Title: Atendimento Pr
1Atendimento Pré-Hospitalar
Queimaduras Choque elétrico Parada
Cárdio-Respiratória
- Jorge Vinícius Cestari Felix
- Professor Assistente DE
- Departamento de Enfermagem
2Queimadura
- 4ª causa de morte
- Corpo trabalha com uma variação de 3oC acima ou
abaixo de 37º C. Assim, se a temperatura central
se altera além desses limites, pode haver graves
lesões ou até a morte. - O calor (energia) é transferido de uma área de
maior concentração para uma de menor concentração
mediante radiação, condução, convecção e
evaporação
3Sistema Tegumentar Pele e Anexos
Funções
- - Proteger o corpo e regular a temperatura,
- Barreira contra infecções.
- Produção de vitamina D,
- Possui terminações nervosas para o tato,
temperatura e pressão
4Causas de Queimaduras
- Térmicas- causadas pelo calor são as queimaduras
mais comuns. Podem ser provocadas por gases,
líquidos e sólidos quentes frio - Químicas - causadas por álcalis ou ácidos
- Elétricas- lesões causadas pelo trajeto da
corrente através do organismo - Radiação- raios UV, ou por radiações ionizantes
5Queimadura
- - Pode ser dividida em graus de acordo com a
profundidade - - Primeiro Grau atinge somente a epiderme.
Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da
área atingida.
Tempo de recuperação 2 a 5 dias Prognóstico
ausência de cicatrizes descoloração
temporária
6Queimadura
- - Segundo Grau Atinge a epiderme e a derme.
Caracteriza-se por dor local e formação de bolhas
dágua.
Tempo de recuperação 5 a 21 dias Prognóstico
pode deixar cicatrizes
7Queimadura
- - Terceiro Grau Atinge todo o tecido de
revestimento, alcançando o tecido gorduroso, ou
muscular, podendo chegar até o osso. - Caracteriza-se por pouca dor, pele escurecida ou
esbranquiçada, cercada por vezes de área de
eritema.
8Queimadura
Tempo de recuperação Semanas a
anos Prognóstico Normalmente requer cirurgia ou
enxerto de pele.
9Extensão da Queimadura
- - Terceiro Grau Regra dos Nove
10Gravidade
- Profundidade
- Extensão
- Envolvimento de áreas críticas
- Idade da vítima
- Presença de lesão pulmonar por inalação
- Presença de lesões associadas
- Doenças pré-existentes.
11Prioridades no cuidado às vítimas de queimaduras
- Interrupção do processo de queimadura
(OLIVEIRA,PAROLIN TEIXEIRA JR.,2007) - Controlar situação, apagando o fogo do paciente
com água, cobertor ou rolando a vítima no chão. - Remover a vítima do ambiente hostil (explosão e
gases) - Retirar roupas que não estejam aderidas, anéis,
braceletes, tornozeleiras e congêneres. - Providenciar resfriamento das lesões e de
fragmentos de roupas ou de substâncias como
asfalto que estejam sobre o corpo da vítima
12Avaliação primária e secundária
- A, B,C,D,E
- Vias aéreas ( calor seco- VAS calor úmido-VAI)-
obstrução se manifesta a medida que aumenta o
edema- vítima pode necessitar de suporte
ventilatório artificial. -
- Como suspeitar???
- Queimaduras faciais, das sobrancelhas e vibrissas
nasais, depósito de fuligem na orofaringe,
faringe avermelhada e edemaciada, escarro com
resíduos carbonáceos história de confinamento em
ambiente incendiário ou de explosão
13Queimadura -VAS
14(No Transcript)
15Cuidados com a área queimada
- Função dos curativos diminuir a dor,
contaminação e evitar perda de calor - Pequena extensão - úmidos SF frio não devem
cobrir mais de 10 da SC (as queimaduras de 3º
grau não devem ser cobertas com curativos úmidos
nas queimaduras extensas curativos úmidos podem
levar a hipotermia) - Os curativos devem ser espessos e firmes mas não
apertados
16Cuidados com a área queimada
- Nas queimaduras químicas - irrigar copiosamente a
área queimada com água corrente ou SF. - Retirar roupas e sapato da vítima.
- As substâncias químicas em pó devem ser retiradas
por escovação - Encaminhar para centro de atendimento em
queimados Transporte Rápido.
17CHOQUE ELÉTRICO
- São acidentes causados pela eletricidade, tanto a
natural (raios), como a artificial (fios,
tomadas, etc) quando atingem o corpo humano. - Podem produzir queimadura externa e interna e até
provocar parada cardíaca e respiratória,
mutilações, etc dependendo da DDP e da corrente
elétrica envolvidas.
18CHOQUE ELÉTRICO
- A ação lesiva depende do meio em que a corrente
ocorre e do tipo de corrente elétrica. - Quanto melhor condutor for o material, menor
resistência à passagem de corrente elétrica , e
portanto maior será a descarga pelo organismo. - Ex água, pés descalços, mãos desprotegidas,
roupa molhada, ferramenta de metal, etc
19Sinais sugestivos de Eletrocussão
- Confusão mental, convulsões ou perda da
consciência - Queimaduras na pele no local de entrada e de
saída da corrente elétrica no corpo - Presença de fraturas em vários locais em virtude
da contração muscular violenta provocada pela
corrente elétrica - Pulso fraco e irregular até parada
cárdio-respiratória.
20(No Transcript)
21Medidas de Primeiros Socorros
- Não tocar na vítima até que esteja separada da
corrente elétrica. - Desligar a corrente elétrica, se possível.
- Usar material não condutor para afastar o fio da
vítima.
22Medidas de Primeiros Socorros
- Certificar-se de que seus pés estão sobre
material não condutor. - OBS vítimas atingidas por raio, não retém
eletricidade e podem ser tocadas. - Avaliar a vítima
- Iniciar RCP, se necessário chamar ajuda
- Transportar a vítima para o hospital.
23Parada Cárdio-Respiratória
24RELEMBRANDO
O coração está situado no mediastino, à
esquerda da linha média, logo acima do diafragma,
alinhado entre as margens medial e inferior dos
pulmões.
25RELEMBRANDO
Pulmão esquerdo
Pulmão direito
26Sistema de condução cardíaco
27Consumo Sanguíneo do Miocárdio e Fluxo Sanguíneo
Coronariano
- O coração é um dos tecidos mais precariamente
perfundidos do corpo. - O fluxo sanguíneo pode aumentar até 10x durante o
exercício intenso. - Patologia e evolução da DAC um problema de
oferta e de consumo Angina, IAM.
28Doença Coronariana
- Aterosclerose das coronárias
29Doença Coronariana
- Aterosclerose das coronárias - Infarto
30Infarto Agudo do Miocárdio
31Fatores de Risco da Doença Cardíaca
- Fatores de risco não modificáveis
- O mais importante a idade
- Taxa de mortalidade com a idade, contudo 1
a cada 4 mortes ocorre em pessoas com menos de 65
anos - Incidência de AVC em pessoas de 55 anos ou mais,
mais que dobra a cada década.
32Fatores de risco não modificáveis
- Hereditariedade
- Antecedentes de DAC prematura em pais sugerem uma
suscetibilidade que pode ser genética. - Sexo
- Homens apresentam maior incidência de
aterosclerose coronariana do que as mulheres - Depois da menopausa aumenta o risco em mulheres.
33Fatores de risco não modificáveis
- Raça risco de incapacitação e morte por AVC em
indivíduos negros é mais que o dobro. (maior
número de fatores de risco???)
34Fatores de Risco Modificáveis
- Tabagismo
- Fumantes apresentam taxa de mortalidade por DAC
70 maior do que os não fumantes. - 1 em cada 5 mortes por doenças cardiovasculares
- Mais de 50 das dos ataques cardíacos em mulheres
de meia idade. - Risco de IAM 10 vezes mais alto em mulheres que
fumam e tomam anticoncepcionais.
35Fatores de Risco Modificáveis
- Hipertensão Arterial principal fator de risco.
- Tendência familiar
- Carga de trabalho do coração
- Maior risco de AVC
- Lesão de órgãos-alvo (coração, rins e cérebro)
36Fatores de Risco Modificáveis
- Hipercolesterolemia aterosclerose
Colesterol Nível desejado (mg/dl) Nível limite de risco alto (mg/dl) Nível de risco alto (mg/dl)
Colesterol total lt 200 200-239 240
LDL lt 130 Considerar tratamento se for 100-129 em paciente com DAC 130-159 160
HDL Normal 40-50 homens 50-60 mulheres Normal 40-50 homens 50-60 mulheres lt 35
Nível de triglicérides Normal lt 200 200-400 400-1000 gt 1000 é de risco muito alto
37Fatores de Risco Modificáveis
- Sedentarismo
- Falta de exercício está relacionada a maior
incidência de ataques cardíacos
38Fatores de Risco Modificáveis
- Obesidade
- - Risco de ataque cardíaco fatal é o triplo para
homens de meia idade com excesso de peso. - Diabetes
- Risco de DAC em homens diabéticos é 2 vezes
maior. - Em mulheres diabéticas é o triplo do das pessoas
não diabéticas. - Estresse excessivo
39Redução de Fatores de Risco Modificáveis
- Controle dos níveis pressóricos
- Controle da glicemia
- Controle dos níveis séricos de colesterol e
triglicerídeos - Controle do peso corporal
- Deixar de Fumar
- Dieta saudável
- Exercícios físicos regulares (aeróbios de baixa
intensidade)
40Exercícios Físicos Aeróbicos
41Suporte Básico de Vida (SBV)
SBV
SAVC
SBV mais
Transporte
Monitorização cardíaca
Reconhecimento e ativação do SME
Acesso intravenoso
Tratamento farmacológico
Desobstrução das VAS
Tratamento avançado das VAS
RCP (C)
Desfibrilação manual e marcapasso
Desfibrilação externa automática
Monitorização invasiva
42RCP do Adulto
- Maioria dos adultos com parada cardíaca súbita
apresenta Fibrilação Ventricular no ECG inicial. - Para essas vítimas o tempo desde a perda de
consciência até o início da RCP e desfibrilação é
o maior determinante individual de sobrevivência
43Eventos para garantir a sobrevivência da vítima
- Acesso rápido e precoce ao suporte básico de vida
(SBV) - Desfibrilação precoce
- Suporte avançado de vida
44Necessidade de Rapidez no Atendimento
- A chance de sobrevivência à parada cardíaca
diminui 7a10 para cada minuto sem atendimento -
Após 12 minutos cai para apenas 2 a 5
45Necessidade de Rapidez no Atendimento
46PARADA CARDÍACA
- Diagnóstico
- - Ausência de pulso (radial, femoral e carotídeo)
- - Pele fria, cianótica ou pálida
- - Parada respiratória
- - Incosciência
- - Midríase (frequente, mas não obrigaória)
- - Na dúvida, proceda como se estivesse em parada
cardíaca
47Sequências no Atendimento
- - Avaliação (estimular a vítima)
- - Telefonar Rápido (Ativar o SME) SAMU
- - Posicionar vítima sobre superfície dura
- - Verificar permeabilidade das V.A.S.
- - Verificar respiração
- - Iniciar massagem cardíaca (302)
- - Checar pulso a cada 2 minutos
- - Fazer o procedimento até a chegada da equipe
médica.
A, B, C, D
48AVALIAÇÃO
Ok?
Estimule a vítima Telefone rápido
49VIAS AÉREAS
A
50Ver, ouvir e sentir
B
51AVALIAÇÃO
C
Checar o Pulso
Radial, Femoral e Carotídeo
52O que fazer??
A
Abertura das Vias aéreas
Elevação do queixo Chin lift
53Sequência no Atendimento
- Iniciar respiração de Resgate
- Boca-a-boca/ Boca-nariz/ Boca estoma
54Recomendações para respiração de resgate
- Realizar 2 respirações lentas de 2 segundos cada
uma - Permita a expiração completa para diminuir a
possibilidade de distensão gástrica, regurgitação
e aspiração - Caso ofereça apenas respiração de resgate,
administre 10 12/ min (1 a cada 4-5 segundos)
55O que fazer??Sequência no Atendimento
- Localize a borda das costelas
- Siga o rebordo até a base do esterno (apêndice
xifóide)
56O que fazer??Sequência no Atendimento
- Coloque a mão por cima da outra. Os dedos podem
entrelaçados ou estendidos
- Coloque a mão acima dos dedos (na metade inferior
do esterno)
57Técnica de Compressão Correta
- Braços estendidos
- As compressões devem deprimir o esterno de 4 5
cm
- Permitir que o tórax se descomprima totalmente
antes da próxima compressão - TENTAR MANTER FREQ. DE 100/MIN
REALIZAR 30 COMPRESSÕES E 2 RESPIRAÇÕES (302)
58Eficiência daTécnica de Compressão Correta
- Compressões Torácicas
- Geram picos de PAS de 60 a 80 mmHg com baixa PAD.
- Débito Cardíaco cerca de 1/4 a 1/3 do normal.
59RCP com 2 socorristas
- Trocar quando o outro estiver cansado
- REALIZAR 15 COMPRESSÕES E 2 RESPIRAÇÕES (152)
60Reavaliação
- Após cinco ciclos de compressão e ventilação
(302), a vítima deve ser reavaliada. - Verificar o pulso carotídeo ou femoral
- Pulso ausente reiniciar RCP
- Pulso presente verificar respiração
- Vítima respirando monitorizar sinais vitais
61Reavaliação
- 5. Respiração ausente manter ventilação
artificial (10 a 12 ventilações por minuto) e
monitorizar o pulso - 6. Durante a RCP, o procedimento de reavaliação
deve ser realizado a cada poucos minutos (2) e
não interrompido mais do que três a cinco
segundos.
62Posição de Recuperação
- Pessoa inconsciente
- (exceto trauma)
- Recuperação pós parada
- A cada 30 min posicionar do lado oposto
63Medidas de desfibrilação usando DAE
- Todos os DAEs operam utilizando quatro medidas
básicas - 1. Ligue o aparelho.
- 2. Conexão conecte-o ao paciente- abra os
adesivos do desfibrilador. - Conecte os cabos do desfibrilador aos adesivos.
- Exponha a superfície adesiva.
- Conecte os adesivos (borda esternal superior
direita e apex cardíaco).
D
64(No Transcript)
65- 3. Análise coloque no modo de análise Anuncie
aos membros da equipe, analisando o ritmo
fiquem afastado. (certifique-se que não há
movimento do paciente e que ninguém está em
contato com o paciente) - Pressione o botão análise.
- 4. Choque- o aparelho choca
- Se FV/TV estiver presente, o aparelho irá
carregar para 200 a 300J e assinalar que um
choque está indicado.
66- Anuncie, choque está indicado fiquem
afastados. - Verifique se ninguém está tocando o paciente.
- Pressione o botão choque quando sinalizado.
- 5. Repita estes passos até que FV/TV não esteja
mais presente. O aparelho irá assinalar nenhum
choque indicado. Em geral, choque em seqüência
de três sem RCP ou checagem de pulso interposta.
Após uma série de três choques, execute 1 minuto
de RCP e ventilações.
67EDITORA CORPUS WWW.CORPUS EDITORA.COM.BR
68- O destino do traumatizado está nas mãos de
quem faz o primeiro curativo - Nicholas Senn, MD (1844-1908)
- Cirurgião americano (Chicago, Illinois) Fundador
da Association of Military Surgeons of the
United States