Apresenta

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O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA E OUTRAS
CEFALÉIAS
ICB USP 20 de abril de 2006
Mario F P Peres Professor de Neurologia FM
ABC Professor da Pós-graduação Neurologia /
Neurociências UNIFESP Pesquisador do Instituto
Israelita de Ensino e Pesquisa
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O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA E OUTRAS
CEFALÉIAS
Cefaléias
Melatonina e Cefaléias
Enxaqueca
Fisiopatologia
Melatonina e Enxaqueca
Melatonina
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CEFALÉIAS
Cefaléias
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CEFALÉIAS
Cefaléias Primárias
 

• Enxaqueca
• Cefaléia do tipo tensional
• Cefaléia em Salvas
• Cefaléia Crônica diária
• Hemicrania Continua
• Pseudotumor cerebral

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Cefaléias Secundárias

• Cefaléia postraumática
• Cefaléia secundária a infecções
• (meningite, abscesso cerebral)
• tumores cerebrais
• aneurismas, malformações vasculares, AVC
• alterações metabólicas, substâncias
• hipertensão arterial

 
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CEFALÉIAS
A enxaqueca é reconhecida recentemente como uma
doença neurológica crônica e debilitante,
extremamente comum, que se manifesta pela
cefaléia e um conjunto de sintomas associados
de maneira recorrente
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Enxaqueca Características

• 5 crises
• Duração de 4 a 72 hs
• Pelo menos 2 dos 4 seguintes
• 1. Pulsátil
• 2. Moderada a forte intensidade
• 3. Unilateral
• 4. Piora com esforço
• D. Foto e fonofobia Nausea ou vomitos

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Enxaqueca Fases
PRODROMO AURA CEFALÉIA RESOLUCÃO
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Enxaqueca Tipos
enxaqueca sem aura, enxaqueca com aura,
enxaqueca hemiplégica esporádica e familiar,
enxaqueca basilar, oftalmoplégica, retiniana,
status enxaquecoso, infarto enxaquecoso,
enxaqueca crônica, enxaqueca cíclica.
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Enxaqueca Epidemiologia
6-8 dos homens e 14 a 20 das mulheres Mais
comum na idade produtiva (20-50 anos) aprox. 25
milhões de Brasileiros têm Enxaqueca
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Enxaqueca Epidemiologia
 
 
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Enxaqueca Epidemiologia
Mais comum na raça brancagtnegragtoriental Quanto
mais baixa renda mais frequente Apenas 50 dos
casos são diagnosticados nos EU Mais de 80 das
pessoas com incapacidade
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Enxaqueca Impacto
Uma das causas mais comuns de absenteísmo perda
média de 5 dias por ano 1 milhão de dias
perdidos na escola 150 milhões de dias perdidos
de trabalho Custo direto e indireto US 13
bilhões
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Função da DOR
- Ganho evolutivo - Mecanismo de defesa do
organismo - Sinaliza potencial lesão para que
ocorra retirada do estímulo - Adaptação do
indivíduo com meio ambiente
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Sistema DOR
Susceptibilidade individual Meio interno
Fatores desencadeantes Meio externo
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TRATAMENTO PREVENTIVO
OBJETIVOS Minimizar fatores desencadeantes Diminui
r susceptibilidade Tratar comorbidades
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
excitabilidade cortical
depressão alastrante
genética
Canal de Ca
disfunção hipotalâmica
glutamato
óxido nítrico
GABA
Melatonina Neuropeptídeos
sensitização central

deficiência de vias aminérgicas
desbalanço do complexo cervico-trigemino-vascular

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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
GENÉTICA
CANAL de CÁLCIO
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
HIPEREXCITABILIDADE CORTICAL
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
DEPRESSÃO ALASTRANTE ARISTIDES LEÃO
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
Hiperatividade da neurotransmissão
excitatória Canais de Na, Ca, glutamato Baixa
atividade da neurotransmissão inibitória GABA
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
DISFUNÇÃO VASCULAR
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
SISTEMA TRIGEMINOVASCULAR
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
SISTEMA TRIGEMINOVASCULAR HIPOTÁLAMO
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
LIBERAÇÂO DE NEUROPEPTÍDEOS, NEUROTRANSMISSORES
CGRP Bradicinina Neuropeptídeo Y VIP NO Orexina Me
latonina
Serotonina
Dopamina
Noradrenalina
GABA
Glutamato
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
SENSITIZAÇÃO CENTRAL
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
Glândula Pineal e Melatonina
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MELATONINA
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• Pineal (latim pineas) pinho

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(No Transcript)
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PINEAL - HISTOLOGIA
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O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA E
COMORBIDADES HIAE IEP - IC
MELATONINA
Melatonina (N-acetil-metoxitriptamina) Lerner et
al em 1958. indoleamina maior produto secretório
da glândula pineal
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(No Transcript)
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A glândula pineal é um transdutor
foto-neuro-endócrino.
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(No Transcript)
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MELATONINA
A melatonina é metabolizada no fígado, passa a
6-sulfatoximelatonina (6-SM), excretada na urina
como o maior metabólito da melatonina. Há
correlação importante da 6-SM urinária com o
perfil noturno de melatonina plasmática
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(No Transcript)
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MELATONINA
PAPEL BIOLÓGICO sincronização dos eventos
biológicos do meio interno com o externo, papel
modulatório em diversos sistemas e sítios de
ação. receptores MT1 e MT2 agente cronobiótico,
avanço ou retardo do ritmo biológico,
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MELATONINA
PAPEL BIOLÓGICO Eficácia jet lag, idosos com
insônia, síndrome de pernas inquietas, síndrome
comportamental do sono REM, síndrome do retardo
de fase de sono, transtorno bipolar com insônia,
fibromialgia
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MELATONINA
PAPEL BIOLÓGICO Efeito oncostático, interação
com o sistema imune, gonadotrófico, efeito
antioxidante, modulação do sistema dopaminérico,
serotoninérgico, potencialização da analgesia
opióide e nt GABA, implicação na produção de
óxido nítrico e controle neurovascular
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O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA E OUTRAS
CEFALÉIAS
FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
Melatonina
Cefaléias
Um sistema sincronizador que adapte os meios
interno e externo é um dos componentes-chave do
sistema nervoso para manter a vida
Enxaqueca- Dça adaptativa
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FISIOPATOLOGIA DA ENXAQUECA
Aspectos cronobiológicos e clínicos Dosagens em
cefaléias Mecanismos de ação Terapêutica
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CEFALÉIAS
Cefaléias e ritmos biológicos Ritmo Circadiano
(cefaléia hípnica, cefaléia em salvas,
enxaqueca), circanual (enxaqueca cíclica,
cefaléia em salvas), mensal (menstrual)
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CEFALÉIAS
ASPECTOS CRONOBIOLÓGICOS 93 pacientes (46,5)
relataram crises após mudarem seu horário de
sono. Enxaqueca crônica gt episódica. plt0,05.
28 pacientes (14) relataram trabalho em turno
trocado. 86 com piora da cefaléia. 86 pacientes
(43) relataram frequentes viagens cruzando
fusos horários. 79 com piora
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CEFALÉIAS
ASPECTOS CRONOBIOLÓGICOS Cefaléia após trabalho
em turno trocado correlacionou com fadiga e
queixas de memória. Cefaléia após viagem
cruzando fusos horários correlacionoou com
queixas de concentração e memória.
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CEFALÉIAS
ASPECTOS CRONOBIOLÓGICOS Horário de dormir
(2246 hs - 0120 hs) atrasado significante da
fase de sono (2222 hs - 0117) plt0,001, 108
pacientes (54) mudaram fase de sono -0230 hs
to 0500 hs. (75, 69) atrasaram, 33 (31)
avançaram shift gt 0200 hs em 12,5.
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CEFALÉIAS
ASPECTOS CLÍNICOS Dor unilateral em pacientes
pinealectomizados / cistos de pineal SAFS que
usaram melatonina resposta completa da dor Jet
lag / trabalhadores de turno trocado -
cefaléia Dormir muito / pouco desencadeante em
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DOSAGENS
Claustrat et al. 1989 E Plasma Níveis menores
Murialdo et al. 1994 EM Urinária Níveis menores durante as crises
Brun et al. 1995 EM Urinária Níveis menores
Peres et al. 2001 EC Plasma Pico retardado, níveis menores na insônia
Claustrat et al. 1997 SE Plasma Infusão EV alívio da dor
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DOSAGENS

• avanço do pico de Melatonina
• níveis menores em insônia
• disfunção cronobiológica
• desregulação hipotalâmica

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DOSAGENS

• pico de prolactina diminuido
• Aumento do tônus dopaminérgico
• Aumento do cortisol
• Hipertensão
• Hipercortisolemia
• Uso de corticóide

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MECANISMOS

• Antinflamatório
• Anti-oxidante
• Inibição da síntese de óxido nítrico
• Inibição da liberação de dopamina
• Estabilização de membrana celular
• Estrutura química similar a indometacina
• Potencialização GABAérgica
• Analgesia opióide
• Modulação serotoninérgica.

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O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA
HEMICRANIA CONTINUA Com variação sazonal
Peres MFP, Stiles MA, Oshinsky M, Rozen TD
REMITTING FORM OF HEMICRANIA CONTINUA WITH
SEASONAL PATTERN (circannual variation) Headache.
2001 Jun41(6)592-4.
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MECANISMOS
CAP MEL
CAP
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(No Transcript)
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CEFALÉIAS
CEFALÉIA EM SALVAS

- May 1998 Lancet PET núcleo supraquiasmático
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CEFALÉIAS
CEFALÉIA EM SALVAS
- Leone 1996 estudo duplo-cego controlado
placebo melatonina superior a placebo cefaleia em
salvas episodica. Melatonina diminuida em
pacientes vs controles Peres Rozen 2001-
Melatonina CC cronica Blau Engel 1999 Lancet
cef salvas e aumento de temperatura Peres et al
2000 Lancet temperatura / melatonina / cef
salvas

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CEFALÉIAS
TERAPÊUTICA

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TERAPÊUTICA

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CEFALÉIAS
FUTURO Melatonina na prevenção da enxaqueca /
cef salvas Variação circanual cef salvas Brasil,
EUA, europa Cefaléias em shift work, jet
lag Cistos e tumores de pineal Dosagem de
6-sulfatoxi-melatonina em cefaléia hípnica, HC e
enxaqueca crônica

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CEFALÉIAS
FUTURO MODELOS EXPERIMENTAIS Epilepsia Atividade
física Ciclo estral Privação de sono

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GRUPO DE PESQUISA
Marcelo Masruha Savio Vieira Luiz Paulo de
Queiroz Juliane Mercante Vera Guendler Felipe
Corchs Fabiano Tanuri Eliova Zukerman Regina
Mayumi Cely Oliveira