Title: Colestase na Inf
1Colestase na Infância
- Marcelo Soares Kerstenetzky
- Hepatologia Infantil
2 Jamais esquecer ... O que mesmo ...?
3- Colestase não é uma doençaé um sintoma de uma
doençaé um sinal que a doença existe - Colestase nunca é normalportanto deve-se sempre
investigar a etiologia. - Ignorar a colestase ou "assistí-la"progredir
pode ocasionar danos irreversíveis para o
paciente.
4Colestase
- Redução ou interrupção da excreção da bile por
obstrução do fluxo,através da árvore biliar intra
ou extra-hepática - Alteração funcional na produção do hepatócito
- Retenção no fígado e sangue
5 Colestase Fisiológica
- Fígado imaturo
- Agressões de natureza infecciosa,metabólica e
tóxica - Captação,síntese e excreção de ácidos biliares
diminuidas - Formas mono-hidroxiladas ( ácido litocólico )
6Colestase
7Colestase Neonatal
- ATENÇÃO
- Seguimento contínuo e prolongado
- Investigações urgentes
8Dúvida Encaminhamento Tardio...
Atresia de vias biliares continuamos operando
tarde !!!
9 Colestase Neonatal
Encaminhamento Tardio
- Falta de seguimento da icterícia neonatal
- Investigação inadequada de distúrbios
hemorrágicos - Supervalorização da icterícia por leite materno
Mieli-Vergani e col. Lancet 1 421-423,1989
10Síndrome Colestática do RN e Lactente
11Colestase 0-3 meses de vida
- Doença hepatocelular ( hepatite neonatal lato
sensu ) - Distúrbios dos ductos biliares intra-hepáticos (
hipoplasia ou rarefação dos ductos biliares
intra-hepáticos ) - Distúrbios dos ductos biliares extra-hepáticos (
atresia de vias biliares , cisto de colédoco )
12 Investigação
13Investigação
- Avaliação clínica
- História clínica,gestacional materna,familiar e
transfusiona - Exame físico completo
- TOQUE RETAL
14Toque retal Coloração das fezes
15Investigação Inicial
- Bilirrubinas
- Coagulação
- Hemograma com plaquetas
- USG abdominal
16Colestase Neonatal AvaliaçãoEspecífica
- Cintilografia hepato-biliar
- Dosagem de alfa-1-antitripsina / Fenotipagem
- Sorologias
- Na e Cl suor / IRT
- Screening metabólico ( Cromatografia de AA sangue
e urina, Ácidos orgânicos ) - Hormônios
- Ácidos bilares no sangue e urina
- Dosagens enzimáticas ( Galactosemia / Tirosinemia
)
17Causas Obstrutivas
- Atresia de Vias Biliares
- Cisto de Colédoco
- Colangite Esclerosante Neonatal
- Síndrome da Bile Espessa
- Coledocolitíase
- Fibrose Cística
- Doença de Caroli
18Colestase Intrahepática
- Infecções Virais Herpes,CMV,HIV,Parvovírus
B19,Outros - Infecções Bacterianas Sepsis,
ITU, Sífilis - EIM e Doenças Genéticas
Alfa-1-antitripsina, Tirosinemia,
Galactosemia,PFIC,Alagille,Outras.
19Colestase Intrahepática
- Disordens Endócrinas
Hipotiroidismo,Hipopituitarismo - Tóxicas
Drogas, NPT - Sistêmica
Choque,ICC,Lúpus Neonatal
20Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Definição
- Resultado final de um processo que acomete as
vias biliares extra e intra-hepáticas,provocando
obliteração ou perda de continuidade das vias
biliares extra-hepáticas em qualquer seguimen-to
entre o porta hepatis e o duodeno
21Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Incidência
- Acomete 18.000 a 112.000 nascidos vivos
- Sexo feminino 1,4 a 1,7 x maior
- Malformações associadas 10-15 (
poliesplenia,malrotação,veia porta
pré-duodenal,cardiopatias) - 300 novos casos por ano no Brasil
22Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares
- Forma embrionária ou fetal
- 10 35 dos casos
- Colestase precoce
- Associação com outras malformações congênitas (
10-20 ) - Ausência de resquícios biliares no liga-mento
hepatoduodenal
F
23Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares
- Forma perinatal
- Predominante - maioria dos casos
- Colestase tardia
- Hilo hepático estruturas fibróticas e
resquícios dos ductos biliares extra-hepáticos
24Colestase NeonatalAtresia de Vias
BiliaresQuadro clínico
25Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Cintilografia
- Fenobarbital 3-5 dias ( 5mg/kg/dia )
- Visualização do radioisótopo no intestino exclue
AVB - Ausência de excreção não confirma
- Sensibilidade 50
Especificidade 90
26Atresia de Vias BiliaresCintilografia
hepatobiliar Tc-99
27Colestase Neonatal Atresia de Vias Biliares
USG abdominal
- Diferencia AVB de outras causas cisto de
colédoco - Sinal da Corda Triangular cone fibroso
Sensibilidade 85
Especificidade98 - USG normal não exclue o diagnóstico
28Sinal da Corda Triangular
29Sinal da Corda Triangular
30Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Colangiografia
- Transhepática percutânea
- Colangioendoscópica
- Colangioressonância
- Intraoperatória
31Colestase Neonatal Atresia de Vias Biliares
Biópsia hepática
- Diagnóstico definitivo 97-98
- Achados histológicos
- Proliferação ductular
- Fibrose portal
- Estase biliar plugs biliares
- Transformação gigantocelular
32Biópsia hepática
33Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Tratamento
- Cirurgia de Kasai ( portoenterostomia )
- "Tempo ideal" até 8 semanas de vida
- Técnica excisão do cone fibroso do porta hepatis
com exposição da área que contém os ductos
biliares microscópicos residuais e anastomose
dessa área com a alça de jejuno em Y de Roux. - Nutricional
-
34 CIRURGIA DE KASAI
35Colestase NeonatalAtresia de Vias Biliares -
Complicações
36Atresia de Vias Biliares Quando indicar
Transplante ?
- Desnutrição proteico-calórica
- Hipertensão portal progressiva e suas
complicações ascite refratária,varizes de
esôfago,encefalopatia hepática. - Colangites de repetição
- Prurido intratável
37Colestase NeonatalCisto de colédoco
- 2 causa de colestase extra-hepática
- 113.000 120.000
- 80 sexo feminino
- Tipo I 90 dos casos
- Tratamento - portoenterostomia
38Cisto de colédoco
39Deficiência de Alfa-1-antitripsina
- Função inibidor de enzimas proteolíticas
- Fenótipo PiZZ - 1/2000 nascidos vivos
- Assintomáticos 40-50
40 Nutrição Parenteral Total
- Incidência inversamente proporcional ao peso de
nascimento - Associação com outras injúrias
- Pode evoluir para fibrose e cirrose.
41Colestase Colestase Intra-hepática Familiar
ProgressivaSíndrome de Alagille
- Doença autossômica dominante
- 140.000 170.000
- Sexo masculino
- Características clínicas
- Acolia ou hipocolia fecal e anormalidades
extra-hepáticas
42Colestase Síndrome de Alagille - Características
- Colestase - presente em de 90
- Doença cardíaca congênita 52-85 estenose de
ramo periférico da artéria pulmonar - Anomalias esqueléticas - 33-87
- Anomalias oculares 56-90
- Facies típica 95
43Colestase NeonatalSíndrome de Alagille
44Alagille Embriotóxion posterior
45Colestase CFIP ( PFIC )
- Doença hepática crônica colestática
- Prurido intenso
- Ausência de anomalias em outros órgãos
- Alterações laboratoriais desproporcionais ao
nivel de colestase - Rarefação de ductos biliares
- Cirrose biliar
46Progressive Familiar Intrahepatic Cholestasis(
PFIC )
- Tipo 1 Byler - def. da proteína ATP8B1
- Tipo 2 Def. de BSEP ( proteínas que transportam
os ácidos biliares ) - Tipo 3 Def. de MDR3 ( transporte alterado de
fosfolipídeos )
47PFIC
48Síndrome de Imbricamento
- Doenças hepatobiliares autoimunes
- Colangite Esclerosante Primária
- Hepatite Autoimune
- Cirrose Biliar Primária
49Hiperbilirrubinemias Familiaresconjugadas ( BD )
- Síndrome de Dubin-Johnson
- Síndrome de Rotor
- Benignas, pouco frequentes
- Ausência de prurido e colestase
50Dubin-Johnson
- Hiperbilirrubinemia moderada
- Não hemolítica
- Autossômica recessiva
- BD 2-5 mg/dl
- Diminuição da coproporfirina III e aumento da I
na urina - Pigmento negro nos hepatócitos
- Defeito na excreção hepática
51Rotor
- Defeito na captação hepática
- Autossômica recessiva
- Histologia normal
- BD 2-5 mg/dl
52Colestase - Tratamento
- Nutricional
- Vitaminas Lipossolúveis
- Prurido
- Cirúrgico
53Colestase - Nutrição
- Dieta hipercalórica
- Suplementação de gorduras
TCM-Trigliceril, óleo de milho - Sonda Nasoenteral
54Colestase NeonatalVitaminas Lipossolúveis
- Vit. A cegueira noturna,xeroftalmia,
- ulceração de córnea,queratomalácia.
Arovit - 50.000ui / mês - IM
Aquasol A - 5.000-15.000 u/kg/dia VO - Vit. D- raquitismo,osteopenia, osteoporose
Calciferol IM
Rocaltrol VO
55Colestase Neonatal TratamentoVitaminas
Lipossolúveis
- Vit. E degeneração neuromuscular
Nutre-E-Sol 15-25u/kg/dia VO - Vit. K sangramentos
Kanakion 5-10mg
56Colestase TratamentoPrurido
- Ác.Deoxicólico ( Ursacol )
- Colisteramina ( Questran )
- Fenobarbital
- Rifampicina
57Prurido
- Ác. Ursodeoxidocólico
- -Hidrofílico
- -Inibe a absorção dos outros ác.biliares
- -Dose 15-40 mg/kg/dia
- - Ursacol 50mg e 150mg
58Prurido
- Colestiramina
- Sequestra os ác. Biliares no lúmen intestinal
circ. Entero-hepática - Dose 12-18g /dia
- Questran
59Prurido
- Fenobarbital
- Age no CP 450 aumentando a hidroxilação dos ác.
Biliares - Rifampicina
- Indutor do CP 450
- Inibe a captação dos ác. Biliares nos hepatócitos
e formação de pruritógenos da flora intestinal
60Colestase Neonatal
- USG abdominal normal não afasta Atresia de Vias
Biliares - Sempre examinar a coloração das fezes
- Biópsia hepática pode ser urgência
61Colestase
- Colestase não é uma doençaé um sintoma de uma
doençaé um sinal que a doença existe. - Colestase nunca é normalportanto deve-se sempre
investigar a etiologia. - Ignorar a colestase ou "assistí-la"progredir
pode ocasionar danos irreversíveis para o
paciente.
62E 25 anos se passaram...
63Trocamos experiências...
64Fizemos ajustes...
65Comemoramos...
66E nesta estrada da vida...
67Sorrimos juntos...
68Choramos juntos...
69Tivemos momentos de dúvida...
70Caminhamos em busca de descobertas...
71Para aonde vamos....?
72E o tempo passou...
73Escrevemos história...
74E mesmo assim separados...
75Estaremos sempre juntos !!!!!!
76PARABÉNS !!!!!!!!
77Obrigado
marceloskhepato_at_uol.com.br