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Title: Cap tulo 5- Movimentos na atmosfera Author: Escola Superior de Tecnologia de Set bal Last modified by: EST Created Date: 11/13/2000 7:42:59 PM – PowerPoint PPT presentation

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Title: Cap


1
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.1
  • Máquinas térmicas
  • Dispositivos cíclicos, cujo fluido operante
    retorna ao estado inicial no fim de cada ciclo
  • Trabalho realizado pelo fluido operante durante
    parte do cíclico
  • -
  • Trabalho realizado neste fluido operante na fase
    restante
  • Balanço de trabalho fornecido pela máquina
  • O rendimento de um ciclo de uma máquina térmica
    depende em grande parte da forma como são
    realizados os processos que compõem o ciclo.
  • O balanço de trabalho e o rendimento do ciclo são
    maximizados pelos
  • processos que necessitam o mínimo trabalho
    possível processos
  • processos que realizem o máximo trabalho
    possível reversíveis
  • Ciclos Ciclos constituídos
  • mais inteiramente por
  • eficientes processos reversíveis

2
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
4.2
  • Ciclos reversíveis
  • impossíveis, na prática, pois não se podem
    eliminar as irreversíbilidades associadas a cada
    processo
  • servem como limites superiores ao desempenho de
    ciclos reais
  • base para o desenvolvimento de ciclos reais,
    sendo modificados de modo a obter os resultados
    pretendidos.
  • Ciclo De Carnot
  • ciclo reversível mais conhecido
  • proposto em 1824 por Sadi Carnot
  • máquina térmica de Carnot
  • composto por 4 processos reversíveis 2
    isotérmicos e 2 adiabáticos.
  • pode realizar-se em sistema fechado ou com
    escoamento em regime permanente.

3
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.3
  • Ciclos de Potência
  • Duas importantes da aplicação da termodinâmica
    são a produção de potência e a refrigeração,
    geralmente realizadas por sistemas que funcionam
    com um ciclo termodinâmico.
  • Ciclos de potência ciclos termodinâmicos
    segundo os quais funcionam os dispositivos ou
    sistemas utilizados para produzir um débito de
    potência (geralmente denominados motores).
  • Ciclos de refrigeração ciclos termodinâmicos
    segundo os quais funcionam os dispositivos ou
    sistemas utilizados para produzir o efeito de
    refrigeração (denominam-se frigoríficos,
    aparelhos de ar condicionado ou bombas de calor)
  • Ciclos de vapor fluido operante permanece na
    fase gasosa durante a totalidade do ciclo
  • Ciclos de gás fluido operante encontra-se na
    fase de vapor durante parte do ciclo e na fase
    líquida no restante período.
  • Ciclos fechados o fluido operante retorna ao
    estado inicial no fim do ciclo, sendo recirculado
  • Ciclos abertos o fluido é renovado no fim cada
    ciclo em vez de ser reutilizado.

4
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.4
  • Nos motores de automóveis, os gases de combustão
    são expelidos e substituídos por uma mistura nova
    de ar e combustível no fim de cada ciclo. O motor
    funciona num ciclo mecânico, mas o fluido
    operante não completa a totalidade de um ciclo
    termodinâmico.
  • As máquinas térmicas são categorizadas
  • combustão externa (tais como centrais térmicas a
    vapor), a energia é fornecida ao fluido através
    de uma fonte externa, tal como uma caldeira, poço
    geotérmico, reactor nuclear ou até o Sol
  • combustão interna (tal como um motor de
    automóvel), o fornecimento de calor é realizado
    pela queima do combustível no interior da
    fronteira do sistema.
  • Os ciclos encontrados nos dispositivos reais são
    de difícil análise devido à presença de efeitos
    complexos, tais como o atrito e a ausência de
    tempo suficiente para o estabelecimento de
    condições de equilíbrio durante o ciclo.
  • De forma a tornar o estudo analítico viável é
    necessário manter as complexidades a um nível
    controlável e utilizar algumas simplificações.
  • Quando o ciclo real é desprovido de todas as
    irreversibilidades internas e complexidades,
    obtém-se um ciclo que se assemelha bastante a um
    composto totalmente por processos internamente
    reversíveis ciclo ideal

5
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.5
  • Os motores térmicos são projectados, com o
    intuito de converter formas de energia
    (geralmente na forma de calor) em trabalho, sendo
    o seu desempenho expresso em termos do rendimento
    térmico ?t que representa a razão entre o
    trabalho útil produzido pela máquina e o calor
    total recebido.
  • As máquinas térmicas que funcionam num ciclo
    totalmente reversível como o de Carnot,
    apresentam o máximo rendimento térmico de todas
    as máquinas térmicas que funcionam entre mesmos
    níveis de temperatura, ou seja, não é possível
    desenvolver um ciclo mais eficiente que o ciclo
    de Carnot.
  • A maior parte dos ciclos encontrados na prática
    diferem significativamente do de Carnot,
    tornando-o inadequado como ciclo realista.
  • Os ciclos ideais são internamente reversíveis
    mas, ao contrário do ciclo de Carnot podem não
    ser externamente reversíveis. Ou seja, podem
    desenvolver irreversibilidades externas ao
    sistema, tal como transferência de calor com
    diferença finita de temperatura. Portanto, o
    rendimento térmico de um ciclo real é geralmente
    inferior ao de um totalmente reversível que
    funciona entre os mesmos limites de temperatura.
    Porém, este é ainda consideravelmente superior ao
    de um ciclo real, devido às idealizações
    utilizadas.

6
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.6
  • As idealizações e as simplificações geralmente
    utilizadas na análise de -potência podem ser
    resumidas a
  • o ciclo não envolve qualquer atrito ? o fluido
    operante não sofre qualquer perda de carga, à
    medida que se escoa por tubos ou dispositivos
    permutadores de calor.
  • todos os processos de expansão e de compressão
    ocorrem em quase-equilíbrio.
  • as condutas que ligam os diversos componentes de
    um sistema são bem isoladas sendo desprezável a
    transferência de calor através destas.
  • desprezam-se ainda as energias cinética e
    potencial do fluido operante. Isto é válido,
    visto que em dispositivos que envolvam trabalho
    do veio, tais como turbinas, compressores e
    bombas, os termos das energias cinética e
    potencial são geralmente muito pequenos em
    relação a outros termos da equação da energia.
  • As velocidades do fluido encontradas nos
    dispositivos, como condensadores, caldeiras e
    tanques, são normalmente baixas, e os caudais de
    fluido sofrem pequenas variações nas suas
    velocidades, implicando variações de energia
    cinética desprezáveis.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.7
  • As tubeiras e difusores são os únicos
    dispositivos em que as variações desta energia
    são significativas, pois estes são
    especificamente projectados para grandes
    variações de velocidade.
  • Os diagramas de propriedades, tais como os de p-v
    e T-s, serviram como auxiliares valiosos na
    análise de processos termodinâmicos. Em ambos os
    diagramas, a área limitada pelas curvas dos
    processos constitui o trabalho real produzido
    durante o ciclo, que é também equivalente à
    transferência de calor do ciclo.
  • Este tipo de ciclo não envolve qualquer
    irreversibilidade interna, sendo a transferência
    de calor o único efeito que pode variar a
    entropia do fluido operante durante o processo.
  • Num diagrama T-s, o processo de adição de calor
    procede na direcção do aumento de entropia,
    enquanto um processo de rejeição de calor procede
    na direcção da diminuição de entropia, e um
    isentrópico (internamente reversível e
    adiabático) procede com entropia constante.
  • Neste diagrama, a área abaixo da curva do
    processo representa a transferência de calor.
  • Qadm área abaixo do processo de adição de calor
    é a medida geométrica do calor total fornecido
    durante o ciclo
  • Qsai a área abaixo do processo de rejeição de
    calor é a medida do calor total rejeitado.
  • A diferença entre estas duas (a área definida
    pela curva do ciclo) é o balanço de transferência
    de calor ? o balanço de trabalho produzido
    durante o ciclo.

8
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.8
  • Portanto, num diagrama T-s, a razão entre a área
    interior ao ciclo e a área abaixo da curva do
    processo de adição de calor representa o
    rendimento térmico do ciclo.
  • Qualquer modificação que aumente a razão destas
    duas áreas irá também melhorar o rendimento
    térmico do ciclo.
  • Embora o fluido operante de um ciclo de potência
    ideal funcione em circuito fechado, o tipo de
    processos individuais que compõem o ciclo depende
    dos dispositivos individuais empregues para
    realizar o ciclo.
  • No ciclo de Rankine que é o ciclo ideal para
    centrais térmicas a vapor, o fluido operante
    atravessa uma série de dispositivos com
    escoamento em regime permanente, tais como
    turbinas e condensadores, enquanto no ciclo Otto,
    que é o ciclo ideal para motores de combustão
    interna a gasolina, o fluido operante é altamente
    expandido e comprimido num dispositivo
    êmbolo-cilindro.
  • Portanto, devem-se utilizar as equações relativas
    a sistemas com escoamento em regime permanente na
    análise do ciclo de Rankine e equações relativas
    a sistemas fechados na análise do ciclo de Otto.
  • Ciclo de Carnot e o valor na Engenharia
  • O ciclo de Carnot, é constituído por quatro
    processos totalmente reversíveis adição
    isotérmica de calor, expansão isentrópica,
    rejeição isotérmica de calor e compressão
    isentrópica.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.9
  • Este ciclo pode ser realizado num sistema fechado
    (dispositivo êmbolo-cilindro) ou num sistema com
    escoamento em regime permanente (utilizando duas
    turbinas e dois compressores).
  • Pode utilizar-se um gás ou vapor como fluido
    operante. O ciclo de Carnot,é o mais eficiente
    que pode ser realizado entre uma fonte quente à
    temperatura TQ e uma fonte fria à temperatura TF,
    sendo o seu rendimento térmico expresso como

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.10
  • A transferência de calor isotérmica e reversível
    é extremamente difícil de alcançar na realidade,
    pois seriam necessários um permutador de calor
    muito grande e um período de tempo muito longo.
  • Não é prático construir uma máquina que
    funcionaria num cicio muito próximo do de Carnot.
  • O valor real do ciclo de Carnot resulta do facto
    de este ser tido como padrão e comparação de
    ciclos reais ou ideais. O rendimento térmico de
    um ciclo de Carnot é somente função das
    temperaturas das fontes quente e fria.
  • O rendimento térmico aumenta com o incremento da
    temperatura média à qual o calor é fornecido ao
    sistema ou com a diminuição da temperatura média
    à qual o calor é rejeitado pelo sistema. ? Ideia
    válida para ciclos reais e ideais.
  • As temperaturas das fontes quente e fria que
    podem ser utilizadas na prática estão contudo
    limitadas.
  • A temperatura máxima do ciclo está limitada pela
    resistência dos componentes da máquina térmica,
    tais como o êmbolo ou as pás da turbina. A menor
    temperatura está limitada pela temperatura do
    meio de arrefecimento utilizado, tal como um
    lago, um rio ou o ar atmosférico.

11
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.11
  • Ciclo a Vapor de Carnot
  • Admite -se o vapor de água como fluido operante,
    pois este é vulgarmente utilizado nos ciclos de
    potência a vapor.
  • Considere um ciclo de Carnot com escoamento em
    regime permanente realizado na região de
    saturação de uma substância pura.
  • O fluido é aquecido de uma forma reversível e
    isotérmica numa caldeira (processo 1-2),
    expandido isentropicamente numa turbina.
    (processo 2-3) condensado de uma forma reversível
    e isotérmica num condensador (processo 3-4) e
    comprimido isentropicamente por um compressor até
    ao estado inicial (processo 4-1).
  • Existem várias dificuldades associadas a este
    processo
  • 1. A transferência isotérmica de calor de ou para
    um sistema bifásico não é difícil de se alcançar
    na prática visto que mantendo a pressão constante
    no dispositivo, o valor da temperatura de
    saturação virá automaticamente fixado.

12
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.12
  • Os processos 1-2 e 3-4 podem ser aproximados por
    caldeiras e condensadores reais.
  • Limitar os processos de transferência de calor a
    sistemas bifásicos limita consideravelmente a
    temperatura máxima que pode ser utilizada pelo
    ciclo (deve permanecer inferior ao do ponto
    crítico, 374º C para a água). ? constrange o
    rendimento térmico.
  • Qualquer tentativa para aumentar a temperatura
    máxima do ciclo ? a transferência de calor para
    o fluido operante que se encontra numa única
    fase, sendo difícil de realizar isotermicamente.
  • 2. O processo de expansão isentrópica (processo
    2-3) pode ser aproximado por uma turbina bem
    projectada.
  • O título de vapor diminui durante este processo.
    ? a turbina processará vapor com elevado teor de
    humidade ? A colisão de gotas de líquido nas pás
    da turbina provoca a sua erosão. Portanto vapor
    com título inferior a cerca de 90 não pode ser
    utilizado em centrais térmicas. Este problema
    poderia ser eliminado através da utilização de um
    fluido operante que apresente uma linha de vapor
    saturado muito inclinada.
  • 3. A compressão isentrópica (processo 4-1)
    envolve a compressão de uma mistura de líquido e
    vapor para líquido saturado. Existem 2
    dificuldades
  • - não é fácil controlar o processo de condensação
    com precisão suficiente, de modo a obter o título
    desejado no estado 4

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.13
  • - não é viável projectar um compressor que
    processe 2 fases
  • Alguns destes problemas podem ser eliminados pela
    realização do ciclo de Carnot de uma forma
    diferente,(fig b).
  • Surgem outros problemas, tais como a compressão
    isentrópica até pressões extremamente elevadas e
    a transferência de calor isotérmica a pressões
    variáveis.
  • Conclui-se que o ciclo de Carnot não pode ser
    aplicado aos dispositivos reais, não podendo ser
    utilizado como modelo adequado para ciclos vapor.
  • Ciclo de Rankine O Ciclo Ideal de Potência a
    Vapor
  • Muitas das dificuldades podem ser eliminadas
    através do sobreaquecimento do vapor numa
    caldeira e a completa condensação num
    condensador. O resultado é o ciclo de Rankine,
    que não envolve quaisquer irreversbilidades
    internas e consiste nos seguintes quatro
    processos

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.14
  • 1-2 Compressão isentrópica numa bomba
  • 2-3 Adição de calor a pressão constante numa
    caldeira
  • 3-4 Expansão isentrópica numa turbina
  • 4-1 Rejeição de calor a pressão constante num
    condensador
  • Na bomba entra água como líquido saturado
    (estado 1), sendo comprimida isentropicamente até
    à pressão de serviço da caldeira.
  • A temperatura ?, devido à ligeira ? do volume
    específico da água.
  • A água entra na caldeira como líquido comprimido
    (estado 2), saindo como vapor sobreaquecido
    (estado 3).
  • A caldeira consiste basicamente num permutador de
    calor de grandes dimensões onde o calor cedido
    pelos gases de combustão, reactores nucleares ou
    outras fontes é transferido para a água a pressão
    essencialmente constante.
  • A caldeira, em conjunto com a secção onde o
    vapor é sobreaquecido (sobreaquecedor), é
    denominada gerador de vapor.
  • O vapor sobreaquecido (estado 3) entra na
    turbina onde é expandido isentropicamente,
    produzindo trabalho pela rotação do veio ligado
    ao gerador eléctrico.
  • Durante este processo, a temperatura e a pressão
    do vapor ? para os valores do estado 4, e o vapor
    entra no condensador.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.15
  • Neste estado o vapor encontra-se geralmente na
    fase saturada com elevado título.
  • O vapor é condensado a pressão constante no
    condensador, que é basicamente um permutador de
    calor de grandes dimensões, pela rejeição de
    calor para o meio de arrefecimento, tal como um
    rio, lago ou atmosfera.
  • O vapor sai do condensador como líquido saturado
    e entra na bomba, completando o ciclo. Em regiões
    onde a água é um bem precioso, as centrais são
    arrefecidas por ar.
  • A área abaixo da curva do processo no diagrama
    T-s representa o calor transferido em processos
    internamente reversíveis.
  • A área abaixo da curva do processo 2-3 representa
    o calor transferido para a água na caldeira.
  • A área abaixo da curva do processo 4-1 representa
    o calor rejeitado no condensador.
  • A diferença entre estes dois valores (área
    definida pelo ciclo) representa o trabalho
    produzido pelo ciclo.

16
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.16
  • Maquinas Frigorificas e Bombas de Calor
  • Uma das aplicações principais da termodinâmica
    consiste na refrigeração, que representa a
    transferência de calor de uma região a uma
    temperatura inferior para outra a uma temperatura
    superior.
  • O ciclo frigorífico mais vulgar é o de compressão
    de vapor, no qual o frigorigénio é vaporizado e
    condensado alternadamente, sendo a compressão
    realizada na fase de vapor.
  • Outros ciclos incluem
  • refrigeração em cascata (utiliza mais de um
    ciclo)
  • refrigeração a gás, ( frigorigénio permanece na
    fase gasosa durante todo o ciclo)
  • refrigeração por absorção (frigorigénio é
    dissolvido num líquido antes de ser comprimido)
  • refrigeração termoeléctrica (a refrigeração é
    produzida através da passagem de corrente
    eléctrica através de dois materiais
    dissimilares).
  • Sabe-se por experiência que o calor se escoa na
    direcção da diminuição da temperatura.
  • Este processo de transferência de calor ocorre na
    natureza sem necessidade de qualquer dispositivo.
  • O processo inverso não ocorre espontaneamente. A
    transferência de calor de uma região a uma baixa
    temperatura para outra a uma temperatura elevada
    requer dispositivos especiais denominados
    máquinas frigoríficas ou frigoríficos.

17
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.17
  • As máquinas frigoríficas são dispositivos
    cíclicos, sendo o fluido operante empregue
    denominado frigorigénio.
  • QF calor retirado do espaço arrefecido à
    temperatura TF
  • QQ calor rejeitado para o espaço quente à
    temperatura T Q
  • Wbal,adm balanço de trabalho admitido na
    máquina frigorífica..
  • Outro dispositivo que transfere calor de um meio
    a uma baixa temperatura para um meio a uma
    temperatura superior é a bomba de calor. As
    máquinas frigoríficas e as bombas de calor são
    essencialmente os mesmos dispositivos, diferindo
    apenas nos seus objectivos.
  • A função de uma máquina frigorífica é manter o
    espaço arrefecido a uma temperatura baixa através
    da remoção de calor. A descarga de calor para um
    meio a temperatura superior é apenas uma operação
    necessária mas não o seu intuito.
  • O objectivo de uma bomba de calor é manter um
    espaço aquecido a uma temperatura elevada. Isto é
    conseguido através da absorção de calor de uma
    fonte fria, tal como a água de um poço ou ar frio
    exterior no Inverno e fornecê-lo a um meio mais
    quente, tal como o interior de uma casa.
  • O desempenho de máquinas frigoríficas e bombas de
    calor é expresso em termos de coeficiente de
    desempenho (COP)

18
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.18
  • Estas relações podem também ser expressas na
    forma de taxa substituindo as quantidades QF ,
    QQ e Wbal,adm por
  • Note que ambos COPBC e COPF podem ser superiores
    à unidade, sendo a relação entre eles
  • COPBC COPF 1
  • Esta relação implica que COPBc gt 1, visto que
    COPF é uma quantidade positiva, i.e., uma bomba
    de calor irá funcionar, no pior caso, como um
    aquecedor eléctrico de resistências, fornecendo a
    mesma energia para o interior de uma casa como a
    que consome.
  • Na realidade, parte de QQ é perdido para o
    exterior através das condutas e outros
    dispositivos, e COPBC pode ser inferior à unidade
    quando a temperatura exterior é demasiado baixa
    (o sistema de aquecimento central normalmente
    comuta para resistências eléctricas ou para um
    combustível).

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.19
  • Ciclo de Carnot Inverso
  • Visto que é um ciclo reversível, todos os quatro
    processos podem ser invertidos.
  • A inversão do ciclo também troca as direcções de
    quaisquer interacções de calor de trabalho. O
    resultado é um ciclo que funciona na direcção
    anti-horária, denominado ciclo de Carnot inverso.
  • Uma máquina frigorífica, ou bomba de calor, que
    opera segundo este ciclo denomina-se máquina
    frigorífica de Carnot, ou bomba de calor de
    Carnot.
  • Considere um ciclo de Carnot inverso realizado no
    interior da região de saturação de um
    frigorigénio.
  • processo 1-2 absorve calor QF isotermicamente da
    fonte fria aTF
  • processo 2-3 comprimido isentropicamente até ao
    estado 3 (a temperatura eleva-se para TQ),
  • processo 3-4 rejeita calor QQ isotermicamente
    para a fonte quente a TQ (frigorigénio muda do
    estado de vapor saturado para o de líquido
    saturado no condensador)
  • processo 4-1 expande-se isentropicamente para o
    estado 1 (a temperatura desce para T F).

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.20
  • Os coeficientes de desempenho das máquinas
    frigoríficas e das bombas calor de Carnot são
  • Nota os COP aumentam, à medida que a diferença
    entre duas temperaturas diminui, i.e., T F ? e T
    Q. ?
  • O ciclo de Carnot inverso é o mais eficiente a
    funcionar entre dois reservatórios de temperatura
    definidas, não sendo, no entanto, o é modelo
    adequado para os ciclos em estudo.
  • Os processos isotérmicos de transferência de
    calor podem ser realizados, já que a manutenção
    da pressão constante automaticamente fixa a
    temperatura de uma mistura bifásica no valor de
    saturação, logo os processos podem ser
    aproximados nos evaporadores e condensadores
    reais.
  • Mas o processo 2-3 envolve a compressão de uma
    mistura de líquido e saturado que necessita de um
    compressor capaz de funcionar com duas fases e o
    4-1 envolve a expansão de frigorigénio com
    elevado teor de humidade.
  • Aparentemente, estes problemas poderiam ser
    eliminados pela execução do ciclo de Carnot
    inverso fora da região de saturação. Mas neste
    caso seria difícil as condições isotérmicas
    durante os processos de absorção e de rejeição de
    calor.

21
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.21
  • Ciclo Frigorífico Ideal por Compressão de Vapor
  • Muitas das dificuldades associadas ao ciclo
    inverso de Carnot podem ser eliminados pela
    vaporização completa do frigorigénio antes de ser
    comprimido e pela substituição da turbina por um
    dispositivo estrangulador, tal como uma válvula
    de expansão ou um tubo capilar. O resultado é o
    ciclo frigorífico ideal por compressão de vapor
  • Este ciclo é o mais utilizado em frigoríficos,
    aparelhos de ar condicionado e bombas de calor,
    sendo constituído por quatro processos
  • 1-2 Compressão isentr6pica num compressor
  • 2-3 Rejeição de calor a pressão constante num
    condensador

22
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.22
  • Num ciclo frigorífico ideal por compressão de
    vapor, o frigorigénio
  • Estado 1 entra no compressor como vapor
    saturado, sendo comprimido isentropicamente até à
    pressão do condensador (a temperatura do fluido
    eleva-se acima do valor do meio ambiente).
  • Estado 2 entra no condensador na fase de vapor
    sobreaquecido
  • Estado 3 sai como líquido saturado, resultante
    da rejeição de calor para a vizinhança. (a
    temperatura do fluido é ainda superior à da
    vizinhança).
  • O frigorigénio é estrangulado até à pressão do
    evaporador, devido à passagem por uma válvula de
    expansão ou tubo capilar. A temperatura do fluido
    diminui para um valor inferior ao da temperatura
    do meio arrefecido.
  • Estado 4 entra no evaporador como uma mistura
    saturada com um valor reduzido de título, sendo
    totalmente vaporizado, devido à absorção de calor
    do espaço refrigerado.
  • O fluido sai do evaporador como vapor saturado e
    entra novamente no compressor, completando o
    ciclo.
  • Num frigorífico doméstico, o compartimento do
    congelador serve de evaporador, onde calor é
    absorvido pelo frigorigénio. A serpentina
    localizada na traseira serve de condensador, onde
    calor é dissipado para o ar exterior.

23
Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.23
  • A área abaixo da curva do processo num
    diagrama T-s representa a transferência de
    calor de processos internamente reversíveis.
  • A área abaixo do processo 4-1 representa o
    calor absorvido pelo frigorigénio no
    evaporador, e a área abaixo de 2-3 representa
    o calor rejeitado no condensador.
  • Como regra geral, o COP melhora em 2 a 4 por
    cada C de aumento da temperatura do evaporador
    ou diminuição da temperatura do condensador.
  • Outro diagrama frequentemente utilizado na
    análise de ciclos frigoríficos por compressão de
    vapor é o P-h. Neste, três ou quatro processos
    surgem como linhas rectas, e a transferência de
    calor no condensador e no evaporador é
    proporcional aos comprimentos das curvas
    correspondentes aos processos.
  • Note-se que, o ciclo de refrigeração ideal por
    compressão de vapor não é internamente
    reversível, devido à existência de um processo
    irreversível (estrangulamento). Se o dispositivo
    de estrangulamento fosse substituído por uma
    turbina isentrópica, o fluido entraria no
    evaporador no estado 4 em vez de no estado 4.
    Devido a isto, a capacidade de refrigeração
    aumentaria e o trabalho fornecido diminuiria (no
    valor do trabalho debitado pela turbina).
    Contudo, esta substituição não seria viável,
    visto que os benefícios não justificam o custo e
    a complexidade adicionais.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.24
  • Todos os quatro componentes associados à
    refrigeração por compressão de vapor são de
    escoamento em regime permanente, pelo que os
    quatro processos que compõem o ciclo podem ser
    analisados como sendo de escoamento em regime
    permanente. As variações das energias cinética e
    potencial são geralmente muito pequenas em
    relação aos termos de trabalho e de transferência
    de calor, podendo ser desprezadas. Assim, a
    equação da energia de escoamento em regime
    permanente por unidade de massa reduz-se a
  • (qadm - qsai) (wadm - wsai) hs he
  • O condensador e o evaporador não envolvem
    qualquer trabalho, e a compressão pode ser
    aproximada como adiabática. Assim, os COP das
    máquinas frigoríficas e das bombas de calor que
    funcionam com o ciclo frigorífico por compressão
    de vapor podem ser expressos como
  • Em que h1hg_at_p1 e h3hf_at_p3 , para o caso ideal.
  • Inicialmente, os sistemas de refrigeração eram de
    grandes dimensões, sendo utilizados
    principalmente para a produção de gelo,
    fermentação e armazenamento frio. Não tinham
    controlo automático e eram accionados por
    máquinas a vapor.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.25
  • Nos anos de 1890, iniciou-se a substituição por
    unidades mais pequenas accionadas por motores
    eléctricos com controlo automático, surgindo
    sistemas de refrigeração em talhos e residências.
  • Em 1930, os melhoramentos permitiram a existência
    de sistemas de refrigeração por compressão de
    vapor relativamente eficientes, fiáveis,
    compactos e pouco onerosos.
  • Ciclos Frigorificos Reais por Compressão de Vapor
  • Num ciclo frigorífico real por compressão de
    vapor difere do ideal devido principalmente às
    irreversibilidades (atrito no fluido que provoca
    perdas de carga e a transferência de calor para a
    vizinhança) que ocorrem nos vários componentes.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.26
  • Na prática, pode não ser possível controlar o
    estado do fluido de um modo muito preciso. É
    mais fácil projectar o sistema, de modo a que o
    frigorigénio se encontre ligeiramente
    sobreaquecido à entrada do compressor.
  • Este ligeiro sobredimensionamento garante que o
    frigorigénio se encontre totalmente vaporizado
    quando entra no compressor. A conduta que liga o
    evaporador ao compressor é geralmente muito
    comprida e a perda de pressão provocada pela
    perda de carga no fluido e a transferência e
    calor da vizinhança para o frigorigénio podem ser
    muito significativas.
  • O resultado do sobreaquecimento, é o aumento do
    volume específico que eleva o valor da potência a
    fornecer ao compressor (trabalho de escoamento em
    regime permanente é proporcional ao volume
    específico).
  • O processo de compressão num ciclo ideal é
    internamente reversível e adiabático, sendo
    portanto isentrópico. Contudo, o processo de
    compressão real envolve efeitos de atrito que
    aumentam a entropia e a transferência de calor,
    que poderão aumentar ou diminuir a entropia do
    frigorigénio, dependendo da direcção.
  • A entropia pode ? (processo 1-2) ou ? (processo
    1-2) durante uma compressão real, dependendo do
    efeito predominante.
  • O processo de compressão 1-2' pode até ser mais
    desejável do que um processo isentrópico, visto
    que o volume específico do frigorigénio, e
    portanto o trabalho fornecido, é inferior. Nas
    situações reais, é inevitável alguma perda de
    carga do condensador e nas condutas de ligação
    entre este último e o compressor e para a válvula
    de estrangulamento.

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Capítulo 5b Segunda Lei Ciclos
Termodinâmica
Eng. Ambiente (nocturno) 1º Ano
5.27
  • Não é fácil realizar o processo de condensação
    com uma precisão tal que o frigorigénio se
    encontre em líquido saturado no final, sendo
    indesejável conduzi-lo para a válvula antes de se
    condensar. Portanto, o frigorigénio é
    ligeiramente subarrefecido antes de entrar na
    válvula de expansão. Isto não é relevante, visto
    que neste caso o fluido entra no evaporador com
    uma entalpia inferior, podendo assim absorver
    mais calor do espaço arrefecido.
  • A válvula de expansão e o evaporador são
    geralmente localizados próximos um do outro, de
    modo a que a perda de carga da conduta de ligação
    seja pequena.
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