MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera - PowerPoint PPT Presentation

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MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera

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Title: CONTABILIDADE NACIONAL Author: Cl udio Consider Last modified by: Claudio Monteiro Considera Created Date: 3/13/2005 10:24:48 PM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

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Title: MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera


1
MACRO IAS CONTAS NACIONAISProf. Claudio M.
Considera
  • CAP 3
  • OS MERCADOS

2
OS MERCADOS
  • Até agora viu-se
  • (a) o que são fatores de produção e como eles são
    organizados no âmbito das unidades econômicas.
  • (b) definiram-se e classificaram-se,
    posteriormente, essas unidades econômicas, bem
    como suas transações ou operações econômicas e
    financeiras.
  • Antes de se passar a descrever o processo
    econômico falta definir o mercado, local onde se
    processam algumas das operações

3
OS MERCADOS
  • A teoria econômica define mercado como o encontro
    dos fluxos de oferta e demanda, sejam de fatores
    de produção ou de bens e serviços.
  • Por essa definição genérica de mercado não há
    necessariamente um local físico onde esses fluxos
    se encontram, embora todas as transações de venda
    e de compra se realizem em locais apropriados
    para tal.
  • O conceito de mercado é mais abstrato do que o de
    um local onde se realizam as operações de compra
    e venda de bens e serviços.
  • De fato, ele é uma expressão genérica do encontro
    dos atos de ofertar e demandar bens e serviços ou
    fatores de produção.

4
OS MERCADOS
  • Os fenômenos de oferta e demanda e a formação de
    preços depende de cada bem ou serviço, vale
    dizer, cada um deles tem seu mercado próprio.
  • Distinguem-se aqui três tipos de mercado
  • o mercado de bens e serviços,
  • o mercados de fatores de produção e,
  • o mercado financeiro.

5
OS MERCADOS
  • Por sua vez, esses fenômenos de oferta e demanda,
    preços e quantidades, dependem também do regime
    de mercado a que o produto está submetido.
  • O comportamento da oferta e da demanda e, por
    conseguinte, a formação de preços, depende de
    seus regime de mercado.
  • A teoria econômica identifica os seguintes
    regimes de mercado
  • concorrência perfeita e concorrência imperfeita
  • neste último distinguem-se os regimes de
  • concorrência monopolística, oligopólio,
    oligopsônio, monopólio, monopsônio, etc..

6
OS MERCADOS
  • Aborda-se aqui apenas o regime de concorrência
    perfeita e mesmo assim de maneira resumida.
  • Para facilitar a explicação supõe-se, ainda,
    neste capítulo que se trata de uma economia
    fechada e sem governo.
  • Com isto, estão presentes apenas os setores
    institucionais Famílias e Empresas, estando
    ausente as Administrações Públicas e o Resto do
    Mundo.

7
O Mercado de Bens e Serviços
  • A DEMANDA
  • A decisão de consumir bens e serviços expressa na
    curva de demanda das famílias, depende dos
    seguintes elementos
  • da sua renda,
  • da sua riqueza acumulada,
  • do preço do produto em questão,
  • dos preços dos outros produtos disponíveis,
  • dos seus gostos e preferências,
  • das expectativas das famílias sobre sua renda e
    riqueza futuras e,
  • do comportamento futuro dos preços.

8
O Mercado de Bens e Serviços
  • A demanda de um produto pode ser ilustrada por
    uma curva que expressa uma relação biunívoca
    apenas entre preços do produto em questão e suas
    quantidades demandadas, considerando que todos os
    outros elementos são mantidos constantes.
  • Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Demanda, a
    quantidade demandada de produtos será tanto maior
    quanto menor for o preço do produto.

9
O Mercado de Bens e Serviços
  • A demanda de um produto pode ser ilustrada por
    uma curva que expressa uma relação biunívoca
    apenas entre preços do produto em questão e suas
    quantidades demandadas, considerando que todos os
    outros elementos são mantidos constantes.
  • A demanda segue o princípio da maximização da
    utilidade da renda do consumidor.
  • Nessa hipótese, segundo a Lei geral da Demanda
  • a quantidade demandada de produtos será tanto
    maior quanto menor for o preço do produto.

10
O Mercado de Bens e Serviços
  • Figura 3.1a

preços
demanda
quantidades
11
O Mercado de Bens e Serviços
  • A OFERTA
  • A decisão de produzir e vender, vale dizer,
    ofertar bens e serviços, depende dos seguintes
    fatores
  • do preço do produto em questão,
  • dos custos de produção do produto em questão,
  • dos preços dos produtos relacionados ao produto
    em questão, que afetam tanto seu custo como sua
    demanda.
  • A decisão de produzir será guiada pelo princípio
    da maximização de lucros, de tal maneira que
    segunda a Lei geral da oferta
  • a quantidade ofertada de produtos será tanto
    maior quanto maior for o preço dos produtos,
    mantidos constante os demais elementos.

12
O Mercado de Bens e Serviços
  • Figura 3.1b

oferta
preços
quantidades
13
O Mercado de Bens e Serviços
  • Figura 3.1

oferta
preços
demanda
quantidades
14
O Mercado de Bens e Serviços
  • Figura 3.1 - O equilíbrio

oferta
preços
Excesso de oferta
Preço de equilíbrio
demanda
quantidades
Quantidade de equilíbrio
15
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • O mercado de fatores de produção difere do de
    bens e serviços em diversos aspectos
  • as posições se invertem os ofertantes são agora
    as famílias e os demandantes são as empresas.
  • Mudam, os objetivos
  • as empresas demandarão fatores para oferecerem
    bens e serviços,
  • as famílias ofertarão fatores por desejarem
    demandar bens e serviços.
  • Os desejos de oferta e demanda neste caso não são
    comandados unicamente por este mercado, como se
    verá adiante.
  • Portanto, a oferta e demanda dos serviços de
    fatores de produção e suas respectivas
    remunerações diferem daquelas do mercado de bens
    e serviços e são, também bastante diferenciadas,
    conforme se refiram a trabalho, recurso natural
    ou capital.

16
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • O primeiro ponto a enfatizar é que a demanda por
    fatores de produção depende da demanda pelos bens
    e serviços por eles produzidos
  • Portanto, a demanda por fatores de produção é uma
    demanda derivada.
  • Logo, o preço de qualquer fator de produção
    dependerá de como a sociedade valora os bens e
    serviços por ele produzido.

17
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • A quantidade de cada bem e serviço produzido e a
    quantidade de cada fator necessário a sua
    produção definirão a produtividade média e a
    produtividade marginal do fator de produção.
  • A produtividade média (PMe) é definida como
    quantidade do bem ou serviço obtida por unidade
    de fator de produção utilizada.
  • A produtividade marginal (PMg), é definida como a
    quantidade do bem ou serviço obtido com a adição
    de uma unidade do fator de produção utilizado.

18
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • Podemos ilustrar estes conceitos com o exemplo de
    uma fazenda que produz soja.
  • Sua produção máxima é de 112 mil toneladas, que é
    obtida utilizando as seguintes quantidades de
    fatores de produção
  • recursos naturais, 10.000 hectares (ha) de terra
    capital, 10 máquinas e tratores e, trabalho, 8
    maquinistas.
  • Nesta situação, a PMe (Q/T) de cada unidade de
    trabalho é de 14 mi tons. de soja.
  • A PMg ( Q/ T) da adição do oitavo trabalhador foi
    de 0 tons. de soja.

19
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • A função de produção desta fazenda é
  • soja a (ha de terra) b (máquinas agrícolas)
    c (tratoristas)
  • Onde
  • a é o coeficiente de contribuição da terra na
    produção de soja
  • b, é a contribuição das máquinas agrícolas, e
  • c é a contribuição da mão de obra.
  • Omitindo seus valores, por hora, podemos
    construir a tabela 3.1 com valores que traduzam a
    contribuição de cada unidade de mão de obra, por
    exemplo, para a produção de soja, mantidos
    constantes a utilização máxima dos demais fatores
    de produção.

20
Produção com um insumo variável (Trabalho)
Quantidade Quantidade Produto Produto
Produto de Trabalho (L) de Capital (K) Total
(Q) Médio Marginal
  • 0 10 0 --- ---
  • 1 10 10 10 10
  • 2 10 30 15 20
  • 3 10 60 20 30
  • 4 10 80 20 20
  • 5 10 95 19 15
  • 6 10 108 18 13
  • 7 10 112 16 4
  • 8 10 112 14 0
  • 9 10 108 12 -4
  • 10 10 100 10 -8

21
Produção com um insumo variável (Trabalho)
  • Observações
  • 1) À medida que aumenta o número de
    trabalhadores, o produto (Q) aumenta, atinge um
    máximo e, então, decresce.

22
Produção com um insumo variável (Trabalho)
  • Observações
  • 2) O produto médio do trabalho (PM), ou
    produto por trabalhador, inicialmente aumenta e
    depois diminui.

23
Produção com um insumo variável (Trabalho)
  • Produtividade do Trabalho

24
Produção com um insumo variável (Trabalho)
  • Observações
  • 3) O produto marginal do trabalho (PMg), ou
    produto de um trabalhador adicional, aumenta
    rapidamente no início, depois diminui e se torna
    negativo.

25
Produção com um insumo variável (Trabalho)
Figura 3.2a
Produção por mês
112
60
Trabalho por mês
0
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
26
Produção com um insumo variável (Trabalho)
Figura 3.2b
Produção por mês
30
20
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
27
Produção com um insumo variável (Trabalho)
  • Observações
  • Quando PMg 0, PT encontra-se no seu nível
    máximo
  • Quando PMg gt PM, PM é crescente
  • Quando PMg lt PM, PM é decrescente
  • Quando PMg PM, PM encontra-se no seu nível
    máximo

28
Produção com um insumo variável (Trabalho)
PM inclinação da linha que vai da origem a um
ponto sobre a curva de PT, linhas b c. PMg
inclinação da tangente em qualquer ponto da curva
de TP, linhas a c.
Produção por mês
Produção por mês
Figura 3.2
D
112
30
C
E
20
60
B
10
A
Trabalho por mês
Trabalho por mês
0
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
29
Produção com um insumo variável (Trabalho)
A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
  • À medida que o uso de determinado insumo aumenta,
    chega-se a um ponto em que as quantidades
    adicionais de produto obtidas tornam-se menores
    (ou seja, o PMg diminui).

30
Produção com um insumo variável (Trabalho)
A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
  • Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho
    é pequena, o PMg é grande em decorrência da maior
    especialização.
  • Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho
    é grande, o PMg decresce em decorrência de
    ineficiências.

31
Produção com um insumo variável (Trabalho)
A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
  • Pode ser aplicada a decisões de longo prazo
    relativas à escolha entre diferentes
    configurações de plantas produtivas
  • Supõe-se que a qualidade do insumo variável seja
    constante

32
Produção com um insumo variável (Trabalho)
A Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
  • Explica a ocorrência de um PMg declinante, mas
    não necessariamente de um PMg negativo
  • Supõe-se uma tecnologia constante

33
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • A figura 3.2 ilustra esta lei, derivando-a da
    própria função de produção.
  • Dada uma certa quantidade de dois fatores de
    produção a adição de unidades adicionais do
    terceiro fator faz com que o produto aumente, num
    primeiro estágio, mais do que proporcionalmente à
    quantidade do fator de produção.
  • A partir de um certo ponto, onde inicia um
    segundo estágio, esse aumento é menos do que
    proporcional, mas ainda positivo.
  • Num terceiro estágio, a contribuição de unidades
    adicionais do fator é negativa.

34
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • Os empresários escolherão produzir em algum ponto
    dentro do segundo estágio da função de produção
  • Vale dizer, entre o ponto em que o produto
    marginal do fator passa a decrescer e o ponto em
    que ele se torna negativo.
  • Esse é o estágio relevante da função de
    produção.
  • Qualquer ponto fora desse intervalo é um ponto de
    ineficiência.

35
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • Estas relações técnicas insumo-produto são
    insuficientes, entretanto, para definir a curva
    de demanda das empresas por fatores de produção.
  • Como mencionado anteriormente, a demanda por
    fatores de produção depende da demanda por bens e
    serviços por eles produzidos, pois, isso é que
    propiciará às empresas as receitas que almejam
    por realizar a produção.
  • Logo, o desejo de contratar unidades adicionais
    de fatores de produção dependerá da receita
    adicional que aquela contratação propiciar, vale
    dizer da sua receita marginal (RMg).

36
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • Em um mercado de competição perfeita a receita
    marginal do fator é igual ao valor da
    produtividade marginal do fator, ou seja, sua
    produtividade física expressa em quantidade de
    produtos adicionais, vezes o preço do produto
    (P).
  • Em termos da figura 3.2. equivale a deslocar a
    curva de produto marginal, no seu estágio
    relevante, na magnitude do preço do produto,
    multiplicando-a por um escalar.

RMg PMg X P
37
Produção e Valor com um insumo variável (Trabalho)
Figura 3.2
Produção por mês Quantidade e valor
30
20
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
38
Valor da Produção com um insumo variável
(Trabalho)
Figura 3.2
Valor da Produção por mês
40
30
20
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
39
Valor da Produção com um insumo variável
(Trabalho)
Figura 3.2
Valor da Produção por mês
40
30
20
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
40
Valor da Produção com um insumo variável
(Trabalho)
Figura 3.3a
Salário Mensal
40
30
20
RMg
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
41
O MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
  • Pode-se concluir, pois, que para a empresa, a
    curva de demanda de um fator de produção,
    qualquer que seja, terá o formato da curva de
    receita marginal desse fator.
  • Como a maximização de seus lucros, é seu
    objetivo, ela utilizará unidades adicionais do
    fator até o ponto que a receita marginal deste
    fator se igualar ao seu próprio preço, vale
    dizer, ao custo marginal do fator.

RMg CMg P do fator
42
O MERCADO DE TRABALHO
Figura 3.3.a A demanda por trabalho
Salário Mensal
40
30
20
RMg
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
43
O MERCADO DE TRABALHO
  • A oferta de trabalho
  • A oferta de trabalho por parte dos membros das
    unidades familiares deriva das decisões que eles
    tomam no que diz respeito a
  • trabalhar ou não,
  • a quantidade de horas que desejam trabalhar
  • E, que tipo de trabalho desejam ofertar.
  • Estas suas decisões são limitadas
  • pela disponibilidade de emprego,
  • pelos níveis de remuneração
  • e, pela própria qualificação de cada indivíduo.

44
O MERCADO DE TRABALHO
  • A oferta de trabalho
  • Tais decisões envolvem, de fato, duas
    alternativas
  • uma delas, não trabalhar, deixando de receber
    remuneração, preferindo o lazer ou, mesmo,
    realizar trabalho não remunerado, tal como cuidar
    do jardim, da casa, dos filhos, etc.
  • a outra, trabalhar em troca de remuneração. Essa
    remuneração pode então ser vista como o preço --
    ou o custo de oportunidade -- de abdicar dos
    benefícios do lazer ou de atividades não
    remuneradas.
  • As pessoas, estarão dispostas a abdicar mais
    horas de lazer a medida que a remuneração por
    isto aumente, ou seja o salário aumente..

45
O MERCADO DE TRABALHO
  • A oferta de trabalho
  • Logo, a curva de oferta de trabalho relaciona a
    quantidade de trabalho ofertada com diferentes
    níveis de remuneração.
  • Possui uma inclinação ascendente da esquerda para
    a direita, mostrando que quanto maior a
    remuneração, maior a quantidade de trabalho que
    se deseja ofertar.
  • A figura 3 mostra a interação da curva de demanda
    de trabalho por parte da empresas com a curva de
    oferta por parte das famílias, definindo a
    remuneração ou salário de equilíbrio.

46
O MERCADO DE TRABALHO
Figura 3.3 demanda e oferta por trabalho
Salário Mensal
40
Oferta
30
RMg CMg
Wo
20
Demanda
10
Trabalho por mês
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
Lo
47
O MERCADO DE RECURSOS NATURAIS
  • O fator de produção recursos naturais,
    disponíveis dada uma certa tecnologia de produção
    e acesso, apresenta uma característica que o
    difere dos dois outros fatores de produção
  • sua oferta é fixa, na medida em que não pode ser
    reproduzido.
  • Assim sendo, sua oferta não reage a variações de
    preço, é inelástica e representada por uma linha
    reta, conforme a figura 3.4.
  • Seu preço de equilíbrio é, portanto, determinado
    pela demanda.

48
O MERCADO DE RECURSOS NATURAIS
Figura 3.4 demanda e oferta de recursos naturais
Preços
40
Oferta
30
RMg CMg
Po
20
Demanda
10
Quantidades
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
Qo
49
O MERCADO DE RECURSOS NATURAIS
Figura 3.4 demanda e oferta de recursos naturais
Preços
40
Oferta
P1
RMg CMg
30
Po
20
Demanda
10
Quantidades
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
Qo
Q1
50
O MERCADO DE BENS DE CAPITAL
  • O funcionamento do mercado de bens de capital
    pouco difere do mercado de bens e serviços de
    consumo, à exceção do fato de que tanto
    ofertantes como demandantes são empresas.
  • Portanto, sua demanda se dá de forma semelhante
    aos dos outros fatores, como já foi explicado, e
    sua curva de demanda é a da receita marginal do
    bem de capital.
  • Por sua vez, a sua oferta, também, já explicada,
    se pauta pelos mesmos princípios de maximização
    de lucros das empresas produtoras de bens e
    serviços, igualando a RMg ao CMg do fator.

51
O MERCADO FINANCEIRO
  • Uma parcela dos bens e serviços adquiridos pelas
    famílias não é destinada a satisfazer suas
    necessidades de consumo, mas sim de acumulação.
  • Esses bens e serviços de capital, juntos com os
    outros fatores de produção retornam então às
    empresas, através do mercado de serviços de
    fatores, conforme já visto.
  • Este, entretanto, não é o circuito padrão das
    modernas economias capitalistas. As famílias não
    adquirem, com raras exceções, bens de capital
    diretamente e, também, não são proprietárias
    diretas, com raras exceções, do estoque de bens
    de capital.
  • A exceção mais comum é a dos edifícios
    residenciais,
  • embora, como se viu no capítulo 2, existam várias
    unidades econômicas classificadas como famílias,
    e que são proprietárias de instalações
    produtivas.
  • De fato, esta propriedade é, usualmente, exercida
    indiretamente.

52
O MERCADO FINANCEIRO
  • Como já foi visto a função principal das famílias
    é consumir, enquanto que a das empresas é
    produzir e, para isto, utilizam-se de bens de
    capital.
  • As famílias podem decidir entre consumir ou não
    consumir, vale dizer, poupar.
  • A empresas por sua vez podem decidir aumentar seu
    estoque de capital -- investir, visando aumentar
    sua capacidade de produção, ou não.
  • Estas decisões nas economias modernas se traduzem
    em dois fluxos
  • um, de oferta de recursos de poupança por parte
    das famílias, representando capacidade de
    financiamento
  • outro, de demanda por recursos para investimentos
    por parte das empresas, representando necessidade
    de financiamento.

53
O MERCADO FINANCEIRO
  • Supõe-se aqui que só as famílias poupam e que,
    portanto, só elas tem capacidade de
    financiamento. Isto equivale a dizer que as
    empresas distribuem todo o seu lucro, nada
    retendo para investimentos futuros.
  • O mercado financeiro ou mercado de capitais é o
    local onde o fluxo de capacidade de financiamento
    da economia, ou seus recursos financeiros, de
    propriedade das unidades familiares, encontra-se
    com o fluxo de necessidade de financiamento das
    empresas com o objetivo de realizarem
    investimentos
  • Nas economias modernas há um agente econômico
    específico encarregado de intermediar esta troca
    -- as instituições financeiras, expressão
    genérica para identificar bancos, bolsas de
    valores, corretoras, etc..

54
O MERCADO FINANCEIRO
  • No mercado financeiro, as motivações de demanda
    são ditadas pela comparação entre os lucros
    advindos do investimento financeiro realizado,
    contra os custos desse empréstimo, vale dizer os
    juros a serem pagos pelas empresas às famílias.
  • De fato, para ser mais preciso, os benefícios do
    investimento financeiro podem ser mensurados por
    uma taxa de lucro prevista do capital financeiro
    investido ou a taxa esperada de retorno.

55
O MERCADO FINANCEIRO
  • Esta taxa vem a ser o fluxo de rendimentos
    previsto ao longo da duração do investimento,
    sobre o montante investido. Este conceito é
    análogo ao da receita marginal do bem de capital.
  • Esta taxa esperada de retorno do investimento
    financeiro, depende do seu custo de oportunidade,
    do período de tempo que durará o investimento, e
    do seu fluxo de receita prevista durante a sua
    vida útil

56
O MERCADO FINANCEIRO
  • Pode-se, portanto, estabelecer uma relação entre
    o custo de oportunidade desse investimento, que
    seria não pagar os juros para realizá-lo,
    expresso pela taxa de juros, e a taxa de retorno
    de unidades adicionais do investimento.
  • Esta relação representa a demanda por
    investimento por parte de uma empresa
  • no caso da economia como um todo se chama,
    conforme foi intitulada por Keynes, Eficiência
    Marginal do Investimento.
  • Ela é expressa na figura 3.5 através de uma curva
    de inclinação descendente da esquerda para a
    direita, mostrando que quanto menor a taxa de
    juros maior será a quantidade de investimento

57
O MERCADO FINANCEIRO
Figura 3.5 A demanda por investimentos
Taxa de Juros ()
4
3
2
RMg
1
Unidades de bens de capital
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
58
O MERCADO FINANCEIRO
  • A oferta de capital financeiro, por sua vez,
    resulta de uma decisão das famílias em não
    consumir no presente em troca de um consumo maior
    no futuro.
  • Isto será garantido graças ao pagamento de
    rendimentos às famílias em troca do uso de sua
    renda não consumida.
  • Estes rendimentos são os juros, e geralmente são
    expressos por uma taxa percentual anual.
  • Quanto maior for a taxa de juros, maior a oferta
    de capital financeiro.
  • O risco do investimento, vale dizer, o risco de
    não se receber a remuneração, e até mesmo, o
    capital emprestado de volta, influencia na oferta
    de capital.
  • Quanto maior o risco de um empreendimento
    falhar, maior a taxa de juros exigida para se
    emprestar capital para aquele empreendimento.

59
O MERCADO FINANCEIRO
  • A taxa de juros é determinada no mercado
    monetário macroeconômico.
  • Os recursos poupados pelas famílias estão no
    primeiro momento na forma líquida. E, as famílias
    preferem mantê-lo dessa forma, pois, isto lhe dá
    condições de escolher em que aplicação financeira
    irá utilizá-los.
  • Essa preferência pela liquidez está representada
    pela curva Md do lado direito da figura 3.5a,
    mostrando, que as famílias abrirão mão da
    liquidez dos seus recursos quanto maior for a
    remuneração por isto.

60
O MERCADO FINANCEIRO
Figura 3.5a A oferta e demanda por moeda
Taxa de Juros ()
Md
Md e Ms
61
O MERCADO FINANCEIRO
  • A taxa de juros representa, então, um prêmio pelo
    fato de um proprietário de recursos financeiros
    abrir mão da liquidez do seu capital.
  • De posse de recursos líquidos (moeda ou depósitos
    à vista) as famílias podem, a qualquer momento,
    decidirem utilizá-lo, quer para o consumo, quer
    para qualquer aplicação financeira.
  • Uma vez aplicados aqueles recursos perdem sua
    liquidez e, portanto, perdem sua qualidade de
    serem utilizados de forma alternativa.
  • Isto é um custo de oportunidade para as famílias,
    cuja remuneração é a taxa de juros.

62
O MERCADO FINANCEIRO
  • Por sua vez, o Banco Central, ofertante único de
    moeda, decide a quantidade que irá ofertar (Ms),
    de acordo com o nível da taxa de juros que
    deseja.
  • A taxa de juros de equilíbrio iguala a quantidade
    demandada com a quantidade ofertada de recursos
    financeiros.

63
O MERCADO FINANCEIRO
Figura 3.5a A oferta e demanda por moeda
Taxa de Juros ()
Ms
Md
Md e Ms
64
O MERCADO FINANCEIRO
Figura 3.5 A demanda por investimentos
Taxa de Juros ()
Taxa de Juros ()
4
Ms
3
2
Md
1
RMg
8
0
2
3
4
5
6
7
9
10
1
Md e Ms
Unidades de bens de capital
65
O MERCADO FINANCEIRO
  • A taxa de juros de equilíbrio iguala a quantidade
    demandada com a quantidade ofertada de recursos
    financeiros.
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