Title: Dep.%20de%20Inform
1Dep. de Informática - UFMAEstruturas Discretas
e Lógica Matemática
- Slides adaptados de Michael P. Frank Curso
Baseado no Texto - Discrete Mathematics Its Applications (5th
Edition) Kenneth H. Rosen
2Natureza e Importância das Provas
- Em matemática, uma prova é
- Um argumento que estabelece a verdade sobre uma
afirmativa matemática de maniera rigorosa e
irrefutável.
3Aplicações de Métodos de Prova
- Prova de teoremas possui aplicações em
verificação de programas, segurança de
computadores, sistemas especialistas, etc.. - Provar um teorema nos permite confiar na sua
correção mesmo em cenários crÃticos. - Em geral, ao tentar provar algo descobrimos
alguns erros - E.g. correção de um programa
- Descobrimos porque o programa não está
funcionando.
4Provas em Lógica de Predicados
- Caso especial
- Provas de teoremas em lógica de predicados.
- Vamos construir um cálculo formal para construção
dessas provas e introduzir uma maneira menos
formal
5Terminologia
- Teorema
- Afirmativa que deve ser provada para ser
verdadeira. - Premissas - Axiomas
- Afirmativas (em geral não provadas) definindo as
estruturas sobre as quais estamos argumentando. - Regras de inferência
- Padrões de deduções para a partir das hipóteses
chegarmos às conclusões.
6Mais Terminologia
- Lemma
- Teorema menor, que pode ser usado como um passo
intermediário para provar um teorema maior. - Corolário
- Teorema menor provado como consequência direta de
um teorema maior. - Conjectura
- Afirmativa cujo valor verdade não foi provado
- Teoria
- Conjunto de teoremas que podem ser provados a
partir de um conjunto de axiomas.
7Cálculo Dedutivo
- Existem várias maneiras formais de provar
teoremas em lógica. - Abordagem axiomática
- Tabelas semânticas
- Dedução Natural
- Vamos estudar a Dedução Natural
- Baseada no uso de regras de inferência
8Regras de Inferência Forma Geral
- Um regra de inferência é
- Um padrão estabelecendo que se conhecemos um
conjunto de premissas verdadeiras, então podemos
deduzir certas conclusões realacionadas são
verdadeiras. - premissa 1 premissa 2 ? conclusão ?
logo
9Regras de InferênciaLógica Propos.
- p Regra da Adição? p?q
- p?q Regra da Simplificação ? p
- p Regra da Conjunção q ? p?q
10Modus Ponens Modus Tollens
- p Modus ponensp?q
- ?q
- ?q p?q Modus tollens ??p
Modo da afirmação
Modo da negação
11Silogismo
- p?q Silogismo hipotético q?r?p?r
- p ? q Silogismo disjuntivo
- ?p
- ? q
Aristóteles (ca. 384-322 B.C.)
12Validdade das Regras de Inferência
- Podemos provar para cada uma dessas regras sua
validade - Se as premissas são True então a conclusão deve
ser True. - Exemplo Regra do silogismo disjuntivo Se p ?
q e ?p então qUse tabela verdade para provar
que esta regra é válida
13Regras de Inferência e Implicações
- Cada RI válida corresponde a uma implica que
representa uma tautologia. - premissa 1 RI premissa 2 ?
conclusão - Tautologia correspondente
- ((prem 1) ? (prem 2) ? ) ? conclusão
14Completude das RI
- Estas RI não são suficiente para provar todos os
teoremas (i.e., não são completas) - Por exemplo
- Suponha vc deseja provar uma proposição da forma
p?q. (Ou?p) - Somente uma regra é aplicável silogismo
hipotético (esta regra pressupõe que os
antecedentes também são da forma p?q) - Discutiremos isto depois.
15Prova Formal
- A prova formal de uma concluão C, a partir das
premissas p1, p2,,pn consiste de um sequência
finita de passos, em cada um deles aplicando
alguma regra de inferência às premissas ou a
afirmativas previamente provadas, para ao final
fornecer uma nova afirmativa verdadeira -
conclusão
16Validade e Verdade
- Método de prova é válido se
- nunca chega a conclusão falsa partindo de
premissas verdadeiras - nunca chega a conclusão verdadeira partindo de
premissas falsas
17Prova Forma - Exemplo
- Suponha as seguintes premissasNão está com
sol, está frio.Vamos nadar somente se estiver
com sol.Se não nadarmos vamos andar de
barco.Se andarmos de barco chegaremos cedo em
casa. - E prove o teoremaVamos chegar cedo em casa
usando RI.
18Prova Forma Exemplo - Solução
- Considere
- sol Está com sol frio Está frio
- nadar Vamos nadar
- barco Vamos andar de barco
- cedo Chegaremos cedo em casa.
- As premissas podem ser escritas como(1) ?sol ?
frio (2) nadar ? sol(3) ?nadar ? barco (4) barco
? cedo
19Prova Forma Exemplo - Solução
- Passo Provado por1. ?sol ? frio Premissa 1.2.
?sol Simplificação of 1.3. nadar?sol Premissa
2.4. ?nadar Modus Tollens em 2,3.5.
?nadar?barco Premissa 3.6. barco Modus Ponens
em 4,5.7. barco?cedo Premissa 4.8. cedo Modus
Ponens em 6,7.
20RI para Quantificadores
- ?x P(x) Instanciação universal
- ?P(o) (substitui um objeto especÃfico o)
- P(g) (g um elemento qualquer do UD)??x P(x)
Generalização universal - ?x P(x) Instanciação existencial
- ?P(c) (substitui por uma nova constante c)
- P(o) (substitui um objeto o) ??x P(x)
Generalização existencial
21- Regras problemáticas
- Generalização universal (qualquer o)
- Instanciação existencial (novo c)
- Regras sem problemas
- Instanciação universal
- Generalização existencial
22Exemplo simples
- O argumento é correto ou não?
- Todo aluno de computação é bonito.
- Jocivaldo é aluno de computação.
- Assim, Jocivaldo é bonito.
- Primeiro separe as premissas da conclusão
- Premissa 1 Todo aluno de computação é bonito
- Premissa 2 Jocivaldo é aluno de computação.
- Conclusão Jocivaldo é bonito.
23cont
- Escrevendo em notação de lógica.
- Premissa 1
- Todo aluno de computação é bonito.
- U.D. todas as pessoas
- T(x) x é aluno de computação
- E(x) x é bonito
- Premissa 1 afirma ?x(T(x)?E(x))
24cont
- Premissa 2
- Jocivaldo é aluno de computação.
- R Jocivaldo
- Premissa 2 afirma T(R)
- Conclusion afirma E(R)
- Argumento correto
25Cont....
- Afirmativa Como foi obtida
- ?x(T(x) ? E(x)) (Premissa 1)
- T(Ramesh) ? E(Ramesh) (Instanciação
Universal) - T(Ramesh) (Premissa 2)
- E(Ramesh) (Modus Ponens de afirmativa 2
e 3)
26- Na prática, provas são apresentadas de maneira
informal. - Mostraremos algumas técnicas
27Exemplo de Prova Informal
- Teorema
- Se ?x(P(x) ?Q(x) e ?x(Q(x) ?R(x))
- Então ?x(P(x) ?R(x)).
- Prova Suponha que premissas valem mas conclusão
não, e.g., P(a) and ?R(a). - Primeira premissa implica que P(a)?Q(a), assim
temos que Q(a). - Segunda premissaimplica que Q(a)?R(a), assim
também temos R(a). - O que gera uma contradição pois ?R(a)
- Logo Suposição inicial não pode ser True.
28Forma geral desta prova
- Teorema Se p e q então r.
- Prova Assume p e q (premissas)Supõe que ?r.
(tenta)Esta suposição leva a uma
contradição (e.g. R(a) ?
?R(a))..Assim, ?r não pode ser True.Logo, r
deve ser True. - Esta estratégia de prova é denominada
- Prova por contradição
- Redução ao absurdo
29Outros métodos de prova para implicações
- Prova Direta Assume p é true, e prova q.
- Prova indireta Assume ?q, e prova ?p.
- Prova por Vácuo Prove ?p por ele mesmo.
- Prova Trivial Prove q por ele mesmo.
- Prova por casos Mostre que p?(a ? b),e (a?q) e
(b?q).
30Exemplo Prova Direta
- Definição Um inteiro n é impar sss n2k1 para
algum inteiro k n é par sss n2k para um k. - Teorema (Para todos os números n) Se n é impar,
então n2 é um inteiro impar. - Prova Se n é Ãmpar, então n 2k1 para algum
k. Assim, n2 (2k1)2 4k2 4k 1 2(2k2
2k) 1. Logo n2 é da forma 2j 1 (com j igual
a 2k2 2k), logo n2 é impar.
31Prova Indireta - Exemplo
- Teorema (Para todo inteiro n) Se 3n2 é
Ãmpar, então n é Ãmpar. - Prova Suponha que a conclusão é falsa, i.e., n
é par. Então n2k para algum k. Assim 3n2
3(2k)2 6k2 2(3k1). Logo 3n2 é par. Logo
3n2 não é Ãmpar. Mostramos que (n é
impar)?(3n2 é impar), assim a contra-positiva
(3n2 é impar) ? (n é impar) tambem é True
32Exemplo de Prova por Vácuo
- Teorema (Para todo n) Se n é par e impar então
n2 n n. - Prova A afirmativa n é par e Ãmpar é False,
poissince no number can be both odd and even.
Assim o teorema é verdadeiro por vácuo.
33Prova Trivial - Exemplo
- Teorema (Para n inteiro) Se n é a soma de dois
números primos, então né par ou n é impar. - Prova Qualquer inteiro é par ou Ãmpar. Assim a
conclusão é verdadeira sem importar os
antecedentes. É trivialmente True.