Title: Projeto de Forma
1Projeto de Formação em Cidadania para a Saúde
Temas Fundamentais da Reforma Sanitária
- Tema Atenção Primária à Saúde seletiva ou
coordenadora de cuidados? - Profª. Ligia Giovanella
- Data 15 a 17 de setembro de 2011
- Local Escola de Saúde Pública do Ceará
- Realização
2Atenção primária à saúde no BrasilAtenção
Básica Estratégia Saúde da Família
Ligia Giovanella - ENSP/Fiocruz
3Sessão 3. Políticas de APS no Brasil
- Antecedentes históricos
- Conceitos APS/Atenção Básica no Brasil
- Atenção Básica e Estratégia Saúde da Família
- Implementação da ESF
- Desafios para a atenção primária como
coordenadora dos cuidados em saúde no Brasil APS
como porta de entrada aberta e resolutiva e
ordenadora de uma rede integral e integrada no
SUS - Financiamento
- Integralidade
- Integração à rede assistencial
- Ação comunitária e intersetorialidade
- Valorização dos profissionais de APS e formação
adequada para APS
4www.rededepesquisaaps.org.brprimavera da Saúde
- Embalados pela força de mudança que mais uma vez
se mostra viva e inspirados pelas várias
primaveras revolucionárias de nossa história,
movimentos e entidades que lutam pelo direito à
saúde e defendem o SUS anunciam a Primavera da
Saúde - uma grande jornada de lutas e
mobilizações em defesa da saúde pública
brasileira, que alcance os quatro cantos do
Brasil e produza a virada necessária para tornar
a saúde um direito efetivo para todos os cidadãos
brasileiros. "Vamos incendiar corações e mentes
em defesa do direito à saúde, vamos fortalecer o
movimento pela regulamentação da EC29 que essa
emenda traga, efetivamente, os recursos
necessários ao pleno desenvolvimento do SUS. Com
as flores da mudança na mente, vamos produzir a
Primavera na Saúde, com a qual sonhamos e pela
qual lutamos! Com a história na mão, vamos embora
fazer acontecer a hora é agora, saúde -
prioridade para o Brasil!". - atividades e a propor atividades novas.
5Agenda da Primavera da Saúde
- 20/9 - Reunião da Comissão Geral da EC 29, com a
presença de ministros, governadores, prefeitos,
entidades e empresários (Câmara dos Deputados)
21/9 - Reunião com governadores (Câmara dos
Deputados) 27/9 - Ato da Primavera da Saúde
(Palácio do Planalto) 28/9 - Votação da EC 29
(Câmara dos Deputados) - Para mais informações
- Visite o site http//www.primaveradasaude.net.br/
- Assine a petição pública Eu apóio a
primaveradasaude e a regulamentação da EC29 - Siga no Twitter _at_primaveradasaude
- Veja o vídeo-boletim semanal http//www.livestrea
m.com/saudecomdilma/video?clipIdpla_01343a28-8534
-4e19-945e-21183be3609b - Conheça o cordel http//www.youtube.com/watch?fea
tureplayer_embeddedvUTZ3tDNnhOs! - Email para contato primaveradasaude_at_gmail.com.
6Antecedentes Atenção primária à saúde no Brasil
7Antecedentes Atenção primária no Brasil
- Anos 1920 primeiros centros de saúde voltados
para o controle de doenças selecionadas
sanitarismo campanhista Rio de Janeiro - Anos 1940 Serviço Especial de Saúde Pública
serviços de APS que articulavam prevenção e
tratamento para doenças infecciosas e carenciais - Anos 1960 SES - Centros de saúde programas de
saúde públicas especialmente focalizados no grupo
materno infantil - Expansão nos anos 1970
- região nordeste PIASS aumento importante das
UBS - medicina previdenciária ambulatorial
especializada - Expansão nos anos 1980 Ações Integradas de
Saúde - Nova República - Simultaneamente, difundem-se também experiências
de saúde comunitária em diversos municípios do
país com governos eleitos de oposição ao regime
militar influenciadas por egressos do Programa
de Residência Médica em Medicina Geral
Comunitária do Centro de Saúde Murialdo (Porto
Alegre - RS) criada em 1976 e que desde 1979
tornou-se multiprofissional.
8Antecedentes Atenção primária no Brasil
- Modelos assistenciais alternativos foram sendo
desenvolvidos para responder efetivamente às
demandas individuais e coletivas e superar o
modelo tecnicista, hospitalocêntrico e privatista
inampsiano - Em Defesa da Vida e suas estratégias de
acolhimento desde a Unicamp - Ações Programáticas de Saúde na USP,
- os Sistemas Locais de Saúde (SILOS) OPAS, Bahia
- Final década de 1980 - experiência de Agentes
Comunitários de Saúde (1987) no Ceará - parte de
programa de emergência de combate à seca
redução MI - 1991 - Criação oficial do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS) pelo MS. - PSF - Início 1994 - programa
- 1997 estratégia estruturante dos sistemas
- SUS descentralização responsabilização
governos municipais AB
9Década de 1990 implementação do SUS
- Implementação do SUS regulamentada por meio de
portarias ministeriais que definiram mecanismos
para a descentralização Normas Operacionais
Básicas do SUS (NOB 91 , NOB 93, NOB 96) - NOB 1996 (1998)
- Substitui o modelo de alocação de recursos
financeiros federais para estados e municípios
por meio de convênios e de pagamento por produção
de serviços para transferências diretas do
Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais
e estaduais - Institui o Piso de Atenção Básica (PAB) repasse
fundo a fundo per capita e incentivos financeiros
para o Programa de Saúde da Família (PSF) e
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) - Responsabilização dos governos municipais pela
Atenção Básica - PAB - incentivos federais para expansão da
cobertura de AB e mudança do modelo assistencial
- forte indução federal e adesão municípios no
ano 2000 99 dos municípios já tinham aderido e
recebiam os repasses financeiros PAB fixo
10Piso de Atenção Básica (PAB)
- PAB Fixo repasse fundo a fundo automático per
capita - R 23,00, R 21,00, R19,00 ou 18,00 per
capita/ano em 2011 - PAB Variável Incentivo Saúde da Família
- ESF modalidade 1 R 10.050,00 por equipe/mês
(baixo IDH, Amazônia) - ESF modalidade 2 R 6.700,00 por equipe/mês
- Implantação ESF modalidade 1 e 2 . R 20.000,00
por equipe implantada - PAB variável Incentivo Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) R 750,00/mês por ACS - PAB variável Incentivo Saúde bucal
- PAB variável Incentivo NASF
11Conceitos APS/Atenção Básica no Brasil
12APS/ Atenção Básica conceitos MS
- No Brasil, observa-se mudança da concepção de APS
desde a NOB 1996 primeiro nível - A Atenção Básica é um conjunto de ações, de
caráter individual e coletivo, situadas no
primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde,
voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de
agravos, o tratamento e a reabilitação. (MS,
1996)
Ligia Giovanella
13APS/ Atenção Básica conceitos MS
- Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
- APS seletiva - PSF Implantação inicial como mais um programa
voltado para extensão de cobertura assistencial - Características de seletividade nos serviços
ofertados e focalização ao priorizar populações
em situação de maior risco social (Relatório BM
1993) - A partir de 1997 estratégia estruturante dos
sistemas municipais de saúde, visando reorientar
o modelo assistencial e imprimir uma nova
dinâmica na organização dos serviços e ações de
saúde - Gradualmente ganhou importância na política
nacional até...
Ligia Giovanella
14APS / Atenção Básica conceitos MSPolítica
Nacional de Atenção Básica
- Pactos pela saúde 2006 Política Nacional de
Atenção Básica abrangente incorpora atributos
de APS propostos por Starfield (2002) - Atenção básica é entendida como um conjunto de
ações de promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação de saúde nos âmbitos individual e
coletivo realizadas por meio de trabalho em
equipe e dirigidas a populações de territórios
delimitados (MS, 2006). - Saúde da Família assumida como estratégia
prioritária- centralidade na família e
direcionada para a comunidade
Ligia Giovanella
15APS/ Atenção Básica conceitos MSPolítica
Nacional de Atenção Básica
- Ponto de contato preferencial e porta de entrada
do sistema de saúde tem como fundamentos - 1) o acesso universal e contínuo a serviços de
saúde de qualidade e resolutivos - 2) a efetivação da integralidade em suas várias
dimensões articulando - ações programáticas e de atendimento à demanda
espontânea, - ações de promoção da saúde, prevenção de agravos,
tratamento e reabilitação e - coordenando o cuidado na rede de serviços
- 3) o desenvolvimento de relações de vínculo e
responsabilização entre as equipes e a população
garantindo a longitudinalidade - 4) valorização dos profissionais de saúde
- 5) realização de avaliação e monitoramento
sistemático dos resultados e - 6) estímulo à participação popular e controle
social (MS, 200610-11).
16Estratégia Saúde da Família
- Unidade de Saúde da Família (USF)
- porta de entrada preferencial ao sistema local
- primeiro nível de atenção integração à rede de
serviços mais complexos. - Recomenda-se que cada equipe fique responsável
por ao máximo de 4.000 habitantes média 3 mil. - A ESF deve
- conhecer as famílias do seu território de
abrangência - identificar os problemas de saúde e as situações
de risco existentes na comunidade - elaborar programação de atividades para enfrentar
os determinantes do processo saúde/doença - desenvolver ações educativas e intersetoriais
relacionadas com os problemas de saúde
identificados - prestar assistência integral às famílias sob sua
responsabilidade no âmbito da Atenção Básica.
17Estratégia Saúde da Família
- Princípios
- Caráter substitutivo dos modelos assistenciais de
APS no país - programas de saúde pública
- atendimento à demanda espontânea
- Integralidade
- Intersetorialidade trabalho intersetorial,
integrando projetos sociais e setores afins,
voltados para a promoção da saúde - territorialização adscrição de clientela
- equipe multiprofissional demanda estruturada
- responsabilização e vínculo participação na
dinâmica social das famílias assistidas e da
comunidade - participação social - participação da comunidade
no planejamento, execução e avaliação das ações
18SAÚDE DA FAMÍLIA
- Composição da EqSF
- Médico (generalista?)
- Enfermeiro
- Auxiliares/ técnicos de enfermagem
- Agentes comunitários de saúde (morador - elo
entre UBS e pop - VD) - Cirurgião-Dentista
- Auxiliar de consultório dentário e/ou
- Técnico de higiene dental
19Saúde da família
- Pretende implantar novo modelo assistencial
- formas de organização das relações entre
sujeitos profissionais de saúde e usuários,
mediadas por tecnologias utilizadas no processo
de trabalho em saúde cujo objetivo é intervir
sobre problemas e necessidades de saúde
individuais e coletivas (Paim, 1998Teixeira,
2003) - Caráter substitutivo da AB tradicional organizada
por programas ou de simples atendimento à demanda
espontânea - Demanda estruturada prioridade para grupos de
risco
20Evolução da População Coberta por Equipes de
Saúde da Família Implantadas BRASIL
2004
2005
FONTE SIAB - Sistema de Informação da Atenção
Básica
21 Cobertura EqSF 2011 abril
22Abril 2011
23Número de EqSF implantadas BRASIL , 1994
abril/2011 31.981 EqSF Junho 2011 32.029 EqSF
24Evolução da população coberta EqSF, BRASIL,
1994 Junho 2011 102 milhões 53 pop total
Pop Brasil 190,7 millones de hab. - 2010
FONTE SIAB - Sistema de Informação da Atenção
Básica
25Número de Agentes Comunitarios de Saúde
implantados BRASIL, 1994 abril 2011 2011 junho
246.000 ACS
26ACS - CATEGORIA
Trabalhador do grupo da enfermagem (técnico) Trabalhador sui generis (solidária e social) (Nogueira et al 2000)
Técnico ? Relacionado ao atendimento de indivíduos e famílias, à intervenção para a prevenção de agravos ou para o monitoramento de grupos ou problemas específicos Político (ético-comunitário e transformador social) ? Vinculado à organização da comunidade, à transformação das condições de vida da população (Silva, 2001)
Pertencente à comunidade ? O ACS esta ao lado dos usuários, tendo um perfil ou desenvolvendo um papel ora social, ora cultural Pertence à equipe de saúde e ao corpo de profissionais que atuam nesse território ? O ACS desenvolve um lado institucional, mais técnico e pedagógico Nunes et al , 2002)
Técnico assistencialista ? presta serviço comunitarista ? Tende a acentuar o potencial emancipatório das ações de solidariedade, associadas ao principio da autonomia (Nogueira, 2002)
Trabalhador genérico ? Necessários em contextos onde há grave escassez de pessoal Agente Especializado? Tem como foco condições específicas com alta prevalência Paciente Perito ?Alternativa para gerenciar o tratamento de AIDS Agente Mediador da Comunidade ? Facilitadores locais, que não são ''especialistas'', são agentes treinados para capacitar as pessoas no desenvolvimento de soluções de problemas e recursos de acesso, atuando, por exemplo, na mediação entre as comunidades e os serviços burocráticos (Standing et al, 2008)
27Evolução do Número de Equipes de Saúde
Bucal BRASIL - 2001 - junho 2011 20. 763
FONTE SIAB - Sistema de Informação da Atenção
Básica
28NASF
- O NASF deve ser constituído por equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, para atuarem em parceria com os
profissionais das Equipes Saúde da Família,
compartilhando as práticas em saúde nos
territórios sob responsabilidade das ESF no qual
o NASF está cadastrado. Duas modalidades de
NASF - NASF 1 composto por no mínimo cinco das
profissões de nível superior (Psicólogo
Assistente Social Farmacêutico Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo Profissional da Educação Física
Nutricionista Terapeuta Ocupacional Médico
Ginecologista Médico Homeopata Médico
Acupunturista Médico Pediatra e Médico
Psiquiatra) vinculado de 08 a 20 Equipes Saúde da
Família - NASF 2 composto por no mínimo três profissionais
de nível superior de ocupações não-coincidentes
(Assistente Social Profissional de Educação
Física Farmacêutico Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo Nutricionista Psicólogo e
Terapeuta Ocupacional), vinculado a no mínimo 03
Equipes Saúde da Família
29Evolução do Número de Núcleos de Apoio à Saúde da
Família Implantados , BRASIL - 2008 - MARÇO 2011
30Evolução cobertura por porte populacional dos
municípios , 2003- 04/2011 (90 a 32)
31Avaliação comparativa resultados AB e
ESFResultados ESF são mais positivos
- ESF - implementação diferenciada nos municípios
- Estudos recentes indicam resultados de
desempenhos mais positivos dos serviços de Saúde
da Família em comparação com aqueles de atenção
básica tradicional (Elias et al., 2006 Facchini
et al., 2006). - Estudos mostram associação positiva entre redução
de hospitalizações por condições sensíveis à
atenção primária e implementação da Estratégia
Saúde da Família (Mendonça et al 2011 Macinko et
al 2011) - relação positiva entre cobertura do PSF e redução
da MI.
32Programa Nacional da Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Atenção Básica PMAQ-AB
- Fases PMAQ
- 1 Adesão e Contratualização
- 2 Desenvolvimento
- 3 Avaliação Externa
- 4 Recontratualização
- Institui componente de qualidade do piso de
atenção básica 20 a 100
33PMAQ 2011APS conceitos MS
- A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto
de ações de saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrangem a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde, com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte na
situação de saúde e autonomia das pessoas e nos
determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades. (MS, PMAQ instrutivo 2011)
34APS/Atenção básica conceitos MSPMAQ 2011
- Princípios e diretrizes AB segundo PMAQ
- I - Territorialização e Responsabilização
Sanitária das EAB - II - Adscrição dos Usuários e Vínculo
- III - Acessibilidade, Acolhimento e Porta de
Entrada Preferencial - IV - Cuidado Longitudinal
- V - Ordenação da Rede de Atenção à Saúde A
Atenção Básica deve ser organizada como base da
Rede de Atenção à Saúde (RAS), por sua
capilaridade e lógica de trabalho, devendo
possuir papel chave na ordenação da RAS. Deve ter
cobertura populacional adequada e alta capacidade
de cuidado, e resolutividade. A maior parte dos
fluxos assistenciais, linhas de cuidado e ofertas
de apoio terapêutico e diagnóstico devem ser
elaborados e implantados a partir das
necessidades de saúde identificadas pelos
serviços de AB. - VI - Gestão do Cuidado Integral em Rede
- VII - Trabalho em Equipe Multiprofissional
35PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO DE DA QUALIDADE
FASE 3
FASE 2
FASE 4
FASE 1
Acompanhamento e Desenvolvimento
Adesão
Auto-avaliação Monitoramento, Apoio Institucional
e Educação Permanente
Avaliação Externa
Governo Estadual declara adesão
UBS declara adesão
Visita da Equipe de Avaliação Externa
Sequencia no Monitoramento dos Indicadores
Municípios/UBS aplicam o instrumento
de Auto-avaliação
Nova contratualização com Incremento de Qualidade
Ministério da Saúde Monitora Indicadores
Compostos
Comunidade e Controle Social acompanham o processo
Município assina Termo de Compromisso
Avalia Município, UBS e Satisfação dos Usuários
Grupos de Apoiadores por Região de Saúde
MSSESCOSEMS e Colegiados Regionais
Nova Auto-avaliação considerando o pactuado no
incremento da qualidade
Governo Federal Ministério da Saúde
Ministério e Estados Oferta de Educação
Permanente
Nova visita de Certificação
TEMPOS
- Ao Aderir receberá 20 do Componente de
Qualidade - Período mínimo de 2 e máximo de 6
meses para solicitar Avaliação Externa
Certificação
Período de 1 anos para nova certificação
36Desafios para a atenção primária como
coordenadora dos cuidados em saúde no Brasil APS
como porta de entrada aberta e resolutiva e
ordenadora de uma rede integral e integrada no
SUS e promotora da saúde
- Financiamento
- desfinanciamento crônico do SUS
- financiamento irrisório AB no Brasil (federal
lt40R per capita/ano) - Aumento insuficiente
- Desigualdades regionais
37Evolução dos Recursos Financeiros do PAB - Piso
de Atenção Básica BRASIL 2000 2007
(x R 1.000.000,00)
() A fração Variável é composta pelo PACS
Programa Agentes Comunitários de Saúde PSF
Programa Saúde da Família e ESB Equipes de
Saúde Bucal. () Orçamento. () Conforme PLOA
2007 FONTE Fundo Nacional de Saúde.
38Renda Per Capita MAC x PAB nos estados, exceto
estados da Amazônia Legal (2009)
39Atenção Primária à Saúde Desafio integralidade
- Desafio ESF Integralidade articular
adequadamente ações clínicas e preventivas, ações
individuais e coletivas, o atendimento à demanda
espontânea e à programada, garantindo atenção
oportuna resolutiva e de qualidade conforme
necessidades e expectativas dos cidadãos - A valorização da APS está condicionada por sua
capacidade de dar resposta às necessidades e
expectativas dos usuários-cidadãos APS centrada
nas pessoas - As expectativas dos usuários-cidadãos são de
acesso oportuno a uma atenção resolutiva de
qualidade com tratamento personalizado em
instalações adequadas incorporar as novas
classes médias requer responder a estas
expectativas - Um serviço de saúde se torna de primeiro contato,
se garante acesso oportuno, se a porta da USF é
aberta assegurando-se adequado equilíbrio entre
respostas aos agravos agudos, crônicos e aos
grupos prioritários equilíbrio entre demandas
espontânea e programada, entre ações individuais
e coletivas, prevenção e tratamento
40Atenção Primária à Saúde Desafio Integralidade
- Cada atendimento individual ao caso agudo pela
ESF deve ser uma oportunidade para atuar nas
prioridades coletivas/ ações programáticas
(promocionais e preventivas), momento de
identificação de riscos, busca ativa e
diagnóstico precoce e no agendamento rotineiro
das ações de acompanhamento - A garantia de atenção oportuna e resolutiva pelas
USF desloca a demanda dos serviços de emergência
hospitalar e de atenção especializada, e é
fundamental para o fortalecimento da SF frente às
disputas de modelo assistencial que se vislumbram
com a ampliação das unidades de pronto
atendimento e da AB tradicional - Urge a articulação com as UPAs para agilizar
atendimentos de emergência encaminhados pela SF e
para garantir o retorno dos usuários desde as
UPAs até as suas EqSF - tornando as UPAs serviço de fato complementar de
atendimento de urgências médicas que não podem
ser resolvidas na USF, e, não um serviço de
primeiro contato competitivo com a USF.
41Serviço de procura regular
- Em 1998, 71 da população brasileira fazia uso
regular de algum tipo de serviço de saúde, - em 2003 79
- em 2008 74 (IBGE/ PNAD- Saúde)
42Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios 2008
43Tabela Percentual de pessoas que fazem uso
regular de postos e centros de saúde públicos por
quintil de renda. Brasil 1998, 2003, 2008
Quintil 1998 2003 2008
Q1 58,3 57,2 49,5 37,1 12,6 70,6 69,1 61,7 46,5 16,8 76,7 72,7 65,3 51,7 20,9
Q2 58,3 57,2 49,5 37,1 12,6 70,6 69,1 61,7 46,5 16,8 76,7 72,7 65,3 51,7 20,9
Q3 58,3 57,2 49,5 37,1 12,6 70,6 69,1 61,7 46,5 16,8 76,7 72,7 65,3 51,7 20,9
Q4 58,3 57,2 49,5 37,1 12,6 70,6 69,1 61,7 46,5 16,8 76,7 72,7 65,3 51,7 20,9
Q5 58,3 57,2 49,5 37,1 12,6 70,6 69,1 61,7 46,5 16,8 76,7 72,7 65,3 51,7 20,9
Total 41,8 52,5 56,8
Fonte ICICT/Proadess. Disponível em lt
www.proadess.icict.fiocruz.brgt Observ. quintil 1
corresponde aos 20 mais pobres
44A Estratégia Saúde da Família como serviço de
procura regular, segundo famílias em quatro
grandes centros urbanos, 2008
Indicadores Aracaju Belo Horizonte Florianópolis Vitória
famílias cadastradas que procuram o mesmo serviço de saúde para assistência ou prevenção de saúde 76,4 85,0 73,8 75,6
famílias que indicam o CS ou USF como serviço de procura regular (famílias com serviços de procura regular 69,6 74,6 50,3 69,2
moradores que estiveram doentes nos últimos 30 dias atendidos no CS ou USF 41,1 54,4 32,3 47,8
de famílias cadastradas com integrantes com planos privados de saúde 29,3 36,6 43,0 40,4
Fonte Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz Pesquisa Saúde
da Família quatro estudos de caso, 2008.
45Atenção Primária à Saúde Desafio integração
- Integração da rede de serviços para assegurar a
continuidade de cuidados coordenados pela APS - A posição dos serviços da ESF como porta de
entrada preferencial vem sendo fortalecida em
diversos municípios, contudo a integração à rede
assistencial e o acesso a atenção especializada
continuam problemáticos - o que pode tornar a
existência de porta preferencial uma barreira e
não um facilitador do acesso. - Faz-se necessário conhecer e monitorar filas de
espera para referência a especialidades
comissões centrais e locais de regulação (EqSF
deve monitorar seus encaminhamentos garantir
atenção integral) atrasos nos diagnósticos
diminuem efetividade dos tratamentos - Com a intensificação dos processos regulatórios
pelas SMSs já é possível estabelecer metas de
desempenho e definição de indicadores para o
acompanhamento das filas de espera e garantias de
acesso conforme necessidade com tempos de espera
máximos admissíveis - Para que a APS possa ordenar a rede e coordenar a
atenção é necessário fortalecê-la aumentando sua
resolutividade e a credibilidade de seus
profissionais por meio da construção de
interfaces, diálogo clínico e estratégias de
educação permanentes compartilhadas por
profissionais dos vários níveis.
46Atenção Primária à Saúde agora mais do que
nuncaDesafio Integração da rede de serviços
- A fragmentação entre as redes assistenciais
públicas municipal e estadual instaladas nos
territórios, em especial das capitais, contribui
para a utilização subotimizada da oferta pública,
muitas vezes insuficiente - É necessário ampliar a oferta pública
especializada (Policlínicas, CEM) e definir novas
formas de contratualização de prestadores
privados nos quais prevaleça o interesse público - Urge a definição de políticas federais para a
atenção especializada articulada à SF na
construção das redes regionalizadas coordenadas
pela ESF rede especializada que nasça
articulada à ESF subordinada a APS
47Posição da Estratégia Saúde da Família na rede
assistencial, segundo gestores profissionais e
usuários
Indicadores Aracaju Belo Horizonte Florianópolis Vitória
Porta de entrada preferencial proposta ESF ESF ESF ESF
Implantação de ESF nos Centros de Saúde preexistentes Sim Sim Sim Sim
Profissionais médicos de especialidades básicas como apoio às ESF Sim Sim Sim Sim
Estratégias de atendimento à demanda espontânea Acolhimento e atendimento diário Acolhimento e atendimento diário Acolhimento e atendimento diversificado Acolhimento e atendimento diário
médicos e enfermeiros que concordaram muito/concordaram com a afirmativa A população procura primeiro a USF quando necessita de atendimento de saúde 92,6 89,1 87,8 83,5
Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz
48Indicadores de integração da Estratégia SF à rede
assistencial, quatro grandes centros urbanos, 2008
Indicadores Aracaju Belo Horizonte Florianópolis Vitória
Ferramenta de regulação das consultas especializadas TAS SISREG SISREG SISREG
Monitoramento de filas de espera Parcial Local e central Local e central Local e central
médicos e enfermeiros que relataram existência de uma central de marcação de consultas especializadas 90,2 99,3 89,3 92,9
médicos que afirmaram conseguir realizar sempre/na maioria das vezes o agendamento para outros serviços
Ambulatórios de média complexidade 42,9 80,6 49,2 71,5
Serviço de apoio diagnóstico e terapia 37,5 55,5 44,8 42,9
Maternidade 57,2 86,1 78,0 74,3
Internação 28,5 33,3 25,9 25,7
médicos que estimaram ser de 3 meses e mais o tempo médio de espera do paciente referenciado para consultas especializadas 44,6 61,1 73,8 34,3
Implantação de prontuários eletrônicos nas USF/USB Não Sim Sim Não
Tempo de espera pelo atendimento com o especialista estimado por usuários ESF referenciados 3 meses e mais 9,2 17,0 16,0 10,8
Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz
49Tabela Número de consultas médicas (SUS) por
habitante ao ano por região. Brasil 1996, 2001,
2003, 2005, 2007, 2008
Região 1996 2001 2003 2005 2007 2008
Norte 1,36 1,63 1,86 1,96 2,00 2,19
Nordeste 2,01 2,19 2,33 2,20 2,16 2,36
Sudeste 2,58 2,79 2,86 2,88 2,71 2,88
Sul 1,97 2,35 2,36 2,33 2,39 2,41
Centro-oeste 2,12 2,41 2,41 2,42 2,47 2,62
Total 2,21 2,44 2,53 2,50 2,43 2,59
50Tabela Médicos ativos por mil habitantes e
consultas médicas por habitante por ano. Países
selecionados 2000, 2005, 2010
Países Médicos por mil hab. Médicos por mil hab. Médicos por mil hab. Consultas médicas por hab/ano Consultas médicas por hab/ano Consultas médicas por hab/ano
Países 2000 2005 2010 2000 2005 2009
Alemanha 3,3 3,4 3,6 7,3 7,0 7,7
Áustria 3,1 3,5 4,8 6,7 6,7 6,9
Canadá 2,1 2,2 2,4 6,3 6,0 5,5
Espanha 3,2 3,8 3,8 7,8 8,1 7,5
EUA 2,3 2,4 2,4 3,7 3,8 3,9
França 3,3 3,4 3,3 6,8 6,7 6,9
Itália 4,9 3,8 3,4 6,1 7,0 -
Japão 1,9 2,0 2,2 14,4 13,8 13,2
México 1,6 1,8 2,0 2,5 2,5 2,9
Portugal 3,1 3,4 3,9 3,5 3,9 4,1
Reino Unido 2,0 2,4 2,7 5,3 5,1 5,9
Suécia 3,1 3,4 3,7 2,8 2,8 2,9
51Atenção Primária à Saúde Desafio
intersetorialidade
- Desafio Intersetorialidade Articulação com
outros setores de políticas públicas para ações
que incidam sobre os determinantes sociais - Para a efetividade da APiS é necessário
potencializar a ação comunitária das EqSFs de
modo sustentado reforçar o olhar e ação no
território - É necessário reiterar a necessidade da realização
rotineira do diagnóstico da comunidade com
produção de informação sobre a situação de saúde
e vida da população adscrita para - Informar a ação comunitária das EqSF,
- Planejar intervenções semestralmente /anualmente
- Mobilizar a população
- buscar incidir sobre os determinantes sociais dos
processos saúde-enfermidade - Fortalecer a atuação coletiva dos ACS
- ACS formados para ação coletiva X ação
comunitária individualizada apenas em VD
52Atenção Primária à Saúde agora mais do que
nuncaDesafio Intersetorialidade
- Há limites para a atuação das EqSF como
mediadoras da ação intersetorial, contudo é
imprescindível incentivar a ação comunitária das
EqSF - A atuação intersetorial é mais abrangente quando
responde a uma política municipal e a uma
modalidade integrada de atuação governamental - Desafio em construir interfaces e cooperação com
outras políticas públicas desde o nível federal
até o território local para incidir sobre
determinantes sociais e promover a saúde. - na integração de políticas municipais
- na articulação da SMS e com outras secretarias
saúde em todas as políticas - na articulação ao interior da própria SMS
- na ação comunitária das EqSF no território
- Lembrando que avaliar a qualidade das EqSF deve
também incluir a avaliação de sua ação
comunitária coletiva advocacy pela melhoria das
condições de vida no território
53Atenção Primária à Saúde Desafio Valorização
profissional
- Desafio Valorização dos profissionais de APS e
formação adequada para APS - Criação de carreira em SF e estratégias de
fixação profissional - Regularização dos vínculos através da realização
de concursos públicos e formalização das relações
de trabalho com substituição dos quadros
terceirizados e vínculos precários para todas as
categorias profissionais - Contratação por concurso público facilita adesão
e fixação, contudo não é suficiente melhora das
condições de trabalho nas USF - Investimentos do processo de qualificação e de
valorização dos trabalhadores - ACS fortalecer e ampliar a capacitação dos ACS
em educação em saúde nos programas e em ações
comunitárias coletivas - Reduzir desigualdades regionais na distribuição
de RH
Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz
54Atenção Primária à Saúde agora mais do que
nunca Desafio Valorização profissional
- As estratégias de educação continuada com
participação de profissionais dos diversos
serviços (ESF, atenção especializada, UPAs)
contribuem para aumentar a credibilidade dos
profissionais da atenção primária em saúde frente
aos especialistas, superar relações hierárquicas
e o isolamento entre atenção básica e
especializada. - É necessário desenvolver, em nível local e
nacional, estratégias para dar visibilidade ao
trabalho e promover a atuação e reconhecimento
dos profissionais das ESFs. - Maior credibilidade dos profissionais de atenção
primária frente à atenção especializada facilita - a coordenação dos cuidados pela APS,
- a constituição de vínculos e
- a efetivação das USF como serviço de procura
regular.
Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz
55Tabela Número de profissionais de saúde por
mil habitantes, por região. Brasil 2005, 2008
Região Médico Médico Odontólogo Odontólogo Enfermeiro Enfermeiro Técnico de Enfermagem Técnico de Enfermagem
Região 2005 2008 2005 2008 2005 2008 2005 2008
Norte 0,82 0,92 0,48 0,58 0,48 0,90 0,83 6,96
Nordeste 0,99 1,06 0,53 0,59 053 0,67 0,42 2,77
Sudeste 2,28 2,43 1,59 1,65 0,72 1,00 0,95 1,39
Sul 1,73 1,89 1,19 1,31 0,73 1,01 1,14 0,83
Centro-oeste 1,68 1,83 1,29 1,37 0,65 1,56 1,44 5,86
Total 1,68 1,80 1,13 1,20 0,64 0,94 0,86 2,46
Fonte Indicadores Básicos de Saúde (IDB).
Disponível em ltwww.datasus.gov.br.gt.
56Percentual dos municípios segundo as modalidades
de contratação dos profissionais de PSF no
Brasil, 2006.
Fonte Pesquisa nacional de precarização e
qualidade do emprego no PSF - 2006 - EPSM
NESCON/FM/UFMG. Conasems S Fernandes
57Características selecionadas da força de trabalho
em Saúde da Família, Quatro Centros Urbanos, 2008
Características Aracaju Belo Horizonte Florianópolis Vitória
Características
profissionais PSF estatutários
Médicos 92,9 80,6 65,6 91,4
Enfermeiros 92,4 94,7 31,4 96,5
profissionais com mais de 4 anos de tempo atuação no PSF do município
Médicos 62,5 44,4 29,5 42,9
Enfermeiros 68,2 56,0 24,3 48,0
profissionais com curso especialização em SF
Médicos 16,1 55,6 44,3 28,6
Enfermeiros 39,4 76,0 21,4 36,6
Fonte Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz Pesquisa
Saúde da Família quatro estudos de caso,
2008 Aracaju n 35 médicos, n 50 enfermeiros
BH n 72 médicos, n75 enfermeiros
Florianópolis n 61 médicos, n70 enfermeiros
Vitória n 35 médicos, n 50 enfermeiros
58PMAQ 2011
- Entre os desafios que o PMAQ pretende contribuir
para a qualificação da AB, se destacam - I - Precariedade da rede física, com parte
expressiva de UBS em situação inadequada - II - Ambiência pouco acolhedora das UBS,
transmitindo aos usuários a impressão de que os
serviços ofertados são de baixa qualidade e
negativamente direcionados à pop pobre - III - Inadequadas condições de trabalho para os
profissionais, comprometendo sua capacidade de
intervenção e satisfação com o trabalho - IV Necessidade de qualificação dos processos de
trabalho das equipes de AB, caracterizados em
geral, pela sua baixa capacidade de realizar o
acolhimento dos problemas agudos de saúde pela
insuficiente integração dos membros das equipes
e pela falta de orientação do trabalho em função
de prioridades, metas e resultados, definidos em
comum acordo pela equipe, gestão municipal e
comunidade
59PMAQ 2011
- V - Instabilidade das equipes e elevada
rotatividade dos profissionais, comprometendo o
vínculo, a continuidade do cuidado e a integração
da equipe - VI - Incipiência dos processos de gestão
centrados na indução e acompanhamento da
qualidade - VII - Sobrecarga das equipes com número excessivo
de pessoas sob sua responsabilidade,
comprometendo a cobertura e qualidade de suas
ações - VIII - Pouca integração das equipes de AB com a
rede de apoio diagnóstico e terapêutico e com os
outros pontos de atenção da Rede de Atenção à
Saúde (RAS) - IX - Baixa integralidade e resolutividade das
práticas, com a persistência do modelo de
queixa-conduta, de atenção prescritiva,
procedimento-médico-centrada, focada na dimensão
biomédica do processo saúde-doença-cuidado - XI - Financiamento insuficiente e inadequado da
AB, vinculado ao credenciamento de equipes
independentemente dos resultados e da melhoria da
qualidade.
60Atenção Básica no Brasil - desafios
- Os resultados positivos de algumas das
experiências municipais sugerem a potencialidade
de mudança no modelo assistencial, contudo, o
sucesso dependerá - manutenção de incentivos financeiros federais e
ampliação do financiamento - adequada política de recursos humanos que permita
a fixação dos profissionais de saúde e
proporcione satisfação no trabalho - ampliar a formação de médicos generalistas e
enfermeiros em APS - políticas de formação profissional e de educação
permanente adequadas para o desenvolvimento de
suas amplas atribuições em atenção primária em
saúde - além de iniciativas municipais competentes para
enfrentar a diversidade existente no país - e implementar políticas intersetoriais promotoras
da saúde