Title: Dermatologia Veterin
1Dermatologia Veterinária 1
- Disciplina de Clínica Médica dos Animais de
Companhia - UNIFESO
- Maria Leonora Veras de Mello
2 Fatores de natureza física, química,
imunológica e microbiológica funcionam em um
sistema integrado de fino ajuste, modulando a
densidade da população bacteriana. Os principais
desses fatores na pele dos mamíferos são
3CLÍNICA E TERAPÊUTICA DAS DOENÇAS TEGUMENTARES
DOS ANIMAIS DE COMPANHIAParte I A)
ECTOPARASITAS
Ctenocephalides felis
4 CICLO DAS PULGAS
5Controle de Pulgas( a lista contém somente os
mais modernos e menos tóxicos, sem
organofosforados como propofós, diazinon,etc)
- Front Line pour on ou spot on/spray (Fipronyl
pulgas, carrapatos, piolhos, sarna otodécica)-
cães e gatos - Advantage pour on (Imidacloprida ) cães e gatos
- Advantage Max 3- pour on (Imidacloprida,
piretrina, mata pulgas, piolhos,carrapatos,
repele insetos) - cães - Advocate pour on (Imidacloprida, moxidectina
-pulgas, piolhos, vermes e sarnas sarcóptica e
demodécica) -cães - Revolution - pour on (Selamectina - pulgas,
piolhos, mediano para carrapatos, sarna otodécica
e sarcóptica, vermes intestinais,
dirofilariose)cães e gatos - Activyl pour on (indoxacarbe somente pulgas)
cães e gatos
6Controle de Pulgas
- Certifect pour on (amitrazlufenuron (S)
metopreno)- pulgas, carrapatos, larvas e pupas)
somente cães - Scalibor coleira ( Deltametrina -pulgas,
carrapatos, repele mosquisto Leishmaniose) cães - Seresto coleira (Imidaclopridaflumetrina_
pulgas, carrapatos, piolhos, repele mosquitos)
cães e gatos - Capstar oral- efeito 24 hs ( Nytempiran- pulgas
, bernes miiases)-cães e gatos - Confortis oral efeito 4 semanas(Spinosad-
somente pulgas) cães e gatos
7Controle de Pulgas
- Program Plus oral ( milbemicina lufenuron-
dirofilaria, vermes redondos, pulgas, e leve ação
sobre carrapatos) cães e gatos - Bravecto oral (Fluralaner- pulgas e carrapatos-
12 semanas) cães - Nexgard oral ( Afoxolaner pulgas e carraptos 4
semanas) cães - IGR- reguladores de crescimento de insetos com
poder ovicida e larvicida, encontrados em
produtos de uso externo - Methopreno and
pyriproxifeno ( MyPet, Front Line plus, Shampoo
Garma, Stopvet, Pulgof pour on) e mais
modernamente imidacloprida
8Parte I A) ECTOPARASITAS
- 2. Infestação por larvas de Dermatobia hominis e
Cochliomyia hominivorax
9Parte I A) ECTOPARASITAS
10- Há dois tipos de piolhos em cães e gatos os
sugadores (Anoplura), que se alimentam de sangue
e podem causar anemia e fraqueza em infestações
maciças, e os mastigadores (Malophaga), que se
alimentam de restos celulares da pele e do
pelame. Podem ainda transmitir uma verminose
intestinal pelo parasita Dipillidium caninum.
Cão infestado por piolhos com dermatite
alérgicaà picada desses parasitas - Ambos os tipos podem causar uma dermatite
alérgica caracterizada por prurido intenso
(coceira), com consequente perda da pelagem e
escoriações cutâneas. - . Há, contudo, casos assintomáticos em que os
animais apresentam apenas uma seborreia seca
levemente pruriginosa. Estes são os portadores
sãos. - Piolho sugador do cão (Linognathus cetosu)-
ANOPLURA - Piolho mastigador do cão (Trichodectes canis -
MALOPHAGA)
11(No Transcript)
12- O tratamento para as larvas de moscas e piolhos
está junto do tratamento de pulgas acima. - Ainda são utilizados sprays como o Bactrovet
(sulfadiazina de prata, cipermetrina, diclorvos),
Toplione (fipronil, sulfadiazina de prata e
aluminio) para o complemento do tratamento de
bernes e miíases
13Parte I A) ECTOPARASITAS
Amblyoma sp (estrela)
Rhipicephalus sanguineus
14Para controle dos carrapatos
- Front Line pour on ou spot on/spray (Lufenuron
pulgas, carrapatos, piolhos, sarna otodécica)-
cães e gatos - Advantage pour on (Imidacloprida , pulgas,
carrapatos) cães e gatos - Advantage Max 3- pour on (Imidacloprida,
piretrina, mata pulgas, piolhos,carrapatos,
repele insetos) - cães - Advocate pour on (Imidacloprida, moxidectina
-pulgas, piolhos, vermes e sarnas sarcóptica e
demodécica) -cães - Revolution - pour on (Selamectina - pulgas,
piolhos, mediano para carrapatos, sarna otodécica
e sarcóptica, vermes intestinais,
dirofilariose)cães e gatos
Selamectina, moxidectina, doramectina,
milbemicina, são derivados da ivermectina)
15Controle de carrapatos
- Certifect pour on (amitrazlufenuron (S)
metopreno)- pulgas, carrapatos, larvas e pupas)
somente cães - Scalibor coleira ( Deltametrina -pulgas,
carrapatos, repele mosquisto Leishmaniose) cães - Seresto coleira (Imidaclopridaflumetrina_
pulgas, carrapatos, piolhos, repele mosquitos)
cães e gatos - Program Plus oral ( milbemicina lufenuron-
dirofilaria, vermes redondos, pulgas, e leve ação
sobre carrapatos) cães e gatos - Bravecto oral (Fluralaner- pulgas e carrapatos-
12 semanas) cães - Nexgard oral ( Afoxolaner pulgas e carrapatos 4
semanas) cães
16Para controle dos carrapatos
- Outros
- Pesticidas -, carbaryl, chlorpyrifos, diazinon,
malathion podem ser utilizados nas formulações
spray, junto com os IGR - Piretroides permetrina (Typer C, Pulgoff,
Defendog spray),imidoclopramida - Produtos naturais para controle nos animais e
ambiental - Solução de cravo e cânfora, capim limão e sal,
arruda, chenopodium (erva de santa-maria), neem
17Parte I A) ECTOPARASITAS
- 4. Ácaro
- 4.2)Sarna sarcóptica
Sarcoptes scabei
184.2) Sarna Sarcóptica (Sarcoptes scabiei)
- É uma doença altamente contagiosa, sendo que, a
transmissão ocorre por contato direto com animais
infectados. - Durante o desenvolvimento do seu ciclo
biológico, as fêmeas dos ácaros escavam túneis
por baixo da pele, onde depositam os ovos. Os
ácaros alimentam-se de serosidades e detritos da
pele. - As lesões primárias que surgem nos cães são
pápulas que se disseminam rapidamente até darem
origem a crostas, perda de pêlo e escoriações
provocadas pelo próprio animal, resultantes do
intenso prurido. A doença geralmente tem início
na cabeça, margens das orelhas, abdómen e
membros. Frequentemente, a infecção generaliza, e
o animal surge todo afectado. - A raspagem de pele e a visualização do ácaro ao
microscópio é o melhor meio complementar para
confirmação do diagnóstico.
194.2) Sarna sarcóptica
204.2) Sarna Sarcóptica (Sarcoptes
scabiei)Tratamento
- Banhos semanais com peróxido de benzoíla 2,5 .
- Amitraz (Triatox, Ibatox) diluir 4 mL em 1 L
de água.Cuidado com efeitos hipoglicemiantes e
outros adversos.Em caso de piodermite tratar
antes de inciar o amitraz. - OU Ivermectina (Ivomec) 0,6 mg/Kg SID 3
meses.Contra indicado para Collie,Border
Collie, Pastor de Shetland, Old english sheepdog. - Milbemicina (Milbemax/Program Plus)
alternative para as raças que não podem usar a
Ivermectina. 0,5 mg/Kg SID. Alta do paciente só
após 3 raspados negativos consecutivos.A primeira
reavaliação é feita em 8 semanas. - Piriprol nova molécula lançada pela
Novartis(Prac-tic) - Metaflumizona Amitraz - Fort Dodge- Promeris
e Promeris Duo ( reações indesejáveis) - Coleira com amitraz Virbac - Preventic
- Todos os contactantes , animais e seres humanos,
mesmo que assintomáticos devem ser tratados. Dar
banhos por 3 dias consecutivos e mais 4 banhos
semanais com shampoos acaricidas
(tetraetiltiruram por exemplo) e aplicar
Ivermectina por exemplo.Outras drogas podem ser
utilizadas, assim como na demodécica. Como
prevenção descartar jornais diariamente,lavar
fômites, panos etc. - Fipronil S-Methoprene Amitraz - Certifect
(merial)
21- 4) Ácaro
- 4.3)Sarna demodécica
Demodex canis
22Sarna demodécica
234.3) SARNA DEMODÉCICA
- A sarna demodécica é uma parasitose que acomete
principalmente cães, causada pelo ácaro - Demodex canis.
- Esse parasita é residente normal da pele de cães
e está presente em pequeno número na pele de cães
normais. - A pele dos animais com sarna demodécica favorece
a reprodução e crescimento exagerado desses
ácaros, provocando a doença. - A transmissão ocorre através do contato direto da
fêmea com os filhotes durante a amamentação já
nos 2 ou 3 primeiros dias de vida. - Ácaros podem ser identificados nos folículos
pilosos de filhotes com apenas 16 horas de idade
244.3) SARNA DEMODÉCICA
- Essa doença tem caráter hereditário e está
relacionada à queda de resistência dos animais. - Sarna demodécica localizadaMais comum na face e
nos membros anteriores.A maioria dos casos
ocorre em filhotes de 3 a 6 meses de idade. - Ocorrem pequenas áreas com queda de pelos e
descamação da pele.Geralmente resolve
espontaneamente em aproximadamente 30 dias. - Sarna demodécica generalizada
- Inicia-se na forma localizada e se agrava
para a forma generalizada. Abrange extensas
áreas do corpo, principalmente cabeça e membros.
Ocorre descamação e formação de crostas na pele e
perda de pelos. Pode haver infecção secundária
de pele.
25 4.4)SARNA DEMODÉCICA - Tratamento
- Tem sido visto que a tolerância nos animais
sensíveis, tem sido mais alta para a mylbemycina
oxime (5 mg/kg/day) - que para moxidectina (300-400 mcg/kg/day) e para
a - ivermectina (60-100 mcg/kg/day).
- Doses de lactonas macrociclicas
- Ivermectina (Ivomec, Mectimax)) 300-400 mcg/kg
diariamente até negativar1 mes tratamento - Moxidectina (Cydectin) 300-400 mcg/kg
diariamente até negativar1 mes tratamento - Mylbemycine Oxime (Milbemax/Program Plus)
- 0,5-2 mg/kg diariamente até negativar1 mes
tratamento - Doramectina - administração única subcutânea de
doramectina 1,na dose de 0,3 mg/kg para sarna
sarcoptica. Mais vezes para demodécica - http//ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/veterinary/
article/view/4042
26Utilização de Amitraz (formamidina) tópico
- Sarna demodécica Diluir uma parte de Amitraz em
250 partes de água. Esta concentração é
conseguida mediante a adição de 4mL para cada
litro de água morna ou fria - Sarna sarcóptica , pulgas e carrapatos diluir
uma parte de Amitraz em 500 partes de água. Esta
concentração é conseguida mediantea adição de 2
mL para cada litro de água morna ou fria. - Homogeneizar bem e aplicar diretamente sobre o
animal, com o auxílio de uma esponja ou pano,
molhando bem as áreas afetadas. No tratamento da
demodicosegeneralizada e das ectoparasitoses
causadas por pulgas ecarrapatos, é necessário
molhar todo o corpo do animal,tendo o cuidado de
não aplicar sobre os olhos e evitar aingestão do
produto pelo cão. Deixar secar, naturalmente, à
sombra. - IMPORTANTE A diluição deve ser preparada no
momento do uso.
274.3) Sarna notoédrica
284.2 Sarna Notoédrica
- Nos gatos é denominada Sarna Notoédrica,
transmitidas pelos ácaros da espécie Notoedris
Cati. É altamente contagiosa entre gatos,
principalmente naqueles que tem origem de
ninhadas em péssimas condições de higiene. As
lesões, geralmente, se iniciam na cabeça, orelhas
e pescoço, podendo se estender para regiões
posteriores dos animais e extremidades. Como os
felinos tem o hábito de dormir "encaracolados",
os ácaros da cabeça e orelhas podem se espalhar
para regiões próximas da cauda. E assim, como
resultado do intenso ato de se coçar, ocorrerão
as crostas, descamações, escoriações e feridas. - TRATAMENTO ivermectina (dose de 0,3 mg/kg), em
aplicações subcutâneas, quinzenais, totalizando
duas aplicações, complementando-se com banhos com
sabonete a base de monossulfiram (tetmosol), a
cada 3-4 dias - Ainda a milbemicina pode ser usada
- Pode-se tentar , de forma mais segura, o Program
plus aplicações locais de fipronil
294.4)Sarna otodécica
- Agente causador Otodectes cynotis
- Como o animal adquire através do contato direto
com outro animal contaminado ou por objetos
contaminados, como máquina de tosa, pinças,
escova, toalha, gaiola/baia, casinha,
panosCaracterísticas clínicas conhecida
popularmente como sarna de ouvido, afeta
principalmente os condutos auditivos de cães e
gatos, levando a uma otite externa parasitária
com produção excessiva de cerumen de cor
enegrecida. Causa bastante incomodo e coceira no
animal, que pode manifestar o problema
chacoalhando a cabeça e coçando ouvidos. Em casos
avançados a sarna pode acometer área ao redor das
orelhas, como cabeça e pescoço - Diagnóstico através de parasitológico de
cerumen - Tratamento fipronill, tiabendazol, selamectina
- NÂO USAR AMITRAZ
304.5)Sarna otodécica
314.5) Lynxacarus radovsky
324.6) Lynxacarus radovsky
- Em gatos
- O Lynxacarus radovskyi é um ácaro pilícola
parasito do gato doméstico. Informações sobre
aspectos relacionados à infestação em populações
felinas são raras. - O sinal clínico mais evidente é a queda de pêlo
seguida por intenso prurido, mas múltiplos sinais
não específicos podem ser constatados quando da
infestação pelo ácaro. - O número e a severidade dos sinais secundários
são proporcionais ao número de ácaros e à duração
da infestação. - Embora não seja considerada uma sarna altamente
contagiosa, os poucos estudos sobre freqüência de
parasitismo realizados até o momento revelam
índices consideráveis de infestação.
334.7) Cheylletiela sp CÃES E GATOS
34Fungos/micoses
35Parte I B) FUNGOS
- As micoses podem ser sistêmicas, subcutâneas, ou
superficiais. - As micoses superficiais envolvem pele, pelos e
unhas e são o tipo mais comum de doença
dermatológica - Dermatófitos são fungos que invadem e crescem em
tecido ceratinizado. - 1. dermatófitos zoofílicos - adaptados ao animal
e raramente crescem na terra - Ex. Microsporum canis, Trichophyton equinum
- 2. dermatófitos geofílicos habitam geralmente o
solo e tendem a causar inflamação pronunciada no
hospedeiro - Ex. Microsporum gypseum
- 3. dermatófitos antropofílicos adaptados aos
humanos, e tendem tambem a causar maior reação
inflamatória na pele
36Parte I B) FUNGOS
- Dermatofitoses e onicomicoses
- 1)Microsporum canis
- O Microsporum canis é o fungo que acomete cães e
gatos com mais freqüência. A sua transmissão
ocorre pelo contato de pêlos e escamas infectadas
ou de fungos presentes nos animais, ambiente,
escovas, pentes, etc. Animais jovens, idosos e
com deficiência imunológica são acometidos com
mais freqüência. Os gatos podem ser portadores
desses fungos e não apresentar sintomas. Nesse
caso podem ser fontes de infecção para outros
animais ou até para o homem. -
As lesões normalmente são circulares, com queda - de
pêlos, inflamação e descamação. Pode ou não haver -
coceira. -
Entretanto, as lesões podem se apresentar de
formas -
diversas, tornando o diagnóstico clínico muito
difícil. - Por
isso, é necessária a realização de um tricograma -
(exame dos pêlos no microscópio) e de cultura -
fúngica.
37Dermatofitoses e onicomicoses1)Microsporum
canis
- Em cães, as lesões solitárias podem ser tratadas
com medicamentos tópicos. Se o animal apresentar
diversos focos de lesão é preciso entrar com
medicamentos orais. Os gatos devem sempre ser
tratados com medicamentos orais. Se um gato não
apresentar sintomas e outro animal, do mesmo
ambiente, for diagnosticado com esse fungo, ambos
deverão ser tratados. - É muito importante o tratamento do ambiente, pois
os esporos podem ficar na região e recontaminar o
animal. Animais com pêlos longos devem ser
tosados para que o tratamento tenha sucesso. Essa
doença pode ser transmitida para o homem, e nesse
caso é aconselhável procurar um médico para
indicar o melhor tratamento.
38Mycrosporum canis
39Parte I B) FUNGOS
- Dermatofitoses e onicomicoses
- 2) Microsporum gypseum
- Infecções por Microsporum gypseum são mais
freqüentes em cães que ficam bastante em contato
com a terra, se habitat, e causam lesões
principalmente em patas e focinhos. - 3) Tricophyton mentagrophytes
- As infecções por Tricophyton mentagrophytes
freqüentemente se originam de um contato com
roedores, reservatórios naturais deste fungo.
40Trychophytum sp
41Parte I B) FUNGOS
- 4)Leveduras- Malassezia pachydermatis
- Também conhecida como Pityrosporum canis.
Trata-se de uma levedura comensal, capaz de se
converter em um patógeno oportunista, encontrado
na pele (saco anal, vagina e reto) e canal
auditivo dos cães. Os fatores que favorecem o
crescimento desta levedura incluem aumento de
produção de cerúmen e substratos lipídicos
(sebo), aumento da umidade relativa do ouvido e
distúrbios da imunidade celular. Alterações da
microflora normal do ouvido e da pele por
anterior ou concorrente antibioticoterapia ou
corticoideterapia podem também predispor ao
crescimento da Malassezia. - A Malassezia produz lipases, proteases e outras
enzimas que liberam ácidos graxos inflamatórios,
causando inflamação e prurido de forma direta e
indireta. De maior importância, entretanto, são
as reações de hipersensibilidade a estes e outros
antígenos solúveis. Atualmente, é sabido que os
alérgenos responsáveis pela manifestação clínica
de dermatite atópica ganham acesso ao organismo e
ao sistema imune através da penetração
percutanea.
42Parte I B) FUNGOS
- 4)Leveduras- Malassezia pachydermatis (cont.)
- Os alérgenos derivados de microorganismos
residentes na superfície da pele, como a
Malassezia e, portanto, localmente liberados,
contribuem para a carga alergênica e tornam-se os
principais fatores de todo o processo alérgico. - Uma toxina chamada de Zimogen é liberada pelas
paredes da célula da Malassezia e esta liberação
causa ativação da via do sistema complemento,
diminuição da imunidade celular e produção de
linfocinas. Este fungo tem também uma grande
habilidade de se aderir a queratinócitos em
dermatites atópicas e seborréicas.
43Parte I B) FUNGOS
- 4)Leveduras- Malassezia pachydermatis (cont.)
- A importância da hipersensibilidade a Malassezia
decorre em primeiro lugar das observações
clínicas. Todos os casos da dermatite atópica
devem passar pela contagem de Malassezia como um
processo de rotina, não apenas como uma avaliação
inicial, mas também durante a terapia. Em muitos
casos, a terapia antifúngica pode resultar uma
significante diminuição do nível de prurido.
Algumas vezes isso ocorre em casos com pequena
evidência de crescimento significante da
Malassezia que possa sugerir a hipersensibilidade
do paciente. - Nas dermatites por Malassezia, o prurido é um
achado consistente. Ele pode ser severo e não
responsivo a terapias com antibióticos ou
corticóides. As lesões são variáveis, mas incluem
eritema com uma quantidade variável de crostas,
hiperpigmentação, liquenificação e
auto-traumatismo. As crostas podem ter coloração
amarelas, cinzas ou castanhas. Um odor
característico é freqüente. O animal poderá
apresentar-se com seborréia seca ou oleosa. A
distribuição clássica das lesões incluem face,
pés, abdômen, região ventral do pescoço, axilas e
coxas.
44Malassezia
45Diagnóstico
- O diagnóstico se faz através de tricograma,
raspado de pele ou cultura para fungos - Nos casos de Microsporum canis, utiliza-se a
lâmpada de Wood, positiva em 60 dos casos
46Parte I B) FUNGOS
- Tratamento
- O tratamento envolve promover uma boa resposta
imunológica, proceder um protocolo eficiente e o
controle ambiental - Animais saudáveis têm remissão expontânea em até
4 meses - Pacientes com lesões localizadas devem ser
tratados considerando infecção generalizada - Deve-se sempre que possível tosar o animal para
facilitar a higienização e tratamento
47Parte I B) FUNGOS
- Tratamento tópico
- Shampoos antifúngicos a base de cetoconazol 2
Miconazol/clorexidine, enxofre com acido
salicílico, iodopovidona, peróxido de benzoíla,
piritionato de zinco - Preparados tópicos cremes e loções a base de
cetoconazol , enilconazol e derivados e
terbinafina(spray 1 e creme 10mg) - Nos quadros de Malassezia- produtos a base de
nistatina, cetoconazol,miconazol, clotrimazol,
tiabendazol, shampoo com selênio, enxofre. (
terapia sistêmica nos casos mais graves)
48Parte I B) FUNGOS
- Tratamento sistêmico
- Griseofulvina- 50mg/kg sid gordura
(teratogênico!!!) - Cetoconazol- 10 mg/kg BID ou SID(felinos)
- Itraconazol 2,5 mg/kg BID cão/ 1,5 a 3mg/kg até
5mg/kg SID - Fluconazol- 5 a 10mg/kg/SID
- Terbinafina(Lamisil)-10 a 30mg/kg/dia (GATOS ATÉ
20MG/KG) tambem tópico - Lufenuron-60 a 120mg/kg (program plus)
- Nistatina ( nos casos de Candida
albicans)-100.000 UI/ml 4 vezes ao dia oral ou
topicamente
49Querion- lesão localizada, com foliculite ou
furunculose associada ( bacteria fungo,
geralmente Microsporum gypseum) com formação de
nódulos e exsudação
Tratar de forma mista, com antibióticos e
antifúngico locais. Devido a grande inflamação,
pode-se acrescentar um corticoide local por
pouco tempo
50MICOSES SISTÊMICAS
51Cryptoccus neoformans
52Criptococose
- A criptococose é uma micose, ocasionada pelo
Cryptococcus neoformans, que atinge com mais
freqüência os pulmões e o sistema nervososo
central. Causa infecção no pulmão, rins,
próstata, ossos ou fígado, demonstrando poucos
sintomas localizados. Na pele podem aparecer
lesões, tais como úlceras ou tumores subcutâneos.
Provavelmente a forma de contaminação se dá pela
inalação dos fungos contidos nas fezes de pombos
e o contágio não acontece de pessoa para pessoa.
Os pombos não são contagiados pelo fungo..
Sugere-se que o homem possua uma resistência
considerável a este fungo. Cães, gatos, cavalos,
vacas, macacos e outros animais também podem
adquirir a doença.
53MICOSES SISTÊMICAS
54Sporothrix schuenkii
55Esporotricose
- A esporotricose é uma micose subcutânea
piogranulomatosa, causada pelo fungo dimórfico
Sporothrix schenckii, que acomete o homem e uma
grande variedade de animais. Esta micose se
apresenta nas formas cutânea localizada, cutânea
disseminada, cutânea linfática e raramente evolui
para forma extra cutânea (sistêmica), sendo que
os principais sinais clínicos e lesões são
nódulos, úlceras, crostas e enfartamento dos
linfonodos seguindo a cadeia linfática .
56Esporotricose
- O Estado do Rio de Janeiro - sobretudo a região
da Baixada Fluminense e, mais recentemente, a
Zona Oeste - têm sido cenário de uma epidemia
incomum de esporotricose, envolvendo gatos, cães
e seres humanos. - A transmissão normalmente ocorre por inoculação
traumática de material contaminado através da
pele, mas infecção disseminada pode ocorrer,
raramente, devido à inalação direta de esporos
fúngicos. O potencial zoonótico da
esporotricose, especialmente em gatos, deve ser
considerado seriamente e respeitado. Gatos com
esporotricose são intensamente infectados com o
parasita.
57Esporotricose
- Em gatos, as lesões da esporotricose, geralmente,
ficam confinadas aos aspectos dorsais da cabeça
e tronco. As extremidades podem, ou não, ser
afetadas. São típicas as lesões circulares
elevadas, caracterizadas por alopecia, crostas e
ulceração central. É comum que as áreas
envolvidas estejam indolores e não pruriginosas.
No caso de infecção disseminada, podem estar
presentes manifestações oculares, do sistema
nervoso central e linfáticas. O diagnóstico é
realizado através de cultura, exame direto ou
sorologia, onde o material coletado deverá ser de
amostras de biópsia ou exudatos de lesões
ulceradas. A reação em cadeia da polimerase (PCR)
pode ser utilizada como meio diagnóstico, mas não
é uma técnica de diagnóstico de rotina disponível
em todos os laboratórios.
58MICOSES SISTÊMICASHistoplasmose
59Hystoplasma capsulatum
60Histoplasmose
- A Histoplasmose é uma doença tem sido observada
na literatura médico-veterinária em diversos
animais, e principalmente em cães, nos quais
causa hepato-megalia, com adenopatia e
emagrecimento do animal. - A porta de entrada do parasita no organismo
animal é constituida possivelmente pela mucosa
buco-laringeana, pele e pulmões. - Henderson e colaboradores (1942) sugerem a mucosa
intestinal como porta de entrada do parasita. - O contágio direto pode ocorrer.
61Tratamento das micoses sistêmicas
- 2 a 8 meses de duração
- Cetoconazol- 10 mg/kg BID ou SID(felinos)
- Itraconazol 2,5 mg/kg BID cão/ 1,5 a 3mg/kg até
5mg/kg SIDgato - Fluconazol- 5 a 10mg/kg/SID
- Anfoterecin B- 0,2-0,8mg/kg sid cão/
0,1-0,8m/kg/dia gato - Flucitocina- 125-250mg/kg SID
- Atenção como são doenças zoonóticas, cada caso
deve ser estudado quanto as decisões que o médico
veterinário terá que tomar, no sentido ético e
quanto à Saúde Pública
62Tratamento das micoses sistêmicas
- Iodeto de sódio ou potássio a 20. A dosagem
recomendada é de 40 miligramas por quilograma de
peso (0,4 ml/kg), TID, VO, mesclado a alimento ou
no pós-prandial, até a plena remissão lesional e,
então, por período adicional de 30 dias.Terapia
antiga e barata. Em gatos o iodismo é frequente. - Terbinafina- devido a resistência ao itraconazol,
tem sido utilizado.A dose ainda está em estudo
10 a 30MG/kg/dia
63https//play.google.com/store/apps/details?idcom.
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