Title: Engenharia Industrial Madeireira polpa e papel
1Engenharia Industrial Madeireirapolpa e papel
- OBTENÇÃO DA PASTA CELULÓSICA E PAPEL
- Umberto Klock
2FIBRAS PARA PAPEL
3INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL
4ObjetivoDescrever de forma geral os
procedimentos de obtenção de pastas celulósicas,
seus usos
5O que é polpação?
6O que é polpação?Polpação é o processo pelo
qual a madeira é reduzida a uma massa
fibrosa.Isto significa romper as ligações entre
as estruturas da madeira separando as fibras.
7TIPOS DE POLPAÇÃO
- Existem duas maneiras de romper as ligações na
madeira e liberar as fibras - Mecânicamente e,
- Quimicamente.
- Também existem hibridos desses dois métodos
- Quimiomecanico, Termomecânico e,
- Semi-químico.
8POLPAÇÃO MECÂNICA
- Utiliza energia mecânica, com pouco ou nenhuma
substância química. - Dividem-se em dois processos
- Desfibramento toretes de madeira são forçados
contra uma pedra em revolução que possue
superfície abrasiva. (Processo mecânico
convencional). (SGW) - Refinação cavacos de madeira são lançados entre
dois discos metálicos de superfícies abrasivas,
sendo que um deles em revolução. - (Processo Mecânico de Refinador) (RMP)
9Polpação Mecânica Pasta Mecânica
- Maioria dos constituintes da madeira permanecem
- Resulta em alto rendimento 85 a 95
- Papel pouco resistente, é necessário misturar
fibras químicas longas - Descolore rapidamente e facilmente
- Processo consome muita energia.
10Produtos de Pasta Mecânica
- Papel jornal,
- Papéis de impressão,
- Papéis revestidos
- Misturas em papéis.
11Obtenção de pasta mecânica
12(No Transcript)
13Polpação Química
- Utiliza produtos químicos e calor para dissolver
lignina - A celulose permanece quase intacta, uma fração de
polioses permanece na polpa. - Principais processos
- Kraft ou Sulfato,
- Soda e,
- Sulfito.
14Polpação Química
- PROCESSO KRAFT
- NaOH e Na2S
- PROCESSO SODA
- NaOH
- PROCESSO SULFITO
- SO2 e bases Mg(OH)2, Ca(OH)2, NH4(OH)
15Alguns dados
- Produção de polpas na América do Norte
- Pastas mecânicas - 24
- Polpas químicas - 70
- Semiquímicas - 6
- Produção de polpas nos EUA
- Pastas mecânicas - 9
- Polpas químicas - 85
- Semiquímicas - 6
16 17POLPAÇÃO KRAFT
- KRAFT significa forte em alemão,
- É a polpa de maior resistência
- Processo dominante nos EUA, Brasil e no mundo em
geral - Flexível, e possui tecnologia eficiente de
recuperação dos produtos químicos - Rendimento na faixa de 40 a 50
- Larga faixa de classificação de branqueada a não
branqueada.
18Produtos de polpa Kraft
- Papel cartão,
- Papel para copiadoras,
- Papéis para alimentos,
- Muitos outros tipos,
- È uma fonte de fibras resistentes.
19A polpação kraft
- Produtos químicos utilizados
- NaOH e Na2S
- Operação
- Químicos e cavacos de madeira são carregados em
um digestor - Temperaturas se elevam a 170C,
- Cozimentos são de 2 a 4 horas, dependendo da
quantidade de lignina a ser removida.
20A polpação kraft
- Operação
- A polpa e licor negro são expelidos do digestor
no final do cozimento - Licor negro consiste de
- Químicos utilizados,
- Lignina dissolvida e,
- Carbohidratos.
21Equipamentos
- Digestores contínuos
- Digestores por batelada (Batch)
22Exemplos Digestor por batelada de aquecimento
direto
23Digestor em batelada
24Sistema em batelada
25Exemplo Sistema Kamir de Vaso digestor simples
26Sistema contínuo
27Recuperação química
- Para cada tonelada de polpa produzida tem-se de
9000 a 15000 litros de licor negro. - O licor negro contem
- Material orgânico componentes da madeira que
foram dissolvidos e, - Material inorgânico químicos do cozimento na
forma inativa.
28Recuperação química
- Por razões economicas e ambientais, o licor negro
precisa ser recuperado daí o SISTEMA DE
RECUPERAÇÃO QUÍMICA. - Objetivos
- Queimar material orgânico para gerar energia,
- Converter material inorgânico inativo em material
de cozimento ativo.
29Recuperação química
- O licor negro é retirado da polpa em sistemas de
lavagem de polpa marrom, - Este licor negro fraco é engrossado pela retirada
de água em sistemas de evaporação - O licor negro resultante chamado de forte é então
queimado em caldeira, chamada de caldeira de
recuperação.
30Caldeira de Recuperação
- O calor gerado pela incineração do licor negro
forte é usado para produzir vapor super aquecido, - Este vapor é utilizado na polpação (cozimento) e
na fabricação do papel e ainda para produzir
energia elétrica.
31Fluxograma simplificado do Processo Kraft
32BRANQUEAMENTO
33O QUE É BRANQUEAMENTO?
- Branqueamento é o processo químico aplicado as
polpas celulósicas para aumentar suas alvuras. - A celulose e as polioses não contribuem na
coloração das polpas pois são naturalmente
brancas, - A lignina, sujeira, feixes de fibras, rejeitos,
contribuem na cor escura.
34Objetivos do branqueamento
- Atacar e remover a lignina residual,
- Atacar e destruir moléculas causadoras da cor
escura, - Atacar e remover/descolorir sujeiras e feixes de
fibras, - Aumentar a alvura da polpa e também promover sua
limpeza.
35Mensurar a alvura
A Alvura é medida por incidir luz sobre uma folha
e medir quanto dessa luz incidente é refletida
Unidade .
36Alvura do papel
- TIPO DE PAPEL ALVURA ISO
- Impressão/cópia 80-90
- Jornal 60-70
- Embalagem (sacos) 25-30
37Como a polpa é branqueada?
- Os alvejantes mais comuns são oxidantes,
- Na maioria dos casos esses oxidantes são
fortemente eletrolíticos, roubam elétrons da
lignina e de outras moléculas, quebrando as
ligações existentes.
38Principais químicos branqueadores nas diferentes
etapas
- Cloração - C - Cl2
- Extração - E - NaOH
- Hipocloração - H - NaClO
- Dióxido de Cloro - D - ClO2
- Oxigênio - O - O2 e NaOH
- Peróxido de Hidrog- P - H2O2
39Sequências típicas do branqueamento
- Kraft
- (CD)(EO)DED comuns até 1995
- D(EOP)DED requeridas por legislação
- OD(EOP)D requeridas por legislação
- Mecânicas
- P
- PY (Y Hidrosulfito)
40Exemplo estágios do branqueamento
41Esquema do processo de branqueamento
42Esquema do processo de branqueamento
43Esquema do processo de branqueamento
44Esquema do processo de branqueamento
45Esquema do processo de branqueamento
46Torres de branqueamento
47Impactos ambientais do branqueamento
- Efluentes de qualquer tipo de sequência que usa
cloro não pode ser queimado na caldeira de
recuperação, causam corrosão e explosões. - Efluentes precisam ser tratados e despejados no
ambiente, afetam a vida aquática.
48O branqueamento sem cloro
- Mudança para sequências que usam apenas oxigênio
como base, ex. ozônio, peróxido, etc. - Permitem que o efluente possa ser encaminhado
para a Caldeira de recuperação, - Podem promover o circuito fechado de produção
sem a necessidade de água fresca, sem efluentes
para fora do sistema.
49Papel
50FORMAÇÃO DO PAPEL
51Formação do papel
52Formação do papel
53Formação do papel
- www.bracelpa.org.br
- www.abtcp.org.br
54Polpação Kraft
- Ciência Fundamental,
- Conceito da polpação,
- Cinética da reação química.
55Balanço de massa processo Kraft
Madeira Pinus spp
Polpa Sulfat (Kraft)
Licor branco
56No processo kraft os carboidratos são atacados a
uma temperatura relativamente baixa, o que
ocasiona eliminação dos grupos acetila antes que
se alcance a temperatura máxima de cozimento. A
reatividade dos polissacarideos varia dependendo
de suas acessibilidade e de sua estrutura, por
exemplo, devido a que a celulose é de natureza
cristalina e tem um alto grau de polimerização,
sofrem menos perdas que as hemiceluloses.
57O que é Cinética?
- Cinética é a razão na qual a reação química
ocorre, - Pode ser descrita por uma equação, que é útil no
dimensionamento do equipamento para o processo
químico, - Pesquisadores tentam obter dados que poderão
resolver a razão cinética por equação.
58Razão cinética
- Usualmente, a razão ou a velocidade de uma reação
é afetada por dois fatores - Concentração dos reagentes
- Temperatura da reação.
- A velocidade da reação deve portanto levar estes
aspectos em consideração.
59Exemplo de uma reação simples de dois componentes
60Equação de velocidade para uma reação com dois
componentes
61Equação de velocidade para uma reação com dois
componentes
Dizemos que a reação é de Primeira ordem com
respeito ao reagente A Primeira ordem com
respeito ao reagente B E de segunda ordem pelo
geral. (o termo ordem refere-se ao expoente
associado com o termo concentração)
62A equação K de Arrheniusé geralmente aceita
como a fórmula para a constante de velocidade da
reação
- k k0 x e(-E/RT)
- Onde
- k0 constante fator de frequência
- E energia de ativação para a reação
- R constante dos gases
- T temperatura de reação
63A equação k
- k k0 x e(-E/RT)
- Desde que todos os termos, exceto T são
constantes, pode-se ver que aumentando a
temperatura ocorrerá um aumento em k (o termo
exponente tornar-se-á um número negativo menor),
o que por sua vez deverá aumentar a razão
(velocidade) da reação se a concentração dos
reagentes for a mesma. - Concluindo aumentando a temperatura em 10 graus,
a velocidade da reação dobrará.
64Cinética da Polpação Alcalina
- Demonstrou-se então que a polpação alcalina é de
primeira ordem com respeito a concentração do OH-
no licor de cozimento - - dL k x OH-
- dt
- Dessa forma a velocidade da polpação pode ser
aumentada tanto por aumento da concentração do
NaOH ou pelo aumento da temperatura.
65Fator H.
- Arrhenius encontrou em 1924, baseando-se em
experimentos de polpação de S. Schmidt-Nielsen e
J. Bruun, que a dissolução de "incrustantes" da
madeira durante o processo kraft era uma reação
de primeira ordem com respeito aos
"incrustantes.
66Fator H.
- Posteriormente, em 1941, G.L. Larocque e O. Maas
determinaram ao final de um cozimento kraft, com
um conteúdo de lignina menor que 2, que uma
reação cinética de primeira ordem não era válida
estabeleceram também que a energia de ativação
para o processo era de 32 000 cal/mol.
67Fator H.
- Como o tempo e a temperatura são variáveis
interdependentes Vroom por volta de 1956
desenvolveu um procedimento para expressar o
tempo de cozimento e a temperatura com uma só
variável, a qual chamou de - Fator H.
68- Vroom sugeriu então exprimir o tempo e a
temperatura de reação como variáveis ao empregar
a versão modificada da equação de Arrhenius - lnK B A ? T
69- A velocidade global para a deslignificação, pode
aproximar-se da seguinte equação - - dL/dt kL
- onde L é o conteúdo de lignina na fibra no tempo
t, e k é a constante de velocidade. - Com base em dados experimentais de k a várias
temperaturas, o valor da energía de ativação (Ea)
pode ser calculada da equação de Arrhenius -
- ln k ln A (Ea/RT)
-
70lnK B A ? T
- K é a velocidade de reação,
- T é a temperatura absoluta (oK) e,
- A e B são constantes.
- A E ? R
- E energia de ativação 32.097 cal/mol
- R constante dos gases perfeitos 1,986.
71- A velocidade de reação a 100oC foi
arbitrariamente definida como unidade relativa e
todos os valores são calculados nesta base e a
equação assume então, a seguinte forma - ln K B - 32097 ? 1,986 ? T
- ln K B 16161,62 ? T T 100oC 373oK
72- ln K B 16161,62 ? 373 K 1 ln1 0
- 0 B - 43,33 ? B 43,33
- A velocidade de reação para qualquer outra
temperatura é calculada como - ln1 ( 43,33 16161,62 ? T )
- K e ( 43,33 16161,62 ? T )
73K e ( 43,33 16161,62 ? T )
- Com esta equação pode-se construir uma tabela de
velocidade de reação relativa a qualquer
temperatura
74FATOR H
A área sob a curva, denominada de fator H, pode
ser empregada como medida de ajustagem do
programa temperatura/tempo para qualquer
cozimento, obtendo dessa maneira, o grau de
cozimento desejado.
H
75ExemploComo exemplo de cálculo do fator H,
considera-se um cozimento no qual a elevação da
temperatura de 800C a 1700C foi realizado em
1,8h e o tempo à temperatura de 1700C, foi de
0,65 horas.
76Calculando temos -Temperatura inicial
80oC-Temperatura máxima 170oC-Tempo para
atingir a temperatura 1,8 h-Tempo na
temperatura máxima 0,65 h logo1700C -
800C t 108 min 6 leituras?t
900 C 900C / 6 LEITURAS
150C
77(No Transcript)
78ExercíciosNum digestor pequeno são necessários
2 000 unidades de H para se alcançaar um
cozimento satisfatório a uma temperatura de
170C. O aumento da temperatura foi o
seguinte Tempo (h) 0,00 0,25
0,50 0,625 _______________________________
__________________ Temperatura (C)
80 138 162 170
79 a. Qual é o tempo no digestor na temperatura
máxima para completar o cozimento? b. Qual será
o tempo total de cozimento?
80Os cálculos do fator H são tradicionalmente
feitos da seguinte maneira utilizando a
expressão K e 43,33 - (16161,62/T) se calcula
o valor da velocidade relativa para cada tempo
(ou ponto). O valor da velocidade é dividido por
dois e se multiplica pelo intervalo para obter-se
o valor de H.
81Para ilustrar a construção da tabela os cálculos
para a temperatura de 162C em 30 minutos (0,50
horas) são mostrados a seguir K e 43,33 -
(16 161,62/(162273)) 480 K/2 480/2
240 Velocidade acumulada K/2 a 138C K/2 a
162C 27 240 267 Intervalo Tempo para
162C - Tempo para 138C 0,50 0,25 0,25
horas H (Velocidade acumulada) x (Intervalo)
(267) (0,25) 66,75
82Tabela
A temperatura de 170C será alcançada em 0,625
horas (03730), obtendo-se um valor para H de
6,88 67,06 92,39 166,33. Portanto faltam 2
000 166,33 1 833,67 unidades de H. Da Tabela
de Velocidade, para 170C, K 941,80,
portanto Tempo de cozimento a 170C H/K
1833.67/941.80 1.95 horas (15700) Tempo total
de cozimento 0.625 1.95 2.58 horas
(23448)
83Grupos de TrabalhoMontar Tabela de Velocidade
RelativaIntervalos de 5 minutos de 100 a 180
graus centígrados.Condições de cozimento para
os grupos serão decididos em reunião após os
cavacos estarem prontos.
84(No Transcript)
85(No Transcript)
86(No Transcript)
87(No Transcript)
88(No Transcript)
89(No Transcript)
90(No Transcript)
91(No Transcript)
92(No Transcript)
93(No Transcript)
94(No Transcript)
95(No Transcript)
96(No Transcript)
97(No Transcript)
98(No Transcript)
99(No Transcript)
100(No Transcript)
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