Title: Inconsciente
1Inconsciente Símbolo - Imagem
2Quando pensamos em educação surgem diante de nós
os diversos níveis da existência humana o corpo,
as emoções e a energia, a mente e os valores .
Quando uma criança nasce, uma boa parte de
nossa preocupação se dirige para seu corpo. Mais
tarde quando a vontade e a intenção despertam,
quando ela expressa desejos mais diferenciados,
prestamos atenção em suas emoções e nos seus
impulsos vitais. Quando ela nos faz as
primeiras perguntas, tão difíceis às vezes de
responder, notamos a atividade de sua mente, a
busca de soluções, e a indagação do intelecto.
3 A Individuação, em si, é um processo natural de
amadurecimento e desdobramento inerente à psique
de todo ser humano. Seu objetivo é a inteireza,
ou seja, a realização da personalidade original
(potencial) do indivíduo. Uma educação continuada
que se prolonga por toda a vida incluindo-se aí a
auto educação. A Psique se constitui de duas
dimensões, que se complementam, mas que têm
propriedades opostas a consciência e o
inconsciente. O inconsciente é a matriz da
consciência é nele que estão os germes de novas
possibilidades de vida.
4 A consciência representa uma pequena parte da
Psique total. A história da humanidade nos
mostrou que ela é o resultado de uma
diferenciação tardia. A consciência é o estar
desperto e atento, observando e registrando o que
acontece no mundo em torno e dentro de cada um de
nós. Nossa Psique é moldada e influenciada por
experiências da humanidade em toda a sua história
de desenvolvimento. O ego humano e a consciência
são largamente definidos e moldados pelo mundo
cultural em que a pessoa cresce e é educada.
5 O inconsciente, em sua dimensão coletiva, tende
a manifestar-se através de certas imagens típicas
de natureza simbólica em certas situações da vida
do ser humano. Essas imagens referem-se a
comportamentos, percepções e sentimentos que se
manifestam quando a experiência do sujeito
consciente não é suficiente para enfrentar uma
determinada situação. Jung afirma que além de
ter uma origem individual, a fantasia criadora
dos homens se utiliza de uma camada arcaica
soterrada há muito tempo, que se manifesta em
imagens peculiares reveladas nas mitologias de
todos os tempos e de todos os povos.
6 Para Campbell a função do artista é a
mitologização do que acontece no mundo, ou seja,
a capacidade de refazer a ponte entre a
consciência e os conteúdos do Inconsciente
Pessoal e Coletivo. Como se fosse para fechar
um ciclo, depois que a consciência individual
lentamente se desprendeu do cosmos externo e da
convivência coletiva e inconsciente, formando uma
personalidade cada vez mais individual, agora
seria o momento de superar os limites desta
existência pessoal e voltar às raízes do
Inconsciente Coletivo, no cosmos interior, que
aparece nas imagens criadas .
7 A vida psíquica se dá predominantemente por
imagens. Os conceitos correspondem a uma
elaboração posterior da mente humana,
representando uma atitude analítica. A imagem
emergente une e centraliza os fatos que estão
constelados num determinado momento do processo.
A imaginação sempre foi um espaço de liberdade
que lembra eventos passados e nos permite viver o
futuro no espaço de vida do presente uma
realidade simbólica, um espaço intermediário
entre o mundo interno e o externo
8Tanto o signo como o símbolo são necessários
(para o homem), mas não devem ser confundidos
entre si. O signo é uma unidade de significado
que representa uma entidade conhecida. A partir
dessa definição, a língua é um sistema de signos,
e não de símbolos. O símbolo, por outro lado, é
uma imagem ou representação que indica algo
essencialmente desconhecido. O símbolo tem um
significado polivalente, que exprime um fato
psíquico da melhor forma possível.
9 A experiência de criar pode ter vários efeitos.
Um deles é a canalização da energia contida. A
imagem representada é a atualização de
possibilidades até então não conscientes que
passam a assumir uma forma definida. A
criatividade do artista se mostra essencialmente
na habilidade de se deslocar do nível interno
para o externo e vice versa. Ele pode se valer
de imagens internas e incorporá-las em obras
externas, refazendo esse caminho de inspiração
quantas vezes for necessário.
10 À medida que essas imagens criativas são
realizadas na obra de um artista, sua própria
personalidade pode integrar os conteúdos
simbólicos e oferecer também ao mundo à sua volta
a possibilidade de fazer o mesmo. O artista,
como genuíno porta voz do ser humano e de suas
necessidades existenciais, seria o transmissor do
mito de sua época O trabalho do artista é como
uma força da natureza, que vai além do destino
pessoal. O processo criativo é visto por Jung
como ativação inconsciente da imagem arquetípica
e sua elaboração e configuração até atingir uma
obra acabada.
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