Title: Apresenta
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Intoxicação por Crack em canino da raça Pastor
Alemão SEBBEN, V. C.3 LIMBERGER, R. P.1
SCHWANTES, V.C.2 HÜNNING, P.S.2 LASTA, C.
S.2GONZÁLEZ, F.H.D.2 1Faculdade de Farmácia -
UFRGS, Porto Alegre-RS 2Faculdade de Veterinária
- UFRGS, Porto Alegre-RS. 3Centro de Informação
Toxicológica do Rio Grande do Sul- FEPPS. Porto
Alegre (RS).
A cocaína é um alcalóide extraído das folhas da
coca (Erythroxylon coca), planta originária dos
altiplanos andinos. Genericamente, a obtenção da
cocaína passa por duas etapas e origina diversos
subprodutos (figura 1). A maceração das folhas,
misturada a determinados produtos químicos,
produz uma pasta de natureza alcalina, denominada
pasta base de cocaína.
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O refino da pasta origina a cocaína em pó
(cloridrato de cocaína), apresentação mais
conhecida em nosso meio. O crack (figura 2) e a
merla são a cocaína em sua forma de base livre.
Figura 2 Crack
Figura 1 Metabolização da cocaína
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RELATO DE CASO Foi atendido no Hospital de
Clínicas Veterinárias da UFRGS, um canino, macho,
da raça Pastor Alemão, que, segundo o
proprietário havia ingerido crack há cerca de 2
horas. O animal apresentava midríase, excitação,
hipertermia, taquicardia, taquipnéia, sialorréia,
hiperemia de mucosas, incoordenação, vocalização
e espasmos musculares, evoluindo para convulsões.
Instituiu-se terapia de suporte, com
fluidoterapia, oxigenioterapia, redução da
temperatura corporal e controle das convulsões. O
animal apresentou melhora progressiva nos sinais
clínicos e teve alta 5 dias após a internação.
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ANALISES LABORATORIAIS Para a confirmação da
intoxicação por crack, foram realizados exames
laboratoriais e análises toxicológicas em
amostras de sangue urina e conteúdo gástrico do
animal. A análise por CG/EM permitiu a detecção
da presença de cocaína em amostra de vômito e
soro (figura 3 e 4).
Figura 3 Origem dos íons monitorados na reação
de derivatização da benzoilecgonina com MTBSTFA.
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Figura 4 Cromatograma de CG/EM indicando a
presença de cocaína em amostra de soro.
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EQUIPAMENTOS
CG/EM Saturno 2000 Varian Coluna
CP-SIL 8CB Low Bleed/MS (30mx0,25mmx0,25mcm)
Faixa de aquisição 50 410 Temperatura do
injetor 250ºC Interface 260C Razão
de divisão 110 Fluxo He 6.0 1mL/min
Programação do forno 70C/1min 280C /
15C/min 6min Tempo de análise 21min
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METODOLOGIA
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CONCLUSÃO A análise conjunta dos dados clínicos
e dos achados laboratoriais confirma a ingesta de
crack pelo animal.
BIBLIOGRAFIA COGNARD et al, J. Chromatogr. B.
826 (2005) 17-25. LANÇAS. Extração em fase
sólida (SPE). São Carlos Rima, 2004. 96p. NIDA
Research Monograph 73 (1986). 121 p.