellegrini Filho, A. Pesquisa em saúde, política
de saúde e equidade na AL. CS.Col., v. 9, n. 2
2004
36- Obrigado
- alvaro.escrivao_at_fgv.br