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LER: Fisiopatologia

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Title: Problem tica Author: Ada Avila Assuncao Assuncao Last modified by: CES - IV Created Date: 4/3/2001 9:53:26 AM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

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Title: LER: Fisiopatologia


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LER Fisiopatologia
Fórum Nacional sobre o Fenômeno LER/DORT
  • Ada Ávila Assunção
  • Professora do Departamento de Medicina Preventiva
    e Social
  • Fac. Medicina/UFMG

www fundacentro.sc.gov.br
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De onde falamos...
  • A forma e a estrutura das sociedades humanas,
    suas instituições e suas práticas afetam a
    natureza das doenças humanas que ocorrem entre
    seus membros
  • Os mecanismos por meio dos quais isso ocorre são
    complexos, múltiplos e interatuantes
  • O paciente não precisa provar a sua patologia
    para acreditar-se no seu sofrimento
  • O fenômeno dor músculo-esquelética relacionada ao
    trabalho é controverso.

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LER
  • resultado dos desequilíbrios entre as exigências
    das tarefas e as margens deixadas pela
    organização do trabalho para que o trabalhador,
    na realização de suas tarefas, mobilize as suas
    capacidades dentro das suas possibilidades

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DORT
  • Uma síndrome clínica caracterizada por dor
    crônica, acompanhada ou não por alterações
    objetivas e que se manifesta principalmente no
    pescoço, cintura escapular e /ou membros
    superiores em decorrência do trabalho.
  • INSS/1998

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O surgimento das LER pode estar ligado à
  • um conhecimento preciso e recente destas
    patologias
  • uma demanda pela melhoria das condições de vida e
    de trabalho
  • mudanças na organização do trabalho resultantes
    da política de
  • aumento da produtividade
  • melhoria da qualidade
  • estoque zero
  • o cliente é rei

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ANACT, 1999
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DETERMINANTES
Concepção dos equipamentos
Organização da produção
Ambiente físico
Contrato de trabalho
Organização do trabalho
Concepção das ferramentas
ANACT, 1999
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Principais localizações das Lesões por Esforços
Repetitivos
Musculo-tendinoso Funcional
Osteo-articular Compressão
Cervicalgias
Artroses
Síndrome do desfiladeiro torácico
Artrose
Tendinites
Síndrome do Túnel do cárpio Síndrome de Guyon
Epicondilite
Tenossinovites
Músculos Ligamentos Tendões
Discos, articulações
Meniscos Higromas
Tendinites
Nervo ciático
Adaptado de Meyer Dyevre Ada A. Assunção - UFMG
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LER - Dificuldades no diagnóstico
  • Um mesmo indivíduo apresenta mais de uma
    patologia
  • Um diagnóstico precipita o outro
  • Os diagnósticos co-existem e diminuem o limiar
    das manifestações dos quadros clínicos
  • Os sintomas dolorosos podem se desenvolver em
    sítios assintomáticos devido aos efeitos da
    compensação.
  • Moon, 1996

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LER não é uma entidade unívoca
  • Os mesmos fatores de risco podem explicar quadros
    clínicos distintos
  • Quadros clínicos semelhantes podem se originar de
    fatores de risco diferentes
  • Os fenômenos músculo-esqueléticos não são os
    únicos efeitos das condições de trabalho
    apontadas como fatores de risco
  • São o resultado da interatuação de vários
    elementos presentes nas situações de trabalho.

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LER
  • Não resultam de lesões súbitas
  • Resultam de traumatismos de fraca intensidade e
    repetidos durante longos períodos sobre as
    estruturas musculoesqueléticas normais ou
    alteradas
  • Os sinais clínicos são variáveis. Em geral dor
    associada de maneira mais ou menos pronunciada a
    um desconforto no curso da atividade
    profissional
  • Os gestos e movimentos estando na sua origem
    podem encontra-se nas atividades profissionais e
    extra-profissionais.
  • Ayoub Wittels (1989)

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LER - História da dor
  • Surge no curso da atividade de trabalho
  • De maneira insidiosa
  • Localizada
  • Geralmente, o trabalhador considera a dor como
    inerente à sua ocupação
  • Não é associada com alterações de humor
  • Melhora com o repouso
  • Piora nos picos da produção.

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Trabalho
esforços musculares intensos
trabalho repetitivo
posturas
contrações estáticas
atrito do tendão dilacerações na inserção
músculo-tendão
compressão do nervo
isquemia tissular
acúmulo de fadiga recuperação insuficiente das
contrações musculares
Tecido musculo-esquelético
aumento da pressão intramuscular aumento produção
de métabolitos tóxicos diminuição dos nutirentes
degeneração das fibras musculares inflamação dos
tecidos musculo-esqueléticos
diminuição da condução nervosa
LER
dor fadiga muscular edema
parestesias
(Assunção, 1998)
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Contração muscular
  • aumento da pressão intra-muscular levando a
    compressão dos vasos sangüíneos intramusculares
  • nutrição dos músculos ativos pode ser
    temporariamente perturbada
  • principalmente quando o nível de força é elevado.

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Contração muscular
  • Condições dinâmicas
  • a circulação sanguínea só é afetada durante
    breves instantes
  • as pressões rítmicas podem até favorecer a
    circulação sangüínea
  • durante certos exercícios quando há contrações
    com alongamento do músculo, as deformações e as
    rupturas da linha Z podem surgir
  • Condições estáticas
  • déficit de oxigênio
  • o músculo funciona em condições anaeróbicas
  • a fadiga pode surgir
  • esta fadiga está condicionada pelo repouso
  • cuja duração deverá ser proporcional às pressões
    sofridas

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Força e músculo
  • Nível de força
  • Duração da manutenção de uma postura ou de um
    esforço
  • Rapidez na qual a meta deve ser atingida
  • Características estáticas e dinâmicas da demanda
  • Esforços extremos.

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A energia mecânica do músculo
  • A energia mecânica gerada na contração muscular é
    oriunda do uso das reservas químicas de energia
    do músculo
  • A energia desprendida nas reações químicas é
    transferida para as substâncias protéicas actina
    e miosina e, desta forma, ocorrem alterações de
    posições nas moléculas, que por sua vez encurtam
    as fibras musculares
  • O trabalho do músculo baseia-se, portanto, na
    transformação de energia química em energia
    mecânica.

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Modificações bioquímicas do músculo
hipersolicitado
  • Acúmulo de lactatos
  • Insuficiência de glicogênio
  • Modificações das concentrações iônicas intra e
    extra-celulares.

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As principais pressões que afetam o tendão
  • Força de tração exercida pelo músculo
  • Atrito
  • Compressão contra os tecidos adjacentes durante a
    passagem ao nível das articulações.

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Pressões sobre os tendões
  • Esforço cisalhamento - O tendão pode ser
    submetido a esforços de compressão que agem
    perpendicularmente ao eixo de fibras
  • Isquemia - durante a compressão dos tendões da
    coifa dos rotatores comprimidos sob o arco
    córacoacromial e/ou dos vasos situados
    anteriormente.

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  • Uma abdução de 30 graus do ombro provoca uma
    isquemia parcial nos vasos situados
    anteriormente, os quais irrigam, entre outros, os
    tendões
  • A insuficiência de líquido sinovial pode ser
    devido à diminuição deste líquido pelas bainhas
    ou à qualidade nutritiva desse líquido, como
    conseqüência dos processos inflamatórios
  • Quando as perturbações perduram, as arteríolas e
    as vênulas se hipertrofiam, o número dos
    fibrócitos aumenta e o tecido conjuntivo
    prolifera.

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Uso repetitivo
Trauma agudo
lesão
atividade
resposta inflamatória
fraqueza, rigidez
dor
repouso
Gross, Fetto Rosen 2000
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Estratégias individuais
Mudança dos modos operatórios
Estratégias coletivas
Repartição das operações
Fadiga Microtraumas Rupturas Alterações
isquêmicas Compressões
(Assunção, 1998)
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Associação Internacional para o Estudo da Dor
  • Dor é uma experiência sensorial e emocional
    desagradável, associada a dano tecidual presente
    ou potencial, ou descrita em termos de tal dano

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Elementos da dor
  • nocicepção - detecção da lesão tissular
  • percepção da dor a partir dos estímulos dolorosos
  • sofrimento ou dor psicológica - resposta negativa
    induzida pela dor
  • condutas de dor - que o indivíduo faz e deixa de
    fazer

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  • Questão
  • Por que as alterações do humor no curso dos DORT?
  • Hipótese
  • a dor da perda da saúde
  • a dor da decepção ao ser excluída do ambiente de
    trabalho
  • a dor do não reconhecimento
  • a dor da humilhação no lócus da perícia médica -
    precisa provar aquilo que aflige
  • doí porque dói e dói porque tem que provar que dói

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DOR
  • é uma experiência
  • é desagradável, sensitiva e emocional
  • pode ou não estar associada com lesão dos tecidos

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A dor nas DORT pode se tornar crônica
  • abuso de medicação
  • ausência de proteção social ou ocupacional
  • dificuldades financeiras
  • afastamento das atividades pessoais e sociais

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Qualquer dor é acompanhada de ansiedade e do
impulso para escapar e terminar a sensação
sensação
emoção
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Componentes da experiência dolorosa
  • lesão tecidual (real ou potencial)
  • constituição da pessoa genótipo, fenótipo,
    personalidade
  • ambiente físico
  • ambiente cultural
  • estado afetivo-emocional ansiedade e depressão
  • significado simbólico no contexto das relações a
    dor como linguagem
  • Riechelmann (2001)

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  • fadiga muscular
  • ou
  • inflamatório sistêmico
  • ou
  • inflamatório localizado
  • ou
  • degenerativo mecânico
  • ou
  • dores difusas no corpo

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Fadiga muscular
Inflamatório localizado
Dores difusas pelo corpo metades esquerda e
direita acima e baixo da cintura
?
Inflamatório sistêmico
Degenerativo ou mecânico
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É difícil entender a dor crônica em trabalhadores
  • Confunde o como e o porquê
  • Não considera a subjetividade
  • Melhor, abordar em termos de conexões
  • Rever as concepções em empreendimento científico
    subjacentes às propostas investigativas da LER

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É inaceitável
  • 1 - Que o paciente tenha que provar a patologia
    para que as instituições acreditem no seu
    sofrimento
  • 2 - Ser negligente com as situações com fortes
    exigências biomecânicas

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Conduta
  • fazer um diagnóstico específico e preciso
  • excluir as causas não profissionais da patologia
  • analisar a história profissional do indivíduo
  • investigar se os fatores de risco são importantes
    e duradouros
  • pesquisar uma relação temporal entre os fatores
    de risco presentes no trabalho e o aparecimento
    ou agravo dos sintomas
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