Title: Fundamentos de Electr
1Fundamentos de Electrónica
2Roteiro
- O Díodo ideal
- Noções sobre o funcionamento do Diodo
semicondutor - Equações aos terminais
- Modelo de pequenos sinais
3O Díodo Ideal
- Um díodo consiste num dispositivo capaz de
permitir a passagem de corrente num sentido e
impedir no sentido oposto.
Símbolo do díodo
Característica do díodo
Id
cátodo
ânodo
-
Vd
Vd
corrente
Id
4Modelo simplificado
Vd
Id
0,7V
- Devido ao carácter exponencial da característica
do Diodo Vd pode ser bem aproximado por 0.7V para
um grande gama de valores de Is e correntes. - A resistência rd assume normalmente valores
reduzidos
5Rectificador de corrente
Nota a massa na saída não é igual á massa na
entrada
6Fonte linear
D1
R1
R2
D3
0.5ohm
100ohm
C1
R3
T1
200uF
500ohm
311.13V 50Hz
V1
Ajuste final num programa de simulação
220 V rms
261
D2
Fonte com tensão DC de 5V e capaz de fornecer
25mV de corrente. Diodo de Zener tem 10? para
Iz20mA que necessita de uma corrente de cerca de
5mA para funcionar correctamente. Escolhendo uma
tensão de pico no secundário de 12V de forma a
distribuir cerca de 3V para oscilação no
condensador, 3V para queda de tensão na
resistência, e 1 V de queda de tensão nos diodos
temos C1 I ?t / V (25mA5mA) / 50 Hz / 3 V
200uF A resistência R2 deve ser suficientemente
pequena para fornecer os 30mA à carga mas deve
limitar ao máximo a corrente no zener (a 30mA)
quando a carga é de impedância elevada e a tensão
no condensador toma valores máximos, para limitar
a potencia dissipado por este, ou seja devemos
ter R23V/ 30mA 100 ?. Mas este assunto não é
inteiramente desta cadeira.
A resistência R2 é responsável por perdas na
fonte.
7Fonte comutada
Um exemplo muito simples de uma fonte comutada
(conversor AC/DC). Sempre que o a tensão em C2
baixe dos 5V J1 liga e desliga quando subir acima
dos 5V. O interruptor liga e desliga com uma
frequência elevada de forma a manter uma tensão
continua de 5V na saída.
8Aplicações
Porta OR
Porta AND
Circuitos limitadores Multiplicador de
tensão Formatador de Seno etc
9A Junção p-n
- Junção p-n
- É uma aproximação do diodo real.
- Constituída pela junção de dois materiais
semicondutores, tipo-p e tipo-n.
Semicondutor tipo-n
Semicondutor tipo-p
10A junção p-n em equilíbrio termodinâmico
- A junção dos dois semicondutores produz uma
corrente de difusão de electrões livres e de
lacunas de tal forma que se forma uma barreira de
potencial.
Região de depleção
E
V
-
-
p
n
-
-
Diferença de potencial, V lt 0
ND
NA
0
Campo eléctrico (E)
x
Potencial (V)
11A junção p-n em equilíbrio termodinâmico
0
Campo eléctrico (E)
x
Potencial (V)
-
Carga
0
x
Escala logarítmica
n
p
Região de depleção - W
12Região de depleção
- Devido à recombinação entre electrões e livres e
lacunas existe uma região em que a concentração
destes está bastante abaixo do restante - Região de depleção
- ou região de transição
E
Região de depleção
V
-
-
p
n
-
-
13Junção polarizada inversamente
-
- Provoca o alargamento da região de depleção e o
aumento da barreira de potencial, até bloquear a
passagem da corrente. - Funciona como um condensador cuja carga é
armazenada na região de depleção.
14Junção polarizada directamente
-
- Provoca o estreitamento da região de depleção e a
diminuição da barreira de potencial. Facilita a
passagem da corrente.
15Equações aos terminais
Vd0,7V
Tempo de vida médio
Comprimento de difusão
16Região de disrupção
- Se a tensão inversa aplicada a um díodo for muito
forte dá-se um fenómeno de disrupção, segundo o
qual o díodo passa a conduzir. Existem dois
efeitos que podem dar origem á disrupção - Efeito de Zener
- O campo eléctrico é suficientemente forte para
gerar pares electrão buraco na região de
depleção. Resulta em díodos com esta região bem
definida. - Efeito de Avalanche
- A energia cinética dos portadores minoritários
sobe a influência do campo eléctrico é suficiente
elevada para quebrar as ligações covalentes.
17Sensibilidade à temperatura
- Vbe varia cerca de -2mV/Cº para valores
semelhantes de Ic.
18Característica do Díodo(com zona de disrupção)
Id
Tensão de Disrupção (Vz)
0.7V
Vd
Disrupção
19A capacidade da junção(em polarização inversa)
- Largura variável da região de depleção
- A carga armazenada não é proporcional à tensão.
De facto a tensão aumenta aproximadamente com o
quadrado da carga.
Para pequenos sinais
20Modelo de pequenos sinais
Desde que
Id
id(t)
Vd
vd(t)
21Modelo de pequenos sinais
Fórmula de Taylor
22Análise de pequenos sinais (CA)
- Passos
- Análise de grande sinais (CC- corrente continua)
para calcular o Ponto de Funcionamento em
Repouso, PFR (Id) - Cálculo dos parâmetros do modelos de pequenos
sinais, rd. - Análise de pequenos sinais
- Anular as componentes de CC das fontes, ou seja
remover as fontes de corrente e curto circuitar
as fontes de tensão. - Substituir os componentes não lineares pelos seus
equivalente lineares para pequenos sinais - Fazer uma análise do circuito resultante
- Opcional somar as componentes de pequenos sinais
(CA) com as componentes CC.
23Modelo de alta-frequência
- Capacidade da junção
- Capacidade de difusão
Polarização inversa
Polarização directa
Carga armazenada
24Circuitos limitadores
Circuito de clamping
Duplicador de tensão
25Díodos especiais
- Schottky-barrier díodo
- Metal semicondutor tipo n
- Para dopagem elevada não se produz díodo
(contactos ohmicos) - Vd de 0.3 a 0.5V
- Muito utilizado em circuitos de Arseneto de Gálio
(As-Ga) - Varactors
- Condensadores variáveis, coeficiente m3, 4
- Photodiodes
- Díodo polarizado inversamente
- Fotões incidentes na região de depleção geram
pares electrão lacunas que transportam corrente
(sensores de luminancia) - Polarização directa corresponde às células
solares - LEDs
- A recombinação de pares electrões lacunas gera
fotões - Ledphotodiodo isolador óptico
26Modelo SPICE
Corrente de Saturação IS 10e-14 A
Coeficiente de emissão N 1
Resistência ohmica RS 0
Tensão intrinseca VJ 1 V
Capacidade da junção com polarização nula CJ0 0 F
Coeficiente de gradiente M 0,5
Tempo de transito TT 0s
Tensão de disrupção BV inf
Corrente inversa na saturação IBV 1e-10A
27Lei da junção
O aumento da energia potencial das lacunas (com o
aumento do potencial) implica uma diminuição da
energia cinética destas e a diminuição do número
de lacunas
n
p
Região de depleção - W
28Cálculo da corrente aos terminais
- No fim da região de depleção temos
Região de depleção
e
0
Como nesta zona só existe corrente de difusão (o
campo eléctrico é nulo), temos que a componente
da corrente devida às lacuna é dada por
Como a corrente de electrões ou de lacunas é
aproximadamente constante ao longo da junção,
juntando a corrente devida aos electrões livres
fica
29Cálculo da corrente aos terminais
- Notas
- Em regime estacionário (equilíbrio termodinâmico)
temos - Vd0 e v(0)0V e portanto pn(0)pn0
- Aplicar uma tensão aos terminais do díodo provoca
uma diminuição de v(x) relativamente ao que se
passa para a junção em equilíbrio termodinâmico,
resultando v(0)-Vd o que provoca um aumento de
pn(0). - O campo eléctrico no exterior da junção é pequeno
mas não será nulo devido à igualdade dos
integrais de linha do campo pelo interior e pelo
exterior da junção.