Title: L
1Lógica Lógicas Clássicas Lógicas Não-Clássicas
Prof. Dr. Jorge M. Barreto - UFSC-INE
2Súmula
- Introdução e Histórico
- Lógicas Clássicas
- Cálculo das Proposições
- Cálculo dos Predicados
- Sintaxe
- Semântica
- Regras de Inferência
- Árvore de Refutação
- Prova Automática de Teoremas
- Lógicas Não-Clássicas
- Lógica Modal, Lógicas Multivalores, Lógica
Temporal
3Introdução e Histórico
- Introdução
- É dificil dar uma definição precisa de Lógica.
- Logic is the systematic study of the structure
of propositions and of the general conditions of
valid inference by a method which abstracts from
the content or matter of the propositions and
deals only with their logical form Encyclopaedia
Brittanica - Importância como teoria matemática.
- Adequada como método de representação de
conhecimento. - É SISTEMA FORMAL SIMPLES QUE APRESENTA UMA
TEORIA SEMÂNTICA INTERESSANTE DO PONTO DE VISTA
DA REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO. - Ainda hoje grande parte da pesquisa em IA está
ligada direta ou indiretamente à Lógica.
4Introdução e Histórico
- Histórico
- Longa história de mais de 23 séculos.
- Aristóteles, na Grécia Antiga, sistematizou e
codificou os fundamentos da lógica. Silogismo é
um discurso no qual, tendo-se afirmado algumas
coisas, algo além destas coisas se tornam
necessariamente verdade. Aristóteles, Primeira
Analítica, Livro I, 24a - Em 1847, George Boole propôs uma linguagem formal
que permite a realização de inferências. - Lógica Moderna ( 1879), Gottlob Frege publicou a
1a. versão do Cálculo de Predicados. - Russel e o Positivismo - Lógica como base para
todas as outras ciências. - David Hilbert, Guiseppe Peano, Georg Cantor,
Ernst Zermelo, Leopold Lowenheim e Thoralf Skolem.
5Introdução e Histórico
- Histórico
- Um sistema lógico como sistema formal, consiste
em um conjunto de fórmulas e um conjunto de
regras de inferência. - As fórmulas são sentenças pertencentes a uma
linguagem formal cuja sintaxe é dada. - A parte de lógica que estuda os valores de
verdade é chamada teoria de modelos. - Uma regra de inferência é uma regra sintática que
quando aplicada repetidamente a uma ou mais
fórmulas verdadeiras gera apenas novas fórmulas
verdadeiras. - A seqüência de fórmulas geradas através da
aplicação de regras de inferência sobre um
conjunto de inicial de fórmulas é chamada de
prova. - A parte de lógica que estuda as provas é chamada
teoria de provas.
6Introdução e Histórico
- Histórico
- Gödel e Herbrand na década de 30 mostraram que
toda e qualquer fórmula verdadeira pode ser
provada. - Church e Turing em 1936 mostraram que não existe
um método geral capaz de decidir, em um número
finito de passos, se uma fórmula é verdadeira. - Um dos primeiros aplicações da Lógica foi a Prova
Automática de Teoremas, a partir da segunda
metade da década de 60. - A partir de Kowalsky (1973) lógica passou a ser
estudada com método computacional para a solução
de problemas. - O método explora o fato de expressões lógicas
poderem ser colocadas em formas canônicas (apenas
com operadores e, ou e não).
7Introdução e Histórico
- Histórico
- Teoria da Resolução de Robinson - 1965.
Transforma a expressão a ser provada para a forma
normal conjuntiva ou forma clausal. Existe uma
regra de inferência única, chamada regra da
resolução. Utiliza um algoritmo de casamento de
padrões chamado algoritmo de unificação. - Base para a Linguagem Prolog.
- Recentemente Lógicas Não-Padrão ou Não-Clássicas
tem sido cada vez mais utilizadas, não somente em
IA. Ex Lógica Temporal tem sido utilizada em
estudos de programas concorrentes. - Em IA estas lógicas vem sendo usadas para
tratamento de imprecisão, informações incompletas
e evolução com o tempo em que evolui o problema
tratado por IA.
8Lógicas Clássicas
- Cálculo das Proposições
- O Cálculo das Proposições se interessa pelas
SENTENÇAS DECLARATIVAS, as PROPOSIÇÕES, que podem
ser Verdadeiras ou Falsas. - No âmbito da IA, a lógica permite a representação
de conhecimento e o processo de raciocínio para
um sistema inteligente. - Como uma linguagem para representação de
conhecimento no computador, ela deve ser definida
em dois aspectos, A SINTAXE e a SEMÂNTICA. - A SINTAXE de uma linguagem descreve as possíveis
configurações que podem constituir sentenças. - A SEMÂNTICA determina os fatos do mundo aos quais
as senteças se referem., ou seja, ou sistema
acredita na sentença correspondente.
9Lógicas das Proposições
- Sintaxe das Proposições
- ltfórmulagt ltfórmula-atômicagt
ltfórmula-complexagt - ltfórmula-atômicagt Verdadeiro Falso P Q
- R ...
- ltfórmula-complexagt (ltfórmulagt)
- ltfórmulagt ltconectivogt ltfórmula gt
- ? ltfórmulagt
- ltconectivogt ? ? ? ?
- Hoje é segunda ou terça-feira.
- Hoje não é terça-feira.
- Logo, Hoje é segunda-feira.
- S V T, ? T ? S
10Cálculo das Proposições
- Semântica do Cálculo das Proposições
- A semântica é definida especificando a
interpretação dos símbolos da proposição e
especificando o significado dos conectivos
lógicos. - Uma fórmula tem uma interpretação a qual define a
semântica da linguagem. A interpretação pode ser
considerada um mapeamento do conjunto das
fórmulas para um conjunto de valores de verdade,
que na Lógica dicotômica é o conjunto
verdadeiro,falso ou V,F.
P
Q
? P
P ? Q
P V Q
P ? Q
P ? Q
11Cálculo das Proposições
- Tabelas Verdade
- Elas fornecem um teste rigoroso e completo para a
validade ou invalidade de formas de argumento do
cealculo das proposições. Quando existe um
algoritmo que determina se as formas de argumento
expressáveis em um sistema formal são válidas ou
não, esse sistema é dito DECIDÍVEL. Desta forma,
elas garantem a decidibilidade da lógica
proposicional. - Uma forma de argumento é válida sss todas as suas
instâncias são válidas. - Uma instância de argumento é válido se sua
conclusão for verdade se suas premissas o forem. - Se a forma for válida, então qualquer instância
dela sera igualmente válida. Assim a
Tabela-Verdade serve para estabelecer a validade
de argumentos específicos.
12Cálculo das Proposições
- Tabelas Verdade para Formas de Argumento
- Tabelas-Verdade podem ser usadas, não apenas para
definir a semântica do conectivos, mas também
para testar a validade de sentenças. - Exemplo
- A Rainha ou a Princesa comparecerá à cerimônia.
- A Princesa não comparecerá.
- Logo, a Rainha comparecerá.
- R ? P, ? P ? R
P ? R
P
R
? P
R
V
V
F
V
V
V
F
F
V
F
F
V
V
V
V
V
F
F
F
F
13Cálculo das Proposições
- Regras de Inferência
- Sejam as fórmulas f1, f2, ..., fn (n?1) e C.
Então, toda seqüência finita de fórmulas,
consequencia de regras de inferência tem como
conseqüência final C, chama-se PROVA. - Um ARGUMENTO é uma seqüência de enunciados no
qual um deles é a CONCLUSÃO e os demais são as
PREMISSAS que servem para provar ou, pelo menos,
fornecer algumas evidências para a conclusão. - Evita o trabalho tedioso de ficar construindo
Tabelas-Verdade. - ? - ? significa que ? pode ser derivado de ?
através do processo de inferência, onde ? e ? são
fórmulas bem formadas.
14Cálculo das Proposições
- Regras de Inferência
- REGRAS BÁSICAS
15Cálculo das Proposições
16Lógicas das Proposições
17Cálculo das Proposições
18Cálculo das Proposições
19Cálculo das Proposições
20Cálculo das Proposições
21Cálculo das Proposições
22Cálculo das Proposições
- Regras de Inferência
- REGRAS DERIVADAS
23Cálculo das Proposições
24Cálculo das Proposições
25Cálculo das Proposições
26Cálculo das Proposições
- Regras de Inferência, Exemplos
- Se há jogo na Ressacada, então viajar de avião é
difícil. - Se eles chegarem no horário no aeroporto, então
a viagem de avião não será difícil. - Eles, chegaram no horário.
- Logo, não houve jogo na Ressacada.
27Cálculo das Proposições
- Equivalência
- É um bicondicional que é um teorema.
28Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- São uma outra maneira de garantir a
decidibilidade da Lógica Proposicional. - REGRAS PARA ÁRVORE DE REFUTAÇÃO
- 1. Inicia-se colocando-se as PREMISSAS e a
NEGAÇÃO DA CONCLUSÃO. - 2. Aplica-se repetidamente uma das regras a
seguir - 2.1. Negação (?) Se um ramo aberto contém uma
fórmula e sua negação, coloca-se um X no final
do ramo, de modo a representar um ramo fechado. - (um ramo termina se ele se fecha ou se as
fórmulas que ele contém são apenas
fórmulas-atômicas ou suas negações, tal que mais
nehuma regra se aplica às suas fórmulas. Desta
forma tem-se um ramo fechado, que é indicado por
um X, enquanto o ramo aberto não é representado
por um X.)
29Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.2. Negação Negada (? ?) Se um ramo aberto
contém uma fórmula não ticada da forma ? ? Ø,
tica-se ? ? Ø e escreve-se Ø no final de cada
ramo aberto que contém ? ? Ø ticada. - 2.3. Conjunção (?) Se um ramo aberto contém uma
fórmula não ticada da forma Ø ? ß, tica-se, Ø?ß e
escreve-se Ø e ß no final de cada ramo aberto
que contém Ø ? ß ticada.
A árvore de refutação está COMPLETA, isto é, com
todos os ramos fechados, logo, a busca de uma
refutação para o argumento de negar a conclusão
falhou, pois só encontrou contradições, e
portanto, a FORMA É VÁLIDA.
1. P ? Q 2. ? ? ? P 3. P 1 ? 4. Q 1 ? 5. ? P 2
? ? 6. X 3 ?
P ? Q
? ? P
30Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.4. Conjunção Negada (? ?) Se um ramo aberto
contém uma fórmula não ticada da forma ? (Ø?ß),
tica-se, ? (Ø?ß) e BIFURCA-SE o o final de cada
ramo aberto que contém ? (Ø ? ß) ticada, no final
do primeiro ramo se esreve ? Ø e no final do
segundo ramo se escreve ? ß.
? (P ? Q)
? P ? ? Q
1. ? (P ? Q) 2. ? (? P ? ? Q)
?
?
3. ? P (1 ? ?) ? Q (1 ? ?)
4. ? ? P (2 ? ?) ?? ? Q (2 ? ?) ?? ? P (2
? ?) ? ? Q (2 ? ?) 5. X (3,4 ?)
Q (4? ?) P (4? ?) X
(3,4 ?)
O exemplo acima nos mostra que há dois ramos
abertos, conseqüentemente a fórmula é inválida, o
que significa que estes ramos são contra-exemplos.
31Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.5. Disjunção (v) Se um ramo aberto contém uma
fórmula não ticada da forma Øvß, tica-se, Øvß e
BIFURCA-SE o o final de cada ramo aberto que
contém Ø v ß ticada, no final do primeiro ramo se
esreve Ø e no final do segundo ramo se escreve ß.
? Q
P v Q, P
1. P v Q 2. P 3.
? ? Q 4.
Q (3 ? ?)
?
?
5. P (1 v) Q (1 v)
O exemplo acima nos mostra que há dois ramos
abertos, conseqüentemente a fórmula é inválida, o
que significa que estes ramos são contra-exemplos.
32Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.6. Condicional (?) Se um ramo aberto contém
uma fórmula não ticada da forma Ø ? ß, tica-se, Ø
? ß e BIFURCA-SE o o final de cada ramo aberto
que contém Ø? ß ticada, no final do primeiro ramo
se esreve ? Ø e no final do segundo ramo se
escreve ß.
P ? Q, Q ? R, P
R
1. P ? Q 2. Q ? R 3.
P 4. ? R
Como a árvore completa está fechada, a
refutaçao enpreendida falha e a forma é válida.
?
?
5. ? P (1 ? ) Q (1
v) 6. X (3,5 ? ) 7. ? Q (2 ? )
? R (2 ? ) 8. X (5,7 ? ) X (4,7
? )
33Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.7. Disjunção Negada (? v) Se um ramo aberto
contém uma fórmula não ticada da forma ? (Øvß),
tica-se, ? (Øvß) e ESCREVE-SE ? Ø e ? ß no final
de cada ramo aberto que contém ? (Øvß) ticada.
P v Q
P ? Q
1. P ? Q 2. ? (P v Q) 3.
? P (2 ? v) 4.
? Q (2 ? v)
?
?
5. ? P (1 ? ) Q (1 ?
) 6. X (4,5 ? )
O ramo aberto indica que a forma é inválida
34Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.8. Condicional Negado (? ?) Se um ramo aberto
contém uma fórmula não ticada da forma ?(Ø?ß),
tica-se, ? (Ø ? ß) e ESCREVE-SE Ø e ? ß no final
de cada ramo aberto que contém ? (Ø?ß) ticada.
? P ? ? Q
P ? Q
1. ? P ? Q 2. ? (P
? Q) 3.
P (2 ? ? ) 4. ? Q (2 ? ? )
?
?
5. ? ? ? P (1 ? ) ?
Q (1 ? ) 6. P (5 ? ? )
Os ramos abertos indica que a forma é inválida
35Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.9. Bicondicional (?) Se um ramo aberto contém
uma fórmula não ticada da forma Ø ? ß, tica-se, Ø
? ß e BIFURCA-SE o o final de cada ramo aberto
que contém Ø ? ß ticada, no final do primeiro
ramo se esreve Ø e ß e no final do segundo ramo
se escreve ? Ø e ? ß.
? Q
P ? Q, ? P
36Cálculo das Proposições
- Árvores de Refutação
- 2.10. Bicondicional Negado (? ?) Se um ramo
aberto contém uma fórmula não ticada da forma ?
(Ø ? ß), tica-se, ? (Ø ? ß) e BIFURCA-SE o o
final de cada ramo aberto que contém ? (Ø ? ß)
ticada, no final do primeiro ramo se esreve Ø e
?ß e no final do segundo ramo se escreve ? Ø e
ß.
P, P ? Q
P ? Q
As Tabelas-Verdade garantem a decidibilidade da
lógica proposicional, porém elas são enfadonhas e
ineficazes(NP-COMPLETAS) para um número muito
grande de fórmulas-atômicas. Já as árvores de
refutação fornecem um algoritmo mais eficaz para
executar as mesmas tarefas.
37Pucha! Ainda bem que acabou!