Title: Prescri
1Prescrição racional a intercambialidade de
medicamentos
17/05/2006Davi RumelSergio NishiokaAdélia
Marçal
2Objetivos da apresentação
- revisão de conceitos
- intercambialidade entre medicamentos de mesma
classe terapêutica - intercambialidade entre medicamentos com mesmo
princípio ativo, concentração e forma
farmacêutica - Intercambialidade do ponto de vista do
consumidor
3Categorias de medicamentos
- Me-first novos (sintéticos ou biológicos) com
mecanismo de ação e/ou indicação terapêutica
ainda não contemplados por outros princípios. - Me-too novos, com princípio ativo inédito,
cuja indicação terapêutica já seja atendida.
4Categorias de medicamentos
- Genéricos cópias de medicamentos novos que já
perderam a patente (medicamento de referência),
que tomam emprestado, do produto original, os
resultados dos ensaios clínicos de eficácia e
segurança, por meio da comprovação da
equivalência farmacêutica (in vitro) e da
bioequivalência (in vivo). - Similares cópias que já existiam antes da Lei
dos Genéricos (1999) e que, a partir de maio de
2003, devem se transformar em genéricos com
marca, através da apresentação dos mesmos testes
no momento de renovação do registro.
5Categorias de medicamentos
- Biossimilares cópias de medicamentos
biológicos, com mesma molécula e mesma indicação
terapêutica, que comprovaram mesma eficácia e
segurança, por meio de estudo clínico.
6Equivalência Terapêutica
- Pode ser alcançada através de uma das seguintes
formas - 1) um ensaio clinico que comprove a eficácia e a
segurança entre droga teste e droga referência - 2) um ensaio clínico que comprove a mesma
mensuração de uma propriedade farmacodinâmica das
drogas - 3) um ensaio clínico comprovando a
bioequivalência, denominado de teste de
biodisponibilidade relativa, no qual são
comparadas as curvas farmacocinéticas da droga
teste e droga de referência - 4) de testes in vitro de comprovação de
equivalência farmacêutica que demonstrem mesmas
especificações farmacotécnicas dos produtos teste
e referência.
7Equivalência Terapêutica
- Comprovação de equivalência terapêutica no
Brasil - 1) todos os produtos de uso oral e de venda sob
prescrição médica provem bioequivalência nos
testes de biodisponibilidade relativa - 2) todos os produtos de uso oral e de venda sem
prescrição médica provem equivalência
farmacêutica - 3) todos os produtos que não são de uso oral
provem equivalência farmacêutica. Os não
aprovados nos testes podem apresentar ensaios
clínicos objetivando demonstrar a não
inferioridade.
8Intercambialidade
- Para o farmacêutico substituição de um
medicamento receitado pelo prescritor por outro,
desde que comprovada a equivalência terapêutica. - Para o prescritor processo final de decisão de
um prescritor para escolher um medicamento entre
dois ou mais medicamentos para mesmos fins
terapêuticos ou profiláticos.
9Prescrição racional de medicamentos
- Método de seleção de medicamentos que leva à
identificação de um conjunto de medicamentos
necessários a determinada prática clínica e que
tenha como objetivo a manutenção dos prescritores
fiel a esta lista.
10Prescrição racional de medicamentos
- Deve levar em consideração não somente a eficácia
(resultado em condições controladas), mas a
efetividade (resultado em condições reais) - adesão a tratamento
- diferença nos efeitos colaterais
- conveniência de via de administração e intervalo
entre doses para o paciente - custo e
- experiência de emprego.
11Prescrição racional de medicamentos
- Pode ser obtida por
- treinamento de prescritores pelo método
preconizado pela OMS Guia para a Boa Prescrição
Médica, Artmed, Porto Alegre, 1988 - acompanhamento das Guias de Práticas Clínicas e
Normas Terapêuticas de várias instituições de
renome e hoje acessíveis pela internet - 3) conhecimento da Lista de Medicamentos
Essenciais do Ministério da Saúde - RENAME - e da
OMS - WHO Model List of Essential Medicines 4)
concensos entre clínicos de mesma especialidade
12Variabilidade interindividual
- Experts estimam que, em média, para cada droga
- 30 dos pacientes tratados tenham efeitos
benéficos, - 30 não tenham efeitos benéficos destacáveis,
- 10 apresentem apenas efeitos colaterais e
- 30 abandonem o tratamento devido à falta de
efeitos benéficos ou a efeitos colaterais
13Variabilidade interindividual
- Enzimas que participam da metabolização dos
fármacos apresentam variações determinadas pela
genética. Estas variações podem levar a uma
diminuição da eficácia assim como a um aumento da
toxicidade. - Receptores de fármacos também apresentam
variação genética, fazendo com que em alguns
indivíduos, para uma mesma posologia de um
fármaco, possa ocorrer uma dessensibilização
precoce ao mesmo, enquanto que em outros ocorra
uma reação de hipersensibilidade a ele.
14Intercambialidade entre medicamentos de mesma
classe terapêutica
- escolha de medicamentos para o controle da dor
de um paciente com osteoartrite. O prescritor
pode escolher entre aspirina, piroxicam,
valdecoxibe, naproxeno, ibuprofeno, cetoprofeno,
diclofenaco, indometacina e celecoxibe . - escolha do tratamento de alergopatias, onde
todos os glicocorticóides sintéticos de uso oral
disponíveis têm o mesmo mecanismo de ação
dexametasona, prednisona e prednisolona.
15Intercambialidade entre medicamentos de mesma
classe terapêutica
- hidroclorotiazida e clortalidona tem o mesmo
impacto na redução da pressão arterial. - as estatinas e os inibidores de ECA (enzima
conversora de angiotensina) também apresentam a
mesma eficácia, uma vez alcançada a dose de
manutenção para estabilidade do efeito clínico
desejado em um indivíduo. - diclofenaco sódico e o diclofenaco potássico. Há
alguma diferença?
16Intercambialidade entre medicamentos de mesma
classe terapêutica
- clortalidona (diurético), a amlodipina (beta
bloqueador) e o lisinopril (enzima conversora da
angiotensina), apresentam a mesma eficácia no
tratamento da hipertensão inicial é a
clortalidona é muitas vezes mais barata.
17Intercambialidade entre medicamentos de mesmo
princípio ativo
- Genéricos - teste de bioequivalência comprova
intercambialidade entre um genérico específico da
empresa X com o medicamento de referência. Dois
genéricos, não necessariamente são
bioequivalentes. - Biossimilares são equivalentes terapêuticos.
18Precauções na intercambialidade entre
medicamentos de mesmo princípio ativo
- dois hipnóticos têm tempos de indução de sono
distintos, decorrentes de diferenças
farmacodinâmicas. Uma explicação possível é que
esta diferença pode ser devida à proporção
distinta de isômeros dextro e levo entre eles
quando um isômero tem mais potência que o outro. - pequenos ajustes de dosagem, em um paciente,
podem afetar a eficácia ou implicar em toxicidade
do produto. - diferenças na qualidade da matéria prima.
19Precauções na intercambialidade entre
medicamentos de mesmo princípio ativo
- Medicamentos de grande variabilidade
interindividual e intraindividual. - Genéricos entre si.
- Nem tudo que é significante estatisticamente é
significante clinicamente e vice-versa.
20Intercambialidade O ponto de vista do
consumidor
- em vez de equivalência
terapêutica - a questão da empurroterapia de similares
- a questão do medicamento manipulado.
21Mundo ideal
- Banco de dados que permita entradas por
indicação terapêutica, identificação dos
princípios ativos envolvidos com a indicação
terapêutica, identificação de princípios ativos
de segunda escolha, acesso a revisões sobre a
evidência clínica desta associação, banco de
preços e banco de dados de resistência
antimicrobiana para os antibióticos - A lista individualizada de medicamentos deve
englobar os conceitos de droga de primeira
escolha e segunda escolha, para dar conta da
variabilidade biológica
22Mundo ideal
- Os prescritores e futuros prescritores deveriam
conhecer mais farmacotécnica, farmacocinética,
farmacodinâmica, farmacogenética e entender a
diferença entre medicamentos inovadores,
genéricos, similares e manipulados, para acertar
mais e aumentar a probabilidade de cura de seus
pacientes . - O Sistema Único de Saúde está no caminho correto
ao trocar o atendimento de urgência pelo médico
de família, pois sem acompanhamento do paciente,
não há como alcançar a prescrição racional.
23Obrigado !davi.rumel_at_anvisa.gov.br