Title: A fam
1A família 80C51
- Organização
- Microcontroladores versus microprocessadores
- Os microcontroladores da família 80C51
- Interface com o exterior
- Modelo de programação
- Processamento dos pedidos de interrupção
- Modos de endereçamento e tipos de instruções
- Exemplo Simulação de um registo de deslocamento
2Microcontroladores (?Cs) e microprocessadores
(?Ps)
- Um microcontrolador é fundamentalmente um
componente que integra os três blocos principais
na arquitectura de um computador CPU, memória e
E/S - Entre ?Cs e ?Ps existem as seguintes diferenças
- Os ?Cs dispõem de E/S interna de vários tipos
- Os ?Cs podem dispor de ROM / EPROM
- Os ?Cs são sobretudo vocacionados para tarefas de
controlo, onde 8 bits são a solução mais comum
3Os ?Cs da família 80C51
- A família 80C51 apresenta uma arquitectura
interna algo complexa, o que a poderia
desaconselhar como veículo para a introdução a
este domínio. Contudo - Trata-se de componentes com grande uso na
prática, para os quais existe uma enorme
variedade de aplicações de apoio ao projecto,
comerciais ou do domínio público - A complexidade não é tanto devida à arquitectura
do CPU interno, mas mais pela necessidade de se
multiplexarem muitos sinais em poucos pinos
480C51 Arquitectura do núcleo de base
5Variantes dentro da família 80C51
- As variantes principais que estão disponíveis
nesta família têm as seguintes características
principais
6Organização de memória
- A família 80C51 distingue entre memória de
programa (MP) e memória de dados (MD) - A MP contém o programa a executar (instruções e
operandos), enquanto a MD serve apenas para dados - Uma vez que existe apenas um barramento de
endereços e um barramento de dados, a distinção
entre MP e MD é feita através do sinal de leitura
(MP /PSEN, MD /RD) - Na MP efectuam-se apenas operações de leitura,
sendo que na MD se efectuam operações de leitura
e escrita
7Organização de memória (cont.)
- Ainda a distinção MP / MD
- A existência de dois tipos de memória obriga o
80C51 a ter internamente dois apontadores (PC,
DP) - A selecção do sinal de leitura apropriado (/PSEN
ou /RD) é feita automaticamente pela instrução a
executar - MP e MD não são necessariamente ROM e RAM,
podendo mesmo coexistir no mesmo componente de
memória, e.g. uma NVRAM (de onde viria o sinal de
leitura, neste caso?)
8Organização de memória (cont.)
- Os recursos internos de MP e MD podem ser
complementados externamente
9Organização de memória (cont.)
- O 80C51 inicializa a execução do programa a
partir do endereço 0 (zero), que poderá ser de MP
interna ou externa, de acordo com o estado do
pino /EA - Quando /EA0, o 80C51 começa a execução do
programa pela MP externa - Nos casos em que existe MP interna, forçar /EA0
significa que esta memória não deve ser
considerada (no entanto, se existir MP interna,
será normalmente por aí que se iniciará a
execução do programa)
10Organização de memória (cont.)
- Alguns aspectos importantes quanto à MD
- Os 128 endereços superiores permitem de facto
aceder a 256 posições, de acordo com o modo de
endereçamento (conforme seja directo ou
indirecto, como veremos adiante) - Do total de 384 posições assim existentes, 128
correspondem aos registos de funções especiais
(SFR, special function registers) (por exemplo, o
DP ocupa dois destes 128 SFR)
11Interface com o exterior
12Interface com o exterior (cont.)
- Repare-se ainda que
- O barramento de endereços é partilhado com
- os portos de E/S paralela 0 e 2
- O porto 0 é também partilhado com o barramento de
dados - AD0..7 A multiplexagem dados / endereços (oito
bits menos significativos) é feita no domínio
temporal (primeiro o endereço e depois os dados)
13Interface com o exterior (cont.)
- Atendendo à multiplexagem temporal em AD0..7, o
80C51 proporciona o sinal de controlo (ALE) para
uma latch externa que memoriza a metade menos
significativa do endereço
14Interface com o exterior (cont.)
- Barramento de controlo
- RST (reset)
- /EA-VPP
- /PSEN
- ALE - /PROG
- /INT0 e /INT1 (entradas de interrupção)
- T0 e T1
- /WR
- /RD
- XTAL1 e XTAL2 (pinos do oscilador interno)
15Configuração de pinos
16Diagramas temporais
17Diagramas temporais (cont.)
18Diagramas temporais (cont.)
19Modelo de programação
- Diagrama de blocos da arquitectura de base
20A RAM (MD) interna revisitada
21Os registos de funções especiais (SFR)
22Pedidos de interrupção
- A arquitectura do núcleo de base do 80C51 suporta
cinco fontes de interrupção - Duas interrupções externas (pinos /INT0 e /INT1)
- Duas interrupções provenientes dos timers
- Uma interrupção proveniente do porto série
- Cada uma destas fontes pode ser habilitada ou
inibida e a cada uma pode ser atribuída alta ou
baixa prioridade (em ambos os casos,
individualmente)
23Pedidos de interrupção (cont.)
- Sobre a prioridade das interrupções
- O atendimento a uma interrupção de baixa
prioridade pode ser interrompido por uma
interrupção de alta prioridade, mas não
vice-versa (e se forem interrupções da mesma
prioridade?) - No que respeita a pedidos simultâneos, será
atendido primeiro o que tiver mais alta
prioridade se forem iguais, será realizada uma
sequência de pooling para determinar qual será
atendido primeiro
24Pedidos de interrupção (cont.)
- O atendimento a um pedido de interrupção começa
com o armazenamento do valor actual do PC na
stack, a que se segue uma chamada à respectiva
rotina de atendimento
25Modos de endereçamento
- Será adoptada nesta apresentação a mesma
classificação e organização que são seguidas na
folha de características do componente (Philips) - Por cada modo de endereçamento, apresenta-se uma
explicação sumária e alguns exemplos ilustrativos
da sua utilização
26Endereçamento directo
- O operando é especificado através de um endereço
de oito bits que se encontra na posição de MP
seguinte à que contém o código da instrução (só
pode ser usado com as posições internas de RAM e
com os SFR)
27Endereçamento indirecto
- É usado um registo para especificar o endereço do
operando (tanto pode ser usado com as posições de
RAM internas como externas)
28Endereçamento ao registo
- O próprio código da instrução contém um campo com
três bits que identifica qual dos registos R0 a
R7 deve ser usado (dentro do banco seleccionado)
29Endereçamento específico dos registos
- No caso das instruções que são específicas de
certos registos (por exemplo, do acumulador)
30Endereçamento imediato
- O valor do operando está contido na posição de MP
seguinte à que contém o código da instrução
31Endereçamento indexado
- É usado para a leitura de valores armazenados na
MP, servindo como apontador um registo de 16 bits
(DP ou PC)
32Ainda os modos de endereçamento
- Apesar de a folha de características do 80C51 não
o referir explicitamente, este componente suporta
também um modo de endereçamento a que é
habitualmente dada a designação de endereçamento
relativo (e.g. jb P1.2,marca) - Neste modo, e em vez do endereço de destino, o
operando consiste na diferença (offset) entre
esse endereço e o endereço actual
33Ainda os modos de endereçamento (cont.)
- O offset é apresentado como um byte em
complemento para dois, o que permite saltos de
até 127 bytes para a frente ou 128 bytes para
trás
34Ainda os modos de endereçamento (cont.)
- Esta solução permite poupar um byte na
especificação do endereço, sendo o valor do
offset calculado pela aplicação que gera o código
objecto - Exemplo
35Tipos de instruções
- O importante não é conhecer todas as instruções
(nem isso seria possível), mas sim conhecer bem
as características dos seus cinco grupos
principais - Instruções aritméticas (arithmetical)
- Instruções lógicas (logical)
- Transferência de dados (data transfer)
- Instruções Booleanas (Boolean)
- Instruções de salto (jump)
36Instruções aritméticas
37Instruções aritméticas (cont.)
38Instruções lógicas
39Instruções lógicas (cont.)
40Instruções de transferência de dados
- Estas instruções sub-dividem-se em três grupos
principais - Transferência de dados na MD interna
- Transferência de dados na MD externa
- Leitura de tabelas armazenadas na MP
- Cada um destes tipos será agora considerado
individualmente
41Transferência de dados MD interna
42Transferência de dados MD interna (cont.)
43Transferência de dados MD externa
44Transferência de dados Leitura de tabelas na MP
45Instruções Booleanas
46Instruções Booleanas (cont.)
47Instruções de salto
- Estas instruções sub-dividem-se em dois grupos
principais - Salto não condicional
- Salto condicional
- Cada um destes tipos será agora considerado
individualmente
48Instruções de salto não condicional
49Instruções de salto não condicional (cont.)
50Instruções de salto condicional
51Instruções de salto condicional (cont.)
52Exemplo de aplicação
- Para consolidar os conhecimentos adquiridos,
consideraremos agora o caso de pretendermos
simular o funcionamento de um registo de
deslocamento, como o que se apresenta a seguir
53Exemplo de aplicação (cont.)
- Os pressupostos são os seguintes
- O sinal de relógio é activo à transição
ascendente - No estado inicial, todas as saídas deverão estar
a 0
- A relação entre as entradas (IN e CLK) e as
saídas (OUT0..7) deverá ser tão próxima quanto
possível da que teria lugar através da
implementação em hardware
54Sequência de passos
- A sequência de passos até à solução é a seguinte
- Efectuar a atribuição entre os sinais exteriores
e os pinos de E/S paralela do microcontrolador - Reflectir sobre a sequência de operações que
implementem a funcionalidade pretendida - Codificar esta sequência em assembly
- Obter o código objecto, simular o seu
funcionamento (verificação de projecto) e
implementar na prática
55Atribuição de recursos
- A simplicidade do exemplo considerado
dispensa-nos o uso de recursos externos a um
87C51, pelo que poderemos especificar a seguinte
atribuição - Linhas de saída OUT0..7 do registo de
deslocamento estarão ligadas ao porto 1
(respectivamente P10..7) - Linhas de entrada ligadas ao porto 0 (CLK em P0.0
e IN em P0.1)
56Sequência de operações a realizar
- A sequência de operações a realizar pode
especificar-se como se segue - Aguardar pela subida no sinal de relógio (CLK)
- Após a subida em CLK, deslocar o conteúdo de
OUT0..7 uma posição, no sentido de OUT0 para
OUT7 (para a esquerda, considerando que OUT7
está à esquerda) - Se a entrada IN estiver em 1, colocar OUT0 em
1 caso contrário, colocar OUT0 em 0
57Codificação em assembly
- (analisar com pormenor para que serve a linha
10?)
58Verificação de projecto
- É necessário esperar pela descida do relógio
(linha 10), para evitar que uma única subida em
CLK provoque múltiplas operações de deslocamento
(dependendo da relação entre CLK e o relógio do
87C51)
59Verificação de projecto (cont.)
- Considerando CLK a 1 KHz e o relógio do 87C51 a
12 MHz, quantas operações de deslocamento
ocorreriam se não tivéssemos aquele cuidado?
60Verificação de projecto (cont.)
- É ainda também importante atentarmos na diferença
- entre o tempo de propagação de um circuito com
FF-D e a simulação via 87C51 - Poderão daqui advir problemas (funciona-mento
incorrecto)?
61Expansão da funcionalidade
- Suportar uma entrada Habilita (em P0.2)
.org...? include...?
62Expansão da funcionalidade (cont.)
- Suportar entradas de Habilita (P0.2) e Sentido
(P0.3)
63Avaliação do resultado
- Comparando as duas alternativas (FF-D e 87C51)
para a implementação do exemplo considerado, que
conclusões podemos tirar relativamente a - Tempo de desenvolvimento?
- Flexibilidade da implementação?
- Rapidez de funcionamento?
- Como é que a resposta às questões anteriores é
afectada pela complexidade do caso em estudo?
64As interrupções revisitadas
65Gestão das interrupções
- O código executado pelo microcontrolador pode
activar / desactivar (set / cleared) todas as
flags de interrupção - Cada fonte de interrupção pode ser habilitada /
inibida individualmente (registo IE nos SFR) - A cada fonte de interrupção pode ser atribuída
uma prioridade alta ou baixa (registo IP nos SFR)
66Interrupções externas
- /INT0 e /INT1 podem ser activos ao nível ou à
transição, de acordo com o conteúdo do registo
TCON (SFR com endereço 88H) - Se as interrupções forem activas à transição, as
flags que as geram são limpas pelo hardware
quando a respectiva rotina é executada (caso
contrário, terá que ser o código do utilizador a
fazê-lo)
67Interrupções dos T/C
- As interrupções pedidas pelos temporizadores /
contadores são geradas por TF0 e TF1, activadas
por rollover nos registos dos respectivos T/C
(excepto T/C 0 em modo 3, como veremos adiante) - Quando é gerada uma interrupção proveniente dos
T/C, a flag que a gerou é limpa pelo hardware
quando a respectiva rotina é executada
68Interrupções da comunicação série
- Os pedidos de interrupção do periférico de
comunicação série resultam do OR entre as flags
RI (recepção) e TI (transmissão) - Nenhuma destas flags é limpa pelo hardware quando
a respectiva rotina é executada (o código da
rotina tem primeiro que identificar a causa da
interrupção e depois limpar a flag)
69O registo IE (end. SFR A8H) endereçável ao bit
- Este registo permite-nos habilitar / inibir cada
fonte de interrupção - EA inibe todas as interrupções se estiver em 0
se estiver em 1, estarão habilitadas as que
tiverem o seu IE.x em 1 - ES periférico série ET1 e ET0 dos T/C EX1 e
EX0 externas (pinos /INT1 e /INT0)
IE.7
IE.6
IE.5
IE.4
IE.3
IE.2
IE.1
IE.0
ET1
EX1
ET0
EX0
EA
-
-
ES
70O registo IP (end. SFR B8H) endereçável ao bit
- Este registo permite-nos atribuir a cada fonte de
interrupção uma prioridade alta ou baixa - Uma fonte de interrupção terá alta prioridade
quando o seu bit IP.x estiver em 1 baixa quando
estiver em 0 - PS periférico série PT1 e PT0 dos T/C PX1 e
PX0 externas (pinos /INT1 e /INT0)
IP.7
IP.6
IP.5
IP.4
IP.3
IP.2
IP.1
IP.0
PT1
PX1
PT0
PX0
-
-
-
PS
71O registo TCON (end. SFR 88H) endereçável ao bit
- Para além de controlar os T/C, este registo
também se relaciona com as interrupções externas - IEx O hardware activa (set) esta flag à
transição descendente em /INTx e limpa-a
(cleared) quando a respectiva rotina de
atendimento é executada - ITx Se estiver em 1 a interrupção em /INTx é
activa à transição descendente caso contrário, é
activa ao nível 0.
TC.7
TC.6
TC.3
TC.2
TC.1
TC.5
TC.4
TC.0
IT1
IE0
IT0
IE1
TR0
TF0
TR1
TF1
72Atendimento das interrupções
- Ao atender uma interrupção, o hardware do 80C51
determina a execução de uma instrução LCALL para
a respectiva rotina de atendimento - Endereços de atendimento IE0 - 0003H TF0 -
000BH IE1 - 0013H TF1 - 001BH RI ou TI - 0023H - A flag associada à interrupção é limpa pelo
hardware nuns casos, mas noutros terá que o ser
pelo código - LCALL força o PC na stack, mas quaisquer outros
registos (e.g. ACC, PSW, ...) terão que ser
guardados pelo código
73Retorno das interrupções
- A execução da rotina de atendimento continua até
que seja encontrada uma instrução RETI (return
from interrupt) - RETI informa o processador que terminou o
atendimento à interrupção e extrai da stack o
endereço de retorno - RET (retorno de subrotina) faria algo semelhante,
mas manter-se-ia a indicação de estar em curso o
atendimento a uma interrupção (qual o problema?)
74Exemplo (KEIL) Interrupções via /INT0
código para ilustrar o atendimento de
interrupções externas em /INT0, activas à
transição cseg at 0 salta jmp inicio uma
vez que 0003H tem que conter o código de
atendimento a /INT0, em 0000 cabe apenas uma
instrução de salto cseg at 0003h intext0 inc r1
reti o atendimento a /INT0 apenas incrementa
o R1, pelo que o seu conteúdo nos diz quantas
interrupções foram atendidas cseg at 0010h inicio
mov r1,0 inicializa R1 com
0 mov tcon,01 mov ie,81h programa o
funcionamento das interrupções via
/INT0 ciclo mov a,p0 add a,p1 mov p2,a jmp cic
lo está sempre a colocar em P2 o valor de
P1P0 end
75Int. via /INT0 Visualização no dScope
76Os temporizadores / contadores (T/C) do 80C51
- Existem dois T/C com 16 bits, podendo cada um
funcionar como temporizador (T) ou contador (C) - Como temporizador o registo é incrementado por
cada ciclo máquina (12 ciclos de relógio) - Como contador o registo é incrementado à descida
do sinal no pino (T0 ou T1) sendo T0 / T1
amostrados uma vez em cada ciclo máquina, a
detecção de descida leva 24 ciclos de relógio
(primeira amostra 1, segunda 0)
77Controlo de funcionamento dos T/C
- O controlo de cada T/C é feito através dos
registos TMOD e TCON (dois dos SFR) - O estado (activo / parado) é controlado através
do registo TCON - A definição da função pretendida (temporizador ou
contador) é feita pelo bit C-/T em TMOD - Para cada T/C (seja como temporizador ou como
contador) existem quatro modos de funcionamento,
definidos pelos pares de bits (M1,M0) em TMOD
78T/C Modos 0 e 1(iguais nos dois T/C)
TCON
TMOD
- Este modo é compatível com o temporizador do 8048
(8 bits com pré-divisão por 32)
- No modo temporizador, e com Gate em 1, podemos
medir a largura do impulso em /INTx - O modo 1 é igual ao 0, mas agora em 16 bits
79T/C Modo 2(igual nos dois T/C)
TCON
TMOD
- A contagem é em 8 bits (TL1)
- Quando se excede o limite da contagem
(overflow) é pedida uma interrupção e TL1 é
automaticamente recarregado com o conteúdo de TH1
(que se mantém)
80T/C Modo 3(diferente para cada T/C)
TMOD
TCON
81T/C Modo 3 (cont.)
- Comentários ao modo 3
- Neste modo, o T/C 1 está parado (como quando
TR10) - TL0 e TH0 funcionam de modo independente (em 8
bits) - TH0 funciona como temporizador, controlado por
TR1 e pedindo interrupções via TF1 (repare-se que
TR1 e TF1 pertenciam ao T/C 1, nos outros modos
de funcionamento) - Nota O T/C 1 pode ainda ser usado (retirando-o
do modo 3), mas sem poder controlar TF1
82O registo TCON (end. SFR 88H) endereçável ao bit
- Os bits TFx e TRx estão associados aos T/C
- TFx Pede as interrupções do T/C x (set por
hardware quando ocorre overflow limpa por
hardware quando se salta para a rotina de
atendimento) - TRx controlo de estado (activo / parado) do T/C
x (controlado por software para activar / parar o
T/C x)
TC.3
TC.7
TC.6
TC.2
TC.1
TC.0
TC.5
TC.4
IT1
IE0
IT0
IE1
TR0
TF0
TR1
TF1
83O registo TMOD (end. SFR 89H) endereçável ao bit
- Existem quatro bits por cada T/C
- Gate Em conjunto com TRx, controla o estado
(activo / parado) do C/T (ver esquemas que
descrevem os modos de funcionamento) - C-/T Define a função (0 temporizador 1
contador) - M1,M0 Definem o modo de funcionamento (0 a 3)
TM.3
TM.7
TM.6
TM.2
TM.1
TM.0
TM.5
TM.4
Gate
C-/T
M1
M0
M0
M1
C-/T
Gate
84Exemplo (KEIL) Funcionamento do T/C 1
exemplo para ilustrar o funcionamento dos T/C
com interrupções T/C 1 funciona como contador
de 8 bits com auto-reload deve complementar-se
P1.0 quando forem contados três impulsos
exteriores cseg at 0
inicio mov tmod,60H contador, modo 2
(quando TR11 e T1 desce) mov ie,88H permite
interrupções do T/C 1 mov tl1,0fdh para
contar apenas três vezes mov th1,0fdh
para recarregar o TL1 setb tr1 permite início
da contagem jmp apenas para ficar aqui
parado cseg at 001bh tc1int
complementa o bit P1.0 cpl p1.0 reti end
85T/C 1 Visualização no dScope
86A porta de comunicação série no 80C51
- Pode transmitir e receber em simultâneo (é do
tipo full duplex) - Os registos de recepção e transmissão são ambos
acedidos através do SBUF (SFR c/ end. 99H) - A escrita no SBUF carrega o registo de
transmissão - A leitura do SBUF acede ao registo de recepção
(fisicamente diferente) - A porta série tem quatro modos de funcionamento
87Porta série Modos de funcionamento 0 e 1
- Modo 0 - Transmissão em 8 bits (LSB primeiro),
com taxa de transmissão (baud rate) de 1/12 da
frequência de relógio. Os dados entram e saem via
RxD, estando o relógio de transmissão em TxD. - Modo 1 - Transmissão em 10 bits Start bit (0),
bits de dados (LSB primeiro) e um Stop bit (1),
com baud rate variável. Envio por TxD e recepção
por RxD.
88Porta série Modos de funcionamento 2 e 3
- Modo 2 - Transmissão em 11 bits Start bit (0),
bits de dados (LSB primeiro), um nono bit
programável (e.g. o bit de paridade no registo
PSW) e um Stop bit (1). O baud rate pode ser 1/32
ou 1/64 da frequência do relógio. Envio por TxD e
recepção por RxD. - Modo 3 - Como no modo 2, mas agora com baud rate
variável.
89Taxas de transmissão (baud rate)
- No modo 0, o baud rate é fixo e igual a 1/12 da
frequência de relógio - No modo 2, o baud rate depende do bit SMOD no
registo PCON (SFR c/ end. 87H), sendo dado por
(2SMOD / 64) x (frequência) (1/64 ou 1/32,
portanto) - Nos modos 1 e 3, o baud rate é variável e
determinado pelo T/C 1 (e também depende do bit
SMOD)
90Uso do T/C 1 para determinar o baud rate
- Nos modos 1 e 3 o baud rate é determinado pela
seguinte expressão - (2SMOD / 32) x (ritmo de overflow
do T/C 1) - As interrupções através deste T/C devem estar
inibidas - O T/C 1 pode funcionar como temporizador ou como
contador, em qualquer modo de funcionamento,
excepto o modo 3 (recorde-se que neste modo o T/C
1 está parado)
91Geração do baud rate via T/C 1 Forma habitual
- No caso mais comum, o T/C é usado no seu modo 2
(como temporizador com auto-reload) - O baud rate da porta série, nos seus modos 1 e 3,
é então dado por - (2SMOD / 32) x (frequência / (12 x
(256-(TH1)))) - (TH1) Conteúdo do T/C 1, oito bits mais
significativos - Para uma frequência de 11,0592 MHz, quais os
valores de SMOD e (TH1), para resultar um baud
rate de 19.200 bps?
(modo 2 do T/C 1)
(modos 1 e 3 da porta série)
92O registo SCON (end. SFR 98H) endereçável ao bit
- Bits SM0, SM1 e SM2
- SM0 e SM1 Definem o modo de funcionamento (0 a
3). - SM2 Habilita a capacidade de comunicação em
sistemas do tipo multiprocessador, nos modos 2 e
3. Neste caso, o nono bit em 1 dá origem a um
pedido de interrupção, para indicar que chegou um
endereço de nó.
SC.7
SC.3
SC.2
SC.6
SC.5
SC.4
SC.1
SC.0
RB8
TI
RI
TB8
REN
SM2
SM1
SM0
93SCON (end. SFR 98H) endereçável ao bit (2)
- Bits REN, TB8 e RB8
- REN Controlado por software para permitir (1) ou
inibir (0) a recepção. - TB8 Nono bit a transmitir nos modos 2 e 3
(controlado por software). - RB8 Nos modos 2 e 3, é o nono bit recebido. No
modo 1, se SM20, é o stop bit recebido. No modo
0, não é usado.
SC.7
SC.3
SC.2
SC.6
SC.5
SC.4
SC.1
SC.0
RB8
TI
RI
TB8
REN
SM2
SM1
SM0
94SCON (end. SFR 98H) endereçável ao bit (3)
- Bits TI e RI
- TI Flag de interrupção por envio. Activada por
hardware no final do oitavo bit em modo 0, ou no
início do Stop bit nos restantes modos. Deve ser
limpa por software. - RI Flag de interrupção por recepção. Activada
por hardware no final do oitavo bit em modo 0, ou
a meio do Stop bit nos restantes modos. Deve ser
limpa por software.
SC.7
SC.3
SC.2
SC.6
SC.5
SC.4
SC.1
SC.0
RB8
TI
RI
TB8
REN
SM2
SM1
SM0
95Exemplo (KEIL) Escreve em P1 o byte recebido
segmento de código para ilustrar a recepção
série no 80C51 cada byte recebido é escrito na
porta 1 cseg at 0 salta jmp inicio cseg at 002
3h int_psr clr ri limpa a flag que indica
interrupção por recepção mov p1,sbuf copia
para a porta 1 o byte que acabou de
chegar reti cseg at 0030h inicio mov scon,70h
porta série em modo 1 (SM0,SM1)(0,1),
recepção habilitada (REN1) activa RI quando
lê o Stop bit (SM21) mov tmod,20h T/C 1 como
temporizador (C/T0) em modo 2 (M1,M0)(1,0) mov
tl1,0fdh mov th1,0fdh com SMOD em 0 por
omissão, resulta um baud rate de 9.600
bps mov ie,90h habilita apenas as
interrupções da porta série setb tr1 activa o
funcionamento do T/C 1 jmp end
96Porta série Visualização no dScope
97Outro exemplo Recepção de uma tabela de valores
- Requisitos (assuma-se a frequência de 11,0592
MHz) - Baud rate de 19.200 bps (gerados pelo T/C 1),
palavras de 10 bits (start bit, dados, stop bit) - Armazena os bytes recebidos em MD interna, a
começar em 30H - Termina quando receber a sequência ASCII FIM
46H-49H-4DH - Quando terminar, reinicializa apontador para a
tabela e salta para 2000H
98Conclusão
- Objectivo principal do capítulo Apresentar a
arquitectura em que se baseia a família de
microcontroladores 80C51 - Pistas para a continuação do estudo
- Evolução da arquitectura 80C51 (e.g. arquitectura
XA) - Outros microcontroladores (e.g. Motorola 68HCXX e
Microchip PIC)