CAP 15 - PowerPoint PPT Presentation

About This Presentation
Title:

CAP 15

Description:

Segundo o pesquisador indiano Homi Bhabha uma tradi o cl ssica foi deixada para tr s com a descoloniza o da sia e da frica, ... – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:66
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 26
Provided by: Pes142
Category:
Tags: cap | bhabha | homi

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: CAP 15


1
CAP 15 ESTUDOS DA CULTURA
2
Antropologia no século xx
  • Na passagem do século XIX para o XX, ocorreram
    várias modificações sociais, políticas e
    culturais.
  • Diversas ciências humanas como a psicologia, a
    psicanálise e a linguística desenvolveram-se,
    tendo por princípio a ideia de uma natureza
    humana universal que se manifesta em diferentes
    lugares e sociedades.
  • Crise europeia.

3
  • As duas tendências uma que colocava em dúvida a
    superioridade europeia e outra que atribuía a
    todas as culturas um correspondente padrão de
    desenvolvimento social e humano promoveram uma
    mudança na teoria da cultura, originando
    explicações baseadas menos nos elementos visíveis
    da ação humana e mais em seus aspectos
    simbólicos, linguísticos e cognitivos.

4
  • Teorias desenvolvidas por Sigmund Freud atribuíam
    a todos os seres humanos uma psique e uma
    subjetividade, analisando mitos e tabus presentes
    nas mais diferentes culturas.
  • Estudos como o de Ferdinand de Saussure, na
    linguística mostravam que a linguagem humana, em
    qualquer tempo e lugar, baseava-se em um mesmo
    conjunto de princípios sistêmicos.
  • Reconhecia-se como da mesma importância e
    complexidade tanto a produção simbólica de povos
    tribais quanto de industrializados.

5
  • As análises de Karl Marx mostravam as
    contradições intrínsecas do capitalismo e
    demonstravam que a história do homem havia apenas
    alterado formas de exploração humana.
  • Em virtude das duas guerras mundiais e da perda
    da hegemonia europeia no mundo, iniciou-se o
    processo de descolonização na África e na Ásia.
  • Começaram a surgir nesses países independentes
    universidades e estudos consistentes de ciências
    sociais. Desenvolveu-se o autoconhecimento.

6
Estruturalismo uma nova abordagem antropológica
  • Teve um dos principais nomes o de Claude
    Lévi-Strauss.
  • Teve especial aceitação na década de 1960.
  • Visava explicar as diferentes realidades
    empíricas por modelos teóricos capazes de dar
    conta das variedades nas quais determinados
    fenômenos se apresentam ao cientista.

7
  • Assim como a língua se apresenta como uma
    estrutura formada de elementos gramaticais e
    fonéticos, a vida social se mostra como uma
    combinação de elementos, relações e instituições.
  • Propôs estudar as diferentes sociedades como
    formas particulares de combinação de elementos
    para solucionar problemas universais.
  • As diferentes regras de parentesco seriam
    formulações particulares para resolver questões
    universais.

8
  • O conceito de estrutura é capaz de desvendar os
    mecanismos da vida social para o investigador.
  • Esse conceito corresponde à estrutura de um
    edifício que, mesmo estando oculta, organiza,
    distribui, relaciona e sustenta todos os
    elementos observáveis dessa construção.
  • Do mesmo modo, é a estrutura que organiza,
    conecta e relaciona as diversas instâncias,
    estabelecendo as múltiplas relações entre os
    elementos, os grupos e as instituições.

9
  • Os elementos constitutivos da estrutura se
    organizam sob a forma de um sistema, isto é, são
    elementos interdependentes e que estão em
    inter-relação.
  • Qualquer modificação em uma das partes tem por
    consequência a mudança em cadeia de todas as
    outras.
  • Aceitavam a existência de diferentes tipos de
    sociedade, bem como de capitalistas e não
    capitalistas, mas afirmavam que essa diferença só
    poderia ser explicada pela própria história e
    pela relação que cada sociedade mantém com os
    meios natural e social.

10
Diacronia e sincronia
  • Raymond Firth foi um antropólogo
    estrutural-funcionalista.
  • Adotou um conceito de estrutura social diferente
    e considerava relevante o princípio de mudança na
    estrutura.
  • O fato de a estrutura constituir-se de elementos
    interdependentes tende a favorecer a
    transformação social, na medida em que qualquer
    modificação em um dos seus componentes
    acarretaria a transformação da estrutura como um
    todo.

11
  • Exemplo sociedade Achech, em Sumatra (na
    Indonésia)
  • Os teóricos estruturalistas enfatizavam estudos
    sincrônicos em detrimento dos estudos
    diacrônicos.
  • Os estudos sincrônicos valorizam mais as análises
    que buscam explicar os motivos de as sociedades
    ser o que são e de permanecer o que são, enquanto
    os estudos diacrônicos analisam as contradições e
    os processos que levam à mudança.

12
As contribuições dos estudos marxistas
  • Muitos antropólogos europeus, a serviço de seus
    países, pensavam as sociedades não europeias como
    manifestações de um estágio primitivo da
    humanidade.
  • Assim, justificavam toda forma de intervenção
    europeia destinada a levar essas sociedades a um
    pretenso progresso.
  • Daí certas políticas desenvolvimentistas.

13
  • Coube ao marxismo realizar a crítica dessa
    postura eurocêntrica.
  • Os marxistas denunciaram o caráter ideológico da
    própria atividade científica praticada na Europa.
  • O anticolonialismo e o estudo das minorias
  • Os estudos marxistas da cultura voltaram-se para
    uma análise crítica da própria sociedade
    europeia, expondo as relações de dominação
    política, econômica e ideológica que o
    colonialismo estabelecia entre nações e
    continentes.

14
  • Propunham uma metodologia de trabalho que
    chamaram de anticolonialismo estudo da cultura
    que respeita a especificidade e anseios de povos
    não europeus.
  • Propõe ainda uma análise crítica da sociedade
    estudada sem fornecer informações aos governos
    coloniais, apoiando sempre movimentos de
    independência e autonomia.

15
  • No outro extremo dos estudos marxistas, tem
    início a dissecação da própria sociedade
    capitalista de um ponto de vista crítico, a
    partir do qual começa a se delinear o exame das
    culturas minoritárias.
  • Amplia-se a percepção de que o desenvolvimento, o
    bem-estar e o estilo de vida de que se orgulham
    as nações desenvolvidas não são compartilhados
    pelo conjunto da nação.
  • É na esteira dessas preocupações que as ciências
    sociais se implantaram na América Latina por
    volta de 1930 e 1940.

16
A cultura como significado
  • Os conceitos de cultura formulados no século XX
    concentram-se essencialmente em aspectos
    simbólicos e abstratos.
  • O que se apresenta nos estudos contemporâneos é a
    percepção da estreita relação que existe entre o
    que é visível e o que só é apreensível por
    processos de interpretação linguística e de
    análise lógica ou de conteúdo.
  • Clifford Geertz afirma que cultura é um conjunto
    de significados partilhados por um grupo.

17
  • Os símbolos, como portadores desses significados,
    passam a ser o principal objeto da análise da
    cultura quando submetidos a uma análise
    sistemática.
  • Ele reconhece que os significados dos símbolos
    podem ser evasivos, flutuantes e distorcidos e
    ao mesmo tempo acessíveis ao investigador pelo
    estudo do conjunto de padrões culturais.
  • São os sentidos que orientam a ação do homem, e
    eles também devem orientar a pesquisa do
    estudioso da cultura.

18
  • A antropologia interpretativa se sustenta na
    hermenêutica e propõe a construção de modelos
    explicativos criados a partir de formulações
    intersubjetivas, surgidas da colaboração entre o
    cientista pesquisador e os grupos analisados.
  • Geertz pensava que o investigador antes de
    estudar outras sociedades, deveria conhecer
    melhor a si mesmo, entendendo os próprios padrões
    culturais.
  • O antropólogo deveria abrir mão de sua autoridade
    científica para se associar à mentalidade
    daqueles cuja vida deseja compreender.

19
  • Com muito sucesso e impacto entre seus
    contemporâneos, a teoria de Geertz veio se somar
    às mudanças que a história e o desenvolvimento
    das demais ciências traziam ao estudo da vida
    social e da cultura humana.
  • Geertz insistia que a antropologia não era uma
    ciência experimental em busca de leis e sim uma
    ciência interpretativa que ia em busca de
    significados.

20
Pós-colonialismo
  • O antropólogo brasileiro Roberto Cardoso de
    Oliveira, ao criticar a antropologia
    interpretativa desenvolvida por Geertz e seus
    discípulos, fez questão de considerá-la como
    manifestação pós-moderna, isto é, valorização do
    símbolo e da linguagem na análise científica da
    cultura.
  • Oliveira explicou que as propostas pós-modernas
    se afastam dos princípios do racionalismo
    científico e se aproximam de modelos explicativos
    menos pretensiosos e mais subjetivos.

21
  • Segundo o pesquisador indiano Homi Bhabha uma
    tradição clássica foi deixada para trás com a
    descolonização da Ásia e da África, tradição essa
    caracterizada pelo comparativismo cultural e pela
    ideia de que as culturas nacionais são
    homogêneas.
  • Em lugar desses pressupostos, assiste-se hoje a
    uma realidade transnacional, multinacional e
    híbrida do ponto de vista cultural, étnico e
    político, que abandona qualquer tentativa de
    homogeneidade.

22
Estudos culturais
  • No alvorecer da ciência, a Europa era vista como
    o berço da civilização, e os povos não europeus,
    como não civilizados.
  • Conhecê-los e aprender a se relacionar com eles
    era o que se impunha à sociedade europeia e a
    seus cientistas sociais.
  • Com a independência das colônias, os povos não
    europeus ganharam cidadania e passaram a ser
    vistos como tendo o mesmo grau de desenvolvimento
    humano

23
  • ainda que apresentassem estilos de vida e formas
    de organização econômica e política diferentes.

24
A cultura nos séculos XX e XXI
  • Com as guerras mundiais, o subsequente declínio
    da hegemonia europeia no mundo e a globalização
    econômica e tecnológica, culturas anteriormente
    díspares passaram a apresentar um estilo de vida
    muito próximo e convergente.
  • Esse processo transformou a antropologia e
    aproximou-a da sociologia.
  • As questões culturais deixaram de ser privilégio
    dos estudos antropológicos.

25
  • Diversos sociólogos passaram a se dedicar ao
    estudo da cultura humana, como os pesquisadores
    da Escola de Chicago, de Frankfurt e estudiosos
    dos meios de comunicação.
  • Esses estudiosos chegaram a afirmar que a segunda
    metade do século XX assistia a uma revolução
    cultural.
  • Pesquisas multidisciplinares reunindo sociólogos,
    linguistas, literatos e filósofos promoveram uma
    verdadeira virada cultural, que reformulou os
    parâmetros da própria sociologia e da importância
    dada à produção simbólica no entendimento da
    sociedade.
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com