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METODOLOGIA E T

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Title: METODOLOGIA E T


1
METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS
  • PONTO III.3
  • Metodologia Geral de Elaboração de Cenários

2
Bibliografia
  • Buarque, S.C. Metodologias e Técnicas de
    Construção de Cenários Globais e Regionais.
    Brasília IPEA, 2003 (Texto para Discussão Nº.
    939)
  • Marcial E.C. e Grumbach, R. J. dos S. Cenários
    Prospectivos. Como construir um futuro melhor.
    Rio de Janeiro 2002.

3
Tópicos de discussão
  • Características gerais dos cenários
  • Diretrizes metodológicas
  • Método indutivo e dedutivo
  • Processo geral de trabalho
  • Cenário Normativo (ou Desejado)
  • Cenários de Macrosistemas
  • Trajetórias dos cenários
  • Atores sociais e a construção do futuro
  • Métodos de tratamento espacial

4
Características gerais dos cenários
  • Cenário é o conjunto formado pela descrição
    coerente de uma situação futura e pelo
    encaminhamento dos acontecimentos que permitem
    passar da situação de origem à situação futura
    (Michel Godet, 1987)
  • Cenários são descrições do futuro com base em
    jogos coerentes de hipóteses sobre os
    comportamentos plausíveis e prováveis das
    incerteza. (Sérgio C. Buarque, 2003)

5
Tipos de Cenários
  • Possíveis todos os que a mente humana pode
    imaginar
  • Realizáveis todos os possíveis de ocorrer e que
    levam em conta os condicionantes futuros.
  • Desejáveis encontram-se em qualquer parte do
    possível, mas nem todos são, necessariamente,
    realizáveis.

6
Fonte Marcial e Grumbach (2002)
7
Tipos de Cenários
8
Tipos de Cenários
  • Cenários desejados ou normativos
  • Aproximam-se das aspirações do decisor em relação
    ao futuro para ser um cenário a descrição devem
    ser plausíveis e viáveis.
  • Pode-se dizer que o cenário desejado ou normativo
    é UTOPIA PLAUSÍVEL, capaz de ser efetivamente
    construída e, portanto, demonstrada técnica e
    logicamente como viável

9
Tipos de Cenários
Fonte Buarque, 2003
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Tipos de Cenários
  • Cenários exploratórios
  • Os cenários exploratórios caracterizam futuros
    possíveis ou prováveis do contexto considerado
    mediante a simulação e desdobramento de certas
    condições iniciais diferenciadas, sem que seja
    assumida qualquer opção ou preferência por um dos
    futuros configurados.

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Tipos de Cenários
  • Cenários exploratórios extrapolativos
  • Nos cenários exploratórios extrapolativos o
    futuro é apenas um prolongamento do passado e do
    presente e compreende duas variantes o futuro
    "livre de surpresas" e o futuro com variações
    canônicas.

12
Tipos de Cenários
Fonte Buarque, 2003
13
Tipos de Cenários
  • Cenários exploratórios com variações canônicas
  • A extrapolação com variações canônicas, por sua
    vez, consiste em variar um ou mais parâmetros
    característicos do futuro livre de surpresas e,
    com isso, configurar os futuros alternativos
    resultantes. Significa, na prática, introduzir
    uma faixa de variação admissível no futuro livre
    de surpresas e sempre a partir dele. Ou seja, não
    há mudança qualitativa

14
Tipos de Cenários
Fonte Buarque, 2003
15
Tipos de Cenários
  • Cenários exploratórios multiplos
  • Os cenários exploratórios múltiplos pressupõem
    rupturas nas trajetórias de futuro,
    representando, portanto, futuros plausíveis ou
    prováveis qualitativamente distintos.

16
Tipos de Cenários
Fonte Buarque, 2003
17
Tipos de Cenários
  • Cenários de referência
  • O cenário de referência é o que caracteriza a
    evolução futura suposta como a mais provável do
    objeto cenarizado, no instante em que a projeção
    é realizada e a todos os instantes onde as
    escolhas ou rupturas se impõem aos atores
    dominantes, considerando as mudanças e demais
    tendências latentes ou prevalecentes em uma
    situação de partida.

18
Características gerais dos cenários
  • No que diz respeito ao conteúdo de um cenário,
    primeiramente deve-se considerar o sistema em que
    a organização atua, o qual é composto por
  • objetivo de cenarização
  • horizonte temporal
  • lugar

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Fonte Marcial e Grumbach (2002)
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Características gerais dos cenários
  • Um cenários completo, em geral, contém seis
    elementos principais

Título
Filosofia
Variáveis
Atores
Cenas
Trajetórias
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Características gerais dos cenários
  • Título serve como lembrança ou referência de um
    cenário específico
  • Filosofia sintetiza o movimento ou a direção
    fundamental do sistema considerado. É a
    idéia-força do cenário.
  • Cena visão da situação considerada em um
    determinado instante do tempo, a qual descreve
    como estão organizados entre si os atores e as
    variáveis naquele instante.
  • Trajetória é o percurso ou caminho seguido pelo
    sistema no horizonte de tempo considerado.
    Descreve o movimento ou a dinâmica desse sistema
    desde a cena inicial até a cena final.

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Fonte Marcial e Grumbach (2002)
23
Fonte Marcial e Grumbach (2002)
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Fonte Marcial e Grumbach (2002)
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Diretrizes metodológicas
  • A essência da metodologia reside na delimitação e
    no tratamento e na classificação dos eventos em
    graus diferentes de incerteza
  • O grande segredo da metodologia de cenários
    reside no reconhecimento e na classificação dos
    eventos em graus diferentes de incerteza.

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Diretrizes metodológicas
  • O poder da metodologia de cenários decorre da
    habilidade e da capacidade para organização
    lógica (causal) de um grande volume de
    informações e de dados relevantes e
    diferenciados.
  • Para isso é preciso contar com uma base
    conceitual e analítica capaz de identificar
    incertezas, classificar eventos e analisar as
    relações causais e lógicas de grande massa de
    informações e processos.

27
Diretrizes metodológicas
  • Como forma de contornar a complexidade de
    interpretação da realidade, utiliza-se a
    abordagem sistêmica, em que se representa a
    totalidade complexa por um conjunto de variáveis
    centrais e se procura compreender a lógica de
    interação entre elas e a lógica de determinação
    do sistema.
  • Nenhuma parte possui as propriedades do todo.

28
Diretrizes metodológicas
  • Para lidar com a complexidade e a incerteza é
    necessário considerar alguns princípios e
    recomendações básicas
  • Evitar o impressionismo e o imediatismo não se
    deixar levar pela instabilidade nem pelas
    inércias estruturais de curto prazo.
  • Recusar consensos duvidar e desconfiar do senso
    comum e das idéias dominantes. A moda e as
    verdades consolidadas são os piores adversários
    de um bom trabalho de construção de cenários,
    porque reduzem a capacidade de percepção dos
    fatores de mudança.

29
Diretrizes metodológicas
  • Ampliar e confrontar as informações não se
    deixar levar pelas informações e afirmações da
    imprensa é necessário ampliar as fontes de
    informação e conhecimento.
  • Explorar a intuição estimular a manifestação dos
    sentimentos e das percepções, passando depois
    pelo tratamento técnico e pela análise de
    plausibilidade.
  • Aceitar o impensável recusar as posturas e
    atitudes inibidoras da criatividade e do
    pensamento não convencional.

30
Diretrizes metodológicas
  • Reforçar a diversidade de visões evitar grupos
    de trabalho com grande uniformidade de visão de
    mundo e com tendência à convergência ou consenso
    fácil em relação à realidade.
  • Ressaltar a análise qualitativa antes de
    qualquer quantificação na descrição do futuro, é
    necessária a compreensão da natureza e da
    qualidade dessa realidade futura. As
    quantificações com os modelos matemáticos
    possíveis e disponíveis servem apenas para dar a
    ordem de grandeza das trajetórias gerais e para a
    realização de teste de consistência.

31
Método indutivo e dedutivo
  • As metodologias de construção de cenários podem
    ser diferenciadas em dois grandes conjuntos
    distintos segundo o tratamento analítico
    processo indutivo e processo dedutivo.

32
Método indutivo
  • No método indutivo, os cenários são formados a
    partir da aglomeração e da combinação de
    hipóteses sobre o comportamento dos principais
    eventos e constituem um jogo coerente de
    acontecimentos singulares o cenários emergem do
    particular (partes) para o geral.

33
Método dedutivo
  • No método dedutivo consiste em descobrir
    estruturas de futuro a partir dos dados e das
    informações apresentadas pelos eventos e
    constituem um marco geral a partir do qual são
    formulados os cenários tenta-se inferir o quadro
    de referência do conjunto dos eventos saindo do
    quadro geral e indo para o particular.

34
Processo geral de trabalho
  • Embora existam diversas metodologias e
    orientações técnicas para a construção de
    cenários, todos os caminhos seguem uma seqüência
    lógica
  • identificação das latências (eventos e processos
    emergentes ou fatos portadores de futuro)
  • definição e a combinação de hipóteses plausíveis
    sobre o futuro das incertezas.

35
Processo geral de trabalho
  • O processo de trabalho procura responder cinco
    perguntas fundamentais
  • Que fatores (condicionantes) estão amadurecendo
    na realidade atual que indicam uma tendência de
    futuro?
  • Quais são os condicionantes mais relevantes e os
    de desempenho futuro mais incerto (principais
    incertezas)?
  • Que hipóteses parecem plausíveis para a definição
    de eventuais e prováveis comportamentos futuros
    dessas incertezas centrais?
  • Como podem ser combinadas as diferentes hipóteses
    para as diversas incertezas consideradas
    relevantes?
  • Que combinações de hipóteses das incertezas podem
    ser consideradas consistentes para a formação de
    um jogo coerente de hipóteses?

36
Processo geral de trabalho
  • Para responder a essas perguntas é necessário
    utilizar um marco teórico de interpretação da
    realidade para compreender quais são os fatores
    da realidade atual que tenderiam a definir o
    futuro, principalmente para se chegar à definição
    das principais incertezas.

37
Processo geral de trabalho
  • A análise e o tratamento de relevância das
    incertezas, plausibilidade de hipóteses e
    consistência de combinações pressupõem, portanto,
    um conhecimento científico e um modelo teórico de
    interpretação da realidade para dar solidez e
    sustentação ao refinamento da arte e da
    sensibilidade.

38
Processo geral de trabalho
  • Para se responder à primeira questão a qual se
    refere aos condicionantes do futuro deve-se
    realizar um estudo aprofundado da realidade
    buscando identificar as tendências visíveis e
    relevantes de cujo desempenho dependem as
    alternativas futuras (análise retrospectiva e
    análise de conjuntura).

39
Processo geral de trabalho
  • Para responder à segunda pergunta quais são os
    condicionantes mais relevantes deve ser feita
    uma seleção dos condicionantes para que sejam
    identificados os de maior relevância e de maior
    incerteza.
  • Os condicionantes que, de fato, influenciam
    fortemente o futuro são precisamente aqueles que
    traduzem ou interferem nas variáveis mais
    importantes do sistema-objeto.

40
Processo geral de trabalho
  • O passo seguinte consiste na classificação dos
    condicionantes em que se procura classificar
    aqueles mais relevantes e de maior incerteza.
  • O que vai determinar o desenho do futuro será
    comportamento combinado e diferenciado das
    incertezas críticas - de alta relevância e de
    alta incerteza , sobre os quais se deve
    concentrar as análises de plausibilidade e de
    consistência.

41
Processo geral de trabalho
  • Porter (1989) sugere a seguinte classificação dos
    diversos graus de incertezas
  • Elementos constantes (Ex Em 2020 o Brasil
    continuará a ser uma República Federativa).
  • Mudanças predeterminadas (Ex mudanças no tamanho
    e estrutura da população).
  • Mudanças incertas elementos que no futuro devem
    apresentar comportamento diferente daquele do
    presente e cujo caminho não pode ser antecipado.

42
Processo geral de trabalho
  • As mudanças incertas incerteza críticas são
    os eventos e os processos mais relevantes e
    determinantes do sistema são eles que fazem a
    diferença na definição das diversas alternativas
    de futuro, de acordo com as hipóteses formuladas
    para seu desempenho incerto, e constituem a base
    dos cenários.

43
Processo geral de trabalho
  • Os processos considerados incertos (alta
    incerteza) não podem ter seu desempenho futuro
    descrito a não ser por meio da formulação de
    hipóteses alternativas (terceira questão) que
    possam ser defensáveis, vale dizer, que sejam
    plausíveis e prováveis (logicamente
    demonstráveis).

44
Processo geral de trabalho
  • A combinação de hipóteses de várias incertezas,
    além de criar um grande número de alternativas,
    pode levar a alguns resultados que não constituem
    um conjunto consistente (quarta questão).
  • Por conta disso, a última questão (a quinta)
    consiste, precisamente, em cruzar as hipóteses
    das diversas incertezas e analisar a consistência
    das combinações.

45
Fonte Buarque, 2003
46
Processo geral de trabalho
  • A essência do trabalho de construção de cenários
    concentra-se, portanto, em grandes momentos
    fundamentais
  • a identificação de incertezas críticas
  • a formulação de hipóteses

47
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • O cenário normativo consiste no ...espaço do
    possível que os atores sociais devem construir
    dentro dos limites e das possibilidades definidas
    pelas condições históricas (Sudam, 1990, apud
    Buarque, 2003)
  • Expressa o compromisso no futuro estabelecido
    entre a vontade e as circunstâncias.

48
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • O processo começa com a formulação do futuro
    desejado, ainda atemporal (sem definição de
    horizonte) e livre de restrições uma utopia ou
    sonho futuro que servirá de referencial para a
    descrição do cenário normativo.
  • O futuro desejado só se torna um cenário quando
    for demonstrada sua plausibilidade, o que
    normalmente leva a uma nova descrição do futuro
    que a sociedade almeja, futuro este que de fato
    se pode alcançar.

49
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • Há duas formas de elaboração do futuro desejado
  • Identificação de um parâmetro desejável
    (benchmarking).
  • Problema por não corresponder a uma experiência
    vivida da sociedade pode não ser capaz de
    mobilizar corações e mentes.
  • Consulta à sociedade diretamente interessada no
    assunto.
  • Problema as pessoas normalmente desejam apenas o
    que de algum modo já vivenciaram, o que de algum
    modo pode limitar o papel transformador da
    utopia.

50
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • O passo seguinte da metodologia consiste no
    confronto dos desejos com as condições concretas
    da realidade estudada para calibrar as
    expectativas.
  • Esse confronto dos desejos com as possibilidades
    pode ser feito numa relação direta do futuro
    esperado com a realidade atual (restrições e
    inércias estruturais) mediante a construção de
    uma trajetória invertida em que o futuro olha o
    presente , o que representa um processo circular
    e de aproximações sucessivas.

51
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • A análise anterior pode ser feita apenas com base
    no confronto do desejo (atemporal e livre de
    restrições) com o presente e não necessita de uma
    trajetória provável ao longo do horizonte de
    tempo estudado como uma referência da análise.
  • Entretanto, a existência de uma trajetória mais
    provável (cenários de referência) ou de
    trajetórias de cenários alternativos pode ajudar
    na construção do cenário normativo ao organizar o
    confronto do futuro desejado com o futuro
    provável ao longo do tempo.

52
Cenário Normativo (ou Desejado)
Fonte Buarque, 2003
53
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • O processo básico, entretanto, consiste em
    definir, de uma lado, o futuro desejado e, de
    outro, os cenários alternativos ou o cenário de
    referência (com sua trajetória) de cuja relação
    surge o cenário normativo.

54
Fonte Buarque, 2003
55
Cenário Normativo (ou Desejado)
  • Com base no confronto da vontade política
    (futuro desejado) com os cenários alternativos,
    preferencialmente com o cenários de referência
    (trajetória mais provável), vão sendo definidos
    os avanços em cada intervalo de tempo (cenas) e
    redesenhada a trajetória em direção ao futuro
    desejado.
  • Considerando-se as forças inerciais e os fatores
    estruturais, o cenário desejado afasta-se
    lentamente da trajetória mais provável e pode
    descolar-se das probabilidades à medida que se
    distância no tempo e se aproxima do horizonte de
    longo prazo, ou seja, quanto mais distante do
    ponto de partida, menor a rigidez inicial.

56
Cenário Normativo (ou Desejado)
Fonte Buarque, 2003
57
Cenários de Macrosistemas
  • No primeiro caso (planos de governo), o objeto
    estudado é o sistema complexo em que os governos
    devem intervir país, região, estado, município
    com o propósito de alterar a realidade.
  • Para a formulação de estratégias empresariais, os
    cenários têm papel diferente na medida em que as
    empresas não têm o propósito de mudar o futuro da
    realidade (a não ser em casos isolados) na qual
    atuam, e sim aproveitar as oportunidades ou
    evitar as ameaças decorrentes dela.

58
Cenários de Macrosistemas
  • Para a construção de cenários exploratórios é
    interessante diferenciar os cenários que servem
    de base para a formulação de planos de
    desenvolvimento de governos daqueles que
    contribuem para a definição de estratégias
    empresariais.

59
Cenários de Macrosistemas
  • A estratégia governamental (planos de
    desenvolvimento) é um conjunto de ações ao longo
    do tempo (desde o presente) capaz de intervir
    sobre os cenários prováveis com o propósito
    explicito de alterar o futuro e de construir um
    determinado futuro desejado pela sociedade.

60
Cenários de Macrosistemas
  • E necessário, nesse caso, além de formular além
    dos cenários alternativos o que pode ocorrer no
    futuro do sistema-objeto que seja formulado
    também um cenário normativo.
  • Os planos do governo devem estar orientados para
    mudar o provável cenários alternativos em
    direção ao desejo possível.

61
Fonte Buarque, 2003
62
Cenários de Macrosistemas
  • O objeto dos cenários empresariais é,
    normalmente, o ambiente de negócios da empresa,
    entendido como o segmento de mercado no qual esta
    atua (ou pode vir a atuar) como produtora de bens
    e serviços.
  • Deve-se distinguir o interesse e a postura de
    empresas isoladas dos segmentos empresariais, que
    constituem atores sociais com intenções claras de
    influenciar o ambiente geral de negócios (globais
    ou setoriais) ao recorrem a lobbies e a outros
    instrumentos de pressão.

63
Fonte Buarque, 2003
64
Trajetórias dos cenários
  • Os cenários apresentam uma descrição dos futuros
    alternativos em certo horizonte de tempo
    previamente escolhido (como será a realidade
    naquela data?), mas devem conter também uma
    explicação do caminho que vai da realidade
    presente aos diversos futuros
  • Esse caminho é denominado trajetória e indica, de
    forma lógica e tecnicamente fundamentada, o
    processo em que a realidade pode evoluir, ao
    vencer as inércias estruturais e ao permitir o
    amadurecimento dos condicionantes e das
    incertezas centrais.

65
Trajetórias dos cenários
  • Diante de três ou quatro cenários com suas
    trajetórias relativamente lineares (dominantes),
    o planejador coloca-se diante da pergunta
    imediata a partir de qual alternativa deve tomar
    decisões?
  • Segundo Porter (1989), ...uma estratégia
    construída em torno de um cenário é arriscada,
    enquanto uma estratégia projetada para garantir
    sucesso em todos os cenários é dispendiosa.

66
Trajetórias dos cenários
  • Aparentemente, a mais sábia orientação seria
    focalizar as ações em direção ao cenário mais
    provável, criando alguns espaços de flexibilidade
    e de capacidade de adaptação com uma estratégia
    de contingência, reforçando, portanto, o
    monitoramento.
  • O recurso analítico de simplificação que tem sido
    utilizado denomina-se trajetória mais provável
    (TMP).

67
Trajetórias dos cenários
  • Diferentemente dos cenários inicialmente
    desenhados, os quais apresentam uma trajetória
    dominante, a trajetória mais provável pode ser
    compreendida como um outro cenário, desenhado
    após a formulação dos cenários alternativos, que
    tem como característica diferenciada o fato de
    contemplar e explorar inflexões e eventuais
    mudanças de direção do futuro que alterem ao
    longo do tempo a própria filosofia básica do
    cenário.
  • Uma ferramenta importante para a definição da
    trajetória dominante é a técnica da análise de
    conjuntura aplicada de forma permanente sobre as
    incertezas críticas.

68
Trajetórias dos cenários
  • Aparentemente, a mais sábia orientação seria
    focalizar as ações em direção ao cenário mais
    provável, criando alguns espaços de flexibilidade
    e de capacidade de adaptação com uma estratégia
    de contingência, reforçando, portanto, o
    monitoramento.
  • A definição de um cenário de referência é feita
    com base numa análise que procura identificar o
    cenário de mais alta probabilidade o mais
    provável dos prováveis o que demanda um esforço
    técnico adicional.

69
Atores sociais e a construção do futuro
  • Cada cenário configura e expressa um determinado
    quadro hegemônico com o predomínio de uma aliança
    de atores em torno de um dado projeto.
  • O futuro depende fortemente da capacidade dos
    atores constituírem um projeto dominante,
    assumindo o controle dos instrumentos necessários
    para sua implementação.

70
Atores sociais e a construção do futuro
  • É preciso, assim, analisar o jogo dos atores
    sociais, seus interesses, as alianças e os
    acordos políticos que podem realizar para definir
    um projeto dominante, patrocinando determinados
    cenários.
  • Este estudo consiste em identificar os grupos
    sociais envolvidos e interessados no objeto de
    análise (stakeholders), em seus interesses, sua
    capacidade e sua força política.
  • Pode-se, assim, fundamentar a factibilidade dos
    cenários alternativos testando também a
    probabilidade deles no terreno político.

71
Métodos de tratamento espacial
  • Método indutivo parte da análise da região para
    identificar de dentro para fora os fatores
    determinantes de futuro (condicionantes endógenos
    e exógenos).
  • Definidos os condicionantes externos mais
    relevantes, passa-se à formulação de hipóteses
    sobre seus prováveis desempenhos futuros do mesmo
    modo que é feito no caso de condicionantes
    internos (ou incertezas críticas)

72
Fonte Buarque, 2003
73
Métodos de tratamento espacial
  • Hierarquia linear é um método dedutivo parte-se
    da construção de cenários de contexto dos quais
    se desdobram os condicionantes externos da
    microregião.
  • Esse processo parte de uma hierarquia linear e
    relativamente rígida.
  • Trata-se de uma simplificação consistente da
    realidade quando se trata de regiões sem espaço
    de articulação, sem intercâmbio múltiplo com os
    diversos cortes espaciais, mas com maior
    articulação com os níveis hierárquicos.

74
Fonte Buarque, 2003
75
Métodos de tratamento espacial
  • Influências múltiplas e combinadas considera que
    os cortes espaciais não têm relação hierarquizada
    e a região pode receber influencias combinadas
    dos diversos contextos mais distantes e mais
    próximos sem mediações.
  • Para não abrir excessivamente o leque de
    alternativas, deve-se selecioná-las por meio da
    utilização de três critérios
  • Análise de consistência
  • Agrupamento das combinações com alto grau de
    semelhança
  • Seleção de combinações que apresentam maior grau
    de sustentação política.

76
Fonte Buarque, 2003
77
Métodos de tratamento espacial
  • Dependência de espaços intermediários no caso de
    uma grande subordinação do contexto intermediário
    (entorno imediato) como o Brasil ao contexto
    mais distante contexto internacional o mais
    provável poderia ser a identificação de apenas um
    cenário nacional para cada um dos cenários
    mundiais de acordo com a consistência da
    interação.
  • Nesse caso o objeto (a região) receberia os
    efeitos combinados dos cenários mundiais e
    nacionais, mas estes estariam fortemente
    condicionados pelas alternativas do contexto
    internacional.

78
Fonte Buarque, 2003
79
Bibliografia
  • BAS, Enric. Megatendencias para el Siglo XXI. Un
    estudio Delfos. México Fondo de Cultura
    Econômica, 2004, p.78-134.BUARQUE, S. C.
    Metodologia e Técnicas de Construção de
    Cenários. Textos para Discussão N.º 939.
    Brasília IPEA, 2003, p.50-67GODET, M. Creating
    Futures. Scenario Planning as Strategic
    Management Tool. Paris Economica. 2006,
    p.107-159MARCIAL, E. C. e GRUMBACK, R. J.
    Cenários Prospectivos. Como construir um futuro
    melhor. Rio de Janeiro Editora FGV, 2004.
    p.43-89
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