Title: Sinais e Sistemas: uma breve introdu
1Sinais e Sistemas uma breve introdução
- Disciplina CDG
- Professor Cesar da Costa
2Introdução
- 1.1 Sinais
- Numa descrição simples pode-se dizer que um sinal
é um fenômeno, que acontecendo em qualquer
ambiente, pode ser descrito quantitativamente. - Os sinais são funções de uma ou mais variáveis
independentes e, tipicamente contêm informação
acerca do comportamento ou natureza de um
fenômeno físico. - Exemplo 1 Som de voz Sinal unidimensional
função de uma variável simples, o tempo. - Exemplo 2 Imagem vídeo a preto e branco Sinal
bidimensional depende das coordenadas (x, y).
Representa a intensidade em cada ponto (x, y).
3Introdução
- 1.2 Sistemas
- Os sistemas são entidades que manipulam ou
respondem a um ou mais sinais para realizar uma
função, gerando novos sinais. - Exemplo Tensões e correntes elétricas, como
funções do tempo, são exemplos de sinais. - Circuitos elétricos são exemplos de sistemas.
Neste caso respondem às tensões e correntes
elétricas
4Introdução
- Sistema é a combinação de componentes que agem
em conjunto para atingir determinado objetivo. - A idéia de sistema não fica restrita apenas a
algo físico, podendo ser aplicada a fenômenos
abstratos, dinâmicos. Assim, é empregada para se
referir a sistemas físicos, biológicos,
econômicos e outros.
5Introdução
- A abordagem dos sinais e sistemas pode ser feita
de várias maneiras, dependendo do contexto e dos
objetivos. Vejamos algumas situações - Análise de sistemas com vista à sua
caracterização e conhecimento - Projetar sistemas para processar sinais em certos
meios. Por exemplo, o radar recupera o sinal de
eco produzido pelos objetos.
6Introdução
- Processar sinais com vista à sua restauração,
após terem sido sujeitos a um processo de
degradação. Por exemplo nas telecomunicações ou
na restauração de imagem recebidas dos satélites. - Atuar sobre os sistemas com vista a alterar as
suas características segundo especificações
desejadas. Por exemplo no controle de processos.
7Introdução
- 1.3 Exemplos de sistemas
- Sistemas de Comunicações São constituídos por
três componentes básicos - Transmissor (modulador)
- Canal
- Receptor (demodulador).
- Existem dois modos principais de comunicação
Broadcasting (radiodifusão) Um emissor e
muitos receptores. Ponto-a-Ponto Um transmissor
e um receptor, (geralmente é um sistema
bidireccional)..
8Introdução
- Nos sistemas de comunicação digitais
identificam-se três fases - 1. Amostragem (Sampling) converte o sinal
analógico numa sequência de números. - 2. Quantificação representa cada número
(produzido pela amostragem) pelo nível mais
próximo de um conjunto finito de níveis discretos
de amplitude. (Ex. palavra de 16 bits gt - níveis).
9Introdução
- 3. Codificação representa cada amostra
quantificada por uma palavra de código de um
número finito de símbolos. (Ex. código binário
gt símbolos 0s e 1s). O receptor executa as
operações acima em ordem inversa ( a
quantificação é irreversível).
10DSP
- O processamento digital de sinais (DSP do inglês
Digital Signal Processing) veio revolucionar o
mundo como o conhecemos. - Praticamente todos os sinais que nos rodeiam
podem ser digitalizados ou processados desta
forma. Assim sendo, som, temperatura, pH, ou
aceleração, após serem convertidos em uma
grandeza elétrica, podem indiferentemente ser
acompanhados por um computador pessoal, um
microcontrolador, ou um telefone celular.
11DSP
- A maioria dos sinais de interesse pode ser
convertida em uma grandeza elétrica por
intermédio de um sensor, como um microfone ou um
termopar. - Um sinal analógico, uma tensão ou corrente que
varia continuamente a sua amplitude ao longo do
tempo. - Um sinal nessa forma pode ser amostrado por um
conversor analógico-digital (ADC) e processado
digitalmente, isto é, recorrendo a um número
finito de representações possíveis.
12DSP
Exemplo de Processamento Digital de som
13DSP
- O processamento analógico de sinais perde muito
para o DSP - 1. Desenvolvimento, teste e correção do software
podem ser feitos num computador de uso genérico e
facilmente são transportados para outra
plataforma. - 2. Os resultados não têm variação, por exemplo,
devido ao envelhecimento dos componentes ou a
mudanças de temperatura. - 3. Circuitos integrados do tipo FPGA consomem
pouco e ocupam uma área mínima diante do que
analogicamente seria necessário para um
funcionamento equivalente.
14DSP
- As tarefas que se empregam em DSP podem ser
divididas em duas categorias, sendo (i) análise e
(ii) filtragem. - A análise destina-se a efetuar medidas ou
avaliações de propriedades e características dos
sinais, por exemplo, ritmo cardíaco de um
eletrocardiograma, reconhecimento de voz, cálculo
da saída de um controlador. - A filtragem engloba tarefas que tornam as
anteriores possíveis, como remoção de
interferências, limpeza de ruído de fundo ou
separação de componentes espectrais.
15Introdução
- 1.4. Modelo representação dos aspectos
essenciais de um sistema tal que ele apresente
conhecimento do sistema em uma forma utilizável. - 1.4.1 Modelo Matemático Conjunto de equações que
descrevem o sistema. Sendo a preocupação
principal com as relações matemáticas que
governam o sistema linear ao invés dos detalhes
de sua estrutura física. É frequentemente
adequado representar o sistema esquematicamente
por meio de uma caixa contendo os terminais de
entrada e saída.
16Introdução
Entrada(s) São as causas ou excitações ou
controles aplicados aos terminais de
entrada. Saída(s) São os efeitos ou respostas
ao sinal de entrada observados nos terminais de
saída.
17Introdução
- 1.5 Classificação dos Sistemas
- 1.5.1 - Classificação quanto ao número de
variáveis de entrada e saída - Monovariável Sistema de variável única, ou
sistema de uma só entrada e uma só saída..
18Introdução
- Multivariável Múltiplas entradas e/ou múltiplas
saídas
19Introdução
- 1.5.2 - Classificação Segundo a Variável
Temporal - Contínuos Um sistema é dito ser contínuo, se as
entradas e saídas são capazes de mudar em
qualquer instante de tempo. Sistema a sinal
contínuo no tempo, sistema contínuo no tempo.
20Introdução
-
- Discretos São aqueles onde os sinais mudam
somente em instantes discretos, digamos, cada
segundo, ou hora, ou ano, ou talvez,
irregularmente.
21Introdução
-
- Quantizados São aqueles onde as variáveis podem
assumir somente um número contável de valores
(níveis), mas as trocas de um nível pra outro
nível podem ocorrer em qualquer instante.
22Introdução
-
- Híbridos São sistemas em que uma parte opera em
tempo discreto e a outra em tempo contínuo, como
por exemplo, os conversores A/D3 e D/A4..
23Introdução
- .
- Lineares O sistema é linear, caso ele obedeça ao
princípio da Superposição.
1.5.3 - Classificação Quanto ao Tipo de Modelo
24Introdução
25Introdução
- Não Lineares Um sistema é dito ser não linear
se ele não segue o princípio da superposição
(aditividade e homogeneidade)
26Introdução
27Introdução
- 1.5.4 - Classificação Quanto à Memória
- Instantâneos (Estáticos) Se a saída (resposta)
em qualquer instante t ou (tk) depende apenas do
valor da entrada (excitação) no mesmo instante.
28Introdução
- Dinâmicos Se a saída em qualquer instante
depende de valores presentes, assim como de
valores passados da entrada, tal sistema pode ser
considerado um sistema com memória.
29Introdução
- 1.5.5 - Classificação Quanto ao Relacionamento
Causa-Efeito - Causal (Físico ou Não Antecipatório) Diz-se que
um sistema é causal se o valor atual do sinal de
saída depender somente dos valores presentes e/ou
passados do sinal de entrada. Por exemplo, o
sistema de média móvel descrito pela equação a
diferença abaixo é causal
30Introdução
- Não Causal (Antecipatório) Por outro lado, o
sinal de saída de um sistema não causal depende
dos valores futuros do sinal de entrada. Como
exemplo também, temos que o sistema de média
móvel descrito pela equação a diferença abaixo é
não causal
31Introdução
Um outro exemplo. Considere um sistema descrito
pela característica de transferência y(t)x(t
t0), onde x(t) é uma entrada, y(t) é a saída
correspondente, e t0 gt 0. Esse sistema é não
causal, pois o pulso de saída aparece antes que a
entrada.
32Introdução
- 1.5.6 - Classificação Quanto a Estacionaridade
- Invariante no Tempo (Estacionário ou Fixo) Se
as relações de entrada e saída não se modificam
com o tempo, eles são chamados de estacionários.
33Introdução
- Variante no Tempo É aquele em que as relações
de entrada e saída se modificam. Quando os
parâmetros variam no tempo o sistema é variante
no tempo.
34Introdução
- 1.5.7 - Classificação Quanto ao Tipo de Sinal
- Determinístico Um sistema é dito ser
determinístico se a função de transferência
operacional, assim como a entrada (ou entradas)
aplicada ao sistema, é (são) conhecida(s)
exatamente. Para tais sistemas, a saída (ou
saídas) para qualquer entrada dada pode ser
determinada para todos os - instantes futuros se todas as condições iniciais
(estados) são conhecidos.
35Introdução
36Introdução
- Estocástico São aqueles para os quais ou os
parâmetros da função de transferência
operacional ou as entradas não são conhecidos
precisamente podendo ser descritas somente em um
sentido estatístico.
1.6- Linearização Na tentativa de se obter um
modelo linear (para poder usar o ferramental
analítico disponível) é feito aproximações
lineares (linearizações) das relações não
lineares através do desenvolvimento em série de
Taylor em torno de um ponto de operação de
referência, e utilização apenas de seus termos
lineares.
37Introdução
Suponhamos ter uma relação entrada X e saída Y,
não linear, como a da figura abaixo, e que o
ponto de operação seja (X0 ,Y0).
38Introdução
- A ideia essencial é admitir-se somente pequenas
perturbações em torno da condição de equilíbrio
estacionário de forma, que tais aproximações
sejam admissíveis e válidas. - Exemplo
39Introdução
40Introdução
- Sistemas de Controle São usados em variadas
situações como refinarias, aviões, centrais
elétricas, robôs, etc. (O processo a controlar
toma usualmente a designação de plant). - - Pretende-se obter uma resposta satisfatória e
um comportamento robusto. - - A resposta é a capacidade de a sua saída
acompanhar uma entrada de referência. Toma a
designação de regulação. - - A robustez é a exibição de uma boa regulação na
presença de perturbações externas.
41Introdução
- Figura 1.1 Esquema típico de um sistema de
controle
42Introdução
-
- Remote Sensing (Sensores remotos) Processo de
aquisição de informação acerca de objetos de
interesse sem estar em contato com eles. São
medidas as mudanças que o objeto provoca no
ambiente adjacente. Ex. electromagnéticas
Radar acústicas Sonar, etc.
43Introdução
- Processamento de sinais biomédicos O objetivo é
extrair informação de sinais biológicos para
melhor compreensão das funções biológicas, ou
para diagnóstico e tratamento de doenças. - Em muitas situações os sinais biológicos são
provocados pela atividade elétrica de um grande
número de células musculares ou células nervosas
(neurônios). Como exemplo temos a atividade
cardíaca (ECG) e a atividade cerebral (EEG).
44Introdução
- Na captação de sinais de ECG ou EEG surgem
distúrbios (biológicos parte do sinal produzido
por acontecimentos estranhos ao fenômeno
biológico que nos interessa - ou instrumentais gerados pelo uso de
instrumentos, como por exemplo sinais de
atividade muscular. A deteção e supressão dos
distúrbios é uma das grandes necessidades no
processamento destes sinais.
45Introdução
- 1.7 Processamento digital versus analógico
- No processamento analógico ou em tempo contínuo
recorre-se ao uso de elementos analógicos como
resistências, condensadores, indutâncias,
transistores amplificadores, etc. - No processamento digital ou em tempo discreto
usam-se três elementos digitais básicos
somadores, multiplicadores e memórias.
46Introdução
- As grandes vantagens do processamento digital
são - Flexibilidade A mesma máquina digital pode ser
adaptada, através de programação, a diferentes
operações no processamento. (No caso analógico
seria necessário redesenhar os circuitos). - Repetibilidade É possível repetir a mesma
operação de uma forma exata. (Os sistemas
analógicos sofrem de variação dos parâmetros).