Title: Vers
1Terapêutica de substituição renal na UCIP
Versão Original Joseph DiCarlo MD Steven
Alexander MD Stanford University Catherine
Headrick RN Childrens Medical Center Dallas
Versão Portuguesa Maria de Fátima Nunes,
MD António Marques, MD Unidade de Cuidados
Intensivos Pediátricos - H. D. Estefânia Lisboa -
Portugal
08.02.2001
2Três modalidades
- Hemofiltração Veno-Venosa Contínua (HVVC)
- Diálise peritoneal (DP)
- Hemodiálise (HD)
- A selecção da modalidade de substituição renal
normalmente reflecte a experiência da Unidade, e
não um critério objectivo para um determinado
doente. - Segue-se análise comparativa.
3Hemodiálise
vantagens
desvantagens
- Clearance máxima de soluto
- Melhor tratamento para hipercaliémia grave
- Facilmente disponível
- Tempo de anticoagulação limitado
- Acesso vascular colocado na cama do doente
- Instabilidade hemodinâmica
- Hipoxémia
- Trocas rápidas de água e solutos
- Equipamento complexo
- Pessoal especializado
- Difícil em pequenos lactentes
4Diálise Peritoneal
vantagens
desvantagens
- Facilidade na montagem e utilização
- Utilização fácil em lactentes
- Estabilidade hemodinâmica
- Sem necessidade de anticoagulação
- Possibilidade de colocação do cateter na cama do
doente
- Ultrafiltração pouco quantificada
- Remoção lenta de água e solutos
- Falência na drenagem
- Fuga
- Obstrução do cateter
- Compromisso respiratório
- Hiperglicemia
- Peritonite
5HVVC
vantagens
desvantagens
- Utilização fácil na UCIP
- Correcção rápida dos electrólitos
- Excelente clearance de solutos
- Correcção rápida do equilíbrio ácido/base
- Balanço controlado de líquidos
- Tolerado por doentes instáveis
- Uso precoce de NPT
- Acesso vascular colocado na UCIP
- Anticoagulação sistémica
- Frequente formação de coágulos no filtro
- Hipotensão em pequenos lactentes
- Acesso vascular em lactentes
6Introdução
- Hemofiltração veno-venosa continua (HVVC) permite
a remoção equilibrada de solutos e a modificação
do volume e composição do líquido extra-celular.
7Hemofiltração
- Consiste na colocação de um pequeno filtro
altamente permeável à água e solutos, mas
impermeável às proteínas plasmáticas e elementos
celulares do sangue, num circuito extra-corporal.
- Quando o sangue perfunde o hemofiltro, o
ultrafiltrado plasmático é removido de forma
análoga à filtração glomerular.
8História Kramer 1979 (Alemanha)
- A canalização inadvertida da artéria femoral
levou a hemofiltração arterio-venosa contínua
(HAVC) - A função cardíaca do doente por si só é capaz de
impulsionar o sangue no sistema - Grandes volumes de ultrafiltrado são produzidos
por um hemofiltro altamente permeável - O sistema de 'hemofiltração arterio-venosa
contínua' permite terapêutica de substituição
renal completa no adulto em anúria
9História pediatria
- Lieberman 1985 (EUA) ultrafiltração contínua
lenta ('UFC') utilizada com sucesso num
recém-nascido em anasarca e com anúria - Ronco 1986 (Itália) Hemofiltração Arterio-Venosa
Continua (HAVC) no recém-nascido - Leone 1986 (EUA) HAVC na criança maior
- 1993 aceitação geral de que a técnica de HVVC é
menos problemático que a HAVC
10HVVC
- 1. Controlo quase completo da taxa de remoção de
líquidos (i.e. taxa de ultrafiltração) - 2. Precisão e estabilidade
- 3. Electrólitos ou elementos celulares do sangue
(plaquetas, eritrócitos ou leucócitos) podem ser
removidos ou adicionados, independentemente das
alterações do volume total de água corporal.
11Ultrafiltração (UF)
- A filtração através da membrana de ultrafiltração
é feita por um processo de convecção, idêntico ao
que ocorre no glomérulo renal.
12Convecção
- convecção
- As moléculas de soluto são removidas por arrasto
através da membrana, processo que é chamado de
'solvent drag.' - hemofiltração
- Durante a hemofiltração não é utilizado dialisado
pelo que não pode ocorrer transporte por difusão. - A transferência de soluto é inteiramente
dependente do transporte por convecção, pelo que
a hemofiltração é pouco eficaz na remoção de
solutos.
13Hemodiálise
- A Hemodiálise permite a remoção de água e solutos
por difusão através de um gradiente de
concentração.
14Difusão
- difusão
- As moléculas de soluto são transferidas através
da membrana na direcção da menor concentração de
soluto a uma taxa inversamente proporcional ao
peso molecular. - hemodiálise
- Durante a hemodiálise, o movimento dos solutos
através da membrana de diálise, do sangue para o
dialisado, resulta primariamente do transporte
por difusão.
15Mecanismos Tolerância
D difusão C convecção
16(No Transcript)
17Biocompatibilidade
- Nas membranas de hemofiltração são usados vários
materiais sintéticos - polisulfona
- poliacrilonitrilo
- poliamida
- Todos são biocompatíveis.
- A activação do complemento ou a leucopénia,
frequentemente associada à hemodiálise, ocorre
raramente na hemofiltração.
18Membrana de Hemofiltração
A membrana de hemodiálise contém canais longos,
tortuosos interligados que condicionam uma alta
resistência ao fluxo da água. A membrana de
hemofiltração consiste em canais relativamente
estreitos e de diâmetro progressivamente maior
que oferecem pouca resistência ao fluxo de água.
fosfato bicarbonato interleucina-1 interleucina-6
endotoxina vancomicina heparina pesticidas amónia
19Membrana Hemofiltração
O hemofiltro permite uma transferência fácil de
solutos com menos de 100 daltons (e.g. ureia,
creatinina, ácido úrico, sódio, potássio, cálcio
ionizado e quase todos os fármacos que não se
ligam às proteínas plasmáticas). Todos os
hemofiltros de HVVC são impermeáveis à albumina e
a outros solutos maiores de 50,000 daltons.
fosfato bicarbonato Ca ionizado interleucina-6
endotoxina vancomicina heparina pesticidas amónia
?? ?albumina ?medicações ligadas a proteinas ?
plaquetas
20Fracção de Filtração
- O grau de desidratação do sangue pode ser
estimado pela fracção de filtração (FF), que
corresponde à fracção de água do plasma removida
pela ultrafiltração - FF() (UF x 100) / QP
- Onde QP é a taxa de filtrado plasmático em
ml/min. - QP Fluxo Sanguíneo (ml/min) x (1-Hct)
21Taxa de Ultrafiltrado
- FF() (UF x 100) / QP
- QP Fluxo Sanguíneo x (1-Hct)
- Por exemplo, quando o Fluxo Sanguíneo 100
ml/min e o Hct 0.30 (i.e. 30), QP 70 ml/min.
A Fracção de Filtração gt 30 promove formação de
coágulos no filtro. No exemplo anterior, quando a
FF máxima permitida é 30, um Fluxo Sanguíneo de
100 ml/min permite a UF 21 ml/min. - QP taxa de filtrado plasmático em ml/min.
22Fluxo sanguíneo clearance
- Para uma criança com superfície corporal de 1.0
m2, Fluxo Sanguíneo 100 ml/min e FF 30, a
clearence de pequenos solutos é 36.3 ml/min/1.73
m2 (cerca de um terço da clearance renal normal
de pequenos solutos). - clearance HVVC ideal pelo menos 15 ml/min/1.73
m2 - Para crianças pequenas, taxa de fluxo sanguíneo gt
100 ml/min é desnecessário em geral - Fluxo Sanguíneo alto pode contribuir para
aumentar a hemólise no circuito HVVC
23Clearance da Ureia
- Na hemofiltração a Clearance da ureia (C ureia)
ajustada à área de superficie corporal (SC), pode
ser calculada da seguinte forma - Cureia UF ureia conc. x UF x 1.73
- BUN SC do
doente - Cureia (ml/min/1.73 m2 SC)
24Clearance da Ureia
- Na HVVC, a concentração da ureia no ultrafiltrado
e BUN são iguais, anulando a equação, que fica - Curea UF x 1.73
- SC do doente
- Cureia (ml/min/1.73 m2 SC)
25Clearance da Ureia
- Quando se considera a clearance (Cureia) ideal
(15 ml/min/1.73 m2) a equação pode ser resolvida
para a UF - 15 UF x 1.73 / SC (do doente)
- UF 15 / 1.73 8.7 ml/min
- Cureia (ml/min/1.73 m2 SC)
26Clearance Ureia
- Cureia UF x 1.73
- SC
- Assim, numa criança com superfície corporal 1.0
m2, consegue-se uma Cureia de cerca de 15
ml/min/1.73 m2 quando o UF é 8.7 ml/min ou 520
ml/hr. - A mesma clearance pode ser conseguida num
adolescente de 1.73 m2 com um UF 900 ml/hr. -
- Curea (ml/min/1.73 m2 SC)
27Lentificação
- Fracção de Filtração superior a 25 - 30 aumenta
consideravelmente a viscosidade no circuito com
risco de formação de coágulo e disfunção.
28Pré-diluíção
- Os problemas associados ao aumento da viscosidade
podem ser reduzidos adicionando líquido de
substituição (reposição) em préfiltro. No
entanto, a eficácia da ultrafiltracção fica
comprometida visto que o ultrafiltrado contém
líquido de substituição.
29Balanço hídrico
- Um balanço hídrico preciso é uma das maiores
vantagens da HVVC. Em cada hora, o volume de
líquido de substituição (reposição) do filtrado
(FRF) é ajustado de forma a permitir o balanço
hídrico desejado.
30Reposição
- O Ultrafiltrado (UF) é simultaneamente
substituído (reposição) por uma combinação de - Soluções fisiológicas habituais
- Lactato de Ringer
- Soluções de nutrição parentérica total
- Nos doentes com sobrecarga hídrica, o volume do
ultrafiltrado não é substituído completamente
permitindo um balanço negativo previsível e
controlado.
31Líquido de reposição fisiológico
university of michigan formula
32Líquido de reposição conc. final
university of michigan formula
33Líquido de reposição comercial
34Líquido de reposição potássio
- Normalmente o potássio é excluído da fórmula de
FRF inicial nos doentes com insuficiência renal.
A maioria dos doentes pode eventualmente
necessitar de suplemento de potássio ( e
fosfato). - deve ser adicionada potássio a cada um dos quatro
sacos de FRF em concentração fisiológica - se pelo contrário se adicionar a um único saco 16
mEq de KCl, pode ocorrer subitamente
hipercaliémia grave
35Líquido de reposição Lactato de Ringer
- Muitos adultos são tratados com HVVC usando
Lactato de Ringer como solução de reposição. É - Cómodo, adequado, prático
- Económico
- Elimina o risco de erro na preparação dos sacos
pela fórmula de Michigan - A solução de reposição de Michigan parece ser
preferível em crianças gravemente doentes
nomeadamente em lactentes, mas as 2 soluções não
foram avaliadas comparativamente, de forma
sistemática.
36Clearance e doses de fármacos
- A terapêutica farmacológica deve ser ajustada
utilizando determinações frequentes dos níveis
séricos ou por tabelas que fornecem os ajuste de
dose em doentes com função renal reduzida -
- Tabelas de Bennett exigem ajustamento à Taxa de
Filtração Glomerular (TFG) do doente - A TFG na HVVC é igual à taxa de ultrafiltrado
(UF) mais a clearance renal residual - Usando as tabelas de Bennett, na maioria dos
doentes em HVVC, a dose dos fármacos pode ser
ajustada para uma TFG de 10 a 50 ml/min.
37Anti-coagulação
- Para prevenir a formação de coágulos no filtro e
a interrupção do circuito de HVVC pode ser
necessário fazer anticoagulação.
- heparina
- citrato
- local vs. sistémica
38Anti-coagulação
- Doentes com coagulopatias podem não necessitar de
heparina. - Se o aPTT do doente é gt 200 segundos antes do
tratamento não usamos heparina - A formação de coágulos no filtro assinala
- que determinada coagulopatia melhorou
espontaneamente
39Anti-coagulação heparina
- Doentes com coagulopatias podem não necessitar de
heparina. - Quando o aPTT é lt 200 segundos, administra-se uma
dose inicial de heparina _at_ 5-20 unidades/kg,
seguido de - infusão contínua de heparina (ritmo inicial 5
unidades/kg/hr) préfiltro - Ajustar ritmo de heparina de forma a manter aPTT
pósfiltro de 160 to 200 segundos
40Anti-coagulação citrato
- A anticoagulação com citrato no circuito de HVVC
pode ser utilizado quando a anticoagulação
sistémica é contra-indicada por qualquer razão
(normalmente quando o doente sofre de
coagulopatia grave). - Na HVVC-D (Hemofiltração Veno-Venosa Continua com
Diálise) perfunde-se uma solução de diálise em
contracorrente no filtro - HVVC-D ajuda a prevenir a hipernatrémia induzida
com a solução de citrato trissódico
41Anti-coagulação citrato
- Anticoagulação local do circuito de HVVC com
citrato - Citrato trissódico 4 préfiltro
- Ritmo de infusão de citrato taxa de filtração
(ml/min) x 60 min. x 0.03 - Líquido de substituição soro fisiológico
- Infusão de cálcio CaCl 8 no soro fisiológico no
lado distal - dialisado Na 117 . glucose 100-200 . K 4 . HCO3
22 . Cl 100 . Mg 1.5 - O Cálcio ionizado no circuito diminui para lt 0.3,
enquanto a concentração de cálcio sistémico é
mantida pela infusão.
Sramek et al Intensive Care Med. 1998 24(3)
262-264.
42Experimental alto-fluxo
- A HVVC de alto volume pode melhorar o estado
hemodinâmico, aumentando a perfusão de órgão,
diminuindo os níveis séricos de lactato e as
concentrações de nitrito/nitrato.
43Experimental choque séptico
- Realizou-se hemofiltração veno-venosa de balanço
zero com remoção de 3L de ultrafiltrato/h durante
150 min. Posteriormente a taxa de ultrafiltração
foi aumentada para 6 L/h por mais 150 min.
Rogiers et al Effects of CVVH on regional blood
flow and nitric oxide production in canine
endotoxic shock.
44Experimental choque septico
Rogiers et al Effects of CVVH on regional blood
flow and nitric oxide production in canine
endotoxic shock.
45Cenário I
- Choque séptico no 3ºdia de internamento. A
produção de ultrafiltrado é controlada por um
regulador de fluxo à saída do filtro. - Peso seco 20 kg
- Peso de hoje 24 kg
- Fluxo sanguíneo através do filtro 75 cc / min
- Produção de ultrafiltrado 0.5 cc / min
46Cenário I
- Com este nível de ultrafiltrado baixo, as
entradas e saídas de líquidos ainda não estão
equilibradas entradas 100 cc/hr IV, e saídas
(30 cc UF 10 cc urina) 40 cc/h. A produção de
ultrafiltrado deve ser aumentada para atingir um
equilíbrio hídrico total.
47Cenário II
- Choque séptico, 4º dia de internamento. A
produção de ultrafiltrado aumentou para 90 cc/h,
controlado pelo regulador de fluxo à saída do
filtro. - Peso seco 20 kg
- Peso de hoje 24 kg
- Fluxo sanguíneo através do filtro 75 cc / min
- Produção de ultrafiltrado 1.5 cc / min
48Cenário II
- Entradas e Saídas estão equilibradas entradas
100 cc/hr IV, e saídas (90 UF 10 cc urina)
100 cc/h.
No entanto o sistema não está a ser utilizado de
forma eficaz --- só 2 do volume sanguíneo que
passa através do filtro está a ser convertido em
ultrafiltrado isto não permite uma clearance
importante de soluto.
49Cenário III
- Choque séptico, no 2º dia de internamento. É
iniciada HVVC e o ultrafiltrado é produzido a um
ritmo de 1440 cc/h, controlado por um regulador
do fluxo à saída do filtro. - Peso seco 20 kg
- Peso hoje 23.6 kg
- Fluxo sanguíneo através do filtro 75 cc / min
- Produção de ultrafiltrado 25 cc / min
50Cenário III
- É desejado um balanço negativo de 100 cc/hr e
esperada uma perda de peso de 2Kg ou mais nas 24h
seguintes. Isto constitui um uso eficaz do filtro
--- equilibrando os líquidos corporais totais, e
permitindo uma clearance de soluto pela produção
de cerca 1 litro de ultrafiltrado por hora.
51Cenário III questões
- 1. A produção de ultrafiltrado (25 cc/min) é
igual a 33 do fluxo sanguíneo filtrado (75
cc/min). Que problema mecânico pode ser esperado
no filtro? Como pode ser evitado este problema? - 2. Que volume pode ser destinado à nutrição
(parentérica ou entérica)?
52Cenário III questões (a)
- Cerca de 30 litros de ultrafiltrado são
produzidos por dia esta criança pesa só 20 Kg.
Uma solução de reposição é infundida para
compensar o volume perdido. O seguinte cenário
pode ser imaginado - A frequência cardíaca aumenta gradualmente de 100
p/min para 140 p/min. A pressão venosa central
diminui de 8 mmHg para 3 mmHg. Como deve ser
ajustada a terapêutica?
Após 2 a 3 dias de ultrafiltração agressiva a
água corporal total pode diminuir
consideravelmente. Ou se diminui a produção de
ultrafiltrado ou (melhor) deverá aumentar-se o
líquido de reposição.
53Cenário III questões (b)
- Cerca de 30 litros de ultrafiltrado são
produzidos por dia esta criança pesa só 20 Kg. A
solução de reposição é infundida para compensar
a maior parte do volume perdido. - Inicialmente a criança responde a ordens verbais,
e move as extremidades espontaneamente. Dois dias
depois fica gradualmente obnubilada, e
mobiliza-se pouco. O que deve ser revisto?
A depleção de electrólitos é sempre um problema
--- particularmente o ião fosfato, que quando
gravemente diminuído torna impossível a produção
de energia. A criança com fosfatolt 1
provavelmente ficará em coma.
54Cenário III questões
- Cerca de 30 litros de ultrafiltrado são
produzidos por dia. Esta criança pesa só 20 Kg. A
solução de reposição é infundida para compensar
a maior parte do volume perdido. - No início da HVVC de alto fluxo a criança
apresentava acidose moderada (défice de base -3
mmol/L). Após 2 dias de HVVC de alto fluxo,
encontra-se estável do ponto de vista
hemodinâmico e o défice de base é -8 mmol/L.
Haverá algum problema com a solução de reposição?
A solução base do soro de reposição pode ser o
culpado. Será lactato (e.g., de Ringer)? Se o
fígado tiver a sua função comprometida pode não
ser capaz de metabolizar uma grande sobrecarga de
lactato.
55Cenário IV
- Choque séptico, 5º dia de internamento. A HVVC
foi iniciada 3 dias antes, e o peso corporal
voltou ao normal. A produção de ultrafiltrado é
mantida a um ritmo de 1440 cc/h, controlado por
um regulador de fluxo à saída do filtro. - Peso seco 20.0 kg
- Peso de hoje 20.5 kg
- Fluxo sanguíneo através do filtro 75 cc / min
- Produção de ultrafiltrado 25 cc / min
56Cenário IV
- Um balanço hídrico negativo é desejável . A
relação Entradas /Saídas deve ser equilibrado.
Questão O ultrafiltrado é produzido a 1440 cc /
hr. Que limitações no equipamento podem impedir
esta taxa elevada de produção?
57Diálise Peritoneal indicações preferenciais
- Lactentes lt 2500 g
- Hipotermia grave ou hipertermia
- Síndroma hemolítico-urémico
Diálise Peritoneal inadequado
- Hiperamoniemia grave (erros inatos do
metabolismo) - Intoxicação com tóxicos dialisáveis
58Diálise Peritoneal cateteres percutaneous
- Cook 5Fr ou maior (8.5 Fr mesmo para
recém-nascidos - menor obstrução) - Risco de peritonite se gtgt 6 dias
Diálise Peritoneal cateteres cirúrgicos
- Tenckhoff (vários fabricantes)
- Tenckhoff de duplo cuff diminui o risco de
peritonite
59Diálise Peritoneal equipamento para diálise
peritoneal aguda
- Tubo em Y para técnica manual (ciclos com
volumes pequenos) - Ciclos automáticos para volumes gt 100 cc
- Infusão aprox (entrada). 5 minutos
- Permanência 15 - 45 minutos
- Drenagem (saída) 5 - 15 minutos
60Diálise Peritoneal prescrição aguda
- Líquido de Diálise Concentração de dextrose
- Líquido de Diálise aditivos
- Volume de cada ciclo
- Tempos de entrada, permanência e saída
61Diálise Peritoneal Líquidos de Diálise
- Concentrações de Dextrose 1.5, 2.5 e 4.25
- Concentrações mais altas aumenta UF
- Permanências curtas aumenta UF
- Volumes maiores aumenta UF
62Diálise Peritoneal líquidos de diálise - tampões
- As Soluções standard contêm lactato como tampão
- Os Lactentes podem não ser capazes de converter o
lactato - O Lactato não convertido agrava a acidose
- Usar soluções não standard com Bicarbonato
63Diálise Peritoneal prescrição
- Ciclos de volume iniciais 10-15 cc/kg (evitar
fuga) - normalmente 2.5 dextrose
- Ciclo de 1 hora (5 - 45 - 10)
- Ciclo curto (30 - 45 m) melhor remoção de
solutos - Aumentar o volume dos ciclos para 30 cc/kg em 3
dias - Aumentar para 40 cc/kg numa semana
64Diálise Peritoneal precauções
- A Pressão Arterial tende a descer durante a
drenagem - Se a criança ficar hipotensa durante a
permanência - Não drenar
- Expansão de volume vascular
65Diálise Peritoneal complicações
- Obstrucção do cateter (omentum)
- Permite a entrada mas não a drenagem
- Substituição de cateter
- Obstrução do cateter por coágulos
- associar 250 - 500 U heparina ao saco de
dialisado inicial de 2-litros - peritonite
66PD peritonite
- Drenagem do dialisado purulento
- Dialisado gt 100 leucócitos/cc
- gt 50 leucócitos polimorfonucleares
- organismos gram positivos nas UCIPs também gram
(-) - antibióticos intraperitoneais de acordo com exame
cultural - vancomicina (8 mg/L) ceftazidime (125 mg/L)
--- ou --- - gentamicina (8 mg/L)
- associar heparina 500 U/L para reduzir a formação
de fibrina - cefalosporina _at_ como profilaxia na colocação do
cateter