Parnasianismo - PowerPoint PPT Presentation

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Parnasianismo

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Parnasianismo Refer ncias bibliogr ficas Texto integralmente retirado de: ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela. Literatura: tempos, leitores e leituras. – PowerPoint PPT presentation

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Title: Parnasianismo


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Parnasianismo
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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • A poesia espaço privilegiado para a expressão
    das emoções humanas. Em nome da expressão de
    sentimentos e dos estados de alma, os românticos
    haviam abandonado os rigores formais na
    composição dos poemas. Este será o primeiro
    aspecto a ser atacado pela reação antirromântica.
  • Théophile Gautier e Leconte de Lisle publicam,
    em 1866, uma antologia de poemas intitulada O
    Parnaso contemporâneo, em que defendem a
    necessidade de tratar os temas poéticos de modo
    mais objetivo, pondo fim às lamúrias românticas
    .

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • Na segunda metade do século XIX, em uma
    sociedade transformada pelas descobertas da
    ciência e pela revolução das máquinas, a razão
    toma lugar dos sentimentos na produção literária.
    Na poesia, o impacto dessa mudança é profundo.
    Depois de se inspirarem por décadas nas emoções,
    os poetas passam a privilegiar a perfeição da
    forma. Essa tendência deu origem a uma nova
    estética, o Parnasianismo.

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • O título da obra faz referência a uma montanha da
    Grécia o Parnaso -, que seria a morada do deus
    Apolo e das musas inspiradoras dos artistas. Com
    essa escolha, os poetas franceses procuravam
    resgatar a visão da arte como sinônimo de beleza
    formal alcançada por meio do trabalho cuidadoso e
    detalhista. Nascia, assim, o Parnasianismo.
  • Para Gautier, arte não existe para a
    humanidade, para a sociedade ou para a moral, mas
    para si mesma. A finalidade da arte seria,
    portanto, a própria arte.

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • Théophile Gautier era um defensor da arte pela
    arte, adotando como princípio que a missão da
    arte era ser bela. Abandonou assim o lirismo
    arrebatado dos romântico para investir no
    trabalho com a forma poética.

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • O objetivo declarado dos poetas parnasianos era
    um só devolver a beleza formal à poesia,
    eliminando o que considerava os excessos
    sentimentalistas românticos que comprometeriam a
    qualidade artística dos poemas Olhar impessoal
    para o objeto do poema.
  • Na base desse projeto estava a crença de que a
    função essencial da arte era produzir o belo. O
    lema adotado pelos parnasianos a arte pela arte
    traduz essa crença.

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • Princípios parnasianos
  • Opção por uma poesia descritiva
  • Preocupação com a técnica o metro, o ritmo, a
    rima, todos os elementos devem ser harmonizados
    de modo a contribuir para a perfeição formal
  • Tentativa de manter uma postura impassível
    diante do objeto do poema, para não cometer o
    excesso sentimentalista dos românticos.
  • Resgate de temas da Antiguidade clássica
    referências à mitologia.
  • Defesa da arte pela arte a poesia deve ser
    composta com um fim em si mesma.
  • Busca da palavra exata que, muitas vezes,
    beirava o preciosismo.

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O Parnasianismo a disciplina do bom gosto
  • Apesar de os poetas brasileiros não adotarem a
    impassibilidade francesa, o cuidado com a criação
    de versos perfeitos definiu a estética
    parnasiana no Brasil.

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O Parnasianismo linguagem a deusa forma.
Estudo do poema Abyssus, de Olavo Bilac.
  • Bela e traidora! Beijas e assassinas...
  • Quem te vê não tem forças que te oponha
  • Ama-te, e dorme no teu seio, e sonha,
  • E, quando acorda, acorda feito em ruínas...
  • Seduzes, e convidas, e fascinas,
  • Como o abismo que, pérfido, a medonha
  • Fauce apresenta flórida e risonha,
  • Tapetada de rosas e boninas.
  • O viajor, vendo as flores, fatigado
  • Foge o sol, e, deixando a estrada poenta,
  • Avança incauto... Súbito, esbroado,
  • Falta-lhe o solo aos seus pés recua e corre,
  • Vacila e grita, luta e se ensanguenta,
  • E rola, e tomba, e se espedaça, e morre...
  • Abyssus abismo, em latim
  • Pérfido enganador, traçoeiro
  • Fauce garganta, abertura em forma de boca
  • Viajor viajante
  • Incauto descuidado
  • Esbroado desfeito, feito em pó.

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  • MUNCHA, A. Pôster publicitário Biscuit
    Léfevre-Utile. 1899. Litografia colorida, 64 x 30
    cm

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O Parnasianismo no Brasil
  • Em 1978, os jornais brasileiros deram notícia de
    uma polêmica literária intitulada A batalha do
    Parnaso de batia-se a possibilidade de criação
    de uma poesia filosófico-científica para refletir
    o espírito da época. Essa controvérsia agitou o
    cenário cultural e preparou o público, apegado ao
    arrebatamento emocional romântico, para uma
    significativa mudança no tom dos poemas.
  • O apego mais rigoroso aos princípios estéticos do
    Parnasianismo encontrou alguns seguidores
    entusiasmados. Os mais destacados foram os poetas
    Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de
    Oliveira.

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O Parnasianismo no Brasil Olavo Bilac
  • Estrela maior do Parnasianismo brasileiro, a
    popularidade de Olavo Bilac está associada à
    grande capacidade de trabalhar as palavras e
    criar versos inesquecíveis.
  • Tornou-se um mestre na arte de escrever sonetos,
    que aprendeu estudando a obra dos grandes
    sonetistas portugueses Bocage e Camões. Abraçou
    o culto à forma como uma devoção.

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O Parnasianismo no Brasil Olavo Bilac
  • Colocando-se entre o Parnasianismo mais rigoroso
    e um Romantismo erotizado, Bilac tornou-se um
    mestre. Como poeta, soube aproveitar o que essa
    estética tinha de inovador no trabalho com a
    forma, sem abrir mão da sensibilidade para
    identificar as imagens e os temas que respondiam
    aos anseios de um público até então habituado aos
    exageros sentimentalistas românticos. Por esse
    motivo, muito de seus versos são lembrados até
    hoje.

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O Parnasianismo linguagem a deusa forma.
Estudo do soneto XIII, de Olavo Bilac.
  • "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
  • Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
  • Que, para ouvi-las muita vez desperto
  • E abro as janelas, pálido de espanto...
  • E conversamos toda noite, enquanto
  • A Via Láctea, como um pálio aberto,
  • Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
  • Inda as procuro pelo céu deserto.
  • Direis agora "Tresloucado amigo!
  • Que conversas com elas? Que sentido
  • Tem o que dizes, quando não estão contigo?"
  • E eu vos direi "Amai para entendê-las!
  • Pois só quem ama pode ter ouvido
  • Capaz de ouvir e de entender estrelas".
  • Pálio manto
  • Tresloucado desvairado, louco

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O Parnasianismo linguagem a deusa forma.
Estudo do soneto Nel mezzo do camin..., de Olavo
Bilac.
  • Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
  • E triste, e triste e fatigado eu vinha.
  • Tinhas a alma de sonhos povoada,
  • E a alma de sonhos povoada eu tinha...
  • E paramos de súbito na estrada
  • Da vida longos anos, presa à minha
  • A tua mão, a vista deslumbrada
  • Tive da luz que teu olhar continha.
  • Hoje, segues de novo... Na partida
  • Nem o pranto os teus olhos umedece,
  • Nem te comove a dor da despedida.
  • E eu, solitário, volto a face, e tremo,
  • Vendo o teu vulto que desaparece
  • Na extrema curva do caminho extremo..

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Simbolismo
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Simbolismo contexto histórico
  • A Europa no fim do século XIX enfrenta grandes
    indefinições e inquietações. A partir de 1870, a
    competição econômica e militar entre as grandes
    potência ocidentais e o avanço do movimento
    operário tornam a crise social inevitável. Nessa
    crise encontra-se a origem das duas guerras
    mundiais que abalarão o século XX.

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Simbolismo contexto histórico
  • Uma onda de pessimismo se espalha na Europa. O
    artista já não pode se apoiar nos sentimentos que
    o Romantismo serviam de filtro para a compreensão
    da realidade. Não acredita que a razão, chave
    adotada para a interpretação e a explicação do
    mundo depois da Revolução Industrial, seja ainda
    suficiente para orientar seu olhar e inspirar sua
    arte. Desconfia da realidade, considerando-a
    enganadora. Entende que o mundo visível,
    concreto, dá ao ser humano a sensação de
    conhecimento, mas que a razão não lhe permite ver
    o que vai além do real, não lhe dá meios para
    alcançar o desconhecido.

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  • KLIMT,G. As três idades da mulher. 1905
  • A arte simbolista procura fazer com que o público
    perceba a relação entre a realidade aparente e a
    essência

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • A arte do período refletirá esse momento de
    incerteza, indefinição e pessimismo.
  • Influenciados pelo desejo de investigar o
    desconhecido, os artistas do período exploraram o
    poder dos símbolos, e a possibilidade de
    estabelecer analogias entre eles para revelar as
    relações entre o mundo visível e o mundo de
    essências. Por essa razão, serão chamados de
    simbolistas. A arte que criaram pretende
    estimular os sentidos humanos e, desse modo,
    permitir a apreensão da realidade sem o auxílio
    da razão.

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • O termo Simbolismo apareceu em 1886 quando o
    escritor francês Jean Moréas afirma em um artigo
    que a finalidade da arte simbolista não é revelar
    a ideia, mas sugeri-la, de modo que o público
    possa perceber a relação entre a realidade
    aparente e as essências, vivendo uma experiência
    sensorial.
  • Essa explicação deixa clara a filiação do
    Simbolismo à visão platônica que opõe o mundo
    sensível, das aparências, ao mundo das essências.
    Os poetas dessa estética criam símbolos para
    ajudar os leitores a iniciar a investigação sobre
    o desconhecido.

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • Para explorar o mundo, os simbolistas valorizam
    a intuição e os sentidos humanos (visão, tato,
    audição, olfato e paladar). A percepção das
    essências é estimulada pela experiência
    sensorial, que leva o ser humano a perceber a
    existência de uma dimensão que se esconde além da
    realidade concreta e que precisa ser explorada.
  • Misticismo o abandono do cientificismo e do
    positivismo, que marcaram a segunda metade do
    século XIX, leva os simbolistas a buscarem a fé,
    manifestando um misticismo indefinido, mas ligado
    à tradição cristã. A crença na existência de um
    mundo ideal, que só se pode alcançar pela beleza
    pura que deve ser expressa pela poesia, resulta
    em uma produção literária cercada de uma clima de
    fluidez e de mistério.

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • Alienação social principal interesse
    simbolista é a sondagem do eu, a decifração dos
    caminhos que a intuição e a sensibilidade podem
    descortinar. Sua busca é do elemento místico, não
    consciente, espiritual, imaterial. Essa é a
    explicação para o tom de desinteresse pelo
    social, que beira à alienação.

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  • REDON, O. A carruagem de Apolo. 1907-1910. Óleo
    sobre tela, 47, 6 x 29,9 cm

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O Simbolismo Análise de Antífona, de Cruz e Sousa
  • Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
  • De luares, de neves, de neblinas!
  • Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
  • Incensos dos turíbulos das aras
  • Formas do Amor, constelarmante puras,
  • De Virgens e de Santas vaporosas...
  • Brilhos errantes, mádidas frescuras
  • E dolências de lírios e de rosas ...
  • Indefiníveis músicas supremas,
  • Harmonias da Cor e do Perfume...
  • Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
  • Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
  • Visões, salmos e cânticos serenos,
  • Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
  • Dormências de volúpicos venenos
  • Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • O objetivo, no poema, é criar um verdadeiro
    caleidoscópio de imagens que estimule o leitor a
    mergulhar nas sensações que começam a ser
    sugeridas
  • O efeito dessa longa enumeração é o esvaziamento
    do sentido, que perde importância porque a
    intenção do poeta é fazer com que o leitor se
    desligue da realidade e embarque no mundo
    sensível de cores, perfumes e sons.
  • A linguagem precisa ser fundamentalmente
    sugestiva para poder evocar sensações e
    lembranças. Assim, os escritores recorrerão às
    sinestesias

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Simbolismo o desconhecido supera o real
  • O termo sinestesia faz referência à associação
    de impressões derivadas de diferentes domínios
    sensoriais (um perfume que evoca uma cor, um som
    que evoca uma imagem).
  • Outra característica da linguagem simbolista é o
    uso das chamadas maiúsculas alegorizantes, que
    personificam alguns elementos. A ideia é, mais
    uma vez, criar no leitor a impressão de que há
    sentidos desconhecidos, associados a esses
    termos, que esperam a ser descobertos.
  • A presença constante de reticências também
    contribui para tornar mais indefinido e vago o
    tom do texto.

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  • MONET, C. O jardim de Monet em Véthevil. Óleo
    sobre tela, 150x 120 cm
  • A arte impressionista também explora o poder de
    sugestão da linguagem da pintura.

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Simbolismo brasileiro além do real e próximo da
morte
  • Considera-se que o Simbolismo brasileiro
    iniciou-se no ano de 1893, quando Cruz e Sousa
    lançou dois livros Missal (prosa) e Broquéis
    (poesia).
  • Dois nomes se destacaram entre os adeptos da
    nova estética João da Cruz e Sousa e Alphonsus
    de Guimaraens. Cada um deles trilhou caminhos
    diferentes, mas ambos fizeram uso de uma
    linguagem claramente simbolista.

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O Simbolismo no Brasil Cruz e Sousa
  • Cruz e Sousa é considerado o maior representante
    do movimento simbolista entre nós.
  • O que impressiona em sua poesia é a profundidade
    filosófica e a angústia metafísica. Outra
    característica que inconfundível é o uso de um
    vocabulário em que predominam, de modo obsessivo,
    termos associados à cor branca. Essa recorrência
    indica uma busca incessante pela pureza das
    Formas eternas, das Essências das coisas

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O Simbolismo Análise de Alucinação, de Cruz e
Sousa
  • Ó solidão do Mar, ó amargor das vagas,
  • Ondas em convulsões, ondas em rebeldia,
  • Desespero do Mar, furiosa ventania,
  • Boca em fel dos tritões engasgada de pragas.
  • Velhas chagas do sol, ensangüentadas chagas
  • De ocasos purpurais de atroz melancolia,
  • Luas tristes, fatais, da atra mudez sombria
  • Da trágica ruína em vastidões pressagas.
  • Para onde tudo vai, para onde tudo voa,
  • Sumido, confundido, esboroado, à-toa,
  • No caos tremendo e nu dos tempo a rolar?
  • Que Nirvana genial há de engolir tudo isto -
  • - Mundos de Inferno e Céu, de Judas e de cristo,
  • Luas, chagas do sol e turbilhões do Mar?!

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O Simbolismo no Brasil Alphonsus de Guimaraens
  • Sua poesia é marcada pela religiosidade e
    misticismo.
  • Em toda a obra de Alphonsus de Guimaraens, a
    morte será tematizada direta e indiretamente, com
    inúmeras referências aos elementos a ela
    associados (círios, esquifes, etc.). Para
    Alphonsus, a morte é acolhida como momento de
    passagem, de transformação, que abre as portas da
    eternidade, pondo fim ao sofrimento humano.

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O Simbolismo Análise de Ismália, de Alphonsus de
Guimaraens
  • E como um anjo pendeu
  • As asas para voar...
  • Queria a lua do céu,
  • Queria a lua do mar...
  • As asas que Deus lhe deu
  • Ruflaram de par em par...
  • Sua alma subiu ao céu,
  • Seu corpo desceu ao mar...
  • Quando Ismália enlouqueceu,
  • Pôs-se na torre a sonhar...
  • Viu uma lua no céu,
  • Viu outra lua no mar.
  • No sonho em que se perdeu,
  • Banhou-se toda em luar...
  • Queria subir ao céu,
  • Queria descer ao mar...
  • E, no desvario seu,
  • Na torre pôs-se a cantar...
  • Estava perto do céu,
  • Estava longe do mar...

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Referências bibliográficas
  • Texto integralmente retirado de
  • ABAURRE, Maria Luiza PONTARA, Marcela.
    Literatura tempos, leitores e leituras. São
    Paulo Moderna, 2010.
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