Title: A converg
1A convergência digital dos meios de comunicação e
seu impacto na qualificação dos profissionais da
área
- Graciana Simoní Fischer
- UFSC/PPGEP
2SUMÁRIO DA APRESENTAÇÃO
- Convergência digital
- Qualificação x Competências
- Profissionais de comunicação
- Televisão digital
- Educação a distância
- Recomendações
3CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Trata-se da intersecção entre tecnologias e
setores tradicionalmente distintos - Telecomunicações
- Tecnologias da informação
- Meios de comunicação
- Audiovisual e produção de conteúdo
- Entretenimento.
4CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Com a convergência, estes setores passam a ter
uma linguagem comum a digital. - Desta forma, os dados podem ser combinados e
inter-relacionados entre si, pois possuem a mesma
representação
Dados digitais variam apenas entre dois valores
0s e 1s.
Dados analógicos tem variações contínuas em
relação ao tempo
5CONVERGÊNCIA DIGITAL
- A conseqüência é o conjugar da
- Informação (conteúdos)
- Criatividade (criação)
- Tecnologia (meios)
- Conduzindo à possibilidade de disponibilização de
serviços e aplicações multimídia inovadoras e
interativas.
6CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Tele-educação
- Tele-medicina
- Tele-trabalho
- Realidade Virtual
- Comércio Eletrônico
- Videoconferências
- Controle de processos a distância
- Imprensa digital
- Literatura virtual
- Voto eletrônico
- Multimídia interativa
7CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Tecnologia analógica base física
- A execução de atividades demanda habilidades e
destrezas físicas, treináveis ao longo da vida
(saberes tácitos). - Tecnologia digital base mental
- Requer qualificações mentais, capacidade de
abstração, criatividade e inovação. - A convergência digital está acarretando nesta
mudança em tempo reduzido.
8CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Pessoas e instituições, com destaque para a
escola e os profissionais que nela atuam, - São levadas por opção ou pela necessidade de
manterem-se coetâneos ao seu tempo
(sobrevivência), - A rever formas, métodos de ensinar e aprender,
pois a tradição, a experiência e a
formação/treinamento pontual deixaram de ser
critério de qualificação para a vida/trabalho.
9CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Os livros
- Vida Digital de Nicholas Negroponte, La
educación digital de Antonio M. Bator e Percival
J. Deham e o artigo Do analógico ao digital a
comunicação e a informação no final do milênio
de Marília Levacov. - Apresentam a tecnologia digital e tudo que ela
representa em termos de revolucionamento - Processo de criação, Transporte e do Conteúdo das
Informações e do Conhecimento, - Desafios ao intelecto humano e a toda a sociedade
no sentido de expandir-se e estender a todos as
potencialidades disponibilizadas pelo trabalho, - Através da Ciência e da Tecnologia.
10CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Época que retratam
- Período da história em que as categorias
tempo-espaço estão sendo revolucionadas de uma
forma tão rápida e decisiva, que metaforicamente,
como afirma Eric Hobsbawn, o mapa e o território
já não coincidem. - Nicholas Negroponte é um entusiasta, um apologeta
assumido das novas tecnologias. - Antonio M. Bator e Marilia Levacov alertam para a
necessidade do despertar de um entusiasmo
crítico, a respeito do poder e da abrangência
destas tecnologias.
11CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Marcelo Franco, no livro Ensaio sobre as
tecnologias digitais da inteligência, aponta para
o fato de que neste novo espaço-tempo a
capacidade de aprender se equipara à de
esquecer. - Pierre Lévy envereda por uma linha parecida de
raciocínio, com sua vasta e apologética produção
sobre as tecnologias da inteligência. - Na década de 60, Marshall McLuhan havia
assinalado em seu livro Entendendo os meios que a
natureza do meio afeta o conteúdo. O meio é a
mensagem, foi a frase célebre que cruzou o mundo.
12CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Estes autores convergem para um ponto
- As tecnologias digitais estão aí
- A condição para continuar coetâneo ao
tempo-espaço em que cada um vive é - Aderir, apropriar-se,
- Fazer uso individual e coletivo dessas criações
humanas - Que representam as possibilidades de domínio de
quantidades de informação jamais pensadas e de
novas formas de cruzá-las - Ampliando assim sua utilização.
13CONVERGÊNCIA DIGITAL
- Exclusão digital
- Em uma sociedade desigual, as novas tecnologias
amplificam a desigualdade, mantendo ou jogando
pessoas à margem. - Na medida em que perpassam a vida-trabalho de
todos, indistintamente, aderir a elas enquanto
opção e contar com elas como bens e recursos, na
condição de meios para a radicalização da
cidadania, deixa de ser uma escolha para se
transformar em condição de sobrevivência.
14QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- A qualificação para o trabalho precisa ser
apreendida como - Uma relação social, construída historicamente a
partir da inserção ativa e consciente dos
sujeitos em processos reais de trabalho. - Não pode ser traduzido operacionalmente por uma
expressão numérica, por uma escala de atributos
subjetivos, já que a qualificação não é um dado
tangível. - Ela é, antes, um processo histórico, determinado
socialmente. (Machado, 1996) - Esta síntese vem de muitos trabalhos, pesquisas
empíricas e publicações da Sociologia do Trabalho
e não é consensual.
15QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- Início da década de 80 contrastes ficam
evidentes e a realidade começa a apresentar as
mudanças no mundo do trabalho - Racionalização no processo de produção de bens e
prestação de serviços, visando manter a taxa de
lucros. - As transformações organizacionais e gerenciais
colocaram em xeque a forma hierárquica e
verticalizada de organização e funcionamento das
empresas. - A implementação das relações humanas nas
empresas como forma de diminuir ou eliminar os
conflitos internos.
16QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- As estratégias desencadeadas para contar com o
consentimento e a colaboração dos trabalhadores. - A globalização da economia e preferência pelo
capital rentista, tendo como suporte as novas
tecnologias de informação e comunicação. - A flexibilização do mercado de trabalho e a
conseqüente precarização das relações
contratuais. - Passa-se então da discussão do conceito de
qualificação para o modelo de competências.
17QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- A fonte é o discurso do capital, que traz como
sua marca a imprecisão conceitual (Hirata, 1994). - Falta de relação entre diploma e posto de
trabalho, posto de trabalho e remuneração, entre
sindicalização e manutenção/avanço nas conquistas
dos trabalhadores. - Conseqüência direta é o deslocamento do conflito
entre classes para o âmbito interno à própria
classe trabalhadora. - Existe a necessidade de constantes adequações dos
trabalhadores às cambiantes exigências
decorrentes das freqüentes mudanças da estrutura
produtiva e organizacional das empresas.
18QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- Ao conceito de trabalhador qualificado passam a
ser incorporados e a ganhar destaque, além do
conhecimento, aspectos relacionados ao
comportamento, às atitudes, às posturas. - Passa a haver a preocupação de verificar, além de
determinada certificação a respeito do
conhecimento, se ele é capaz de utilizar o
conhecimento, se tem iniciativa, facilidade de se
amoldar às diretrizes da empresa, se está
disponível e aberto para novas aprendizagens.
19QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- Valorizam-se o conhecimento formal, os saberes
táticos, mas acima de tudo - O que vai determinar a permanência do trabalhador
na empresa ou eventualmente sua promoção com
melhorias salariais individualmente e não
enquanto categoria - É o uso do conhecimento, isto é, a capacidade de
operacionalizá-lo no momento de identificar e
solucionar os problemas no processo de trabalho. - Verifica-se que a qualidade intelectual mais
valorizada nas organizações empresariais é a
capacidade de entender e se comunicar com o mundo
que está a sua volta
20QUALIFICAÇÃO X COMPETÊNCIAS
- ...não podemos mais pensar como se fazia
antigamente, que bastava sair da escola com o
diploma que, profissionalmente, estava resolvido
o nosso problema. Agora quem não estudar
continuamente vai, a médio prazo perder seu
emprego ou ser colocado à margem do trabalho. E,
infelizmente, precisamos de cada vez mais
educação, porque a quantidade de avanços
tecnológicos, hoje em dia é fantástica. Nada dura
muito tempo. O conhecimento está se renovando
muito rapidamente (BENETTI, 1995 )
21PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Cursos de Comunicação (Diretrizes do MEC)
- Jornalismo
- Relações Públicas
- Publicidade e Propaganda
- Radialismo
- Editoração
- Cinema
- Design Gráfico
- Novas competências e habilidades
- Rádio e TV
- Design Digital
- Multimídia
22PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Assim como a todas as áreas de conhecimento, a
convergência tecnológica afeta a formação e o
mercado de trabalho dos profissionais de
comunicação - Passa-se a exigir que os comunicadores conheçam
os novos formatos para geração de conteúdo dentro
das novas características destes formatos. - Interfaces (Ergonomia, Design)
- Integração entre as mídias (Multimídia)
- Gerenciamento de feedbacks (Interatividade)
23PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Interfaces (Ergonomia, Design)
- Design Gráfico x Design Digital
- Adimensionalidade
- Alinearidade
- Layouts devem ser adequados aos diferentes meios
de comunicação - Adequação das interfaces aos conteúdos a serem
disponibilizados - Criatividade técnica
24PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Integração entre as mídias (Multimídia)
- Conhecimento individual das características de
cada mídia (textos, imagens, sons, vídeos,
animação, 3D) - Avaliação de relevância no uso individual e
coletivo das diferentes mídias - Necessidade de pesquisar e experimentar
diferentes combinações - Não fugir do foco CONTEÚDO
25PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Feedbacks (Interatividade)
- Meios de comunicação tradicionais são de uma via
um envia, muitos recebem - A Internet introduziu a possibilidade de
interatividade entre as partes envolvidas - Interação reflete em mudanças
- O processo de comunicação torna-se mais rápido,
dinâmico e um desafio ao intelecto humano.
26PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
- Convergência tecnológica
- Profissional deve saber falar/escrever/criar
conteúdos para todos diferentes meios de
comunicação, conhecendo as particularidades de
cada um e as características das mídias
envolvidas - Foco em públicos específicos
- O trabalho se tornará cada vez mais uma atividade
liberal, prestadora de serviços
27TELEVISÃO DIGITAL
- Experiência em criação multimídia, interatividade
e novas interfaces tornam-se a base de
conhecimento dos profissionais - Entretanto, o conceito de televisão digital vem
sendo substituído por sistemas interativos de
comunicação, que independem do meio celular,
PalmTop, Televisão, Computador - A tendência são dispositivos móveis e acesso à
Internet em todos eles
28EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
- A educação é o pilar para alicerçar os ideais de
justiça, paz, solidariedade e liberdade - A base para a análise da profunda mudança de
crenças, valores e a superação de mitos, com
reflexos para todas as instituições sociais, em
especial, para a própria educação. - Governo brasileiro possui projetos que apontam o
uso da televisão digital como a base para a
inclusão digital portanto, educação digital
29EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
- Educação x tecnologia x comunicação apresentam
interfaces comuns, que aos poucos vêm sendo
exploradas pelos profissionais destas áreas - Educação a distância necessita de ambientes ricos
em conteúdo e comunicação, que envolvam
multimídia, interatividade, criatividade e que
ainda permitam a colaboração.
30EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
- Disponibilização da informação.
- Novas formas de comunicação.
- Capacidade de processamento
- Possibilitam a inserção da multimídia no
processo, a organização e manipulação da
informação e, por fim, o próprio aumento da
velocidade de criação e disseminação do
conhecimento.
31TENDÊNCIAS
- Aos pesquisadores e educadores cabe
- A constatação de que a resistência existe, seja
pela dificuldade de as pessoas trabalharem a
adesão, a passagem de uma tecnologia (analógica)
à outra (digital), seja pela forma como estão
sendo compulsoriamente levadas a encarar a
mudança num curtíssimo espaço de tempo
32TENDÊNCIAS
- Aos pesquisadores e educadores cabe
- A denúncia de que a resistência ou a adesão
compulsória, no nível subjetivo e coletivo, causa
angústia, sofrimento e que isto, do ponto de
vista econômico, é contraproducente e do ponto de
vista humano é cruel e muitas vezes deletério.
33TENDÊNCIAS
- Aos pesquisadores e educadores cabe
- Contribuírem com suas descobertas e suas lutas no
sentido de que os resultados da produção social,
sejam as tecnologias ou os frutos de suas
aplicações, venham a ser coletivamente usufruídos.
34TENDÊNCIAS
- Necessidade cada vez maior de projetos
- Interdisciplinares
- Transdisciplinares
- Multidisciplinares.
- Trabalho em equipe, discussão em grupo, espírito
de entre-ajuda, cooperação, contribuição e
parcerias, alicerçados pela inteligência
emocional e motivação.
35TENDÊNCIAS
- Pesquisar e experimentar novos formatos
- Discutir as informações a que os alunos têm
acesso o tempo todo, sob enfoques e contextos
específicos. - Gestão do conhecimento
- Pessoas X Tecnologia X Processo de negócios