Title: OVINOS E CAPRINOS
1OVINOS E CAPRINOS
Prof. Pasquetti - UnB Planaltina
2Importância do Setor
- No cenário mundial, a China é o maior produtor
com mais de 30 do rebanho, seguido da Índia
(19,7) e da Austrália (12,8). - O Brasil é o 8º produtor de caprinos e ovinos,
detendo menos de 3 do rebanho mundial. - As exportações de carne caprina representam
apenas 0,02 do mercado mundial. - O País é também importador de leite de cabra e
derivados. Estima-se que a demanda seja de 12
milhões de litros de leite por ano e nossa oferta
é de 6,1 milhões de litros. - Outro nicho de mercado importante no mercado
nacional e internacional não explorados pelos
criadores brasileiros é o de peles. Só em 2000,
foram importados US 15 milhões em peles.
3Produção Nacional
- Caprinos - efetivo nos estabelecimentos
agropecuários - 1970 5.708.993 1975 6.709.428 1980 7.908.147
1985 8.207.942 1996 6.590.646 2006 7.109.052
Ovinos - efetivo nos estabelecimentos
agropecuários 1970 17.643.044 1975 17.486.559
1980 17.950.899 1985 16.148.361 1996
13.954.555 2006 13.856.747
4 Produção Nacional
- A Região Nordeste concentra 8,9 mil milhões de
caprinos e 8,2 milhões de ovinos, na sua quase
totalidade deslanados, correspondendo
respectivamente a 94 e 54 dos rebanhos
nacionais. - O efetivo caprino encontra-se, em maior escala,
nos estados da Bahia (42,5), Piauí (14,9) e
Pernambuco (14,4). - A maior concentração de ovinos localiza-se nos
estados do Rio Grande do Sul (30,8), da Bahia
(20,3) e Ceará (11,2). - Cerca de 50 do rebanho de caprinos e ovinos do
Nordeste estão em propriedades com menos de 30
hectares. - A região Centro Oeste responde por 3,3 do
rebanho nacional e Mato Grosso aparece em segundo
lugar. Http//cico.org.br/ Video
5Produção Nacional
- Nordeste, a maioria dos rebanhos caprinos, por
serem explorados basicamente em sistemas de
produção tradicional, apresentam baixa
produtividade. - Atualmente, a i n t r o d u ç ã o d e n o v a s r
a ç a s zootecnicamente selecionadas e a geração
ou adaptação de tecnologias têm assegurado maior
eficiência aos sistemas produtivos. - Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e
Ovinos PNSCO visa o controle e erradicação
das doenças de caprinos e ovinos(ver tabela)
6Produção Nacional
- Através da Instrução Normativa Nº 87 da
Secretaria de Defesa Agropecuária, de 10 de
dezembro de 2004, foi aprovado o Regulamento
Técnico do PNSCO. - Dentre as estratégias de atuação, destaca-se
- o cadastro de estabelecimentos,
- o controle de trânsito de animais,
- a certificação de estabelecimentos,
- o cadastramento de Médicos Veterinários do setor
privado - e o credenciamento de laboratórios para
realização de exames diagnósticos das doenças de
controle oficial.
7Doenças
- Mastite Ovina
- Febre Aftosa - Perguntas e Respostas
- Ordem de ordenha no criatório, manual ou mecânica
- Hipotermia em cabritos e cordeiros recém-nascidos
- Toxoplasmose em Caprinos
- A tenebrosa CAE(Artrite Encefalite Caprina)
- Como prevenir doenças com vacina
- Eimeriose (Diarréia)
- Manejo de ordenha ponto importante para obtenção
de leite de cabra de qualidade - Urolitíase (Cálculos)
- Toxemia da prenhez
- Verminose
- Fasciolose (baratinha-do-fígado)
- Broncopneumonia verminótica
- Pododermatite (frieira, foot-rot, manqueira)
- Sarna (psoríase)
- Carrapatos
- Boqueira (Ectima contagioso, dermatite pústula)
- Oestrose (rinite parasitária)
- Piolho (Pediculose)
- Bicheiras ou miíases
- Oftalmia contagiosa (peste de chorar)
- Pneumonia
- Enterotoxemia
- Tétano
- Brucelose
- Diarréia dos cordeiros
- Carbúnculo hemático (antraz)
- Carbúnculo sintomático
- Febre Aftosa
- A Linfadenite Caseosa é uma tragédia
8Higienize as instalações
- A higiene é um conjunto de medidas visando
preservar a saúde dos animais, sendo constituído
de limpeza e desinfecção. - A limpeza das instalações deverá ser realizada
diariamente ou, pelo, menos a cada dois dias. - A desinfecção deve ser feita a cada 30 dias no
sistema intensivo, e a cada 60 dias no sistema
semi-intensivo. - - Faça a limpeza do curral de chão batido.
- - Limpe o curral usando rodo de madeira.
- - Varra o curral com vassoura.
9A DESINFECÇÃO DAS INSTALAÇÕES
A desinfecção consiste na aplicação de produtos
químicos para diminuir as chances de ocorrência
de doenças. Para desinfetar devem ser utilizados
produtos à base de iodo, amônia quaternária,
hipoclorito de sódio (água sanitária) ou cresol.
Prepare a solução para desinfecção da
instalação. a) Prepare solução de iodo - Coloque
20 litros de água em um balde.- Meça 200 ml de
tintura de iodo a 10.- Coloque 200 ml de
tintura de iodo no balde.- Misture a solução
utilizando um agitador de madeira.
b) Prepare a solução de hipoclorito de
sódio. - -Coloque20 litros de água em um balde.-
Meça 200 ml de hipoclorito de sódio a 10.-
Coloque 200 ml de hipoclorito de sódio no
balde.- Misture a solução. c) Prepare a solução
de cresol. - -Coloque20 litros de água em um
balde.- Meça 20 ml de creolina- Coloque 20 ml
de creolina no balde- Misture a solução. d)
Prepare solução de amônia quaternária ( A
recomendação do fabricante deve ser seguida.)
10RETIRE AS FEZES DO CURRAL
- A retirada de fezes pode ser feita com carro de
mão, balde ou outro recipiente disponível. - Coloque as fezes em esterqueira.
- Quando não houver esterqueira, as fezes devem
depositadas em local cercado, para evitar
contaminação dos animais. - Faça a limpeza do piso ripado.
- Raspe com espátula as fezes.
- Limpe o piso ripado com vassoura.
- As fezes acumuladas abaixo do piso ripado devem
ser retiradas periodicamente e levadas para a
esterqueira ou para um local cercado.
11DESINFETE AS INSTALAÇÕES UTILIZANDO VASSOURA DE
FOGO
A vassoura de fogo é um equipamento também
conhecido com lança-chamas, que, ligado a um
botijão de gás, funciona como um maçarico. A "
vassoura " deve ser passada na instalação uma vez
por semana no sistema intensivo, e a cada trinta
dias no sistema semi-intensivo. A desinfecção das
instalações deve ser feita com uma das soluções
citadas anteriormente. Pulverize as paredes, as
cercas e o piso das instalações. Precaução1)
Nos materiais combustíveis ( madeira, plástico,
fios) o lança-chamas deve ser passado rapidamente
para evitar queima.2) O registro do botijão deve
ser fechado ao final de cada operação
12(No Transcript)
13RAÇAS DE LEITE
14(No Transcript)
15(No Transcript)
16(No Transcript)
17(No Transcript)
18RAÇAS DE CORTE
19(No Transcript)
20(No Transcript)
21RAÇAS PARA PELE
22(No Transcript)
23(No Transcript)
24RAÇAS PARA PÊLO
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26RAÇAS DE DUPLA OU TRIPLA APTIDÃO
27(No Transcript)
28(No Transcript)
29(No Transcript)
30(No Transcript)
31(No Transcript)
32(No Transcript)
33Os 10 Mandamentos da boa nutrição
1 Garantir água sempre limpa e de boa qualidade,
de fácil acesso para todos animais, desde
cordeiros recém-nascidos até animais adultos. 2
Fazer sempre rodízio e manejo de pastagem. O
pastejo contínuo aumenta a infestação
parasitária. 3 Respeitar os períodos de descanso
da gramínea pois é essencial para a rebrota. 4
Evitar as braquiárias pois podem causar
fotossensibilização no rebanho. 5 Pastagens
consorciadas de gramíneas e leguminosas são mais
nutritivas. Têm mais proteínas, energia, etc. A
sensibilidade da pele à luz, devido à ação de
certas drogas, plantas ou outras substâncias, é
denominada fotossensibilização (Stedman's Medical
1972). A fotossensibilização hepatógena é a forma
mais comum em ruminantes (Fagliari 1982), na qual
o fígado é lesado por toxinas, causando distúrbio
hepático e impedindo-o de fazer a desintoxicação
do organismo
34Os 10 Mandamentos da boa nutrição
6 Fazer sempre feno e silagem com o excesso de
forragem do verão para evitar queda na produção
durante o período da estiagem, quando não haverá
pasto. 7 Se for possível, então cultivar milho,
sorgo, milheto, etc., para baixar o custo da
ração. Estes produtos são essenciais para a
fabricação de alimentos concentrados. 8 Nunca
deixar o rebanho sem sal mineral, pois é de
importância fundamental para todas as funções
vitais do organismo animal. 9 Nunca fornecer
mineral de bovinos, pois o Cobre (Cu) é muito
alto e pode causar graves intoxicações e
distúrbios renais nos machos. O ideal são níveis
entre 300 a 600 mg (PPM) no rótulo (Níveis de
garantia por Kg do produto). Não se esquecer
também da relação cálcio/Fósforo 21
(urolitíase) 10 Sempre testar novos alimentos
com alguns animais, para ter certeza da
confiabilidade. Só depois do teste, introduzir
para todo o rebanho.
35Os Mandamentos da boa Silagem
- As principais regras para ter uma boa silagem
são as seguinte - As forrageiras devem ser cortadas em estágio de
desenvolvimento adequado ao seu equilíbrio
nutritivo. Isto acontece quando o teor da matéria
for de 30 a 35 e pH de 3,8. - Recomenda-se triturar a forragem em pedaços de 3
a 5cm. - O silo deve ser cheio em 24 horas, de
preferência. - O silo deve ser compactado a cada 20 a 30cm.
- O silo precisa ser vedado para evitar a entrada
de ar. - Fazer a avaliação da silagem, observando se está
bem fermentada (ácido) quando apresentar cor
verde amarelada, cheiro agradável, textura firme,
gosto ácido e pH em torno de 3,8. - A silagem estará semi-aquecida quando tiver cor
escura, cheiro forte, textura gomosa e pH 5,50.
36Os Mandamentos da Boa Silagem
- A silagem estará super-aquecida quando apresentar
a cor marrom, cheiro de açúcar queimado, textura
seca e acidez indefinida. - Em 12 dias as transformações bioquímicas já
aconteceram e a massa ensilada já pode ser
servida. - Escolher bons produtos para fazer sua silagem.
Podem ser milho, sorgo e capins. - O milho é a forrageira mais utilizada. O ponto
ideal para corte é quando os grãos apresentam 35
de matéria seca. - O sorgo é ótima forrageira, tem como valor
nutritivo alto rendimento por área, produz em
solos de pequena fertilidade, suporta estiagens e
tem o rebrote garantindo mais cortes. Quando os
grãos estiverem leitosos é hora de cortar para
ensilar. - Os capins são os mais utilizados para silagem.
Destaca-se o capim-elefante que produz ótima
quantidade de matéria verde, garantindo vários
cortes durante o ano. Ao atingir 1,60 a 1,80 m de
altura, antes da floração, está no ponto para a
silagem. - O fornecimento aos animais deve ser programado em
pequenas porções e aumentando gradativamente até
atingir 8 do peso vivo, de modo que o animal se
adapte ao novo alimento. - Diariamente deve ser retirada uma camada de 15cm,
de forma uniforme em toda a extensão da massa
exposta.
37Nutrição
Dentro da produção animal, três fatores assumem
capital importância no desempenho dos indivíduos
a genética, através da raça, da variedade ou da
linhagem o ambiente, através do clima, da
alimentação/nutrição, do manejo, etc. e a
interação entre eles. No Nordeste, onde se
encontram os maiores rebanhos caprino e ovino do
País - 92 e 58, respectivamente, do total
existente - a produção é extremamente baixa e
grandemente afetada pelo desequilíbrio entre a
raça e a nutrição dos animais. A raça tem uma
grande parcela no desempenho produtivo dos
rebanhos. Mas, mesmo raças especializadas na
produção de carne ou leite, sem um manejo
alimentar/nutricional terão baixa produtividade.
38Produção de leite de cabras em pastejo
- A produção de leite em cabras alimentadas
exclusivamente com volumoso de boa qualidade em
pastagem pode ser de 2,0 a 3,0 l/dia, sendo que a
presença de leguminosa na área permite aumentar a
concentração de proteína e cálcio da dieta. - Animais de maior produção diária necessitam ser
suplementados com concentrado para aumentar a
concentração energética da dieta e atingir seu
requerimento nutricional (National Research
Council, 1981).
39Horário de Pastejo
- O conhecimento do hábito de pastejo de caprinos é
importante para proporcionar maior conforto aos
animais. - Estudos realizados no Instituto de Zootecnia em
Nova Odessa e Itapetininga mostraram que caprinos
apresentam horários de pastejo determinados pela
temperatura e umidade ambiente, assim como,
qualidade e disponibilidade da forragem. - A freqüência de pastejo concentra-se em dois
períodos durante o dia 7h30 - 11h30 e 14h30 -
17h30, variando conforme o local e época do ano. - Em Itapetininga, local com temperaturas médias
mais baixas e invernos mais úmidos, os animais,
no inverno, retardaram o pastejo até as 9h,
devido ao excesso de umidade da pastagem,
mostrando que caprinos não apreciam tais
condições.
40Os segredos da água
Caprinos e ovinos gostam de água mas o consumo
diário varia com a natureza da dieta, com o
regime de vida, com a temperatura ambiente e com
a produção individual. Em média, um caprino
consome entre 2,5 a 4 litros de água por quilo de
matéria seca da ração. Isso representa entre 6 a
10 litros diários para um animal de 50 kg. Quando
o animal come pasto verde e forragens macias ou
aquosas o consumo de água como bebida é muito
baixo, variando entre 0,5 a 3,0 litros/dia. As
cabras em lactação consomem cerca de 50 a mais
que os machos e as cabras secas. Em regiões muito
frias, a água só pode ser dada juntamente com
grande quantidade de forragem fibrosas, pois os
animais obtêm calor para o aquecimento do corpo
por meio da fermentação dos alimentos fibrosos no
rúmen (calor orgânico). Na Europa, é comum
servir água aquecida, tanto no inverno como no
verão. No Brasil, os animais preferem água
fresca.
41Cuidados com o Recém Nascido
- Alimentar o recém-nascidoO primeiro alimento do
cabrito é o colostro, de grande importância
porque protege o animal contra as principais
doenças. Ao nascer, o cabrito procura logo a
cabra para mamar. Se ele não conseguir, o
produtor deverá ajudá-lo. - Cuidados
- Os cabritos devem ficar presos até poderem
acompanhar a mãe (vinte a trinta dias de
nascido). - O cabriteiro deve ser limpo e arejado, com
proteção contra os ventos dominantes, chuvas e
frio. - 1 FORNEÇA O COLOSTRO NA TETA
- 1.1 CONTENHA A CABRA
- 1.2 LAVE AS TETAS e ENXUGUE AS TETAS
- 1.3 COLOQUE O CABRITO PARA MAMA
- 2 FORNEÇA ÁGUA AO CABRITO
- 3 FORNEÇA VOLUMOSO AO CABRITO
- 3.1 PERMITA NO ACESSO DO CABRITO A PIQUETES DE
CAPIM - 3.2 FORNEÇA FENO DE BOA QUALIDADE
- 3.3 FORNEÇA PALMA PICADA
42Cuidados com o Recém Nascido
- A primeira mamada deve ser feita até 30 minutos
após o nascimento. - Devem ocorrer quatro mamadas por dia.
- Após o período de colostro, o cabrito continua
mamando na mãe, até a apartação. Se ocorrerem
problemas com a mãe, deve ser feito o aleitamento
artificial. - Logo no primeiro dia de vida, o cabrito deve ter
água e volumosos (capim ou feno) à sua
disposição.
43Ovinos
44Ovinos - Comportamento
- O princípio básico de comportamento dos ovinos é
a sociabilidade entre os indivíduos os ovinos
são animais de tipo seguidor, isto é, os
cordeiros seguem as mães, os mais jovens seguem
os mais velhos e os machos seguem as fêmeas. - Os ovinos têm visão binocular para olhar para
frente (usam os dois olhos) e monocular para
olhar para os lados (usam um olho para cada
lado). A visão lateral é responsável pelos
entraves na condução dos animais, pois objetos
estranhos desviam sua atenção.
45OVINOS
- Os ovinos se movimentam com facilidade, quando
seguem um caminho conhecido. - Por isso, devem ter experiência prévia de
movimentação orientada sempre na mesma direção. - Ovinos adultos produzem até 1500 kg de esterco
por ano
46Instalações - Ovinos
- Para o manejo de ovinos há necessidade de
- piquetes divididos com cercas de arame liso ou
eletrificado, - centro de manejo com currais,
- tronco,
- pedilúvio,
- balança,
- potreiro hospital,
- abrigos,
- bebedouros
- e cochos
- Tronco de contenção é um corredor em forma
trapezoidal, feito de madeira, de 90 cm de
altura, com largura superior de 50 cm e inferior
de 30 cm, localizado entre dois bretes. Serve
para vários manejos (vermifugação, vacinação,
descola, seleção, marcação, etc). - Pedilúvio é um acessório do curral, em forma de
calha, móvel ou fixo, com 10 cm de profundidade,
no qual se coloca uma solução de formol a 5, ou
outro desinfetante, para prevenção ou para
tratamento das enfermidades das patas dos animais
47Figura 1 Piquete com partes altas e baixas e sombreamento.
Figura 2 Dois piquetes com área de 2 ha cada um. No piquete do lado direito foi passado herbicida para depois ser feito o plantio direto.
48Tronco de contenção é um corredor em forma
trapezoidal, feito de madeira, de 90 cm de
altura, com largura superior de 50 cm e inferior
de 30 cm, localizado entre dois bretes. Serve
para vários manejos (vermifugação, vacinação,
descola, seleção, marcação, etc).
49submersos.
O pedilúvio tem a função de combater problemas de
casco, através de soluções como o sulfato de
zinco, onde os cascos dos animais têm que ficar
submersos por alguns minutos. É uma depressão que
pode estar localizada no piso do brete. A
profundidade é de 12-15 cm, sendo que a solução
não deve baixar os 7 cm, pois os cascos devem
ficar totalmente submersos.
50 BRETE As medidas do brete são de fundamental
importância para o manejo. Se o brete for muito
largo os animais podem se virar dentro e
complicar o trabalho. Um brete alto demais não
permite uma boa contenção, dificultando
aplicações de vacinas e vermífugos, visualização
do brinco e/ou tatuagem...Por isso, as medidas
abaixo devem ser respeitadas no momento da
construção LARGURA SUPERIOR 50 cmLARGURA
INFERIOR 35 cm ALTURA 80 cm COMPRIMENTO 5
a 11 m As laterais do brete devem ser de
tábuas colocadas na horizontal, sem espaço entre
elas.
51BANHEIRA SARNICIDA Em regiões onde o problema
com ectoparasitas é freqüente, recomenda-se a
construção da banheira sarnicida. Como é uma
estrutura de alto custo, outros métodos como o da
pulverização são utilizados para combater piolho
e sarna.
52ESCORREDOURO O escorredouro é composto por duas
baias de 8 m2 cada uma, localizadas na saída da
banheira sarnicida. Os animais devem permanecer
após o banho neste local, por aproximadamente 10
minutos, para que a água do banho escorra, passe
pelos tanques de decantação e volte para a
banheira
53A cerca de arame liso
- A cerca de arame liso deve ter de 6 a 7 fios de
arame, mourões (postes fixos no solo) espaçados
de 10 m e de 4 a 5 tramas (balancis) nos
intervalos. - O primeiro fio de arame deve ficar a 10 cm do
solo o segundo, a 15 cm do primeiro e do
terceiro entre o terceiro e o quarto fios, o
espaço deve ser de 25 cm e entre o quarto, quinto
e sexto fios, de 30 cm, resultando em 1,30 m de
altura, suficiente para conter animais tanto de
pequeno como de grande porte.
54O melhor piso é o ripado, o qual permite que as
fezes e a urina caiam e fiquem distantes dos
animais. A altura deste piso do chão deve ser o
suficiente para que a limpeza seja realizada com
facilidade, no mínimo 1,5 m. Recomenda-se que o
chão seja cimentado e com um declive de no mínimo
2. É importante construir um ripado uniforme,
seguindo corretamente as medidas para evitar
problemas de aprumo, fraturas nas patas dos
cordeiros e retenção de fezes. A largura
recomendada para as ripas é de 5 cm e a espessura
de uma polegada. O espaçamento entre as ripas
deve ser de exatamente 2 cm
55Idades dos Ovinos
- Cordeiro aos ovinos, de ambos os sexos, com
dentição temporária (dentes-de-leite), até 5 ou 6
meses de idade. - Borrego dente-de-leite é o cordeiro com idade
entre 6 e aproximadamente 15 meses (antes da
primeira troca de dentes pelos permanentes). - Borrego ou borrega quatro dentes é o ovino
adulto, com idade entre 18 e 30 meses, e após a
troca do segundo par de dentes. - Ovelha, capão ou carneiro seis dentes é o ovino
adulto, com idade entre 27 e 42 meses, o que
corresponde à presença de seis dentes médios
entre os dentes-de-leite. - A distinção é feita pelas características da
dentição nos animais dentes-de-leite, os bordos
dos dentes são arredondados, ao passo que nos
animais extremamente velhos, os dentes terminam
em pontas, pelo desgaste natural, podendo ocorrer
falhas.
56O sistema extensivo
- O sistema extensivo caracteriza-se pelo máximo
aproveitamento dos recursos naturais, com pouco
investimento de capital e equipamentos. - Envolve extensões variáveis de terra, com os
ovinos vivendo o ano todo em campos naturais. - As benfeitorias consistem na divisão de
potreiros, em galpões e currais para manejo
57O sistema intensivo
- O sistema intensivo de criação de carneiros
consiste no máximo aproveitamento das pastagens,
com rotação e maior lotação de animais por área. - Esse sistema requer assistência constante, mais
trabalho e investimento em instalações do que
numa criação extensiva
58Nutrição - Cordeiro
- Para cordeiros com idade até 50 dias e desmame
nessa idade, sugere-se a mistura com os seguintes
ingredientes Silagem de milho 58,00 Milho
desintegrado 18,44 Farelo de soja 22,61
Calcário calcítico 0,59 Sal comum (NaCl) 0,36
Total 100 - O consumo de matéria seca é de 0,6 kg/animal/dia
- Desmame Em criação extensiva, é aos 90 dias de
vida, aproximadamente. Em criação intensiva,
utilizando-se o creep feeding, é aos 45 dias - Abate A melhor idade é o ponto ótimo de
acabamento da carcaça, aproximadamente aos 5
meses de idade. A ocorrência desse ponto ótimo
varia com a raça, sendo algumas mais precoces e
outras mais tardias. Depois do ponto ótimo,
ocorre um período de menor desenvolvimento
muscular, o que aumenta o custo.
59Nutrição - Gestação
- No terço final da gestação, ocorre o maior
crescimento fetal. - Por isso, as necessidades nutricionais aumentam
muito. - Nos últimos 45 dias, ocorre uma diminuição
significativa da capacidade de ingestão de
alimentos, causada pela compressão exercida pelo
feto no rúmen, recomendando-se o fornecimento de
forrageiras com menor teor de umidade e
concentrados com maiores teores de energia. - Na falta desses nutrientes, recomenda-se um
piquete com forrageiras cultivadas, de elevado
valor nutricional.
60Reprodução
- A melhor época para acasalar o rebanho ovino é o
fim do verão e início de outono, quando ocorre a
sincronização natural de cios, motivada pela
diminuição do número de horas de luz por dia,
resultando no nascimento de cordeiros durante a
primavera, com pouca diferença de idade, o que
proporciona lotes uniformes para comercialização
nas festividades de Natal e Ano Novo. - As ovelhas em cio são identificadas pelo
comportamento inquieto e pela aparência externa
da vulva, que fica em tom rosado e com muco
cristalino. - A ovelha em cio procura o macho, sendo possível
observar alguns sinais característicos, como
virar a cabeça sobre o flanco em direção ao
carneiro, sacudir a cauda e seguir o macho,
geralmente em grupos
61Características das Raças
- Uma raça é caracterizada pela semelhança
transmitida por hereditariedade entre os
indivíduos. - Os caracteres transmitidos são
- Morfológicos (características visíveis e
palpáveis como conformação, pelagem, etc). - Fisiológicos (relativos a temperamento, instinto,
prolificidade, precocidade, etc). - Econômicos (aptidão leiteira, laneira, carniceira
ou peleteria).
62Reprodução
- O período de acasalamento sob monta natural dura
aproximadamente 42 dias, para proporcionar um
mínimo de três repetições de cio, garantindo
assim, que se obtenha um número máximo de
cordeiros e se evite possíveis problemas para o
carneiro. - A idade para início de reprodução das borregas
varia conforme o manejo nutricional do rebanho. - Borregas com alto nível nutricional podem ser
acasaladas a partir de 7 meses de idade, mas nas
condições tradicionais de manejo reprodutivo, o
acasalamento ocorre aos 18 meses, sendo a matriz
utilizada até os 5 ou 6 anos, quando sua
fertilidade começa a declinar.
63Reprodução
- As borregas devem ser acasaladas em locais
separados das ovelhas adultas porque o período de
cio das ovelhas mais novas é ovelhas adultas
porque o período de cio das ovelhas mais novas é
mais curto e difícil de ser percebido. - Além disso, as ovelhas adultas são mais
agressivas na procura do macho, dificultando a
detecção do cio nas borregas, pelos carneiros - A indução artificial do cio é feita pela
aplicação de esponjas (buchinhas) impregnadas de
hormônio ou pela aplicação de hormônio comercial,
na mucosa vaginal, 2 dias antes do acasalamento
64Reprodução
- A duração do cio é de 30 a 36 horas, com
variações de 12 a 72 horas. O cio nas ovelhas
adultas é mais prolongado do que nas borregas.
Geralmente, no terço final do cio, ocorre a
ovulação (liberação do óvulo pelo ovário). A
repetição do cio ocorre a cada 17 dias (variando
de 14 a 19 dias) da fase reprodutiva, até a
fecundação. - No cruzamento por monta natural, os carneiros são
mantidos com as ovelhas, em piquetes, por
aproximadamente 7 semanas, sem interferência
direta do criador - Aproximadamente 60 dias antes do acasalamento,
deve-se fazer a revisão dos carneiros, com exame
andrológico, selecionando-se os que apresentam
eficiência reprodutiva, para suplementá-los com
água fresca e boa pastagem, em potreiros
sombreados. Se necessário, aparar seus cascos e
proceder ao controle parasitário e sanitário.
65Reprodução
- O período de gestação da ovelha, em condições
normais, varia de 142 a 152 dias, sendo a média
de 147 dias. - Os cuidados com recém-nascido a serem observados
são os seguintes - Secagem da lã. Tratamento do umbigo.
Aquecimento. Alimentação com colostro, se o
cordeiro tiver menos de 11 horas de vida. - A duração de um parto normal varia de 2 a 4
horas, começando com a mudança de comportamento e
terminando com a expulsão da cria. - O período de lactação de uma ovelha de duplo
propósito, em condições normais, varia de 90 a
150 dias. - A idade de desmame dos cordeiros varia conforme o
manejo. Em criações intensivas, entre o segundo e
o terceiro mês, ao passo que em criações
extensivas, o desmame é feito a partir do quarto
mês de vida. Em criações para produção de leite
ovino, o desmame ocorre entre 28 e 30 dias de
vida.
66Reprodução
- Os principais defeitos mamários adquiridos
durante a vida do animal são Tetas cortadas
durante a tosquia. Tetas obstruídas por tampão
de cera. Mamites. - O descole dos cordeiros é um procedimento de
ordem sanitária, que consiste no corte da cauda,
para evitar acúmulo de fezes ou de muco vaginal
na lã que reveste a cauda de ovinos lanados. - O momento mais adequado para se fazer o descole é
entre 24 e 48 horas de vida, aproveitando-se o
manejo de curativo do umbigo. Podem ser usadas
borrachas (anéis elastradores), formão de ferro
em brasa, corte por esmagamento com burdizo e
corte com faca afiada.
67Reprodução
- Há três métodos de castração de cordeiros
- Cirúrgico, que retira os testículos com
bisturi ou canivete. Não cirúrgico, por
esmagamento dos canais seminais utilizando-se o
burdizo. Não cirúrgico, por atrofia dos
testículos, utilizando-se anéis de borracha. - A castração é um manejo utilizado para evitar
cruzamentos indesejados no rebanho, quando o
abate do cordeiro for previsto para idade
superior a 6 meses. - Se os cordeiros vão ser abatidos precocemente, é
preferível deixá-los inteiros (sem castração e
descole), pois essa medida melhora a conversão
alimentar, assegurando incremento de peso
68Produtos e Tecnologias
- Os ovinos podem ser criados em gramados
decorativos, em áreas destinadas a outras
criações como bovinocultura, piscicultura e
apicultura ou integrados à agricultura e a outras
plantações como café, pomares e reflorestamento,
economizando roçadas e capinas, produzindo
estrume, um dos melhores adubos naturais para
hortas, jardins e pomares. - A carne ovina é comercializada em carcaça ou em
cortes que variam conforme a região do País. - Os cortes comerciais mais utilizados nos
supermercados são Paleta. Pernil. Costelas
com lombo. Carré. Serrote. Pescoço. - O quinto quarto da carcaça compreende as vísceras
comestíveis como fígado, rins, coração, pulmões e
língua -
69Produtos e Tecnologias
- A carne de cordeiro apresenta características
superiores de ma-ciez, sabor e pouca gordura
muscular, ao passo que a carne de ovino velho
caracteriza-se por pouca maciez, muita gordura e
sabor forte . - A carne ovina pode ser processada e transformada
em vários produtos, como charque, peças defumadas
e embutidos. - O curtimento é um processo industrial ou
artesanal, que preserva a pele pela troca da
umidade interna por íons de cromo, garantindo
amaciamento e durabilidade - Pele Astrakan é a pele de cordeirinho da raça
Karakul, obtida até 24 horas após o nascimento.,
é produzido para atender demandas da indústria de
vestuário
70Produtos e Tecnologias
- Pele decoração é a pele de ovino lanado
processada para fins decorativos. É obtida de
animais jovens, com até 6 meses de idade, antes
da primeira tosquia. - Pele hospitalar ou pele medicinal é a
classificação comercial atribuída ao
processamento com acabamento para fins
terapêuticos de peles com características
especiais relacionadas à cobertura de lã,
salientando a suavidade e a densidade das fibras
por unidade de área - A indústria classifica a lã quanto à qualidade
comercial em supra, especial, boa e corrente - A qualidade comercial da lã é avaliada conforme
as características de finura (espessura),
suavidade, cor, comprimento de mecha e
uniformidade das ondulações das fibras. - Os produtos são napa, napalã, forrinho, formato
e pele decoração, os quais são transformados em
artigos para vestuário, decoração ou utili-tários
71Tipos de Lã
- Lã de Velo É a cobertura de lã que reveste o
tronco de ovinos. É formada pela união de fibras
alinhadas em mechas, o que permite o enrolamento
para facilitar o acondicionamento - Lã de garra é a classificação comercial para uma
lã inferior produzida na região ventral e nas
patas de ovinos lanados. - Lã de Pata é a classificação comercial para a lã
proveniente das patas de ovinos lanados - Lã de barriga é a classificação comercial para a
lã proveniente do baixo ventre - A raça Merino Australiano produz lã de qualidade
superior para a elaboração de tecidos para
vestuário - Lã naturalmente colorida é a lã de tons diversos
produzida por ação genética
72Fatores que influem na qualidade da lã
- Os fatores que influem na qualidade da lã são
- Estado nutricional (animais com deficiência
alimentar apresentam lã com pouca resistência e
fibras feltradas). - Idade (ovinos jovens tendem a possuir lã de
melhor qualidade do que os velhos, em virtude do
desgaste dos dentes e nutrição deficitária). - Sexo (restrição alimentar de ovelhas durante a
gestação e a lactação). - Verminoses e doenças diversas.
- O processo de tingimento natural utiliza o
cozimento de folhas, raízes, cascas de árvores,
grãos, sementes, flores ou frutos durante uma
hora para extração dos pigmentos e o mergulho dos
fios, em meadas, no chá fervente, por
aproximadamente 1 hora, para fixação da cor. O
enxágüe e a secagem devem ser feitos à sombra. - Para uma tecelagem de qualidade superior, a lã
deve possuir suavidade, brilho, comprimento de
mecha e resistência à tração.
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74RAÇAS DE CORTE
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83RAÇAS PARA LÃ
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86RAÇAS DE DUPLA OU MÚLTIPLA APTIDÃO
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94RAÇAS PARA PELE
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96Doenças mais comuns
- As doenças mais comuns de ovinos criados no campo
são - Clostridioses (carbúnculo e gangrena gasosa).
- Manqueira.
- Linfadenite caseosa.
- Ceratoconjuntivite.
- Intoxicações diversas.
97Predadores
- Em matilha, os cães matam os cordeiros em série,
raramente consomem a carcaça inteira, escolhendo
a parte esquelética e eliminando o conteúdo
gástrico. - As carcaças apresentam lesões disseminadas,
podendo-se observar animais ou carcaças com
vestígio de lama e cordeiros mortos junto a
fontes de água. - Em ataques isolados, observam-se um ou mais
cordeiros mortos, cujas carcaças faltando a
cabeça ou algum membro, ou apenas a existência de
um membro no local da predação
98Exercício de Fixação
- Manejo
- Instalações
- Raças
- Alimentação por fases
- Reprodução
- Aspectos Sanitários ( doenças)