Title: Curso de Derivativos Aplicados Apostila B
1Curso de Derivativos AplicadosApostila Básica
- Caio Ibsen Rodrigues de Almeida
- Ibmec-RJ
- 12/09/2005
2Tópicos por Aula
- Introdução aos Futuros e Opções.
- 2. Limites para Preços de Opções e Paridade
Put-Call - 3. O Modelo Binomial
- 4. O Modelo de Black Scholes
- 5. Opções sobre Dólar e IDI
- Gerenciamento de Risco com Opções
- A Estrutura a Termo da Taxa de Juros
- O Modelo de Black, Derman e Toy para Opções de
Renda Fixa
3Aula 1 Introdução aos Futuros e Opções
4Tópicos da aula
- O que são derivativos?
- Revisão de conceitos de estatística necessários
- Exemplos de derivativos Contrato a termo de uma
ação, Futuro de DI, títulos de renda fixa. - Fatores que afetam o preço de uma opção
-
51. O que são Derivativos?
- Dependem de ativos mais básicos.
- Contratos a termo definem trocas futuras.
- Contratos futuros são semelhantes aos a termo mas
marcados a mercado frequentemente. - Opções são direitos de operações futuras.
- Como calcular/gerenciar preços de tais
instrumentos?
6Exemplo de uma Opção de Compra
- Sejam S o preço da ação, T data de vencimento da
opção, e K preço de exercício da opção. - O comprador de tal opção tem o direito de comprar
uma unidade da ação no instante T por K unidades
financeiras. - Isto significa que a opção paga
no seu vencimento. - Qual deve ser o prêmio desta opção?
7Ainda sobre a opção de compra
- Suponha que o valor de K seja 60, r 0.17 e que
seja igual a - 55 - Neste caso a opção paga...
- 62 - Neste caso a opção paga...
- 60 - Neste caso a opção paga...
- 70 - Neste caso a opção paga...
- Quanto vale a opção em cada estado da natureza?
- E se estes fossem todos os estados da natureza,
como vc calcularia o preço da opção? -
82. Preços e Fatores de Risco Variáveis
Aleatórias
- O que é uma variável aleatória?
- Seja o espaço probabilístico
composto por espaço amostral, sigma-álgebra de
eventos e medida de probabilidade. - é uma variável aleatória, ou
seja, uma função que leva cada ponto do espaço de
amostras em um número real. - O uso destas variáveis facilita as contas em
probabilidade.
9Variável Aleatória Exemplo I
- Considere o seguinte experimento Lançar um dado
com 6 faces para cima e observar a face superior. - O espaço amostral é composto por todos os
possíveis estados do universo, que neste evento
são representados por w1,w2,...,w6, onde wi
significa número observado é i. - Alguns possíveis eventos Número observado é par,
é 1, é maior que 3, ... - Qual a probabilidade de w2? E de w2,w4,w6?
- .
Estas são exemplos de V.A.s.
10Variável Aleatória Exemplo II
- Fixada a data t, seja S(t)12 o preço de uma ação
em t, e S(t1) o preço desta ação no dia
seguinte, t1. Suponha que este preço pode
assumir os seguintes valores 9, com
probabilidade 20, 11 com prob. 30, se manter
igual a 12 com probabilidade de 10 e atingir 16
com probabilidade de 40. - Você é capaz de me dizer qual será o preço da
ação amanhã? - Qual é a média do preço S(t1)?
- Qual o risco que correríamos ao comprar esta
ação? - Você compraria?
11Variável Aleatória Exemplo III
- Suponha que estejamos interessados em calcular o
preço de uma opção de compra sob a ação da IBM,
com vencimento de 2 meses. Como devemos proceder? - Uma possível solução é utilizar um modelo para
apreçamento de derivativos (Black and Scholes
(1973) por exemplo) para obter o preço da call.
Quais variáveis são determinísticas neste
problema e quais são estocásticas? - Certamente o preço da ação na data de vencimento
da opção é uma variável aleatória. Existem
outras?
12Distribuição do Preço de uma Ação sob o Modelo BS
- Sob tal modelo a ação segue um movimento
browniano - geométrico
- O que é o movimento browniano?
- Processo que
- Inicia-se em zero
- Apresenta incrementos estacionários e
independentes - Para quaisquer o incremento
apresenta - distribuição normal com média 0 e variância
.
13Simulação de alguns caminhos para uma ação
seguindo o modelo de BS
- Supondo taxa livre de risco de 3 e volatilidade
de 40.
14Distribuição Normal
15Distribuição Normal
- Completamente caracterizada pela média e a
variância. - Sua densidade de probabilidades é dada por
- O que são os seguintes termos distribuição de
probabilidades e densidade de probabilidades? - A distribuição de uma V.A. X é dada por
- A densidade de uma V.A. É obtida derivando-se sua
distr.
16Relação entre a Densidade e o Cálculo de uma
Probabilidade
173. Alguns Exemplos de Derivativos
- 3.1 Futuros
- 3.2 A Estrutura a Termo da Taxa de Juros
- 3.3 Alguns Instrumentos de renda fixa Bradies,
Globals, LTN, LFT, NTN
183.1 Futuros sobre Ação
- Em geral, a relação entre o futuro de um ativo e
seu preço à vista é balizada pela taxa de juros
cobrada para o prazo de vencimento do futuro. - Quando entramos em uma posição de futuro nenhum
pagamento é realizado pois o exercício é fixado
propositalmente para que isto ocorra. - Por não arbitragem
- Onde representa o preço de exercício e
a taxa de juros para o prazo (T-t).
19Futuro de DI
- Um dos ativos de renda fixa mais importantes no
mercado brasileiro. - CDI representa a taxa de juros de curto prazo
para empréstimos interbancários. (informado pela
CETIP) - O DI é um instrumento futuro que aposta na
expectativa da taxa de curto prazo acumulada até
uma certa data futura (prazo de vencimento do
DI). - Utiliza-se para seu apreçamento um título de
referência do tipo zero cupom que paga R
100.000,00 no vencimento. - Então quando entramos em uma posição de DI com
vencimento de T anos, e o mercado oferece uma
taxa para este prazo, este ativo de referência
vale
20Futuro de DI continua...
- Os resultados da operação são marcados a mercado
diariamente através de uma conta de margem, que
utiliza diretamente o preço do ativo de
referência
21DI é como a compra de um título pré financiado a
CDI
- Investindo-se o ajuste diário a taxa de CDI do
dia obtemos o seguinte fluxo de caixa a receber
no vencimento do contrato de DI - Note que estamos pagando o CDI acumulado!
- Quando entramos no contrato a taxa justa
é aquela que gera um fluxo nulo para o
vencimento.
223.2 - Estrutura a Termo da Taxa de Juros
- Mapa que relaciona prazos de maturação à taxa de
juros cobrada em um empréstimo que dura tais
prazos. - Pode ser observável (Dis, strips) ou não
observável ( Treasuries, Brady and Global bonds). -
- fluxo de
caixa -
-
-
- -Taxa empréstimo para T anos
C2
C1
C3
C4
Ck
...
...
t1
t3
t2
...
t4
tk
23Papéis do tipo zero cupom e com cupom
- Zero cupom é um ativo vanila que paga um valor
fixo na data de vencimento. - Papel que paga cupom apresenta um fluxo mais
complexo. Exemplo Bônus do tesouro americano
24Alguns instrumentos de renda fixa
- Brady Bonds Títulos soberanos provenientes de
uma renegociação da dívida externa de alguns
países. - Eurobonds Títulos de renda fixa lançados em
mercado internacional e moeda estrangeira. - Global Bonds Eurobonds soberanos lançados em
mais de um mercado simultaneamente. - Títulos Locais LTN, NBC-E, NTN-D.
- Derivativos locais DI, DDI, FRA (BMF).
25Como calculamos o preço de um título de renda
fixa?
- É necessário conhecermos a estrutura a termo da
taxa de juros do mercado em questão. - ETTJ é uma função que relaciona a variável
maturação com a variável taxa de juros cobrada em
um empréstimo com tal duração. - Calculamos o preço descontando cada fluxo de
caixa pela taxa de juros correspondente a data de
pagamento destes fluxos.
26Exemplo C-BOND - Fluxo de Caixa
27Exemplo C-BOND
28Alguns conceitos matemáticos adotados pelo mercado
- Simplificação do tratamento de papéis com cupom.
Frequentemente assume-se que, fixado um ativo, a
estrutura a termo pode ser expressa por uma única
variável Y, que é a taxa interna de retorno do
fluxo do papel - Quais são algumas consequências desta
simplificação? - 1- Inconsistência teórica quando consideramos
mais de um ativo de renda fixa simultaneamente. - 2- Somente um único tipo de movimento para a
estrutura a termo. - 3 - Função P(Y) é convexa.
29Exemplo de preço em função da taxa interna de
retorno
30Preços de Bônus Vanila
- Ex Quando os instantes de pagamento são todos
igualmente espaçados, o preço se torna - Pergunta 1 Demonstre que o preço de um bônus que
paga ao final do i-ésimo ano o cupom crescente c
(i-1)r , tem maturação igual a n anos, valor de
face M e taxa requerida igual a Y é dado por
31Letras do Tesouro Nacional - LTNs
- Títulos pré-fixados da dívida pública (do tipo
zero) que pagam somente no vencimento. - Negociados com um prêmio de risco de crédito com
relação aos Dis.
32Notas do Tesouro Nacional - NTNs
- Títulos lançados pelo governo através de leilões
mensais - Pagam cupons semestrais indexados a diferentes
índices - Exemplos NTN-D ao dolar, NTN-C (IGP-M) e NTN-F
(Pré). - Negociada através da taxa interna de retorno que
incorpora expectativas futuras de taxa de juros
somadas a expectativasdo indexador em questão.
33Letras Financeiras do Tesouro - LFTs
- Títulos pós-fixados da dívida pública.
- Pagam indexados a SELIC deságio/ágio.
- Representam mais de 60 da dívida publica.
344. Fatores que Afetam o Preço de uma Opção
- Preço atual da ação Quando aumenta, torna uma
call mais valiosa. - Preço de exercício Efeito inverso ao do preço
da ação. - Vencimento Quando aumenta, torna mais valiosas
opções americanas. - Volatilidade do preço da ação Quando aumenta,
torna mais valiosas calls e puts. - Taxa de juros Quando aumenta, diminui o valor
de uma put e aumenta o de uma call. - Dividendos Diminuem o valor de uma call e
aumentam o de uma put.
35Aula 2 Limites para Preços de Opções e Paridade
Put-Call
36Limites Inferiores e Superiores
- São limites que quando não são respeitados
permitem aos investidores que arbitrem o mercado. - Exemplo Uma opção de compra oferece o direito de
comprar uma ação. Se em algum ponto no tempo esta
opção tiver valor superior à ação, pode-se
vendê-la e comprar a ação com sobra de capital. A
posição está coberta e recebe-se dinheiro sem
risco! - Este tipo de argumento nos permitirá definir
vários limites - Para os preços de opções.
37Notação
- S Preço atual da ação
- X Preço de exercício
- T Data de vencimento da opção
- t Hoje
- r Taxa de juros
- C preço opção de compra americana
- c preço opção compra européia
- P e p correspondentes opções de venda
- Volatilidade da ação
38Limites
- Superiores Inferiores
- Para demonstrar devemos supor que os limites
propostos não valem e construir uma carteira que
caracterize uma arbitragem!
39Exemplo de uma demonstração
- Suponha que .
- Como podemos arbitrar o mercado?
- Neste caso note que a put está barata. Vamos
então comprar a opção e comprar a ação. Como
financiamos estas compras? Tomando dinheiro
emprestado à taxa livre de risco r. Tome em
particular a quantia - No vencimento da opção se a ação vale menos do
que X exercemos a opção vendendo a ação por X,
caso contrário podemos vender a ação e receber um
valor superior a X. - Em qualquer dos dois casos pagamos a dívida com
sobra de um valor não negativo advindo da
operação estruturada.
40Paridade entre Opções de Compra e de Venda
- Quando temos duas opções com mesmo preço de
exercício X e mesmo prazo até o vencimento (T-t),
seus preços estão relacionados pela seguinte
equação - Demonstração
- Se montarmos duas carteiras
- Compra de opção de compra e investimento de
à taxa livre de risco. - Compra de opção de venda e compra de ação.
- Ambas têm o mesmo valor na data de vencimento e
portanto devem apresentar o mesmo valor na data
t.
41Aula 3 O Modelo Binomial para Opções
42Exemplo 1 Irrelevância do retorno esperado
43- Não requer a informação do retorno esperado da
ação (a probabilidade de cada estado) - Exemplifica a inovação chave da formula de
Black-Scholes, i.e., que é o retorno livre de
risco e não o retorno esperado da ação que
determina o valor da opção - Quando se relaxa as hipóteses simplificadoras e
se deixa a ação assumir vários valores ao longo
do tempo, o mesmo princípio fundamental sobre a
natureza livre de risco de uma posição de hedge
se aplica.
44Exemplo 2 (Avaliação Neutra ao Risco)
45Comentários sobre os Exemplos 1 e 2 da aula
anterior
- Note que as probabilidades foram escolhidas de
forma que o preço da ação descontado a valor
presente é um jogo justo. O que significa isto? - Significa que apesar de existirem estados da
natureza em que o jogador obtém retornos altos e
outros onde ele obtém retornos baixos, em média
seu retorno é o mesmo que o de um título de renda
fixa pré-fixado à taxa r, livre de risco. - O que será que aconteceria se as probabilidades
não fossem escolhidas desta forma? - Vamos ver...
46Jogo Viesado
- Suponha que as probabilidades de subida e de
descida do preço da ação fossem respectivamente
0.5 e 0.5 no lugar de 0.45 e 0.55. - Isto significa que estamos viesando o jogo
(compra da ação) para ter uma média acima da
média anterior, concordam? - Parece que existe então uma possibilidade de se
montar uma carteira que explore este viéz. - Note que pelo exemplo 1 escolhemos os pesos de
uma carteira composta por compra de ação e venda
de opção que reproduzia o pagamento de um título
de renda fixa de um período. - Usando estes mesmos pesos e mais a venda de um
título que paga à taxa r, construímos uma
arbitragem!
47Jogo Viesado
- De acordo com as novas probabilidades a opção
vale - No lugar de 12.5. Como a opção está cara e nós
estamos vendendo 1.33 unidades dela, parece que
nossa carteira está explorando as oportunidades
da melhor forma possível. Vamos ver? - Compra de uma ação, venda de 1.33 opções e venda
de um título de renda fixa, nos entrega um valor
positivo de 1.847 reais. - Como a carteira ação-opção sintetiza o título de
renda fixa, no vencimento não precisamos colocar
nenhum capital, implicando na arbitragem que
desejávamos obter.
48O Modelo Binomial
- Os exemplos anteriores já introduzem o conceito
de uma árvore binomial. - A idéia geral é a de um modelo de dois períodos
onde o preço da ação sobe de S para Su com
probabilidade p, ou desce para Sd com
probabilidade 1-p. - O preço da opção pode ser obtido a partir de uma
carteira que sintetiza um bônus (carteira de
hedge), ou a partir de uma média sob as
probabilidades neutras ao risco, que geram o
jogo justo para a ação.
49Obtendo-se o preço da opção
- Suponha que vamos comprar uma unidade de ação e
vender - unidades da opção de forma a sintetizar o ativo
de renda fixa. - Sabemos que por construção esta carteira vai
apresentar o mesmo valor para qualquer estado da
natureza no segundo período. - Igualando seus valores teóricos nos dois estados
da natureza no segundo período obtemos o valor de
. - Igualando-se seu preço inicial ao
valor comum obtido no segundo período, obtemos o
preço da opção
50Estendendo para múltiplos períodos
- Na prática quando desejamos apreçar opções vamos
montar árvores com vários passos intermediários
até o vencimento da opção. - Frequências típicas para o tamanho do passo são
diárias para opções de curto prazo (1 a 5 meses),
e semanais para opções de médio e longo prazo. - No entanto a idéia utilizada continua a mesma
Fixado um instante de tempo e um nó da árvore, o
preço justo em qualquer ponto é dado pelo valor
presente da média dos valores no próximo
instante, de nós adjacentes.
51Exemplo Prático de uma Árvore de três períodos
- Suponha que desejamos apreçar uma opção de venda
européia, com preço de exercício 52, para uma
ação com preço atual de 50 reais. - Assuma que o preço da ação se movimenta sofrendo
uma das seguintes alterações Ou aumenta 20 ou
diminui 20. - Calcule o preço da opção sabendo que o custo de
oportunidade é de 5 (taxa livre de risco). - E qual seria o preço se esta opção fosse
americana? - Neste caso devemos levar em conta a possibilidade
de exercício em qualquer ponto da árvore.
52Obtendo-se p,u e d a partir de dados reais
- Os valores destes parâmetros são obtidos de forma
a se fazer um matching com as características
estatísticas do preço da ação subjacente. - Estas características são representadas pelos
dois primeiros momentos, média e variância do
preço no instante t , respectivamente - Lembre-se que em média, sob o mundo neutro ao
risco, a ação rende à taxa livre de risco r. - Calculando-se estes momentos em função de p, u e
d e impondo-se uma restrição extra, de que a
árvore binomial - será recombinativa obtemos os
seguintes valores
53- Exemplo Considere uma opção de venda americana,
at the money, strike50, taxa livre de risco de
10 aa, e volatilidade do ativo de 40. Suponha
que ela vence em 5 meses. - Usando-se os dados do problema obtemos
- Construindo-se uma árvore com frequência mensal,
temos 6 períodos. - Vindo do final da árvore para o começo calculamos
o preço da opção em cada nó, e comparamos com o
valor obtido se ela for exercida.
54(No Transcript)
55Exemplo Numérico Real
56Exemplo Numérico Real
- Obtenha o preço da opção apresentada na tela da
Bloomberg por 3 métodos distintos - Fórmula de Black and Scholes
- Modelo Binomial com unidade de tempo igual a 1
dia. - Simulação de Monte Carlo com 1000 caminhos
- Usando a fórmula de Black and Scholes no Matlab
blsprice(39.3,38,0.2,19/252,0.34933) 2.5871 - No Excel, com simulações, preço 2.4775
- Pelo modelo binomial, preço ...2.5951
57Usando o modelo binomial no Matlab
- P,O
- Onde o flag1 indica call, Q representa uma taxa
contínua de pagamento de dividendos e de forma
alternativa, DIV (valores) e EXDIV (períodos onde
são pagos) são vetores que representam
pagamentos de dividendos de forma discreta ao
longo do tempo. - P contém a árvore para o preço da ação e O a
árvore para o preço da opção.
58A árvore P para o preço da ação
59A árvore O para o preço da opção
60Aula 4 O Modelo de Black Scholes
61Premissas Básicas
- O preço da ação segue um movimento browniano
geométrico. - Vendas a descoberto são permitidas.
- Não há custos de transações ou taxas.
- Não há pagamentos de dividendos durante a
existência do derivativo. - Transações podem ser realizadas continuamente.
- A taxa de juros básica é constante e a mesma para
todos os prazos de maturação. - Assumindo-se ausência de arbitragens obtemos o
preço justo dos derivativos.
62Idéia para obtenção da fórmula de apreçamento
- O movimento geométrico browniano é representado
pela seguinte Equação Diferencial Estocástica - Esta indica como o preço da ação evolui ao longo
do tempo Ele depende de uma componente
determinística que gera um rendimento contínuo à
taxa livre de risco r, e mais um termo
estocástico que depende do movimento browniano, e
devido à volatilidade constante, apresenta
distribuição normal. - A partir deste ponto, tudo o que precisamos é
obter como os preços dos derivativos variam ao
longo do tempo, usando uma equação semelhante à
anterior.
63O Lema de Ito
- Esta ferramenta é útil para nos informar quanto
varia uma função de uma variável aleatória X,
quando esta variável aleatória sofre uma pequena
variação em seu valor. - Qual a importância disto no contexto de
apreçamento de derivativos? - Através deste lema somos capazes de identificar
qual a sensibilidade do preço de um derivativo
com relação ao seu ativo subjacente. - Isto irá nos ajudar diretamente a montar
carteiras que replicam o ativo livre de risco, e
que portanto devem rendar à taxa livre de risco r.
64Motivando o Lema de Ito
- Considere a função .
- Quanto varia aproximadamente f quando t sofre uma
pequena variação de unidades de tempo? - A resposta é dada por
- Quando t2 e obtemos
, o que implica em uma variação de
0.41. - Já coma nossa fórmula aproximada obtemos uma
variação de 220.10.4, bem próxima do valor
real. - Então notamos que aproximações para variações nos
valores de uma função nos ajudam a manter-nos
informados sobre os valores da função ao longo do
tempo. - O lema de Ito nos dá estas variações quando as
variáveis são estocásticas, isto é, não
determinísticas.
65Apresentação do Lema de Ito
- Seja X um processo estocástico descrito pela
seguinte equação dinâmica - Seja uma função contínua
e diferenciável. - Então vale que
- Note que o fato de X ser estocástico e em
particular dependente de um movimento browniano
nos dá um termo extra no que seria a fórmula de
Taylor usual para aproximação da variação de uma
função!
66Obtendo-se uma carteira instantaneamente livre de
risco
- Voltando ao MGB
- Somente assumimos que o preço de uma opção, em um
dado instante de tempo t, será uma função do
preço da ação (neste instante) e do próprio
instante de tempo t - Então, aplicando-se o lema de Ito obtemos
-
67A Carteira de Hedge
- Então, observando que toda a incerteza no preço
da opção e no preço da ação está representada
pelo termo que contém o movimento browniano,
podemos montar uma carteira que - anule tal efeito, por exemplo, comprando-se
- unidades da ação e vendendo-se uma unidade
da opção. - Como esta carteira não apresenta incerteza, ela
deve render o mesmo que um ativo livre de risco. - Mas ao mesmo tempo a variação da carteira é dada
por -
Substituindo
68A Fórmula de Black Scholes
- Combinando-se as equações anteriores obtemos a
seguinte equação diferencial parcial - Para uma opção de compra que paga
a solução é dada por
69O Sorriso da Volatilidade
- A partir da fórmula de BS, e de dados observados
em mercado para taxa de juros, preço atual da
ação, e preços para opções, é possível se
inverter a fórmula obtendo-se o que é chamado de
volatilidade implícita. - O gráfico que relaciona, volatilidade implícita
(eixo y) com preços de exercício de opções de
compra (eixo x), fixados prazo de vencimento e
ativo subjacente, é denominado sorriso da
volatilidade.
70Black Scholes quando a ação paga dividendos
- Suponha que a ação pague dividendos a uma taxa
contínua q. Suponha a existência de uma ação
idêntica que não paga dividendos mas que
apresente o mesmo retorno total. Então, como o
retorno de ambas deve ser o mesmo, se a que paga
dividendos apresenta um valor final , a
que não paga deve apresentar um valor
. - Fazendo uso deste fato identificamos que a
fórmula de BS pode ser utilizada com o preço
inicial da ação descontado pela taxa dos
dividendos. - Quando os dividendos são pagos em instantes
discretos, pode-se descontá-los a valor presente,
descontá-los do preço inicial da ação, e aplicar
a fórmula de BS.
71Limites e paridade quando a ação paga dividendos
- Todos os limites superiores se mantém os mesmos
que vimos anteriormente. - Já os limites inferiores se alteram para
- Que representam exatamente os resultados
anteriores com substituído por
. - Da mesma forma a paridade put-call passa a ser
72A Fórmula de Apreçamento quando a ação paga
dividendos
- Exemplo 1
- Considere uma opção de compra européia sobre uma
ação que paga dividendos em 2 e 5 meses
respectivamente, de 0.5. O preço atual desta
ação é de 40, o preço de exercício é de 40, a
volatilidade do preço é de 0.30, r0.09, e a
opção vence em 6 meses. Qual o preço da opção? - Resp Basta usar a fórmula de BS com S
descontada do valor presente dos dividendos,
obtendo-se 3.67.
73Opçoes sobre Moedas
- Uma moeda estrangeira funciona como uma ação
pagando dividendos à taxa de juros r_f, básica da
economia estrangeira. - Então podemos apreçar opções sobre moedas
utilizando os resultados anteriores de opções
sobre ações que pagam dividendos, substituindo
qr_f. - Exemplo Considere uma opção que vale 0.043, at
the money de 4 meses sobre a libra esterlina. A
libra vale 1.6 dolares, a taxa de juros de 4
meses na inglaterra é de 11 a.a. e a taxa de 4
meses nos estados unidos é de 8 a.a. Qual a
volatilidade implícita desta opção? - Resp 14.1
74Aula 5 Opções sobre Dólar e IDIExóticas a
partir do Sorriso da Volatilidade
75Opçoes sobre Moedas
- Uma moeda estrangeira funciona como uma ação
pagando dividendos à taxa de juros r_f, básica de
economia estrangeira. - Então podemos apreçar opções sobre moedas
utilizando os resultados anteriores de opções
sobre ações que pagam dividendos, substituindo
qr_f. - Exemplo Considere uma opção que vale 0.043, at
the money de 4 meses sobre a libra esterlina. A
libra vale 1.6 dolares, a taxa de juros de 4
meses na inglaterra é de 11 a.a. e a taxa de 4
meses nos estados unidos é de 8 a.a. Qual a
volatilidade implícita desta opção? - Resp 14.1
76(No Transcript)
77Estrutura a Termo Brasileira no dia 14 de Julho
78Obtendo-se o Sorriso da Volatilidade para Opções
sobre o Dólar
- Para o dia 13 de julho de 2005, a tela da
Bloomberg apresenta os preços de opções que
vencem no dia 31 de julho, com diferentes preços
de exercícios. - Vamos utilizar o matlab para extrair qual o
sorriso da volatilidade para este mercado, ou em
outras palavras, qual a função que relaciona
volatilidades implícitas aos preços de exercício
das opções. - As opções para AGOSTO05 vencem no último dia do
mês anterior, 31/07/2005. Existem 13 dias úteis
entre as duas datas. - Pela tabela anterior da BMF o DI para AGOSTO05
apresenta taxa de 19.71
79Aplicação para uma opção exótica sobre dólar
usando-se o sorriso
- Suponha que ainda no dia 13 de julho um
investidor esteja interessado em comprar uma
opção com strike2370, que pague o valor do dólar
no vencimento se o dólar no vencimento for maior
que o strike, ou caso contrário pague 0. - Se você fosse abrir mercado para este investidor,
qual o valor mínimo que vc cobraria dele?
80Solução para o problema anterior
- Suponha que D represente o dolar. Esta opção
propõe pagar - A idéia é tentar expressar esta valor da forma
mais simples de se calcular - Então esta opção irá custar o valor de uma opção
de compra mais aquele segundo termo que pode ser
obtido por simulação, lembrando-se que o dolar
segue o seguinte processo - A volatilidade proposta para esta simulação é
então obtida a partir de uma interpolação da
curva do sorriso da volatilidade, utilizando-se
os vértices 2350 e 2400.
81Opções sobre Futuros
- Um futuro se comporta como uma ação que paga
dividendos à taxa qr. - A explicação é que quando entramos em um contrato
futuro sobre ação estamos travando o custo para
se obter a ação em uma data T em , de forma
que podemos a priori reservar o valor
trazido a valor presente e
colocá-lo em uma conta corrente rendendo ao custo
de oportunidade que este será suficiente para
honrar o compromisso futuro e obter a ação
. - Note que para obtermos basta termos
e esta é precisamente a correção que
usamos em Black and Scholes para uma ação que
paga dividendos qr.
82O Modelo de Black
- Este modelo é simplesmente uma adaptação do
modelo de Black and Scholes para opções sobre
futuros. - O ativo objeto passa a ser o futuro em questão, F
no lugar da ação, e utiliza-se a fórmula de BS
para uma ação que paga dividendos à taxa r,
obtendo-se
83Aplicação prática Calls sobre o índice IDI
84(No Transcript)
85Aula 6 Gerenciamento de Risco de
OpçõesIntrodução às Gregas de Black and Scholes
86Sensibilidade do Preço de uma Opção
- Como observamos anteriormente o preço de uma
opção é sensível a mudanças - No preço da ação
- Na taxa de juros
- Na volatilidade
- No prazo de vencimento da opção
- Através de uma análise das primeiras derivadas do
preço com relação a estas diferentes variáveis
podemos aproximar a variação do preço dada em um
curto intervalo de tempo. - Estas derivadas são denotadas por letras gregas e
são diretamente utilizadas para o gerenciamento
de risco de opções.
87O Delta de uma Opção
- Mede a sensibilidade do preço de uma opção a
variações pequenas do preço do ativo objeto. - É positivo para opções de compra (número entre 0
e 1) e negativo para opções de venda. - Que opções são mais sensíveis a variações nos
preços do ativo objeto, as dentro ou fora do
dinheiro (respectivamente in the money ou out
of the money)? - Sob o modelo de Black Scholes o delta pode ser
obtido por - Sem dividendo com dividendo moeda
futuro
88O Delta de uma Opção
- O delta de uma carteira de opções é a soma
ponderada dos deltas de cada uma das opções. - Um hedge de uma carteira baseado no delta protege
o investidor de mudanças no preço do ativo objeto
mas deixa a carteira sujeita ao risco das outras
variáveis que influenciam no preço de uma opção,
como a taxa de juros e a volatilidade. - Exemplo 1 Um banco vendeu uma opção de venda
européia com 6 meses até o vencimento, para uma
venda de 1000 libras esterlinas a uma taxa de 1.6
dólares/libra. Suponha que a libra valha
atualmente 1.62, que a taxa de juros livre de
risco na Inglaterra seja de 13 a.a., e nos
estados unidos de 10 a.a. e que a vol da libra é
de 15 a.a. - Quantas libras devem ser compradas/vendidas para
delta hedgear esta posição?
89Exemplo 2
- Exemplo Considere as cinco opções de compra
(todas sobre a mesma ação, com vencimentos
idênticos) cujas gregas estão dadas abaixo - Assuma que você seja responsável pela gestão de
riscos de derivativos em um banco brasileiro, e
que este banco vendeu exóticas (todas sobre a
mesma ação das cinco opções acima, com vencimento
idêntico), resultando em uma exposição dada pelas
gregas da tabela -
- Em um hedge delta neutro usando somente a
primeira opção (CFM-JUN), quantas opções são
necessárias? É necessário comprar ou vender estas
opções?
90Exemplos Gráficos de Deltas
- Estas opções apresentam prazo de vencimento de 1
ano, preço de exercício igual a 70, e taxa de
juros de 20 a.a. - Vols são de 30 (caso padrão) e 80 (caso de
volatilidade alta).
91Exemplos Gráficos de Deltas Opção sobre a Libra
- Estas opções apresentam prazo de vencimento de
0.5 anos, preço de exercício igual a 1.6, taxa de
juros americana de 10 a.a., Britânica de 13 - Vols são de 15 (linha azul) e 55 (linha
vermelha).
92O Theta de uma Opção
- Fixadas todas as outras variáveis, o preço de uma
opção ainda varia com a passagem do tempo. - Isto porque o tempo altera o prazo até o
vencimento das opções. - A taxa de variação do preço da opção em função do
tempo é denominada theta. - Utilizando-se do modelo de BS podemos obter
93Exemplo Gráfico do Theta de uma Opção de Compra
- Note como o theta é negativo (normalmente) e mais
pronunciado para opções perto do dinheiro.
94Exemplo Numérico
- Considere uma opção de venda européia sobre uma
ação que vence em 8 meses. O valor atual da ação
é de R 35. O preçode exercício é de R 30. A
taxa de juros é de 23 a.a. E a volatilidade da
ação é de 40. Qual o valor do theta desta opção? - Resposta -6.48. Como este valor esta expresso em
anos, para se obter a sensibilidade do preço da
opção com relação a mudança do tempo, em dias,
basta dividir tal resultado por 252, obtendo-se
0.0257 R/dias.
95O Gama de uma Opção
- Mede a taxa de variação do delta de uma opção,
sendo portanto a derivada segunda do preço da
opção com relação ao ativo objeto. - Carteiras com gamas pequenos indicam que hedges
delta-neutros não vão precisar ser reavaliados
com uma frequência muito grande. - Utilizando-se do modelo de BS podemos obter
96Exemplo do Gamma de uma Opção
- Note que este número é sempre positivo como
mostra a figura abaixo em um exemplo padrão.
97Exemplo Numérico
- Considere uma opção de venda européia sobre uma
ação que vence em 8 meses. O valor atual da ação
é de R 35. O preçode exercício é de R 30. A
taxa de juros é de 23 a.a. E a volatilidade da
ação é de 40. Qual o valor do gama desta opção? - Resposta 0.0190, o que significa na prática que
um aumento de um real no preço da ação aumenta o
delta desta opção em 0.019, representando um
aumento de 2.31 no delta.
98Relação Entre Delta, Theta, e Gamma
- Sabemos do modelo de BS, a partir da replicação
do valor de uma carteira de opções a partir do
ativo objeto e bônus de renda fixa que o valor da
carteira deve satisfazer à seguinte equação
diferencial parcial
99Aula 7 A Estrutura a Termo da Taxa de Juros
Tipos de Movimentos
100Movimentos da Estrutura a Termo
- Fato empiricamente aclamado Na grande maioria
dos mercados de renda fixa mundiais, a estrutura
a termo apresenta sua dinâmica regida por pelo
menos dois tipos de movimentos desvios paralelos
e mudanças de inclinação. - Litterman Scheinkman (1991), Almeida e outros
(2003). - Quando escrevemos variações na curva sendo
regidas por uma única variável estamos
negligenciando alguns tipos de movimentos. - Neste caso, mesmo que o hedge esteja
perfeitamente implementado, o risco de mercado
estará longe de ser eliminado. - Como então identificar os tipos de movimentos de
uma curva de juros?
101Análise de Componentes Principais e a Curva de
Juros
- Assuma conhecido um histórico contendo taxas de
juros de um mercado, para diferentes prazos de
vencimento. - Estas taxas apresentam uma estrutura de
correlação, ou seja, quando uma se modifica, as
outras seguem um certo padrão de modificação que
depende da mudança de primeira taxa considerada. - Para isolarmos movimentos completos da curva de
juros, devemos realizar uma rotação no conjunto
de taxas iniciais observadas de forma a se obter
um novo conjunto de variáveis ortogonais. - Ortogonais no sentido de que os movimentos entre
tais variáveis não são linearmente dependentes. - Estas novas variáveis são chamadas componentes
principais.
102Componentes Principais da Curva de DI
- 3 tipos de movimentos são identificados como
importantes. - Descrevem respectivamente 79, 13 e 5 dos
movimentos. - Representam aproximadamente desvios paralelos,
mudanças na inclinação e mudanças na curvatura. - Suas volatilidades são respectivamente 1.09,
0.44 e 0.26.
103Movimentos quando a curva é não-observável
- Para curvas de juros de papeis que pagam cupons o
problema da extração dos movimentos é mais
complicado - Isto ocorre porque neste caso não observamos as
taxas de juros de papeis zero cupom e estas devem
ser estimadas para que possamos identificar os
movimentos mais importantes destas curvas. - Esta dificuldade aparece em mercados de bônus
corporativos, Bradies, Globals, do tesouro
americano, etc... - Como proceder?
104Interest Rate Risk Measurement inLatin
American Emerging Markets
Using Orthogonal Polynomials
- Caio Ibsen R. de Almeida
- Antonio Marcos Duarte Junior
- Cristiano A.C. Fernandes
- Rio de Janeiro, Outubro 2001
105Tópicos
- Motivação
- Estruturas a Termo em Países Emergentes
- Estimação de VaR de uma Carteira Brasileira
- Conclusão
106Motivação
- Em geral, investimentos em mercados emergentes
apresentam níveis altos de risco. - Fundamental mensurar este risco.
- Um possível procedimento consiste em
- Definir os fatores de risco.
- Estabelescer um modelo probabilístico para estes
fatores. - Estimar suas F.D.P.s a partir de dados
históricos. - Obter a F.D.P da v.a. variação da carteira.
- Como adaptar esta sequência a mercados emergentes
de renda fixa?
107Problema
- Neste contexto, o principal fator de risco não é
observável. - Solução possível
-
- Decompor a estrutura a termo através de uma
parametrização por fatores ortogonais (Pol. de
Legendre). - Estimar a série histórica destes fatores.
- Nossos fatores de risco são obtidos a partir dos
coeficientes de Legendre e da curva dos strips
americanos. - Obtemos as distribuições de probabilidades dos
fatores por Simulação Histórica (HS Jorion
1997).
108Estrut. a Termo em Países Emergentes
- Conhecemos os fluxos de caixa e os preços de
mercado de um conjunto de ativos de renda fixa. - Desejamos estimar a sua estrutura a termo da taxa
de juros. -
- fluxo de caixa
C2
C1
C3
C4
Ck
...
...
t1
t3
t2
...
t4
tk
109Estrutura do modelo
- Estimado a partir da seguinte regressão
não-linear
110Os quatro primeiros Polinômios de Legendre
111Modelo de Rating
- Como incorporar diferentes ratings no processo de
estimação ? -
- 1. Através da função de spread
- e ainda
- 2. Modelar a função de spread como uma combinação
linear de polinômios de Legendre.
112Exemplos
- Exemplo 1 Capturando a diferença em risco de
crédito dos diferentes ratings usando somente o
fator de translação - Exemplo 2 Capturando a diferença em risco de
crédito dos mercados de Globals e Brady Bonds
usando os fatores de translação e torsão - Consequência Permite que o spread das curvas
apresente volatilidade dependente da maturação. -
113Bonds utilizados no processo de estimação
114Estimação Conjunta das Estruturas a Termo dos
Mercados de Bradies e Global Bonds Brasileiros
115Estimando o VaR de uma Carteira
- Para cada data no passado devemos
- Estimar as ETTJs de Bradies e Globals.
- Armazenar os coeficientes de Legendre.
- Em seguida
- Obter os histogramas das variações percentuais
dos coeficientes de Legendre. - Obter as distribuições de probabilidades
históricas das variações dos fatores de risco a
partir dos histogramas.
116Estimando o VaR de uma Carteira
- Simulação histórica
- A partir da distribuição conjunta dos fatores de
risco, reapreçar os ativos de renda fixa
aplicando cada cenário à estrutura a termo atual.
- O VaR das carteiras é obtido a partir dos
cenários gerados para os preços dos ativos.
117Evolução Histórica das Estruturas a Termo
Estimadas
118Um Exemplo de Fator de Legendre
119Distribuições Históricas das Variações
Percentuais dos Coeficientes de Legendre
120Distribuições Históricas das Variações
Percentuais dos Coeficientes de Legendre
121Carteiras Analisadas
- Carteira 1
- Long US 20 milhões em CBOND.
- Long US 20 milhões em DCB.
- Long US 10 milhões em GLOBAL 30.
- Short US 20 milhões em EI.
- Short US 15 milhões em IDU.
- Short US 15 milhões em GLOBAL 01.
- Carteira 2
- Long US 20 milhões em CBOND.
- Long US 20 milhões em DCB.
- Long US 10 milhões em GLOBAL 30.
- Long US 20 milhões em EI.
- Long US 15 milhões em IDU.
- Long US 15 milhões em GLOBAL 01.
122Densidade de Probabilidades dos Retornos da
Carteira 1 obtida por S.H.
123Densidade de Probabilidades dos Retornos da
Carteira 2 obtida por S.H.
124VaR Estimado para Globals e Brady Bonds Baseado
em S.H.
- Se X é v.a. que representa resultado do
investimento, então estimamos o pela
seguinte equação
125Var Estimado para as Carteiras 1 e 2 baseado em
S.H.
126Conclusão
- Modelo propõe a estimação de risco em mercados
cuja estrutura a termo da taxa de juros não é
observável. - Sugerimos a realização de testes de
estacionariedade e independência para as séries
dos fatores de risco. - Quando as hipóteses de estacionariedade e
independência são válidas, o modelo equivale à
aplicação da técnica de componentes principais. - Metodologia pode ser aplicada em análise de
risco, alocação de carteiras, imunização de
carteiras e otimização estocástica dinâmica.
127Aula 8 O Modelo de Black, Derman Toy
128Propriedades Gerais
- É um modelo para a taxa de curto prazo, nos
mesmos moldes que o modelo de Vasicek (1977) e
Hull White (1993), implementado via uma árvore
binomial. - Seu equivalente em tempo contínuo é
- onde representa a volatilidade condicional do
log da taxa de curto prazo. - O modelo é capaz de incorporar a estrutura a
termo atual e a estrutura a termo das
volatilidades dos ativos cupom-zero atuais. - A distribuição da taxa de curto prazo é
log-normal, portanto apresentando probabilidade
nula de atingir valores negativos.
129Propriedades Gerais
- Note que o modelo somente apresenta reversão à
média quando a volatilidade condicional
instantânea da log-taxa de curto prazo é
decrescente no tempo. (imposição não muito
razoável!). - Não apresenta formulas analíticas para preços de
ativos cupom-zero ou opções, se fazendo
necessária a utilização de métodos numéricos
(entre os quais árvores binomiais) para resolver
o problema de apreçamento.
130Versão Discreta Árvores Binomiais
- Árvores binomiais e modelos de taxa de juros
consistência no mundo neutro ao risco - A idéia é construir uma árvore binomial para as
taxas de curto prazo que reproduza as variâncias
e esperanças condicionais do processo seguido
pela taxa r_t sob a medida neutra ao risco. - Garante-se que os preços descontados da ativos de
renda fixa são martingais através de uma
estrutura de apreçamento na árvore onde isto é
imposto por construção. - Uma vez conhecida a árvore para r_t, o
apreçamento de bônus e derivativos é imediato.
131Árvore para a taxa de curto prazo
- A estrutura básica é mantida por uma bifurcação
em duas possibilidades, da passagem de uma
unidade de tempo - Ex Suponha que a árvore para a taxa de curto
prazo sob o mundo neutro ao risco seja dada
abaixo.
132Apreçando-se zeros quando a árvore é conhecida
- Como apreçar um papel cupom-zero de n periodos?
- Note que na data de vencimento, em todos os
possíveis estados da natureza o ativo zero paga o
valor de face (no caso 100,00). - Defina o fator de desconto
- O processo r_t está ligado a um empréstimo para o
intervalo t,tdelta_t. - O preço do bônus em um instante arbitrário t em
função de seus possíveis valores futuros é dado
por
133Apreçando-se zeros de 1 e 2 períodos
- Abaixo aparecem as árvores de precificação dos
zeros de 1 e 2 anos
134Apreçando-se um Bônus que paga cupom
- Considere um bônus que paga 10 de cupom anual,
vence em 3 anos, e apresenta valor de face de
100. - Qual seria a árvore de precificação deste Bônus?
135Apreçando-se uma Opção sobre o Bônus que paga
cupom
- Qual seria a árvore de precificação
correspondente a uma opção de compra européia
sobre este Bônus, com strike 95, e vencimento de
2 anos? - Para obter esta árvore fazemos uso da árvore do
Bônus para saber o que ocorre nos nós
correspondentes ao segundo ano.
136Algumas considerações
- Até este ponto sabemos como apreçar zeros, bônus
e opções européias sobre estes ativos,
partindo-se do pressuposto de que conhecemos a
árvore para a evolução da taxa de curto prazo. - Uma pergunta natural seria Como fazemos para
montar a árvore da taxa, de forma a
compatibilizar o modelo com as informações de
mercado? - Isto será visto na próxima sessão...