Title: DOEN
1DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
2DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
- Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa
- Ocorrem pela interação de fatores genéticos,
ambientais, microbiota intestinal e
imunorregulação de mucosa
3DOENÇA DE CROHN
4 DOENÇA DE CROHN
- Conceito
- Processo inflamatório crônico
- Transmural
- Persistente ou recidivante
- Comprometendo mucosa e também parede intestinal,
mesentério e os gânglios linfáticos - Pode ocorrer de forma descontínua
- Acometendo qualquer região do TGI
- Acometimentos extra-intestinais
-
Gastroenterologia
essencial, Renato Dani
5 DOENÇA DE CROHN
- Epidemiologia
- Incidência está aumentando
- Apresentação bimodal
- Maior pico dos 20 aos 40 anos
- Menor pico dos 60 aos 80 anos
- Acometimento semelhante entre os dois sexos
- Mais frequente em brancos
- FR mais importante predisposição familiar
-
-
Gastroenterologia essencial, Renato Dani
6 DOENÇA DE CROHN
- Fisiopatologia
- Pode ser afetada qualquer área do intestino
- Áreas descontinuamente afetadas lesão
salteada - 1ª anormalidade é o aumento dos folículos
linfóides - ?
- Ulceração aftóide
- ?
- Progride à ulcerações profundas- pedra em
calçamento -
-
-
-
Gastroenterologia essencial, Renato Dani
7- Lesões ulceradas, pseudopólipos, granulomas
8DOENÇA DE CROHN
- Fisiopatologia
- No início Dor é decorrente de obstrução
funcional, por espasmo e edema - No decorrer
- Obstrução torna-se orgânica por fibrose e
estenose - Comprometimento seroso pela inflamação transmural
lesa terminações nervosas -
Gastroenterologia
essencial, Renato Dani
9DOENÇA DE CROHN
- Quadro Clínico
- Dor abdominal
- Sintoma mais comum
- Cólica, intensa e mais presente do que na RCU
- Piora ao evacuar e pode acordar paciente pela
noite - Tendência a se localizar no quadrante inferior
direito pelo maior acometimento do íleo terminal - Acometimento ileocolônico tem maior risco de
fistulizar -
-
Gastroenterologia
essencial, Renato Dani
10DOENÇA DE CROHN
- Quadro Clínico
- Febre
- 20 a 50 dos casos
- Pelo processo inflamatório e pelas complicações
- Supuração (abscesso, fístula)
- Diarréia
- Pode acompanhar dor abdominal
- Moderada intensidade, geralmente intermitente
-
Gastroenterologia
essencial, Renato Dani
11DOENÇA DE CROHN
- Quadro Clínico
- Perda de peso
- Pode ser sintoma inicial da doença
- Várias causas
- Redução de alimentos, perdas proteicas para luz
intestinal, aumento das necessidades alimentares
não atendidas, estado de catabolismo - Déficit de crescimento e retardo da maturação
sexual - 6 a 50 dos casos de crianças
-
Gastroenterologia
essencial, Rento dani
12DOENÇA DE CROHN
- Quadro Clínico
- Doença perianal
- 15 a 40
- Pode ser a 1ª manifestação da DC
- Abscesso e fístula são os mais importantes
- Maior risco com acometimento distal da doença
- Chegando a 95 nos doentes com envolvimento retal
- Incidência aumenta com o decorrer de anos da
doença
13(No Transcript)
14DOENÇA DE CROHN
- Manifestações extra-intestinais
- As mais frequentes correlacionam-se de com ativ.
da doença - Cutânea
- Eritema nodoso, pioderma gangrenoso
- Articulações
- Periféricas- artrites
- Axiais-espondilite anquilosante e sacroileíte
- Oculares
- Conjuntivite e uveíte
- Hepáticas
- Colangite esclerosante primária
-
Doença de Crohn
intestinal manejo
15DOENÇA DE CROHN
- Diagnóstico
- Em média 1 a 6 anos
- História clínica
- dor abd intensa, noturna, diarréia
- Exame físico
- dor à palpação, com ou sem massas, fissura,
fístula ou abscesso perianal ou lesões perianais -
-
Kotze e Kotze. Dados em curitiba
16DOENÇA DE CROHN
- Diagnóstico
- Exames laboratoriais
- Cultura e parasitológico de fezes
- Hemograma
- Fase aguda leucocitose com desvio à esquerda,
linfopenia, eosinofilia moderada ou acentuada,
plaquetose. Anemia microcítica - VHS/ PCR
- Indicativo de atividade da doença
17DOENÇA DE CROHN
- Diagnóstico
- Exames laboratoriais
- Frações proteicas
- Avaliam prognóstico e prenúncio da recidiva
- Ferro, zinco, cálcio e magnésio baixos
- Testes sorológicos específicos
- ASCA
- Marcador altamente específico para DC
- Relacionado ao comprometimento do int. delgado
- Frequentemente expresso em DC de início precoce-
até 70
18DOENÇA DE CROHN
- Diagnóstico
- Exames de imagem
- RX simples de abdome
- Para suspeita de obstrução intestinal
- Seriografia
- Espessamento de mucosa, estreitamento da luz
intestinal - Enema opaco
- Não pode ser realizado na fase aguda pelo risco
de perfuração - TC e U.S.
- Podem ser usados nas crises, presença de massas
ou abscesso
19DOENÇA DE CROHN
- Diagnóstico
- Exames de imagem
- RM
- Pode ser usada em alérgicos à contraste e
gestante - Pode ser usada para se conhecer o índice de ativ.
da doença
20DOENÇA DE CROHN
- Diagnósticos
- Exames endoscópicos
- Enteroscopia
- Sangramento do delgado com falha de outros
métodos - Colonoscopia
- Confirmar suspeita clínica e coleta de biópsia
- Auxilio no diagnóstico diferencial
- Cápsula endoscópica
- Informa sobre tipo de lesão, extensão
- Realizar trânsito intestinal previamente evitando
retenção da CE em áreas de estenose
21DOENÇA DE CROHN
ÍNDICE DE ATIVIDADE DA DOENÇA DE CROHN
Número de evacuações líquidas diariamente por 7 dias X 2
Dor abdominal nenhuma0 leve1 moderada2 intensa3 X 5
Sensação de bem-estar bem0 desconfortavel1 X 7 ruim2 péssimo3 terrível4
Número de complicações X 20
Uso de loperamina ou difenoxilato não0 sim1 X 30
Massa abdominal não0 questionável 1 certeza5 X 10
Hematócrito homens 47 mulheres 42 X 6
Peso 1-peso/ peso padrão x 100 X 1
22DOENÇA DE CROHN
- Índice de atividade da doença de crohn
- Remissão quando inferior à 150
- Leve a moderada 150 a 219
- Moderada à grave 220 a 450
- Grave ou fulminante valores maiores que 450
23DOENÇA DE CROHN
- Tratamento
- Parar de fumar
- Dieta
- Retirada de lactose, sacarose
- Hipoalergênica
- Reduzida em fibra vegetal
- Casos graves nutrição parenteral total
- Medicamentoso
- Quando iniciar?
24DOENÇA DE CROHN
- Tratamento medicamentoso
- Corticosteróides
- Induzem remissão de grade maioria dos pacientes
- Ineficazes na terapia de manutenção da remissão
- Reservado para formas moderadas à graves
- Particularmente envolvimento do delgado
- Prednisona ou Prednisolona 1 a 2 mg/kg/dia
- Máximo 40 a 60 mg/dia
- Quando alcança remissão retirada gradual
- Ideal é cessar seu uso
25DOENÇA DE CROHN
- Tratamento medicamentoso
- Corticosteróides
- Deflazacort
- Glicocorticóide ativ antiinflamatória e
imunossupressora - Reduzidos efeitos diabetogênicos
- 6 a 7 mg equivalem à 5 mg de prednisona
- Na fase aguda não é tão boa quanto a prednisona
- Budesonida
- 100 vezes mais potente que cortisona
- 9 mg é tão eficiente quanto 40 mg de prednisona
- Não é indicada para manutenção
26DOENÇA DE CROHN
- Tratamento medicamentoso
- Aminossalicilatos
- Sulfasalazina
- Terapia de escolha para formas leves envolvendo o
colon - 2 a 4 g/dia até remissão 1 a 2 g/dia para
manutenção - Imunomoduladores
- 6- mercaptopurina e Azatioprina
- Opções para tratamento prolongado
- Para dependentes de corticosteroides, refratarios
à este composto ou aminossalicilatos - Supressão de MO, neutropenia, plaquetopenia,
pancreatite aguda - Metotrexate
27DOENÇA DE CROHN
- Tratamento medicamentoso
- Antimicrobianos
- Efetivos na doença perianal
- Uso principal na doença dos cólons
- Metronidazol
- Efetivo na doença fistulosa perianal
- Ciprofloxacino
- Opção para adultos intolerantes ao metronidazol
28DOENÇA DE CROHN
- Tratamento medicamentoso
- novos agentes
TNF alfa - Infliximabe
- 5 mg/kg IV em 2 horas
- Indução 3 doses (0,2 e 6 semanas)
- Possibilidade de suspender corticosteroides
- Ação favorável no fechamento de fístulas de
difícil tto - Protelar ou abolir tratamento cirúrgico
29DOENÇA DE CROHN
- Remissão
- 5 ASA
- Imunossupressores
- Azatioprina e 6-mercaptopurina
- Únicas drogas que induzem remissão clínica
- Uso mínimo de 6 meses
- Imunomoduladores
- Infliximabe benefício alcançado por até um ano
30DOENÇA DE CROHN
- Cirurgia
- 70 serão submetidos a uma cirurgia no decorrer
da vida - Emergenciais
- Oclusão intestinal, perfuração com peritonite,
abscessos abd - Ocorrem em 20 dos casos
- Pacientes crônicos
- Instabilidade clínica, manifestações
extra-intestinais de difícil controle, distúrbio
de crescimento, córtico- dependência - Abscessos perianais multiplos devem ser drenados
- Evolução
31RETOCOLITE ULCERATIVA
32RETOCOLITE ULCERATIVA
- Conceito
- Doença inflamatória
- Etiologia desconhecida, provavelmente
multifatorial - Acomete preferencialmente mucosa do reto e cólon
E - Eventualmente acomete todo cólon
- 27 dos casos há superposição entre DC e RCU
33RETOCOLITE ULCERATIVA
- Epidemiologia
- Ocorrência mundial
- Incidência de 3 a 20 casos/ano para 100.000
habitantes - Acomete ambos sexos na mesma proporção
- Tendência de ocorrer mais em mulheres
- Distribuição
- Para homens pico entre 15-35 anos e 60-70 anos
- Para mulheres 15 -35 anos
- Tendência a equiparar incidência de brancos e
negros
34RETOCOLITE ULCERATIVA
- Patogênese
- Apendicectomia
- Reduz possibilidade de desenvolver a doença
- Associada a forma clínica menos severa da doença
- Fator protetor ainda maior nos fumantes
- Fumo
- 2 a 6 vezes mais frequente em não-fumantes
- 65 desenvolvem doença ao parar de fumar
- Tendência a reativar doença quando não esta
fumando
35RETOCOLITE ULCERATIVA
- Patogênese
- Fatores genéticos
- Fatores imunológicos
- Dieta
- Infecções
36RETOCOLITE ULCERATIVA
- Classificação
- Forma leve
- Sem alteração do estado geral, diarréia discreta,
máx. 5 evacuações ao dia, períodos de acalmia - Resposta favorável ao tratamento clínico
- Forma moderada
- Alterações discretas do estado geral, evacuações
líquidas com sangue e pus, 5 a 10 episódios/dia,
raros períodos de acalmia - Resposta favorável ao tratamento clínico
- Capacidade laborativa geralmente diminuida
37RETOCOLITE ULCERATIVA
- Classificação
- Forma grave
- Grave comprometimento do estado geral, evacuações
líquidas ou pastosas com sangue, pus, incontáveis
exonerações diárias, sem períodos de acalmia - Febre, dor abdominal, tenesmo acentuado, astenia,
anorexia, emagrecimento, anemia, proteinopenia,
desidratação - Lesões endoscópicas e radiológicas são intensas e
extensas - Baixa resposta ao tratamento clínico
- Incapazes para o trabalho de maneira geral
- Podem surgir complicações sérias
38RETOCOLITE ULCERATIVA
- Quadro clínico
- Sintomas variáveis
- Dependem da intensidade e extensão da doença
- QC pode ser insidioso ou abrupto
- Evolução com surtos de remissão e períodos de
acalmia - Diarréia
- Inúmeras evacuações ao dia
- Fezes líquidas misturadas com sangue, muco e pus
39RETOCOLITE ULCERATIVA
- Quadro clínico
- Fase aguda
- Dor em cólica, febre, perda de peso, mal-estar
- 75 apresentam remissão completa do quadro
- 5 a 15 apresentarão sintomas contínuos
- 5 a 10 apresentarão um surto, sem sintomas nos
próximos 15 anos
40RETOCOLITE ULCERATIVA
- Manifestações extra-intestinais 20
- Artrite ou artralgia
- 10 a 20
- Não produz deformidades, migratória, assimétrica
- Sacroileite ou espondilite anquilosante
- Primeira manifestação da doença
- Pele e mucosa
- 4 a 20
- Aftas acompanham atividade da doença
- Eritema nodoso
- Pioderma gangrenoso
41RETOCOLITE ULCERATIVA
- Manifestações extra-intestinais
- Oculares
- 1 a 10
- Episclerite, uveíte, irite
- Podem preceder início dos sintomas intestinais
- Não tem relação com atividade da doença
- Hepático
- 15 a 50
- Colangite esclerosante
42(No Transcript)
43- A sinovite B entesite
C episclerite - D pioderma gangrenoso E
eritema nodoso
44RETOCOLITE ULCERATIVA
- Diagnóstico
- Exames laboratoriais
- Avaliação global do paciente
- Avaliar grau de atividade da doença
- Alterações mais frequentes
- Anemia ferropriva, leucocitose, plaquetose,
hipoalbuminemia, aumento da VHS e PCR - Hipopotassemia, hipocloremia, hiponatremia
45RETOCOLITE ULCERATIVA
- Diagnóstico
- Exames laboratoriais- anticorpos
- p- ANCA
- 23 a 89 positividade (47 a 66)
- 4 nos indivíduos normais
- ASCA
- Uso limitado pela positividade em várias outras
doenças - 6 a 14
46RETOCOLITE ULCERATIVA
- Diagnóstico
- Exames de imagem
- RX simples de abdome
- Deve ser sempre realizada, principalmente nas
formas graves - Enema opaco
- Permite diagnóstico e avaliar extensão da doença
- Não realizar nos casos graves risco de
perfuração - Aspecto granuloso da mucosa, consequente ao edema
47RETOCOLITE ULCERATIVA
- Diagnóstico
- Exames endoscópico
- Retossigmoidoscopia
- Fundamental, pois o reto esta quase sempre
acometido - Realizar na primeira consulta, mesmo sem preparo
- Colonoscopia
- Geralmente não é necessária para o diagnóstico
- Útil para estabelecer extensão da doença, para
diagnóstico diferencial e nos programas de
prevenção de câncer
48RETOCOLITE ULCERATIVA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA DOENÇA
VARIÁVEIS DÇA MODERADA DÇA GRAVE DÇA FULMINANTE
EVACUAÇÕES/DIA lt 4 gt6 gt10
SANGUE NAS FEZES INTERMITENTE FREQUENTE CONTÍNUO
TEMPERATURA NORMAL gt37,5ºC gt 37,5ºC
FC NORMAL gt90 gt90
VHS lt30 gt30 gt30
RX SIMPLES NORMAL AR E EDEMA DILATAÇÃO
HEMOGLOBINA NORMAL 75 VALOR NORMAL NECESSITA TRANSFUSÃO
SINAIS CLÍNICOS - SENSIBILIDADE ABD DISTENSÃO E SENSIBILIDADE
49RETOCOLITE ULCERATIVA
- Tratamento
- Dieta
- Deve ser obstipante, evitando alimentos
irritativos, apimentados, frutas laxativas,
carboidratos produtores de gás - AINE
- Contra- indicados, pois pioram doença e nos
pacientes em remissão induzem recidiva - Antidepressivos
50RETOCOLITE ULCERATIVA
- Tratamento medicamentoso
- Corticosteróides
- Substâncias mais efetivas na fase aguda
- Não podem ser usados na remissão
- Doses equivalentes a 20-60 mg de prednisona/dia
- Na melhora, deve ser trocada por salicilato para
manutenção
51RETOCOLITE ULCERATIVA
- Tratamento medicamentoso
- Salicilatos
- Sulfasalazina
- Aceita no tratamento de casos leves e moderados,
independente da extensão da doença - 2 a 4 g em 4 tomadas para tratamento
- 1 a 2 g/ dia para manutenção
52RETOCOLITE ULCERATIVA
- Tratamento medicamentoso
- Imunomoduladores
- Azatioprina, 6 mercaptopurina
- Pode considerar sucesso ou falência da droga em 3
meses - Possibilidade de recidiva após parar droga é
muito grande - Ciclosporina
- Casos fulminantes
- Tentar evitar evolução para tratamento cirúrgico
53RETOCOLITE ULCERATIVA
- Complicações
- Megacólon tóxico
- Exige colectomia de emergência
- Mortalidade alta
- Carcinoma de cólon
- Após 15 anos de doença 5 a 8
- Após 20 anos de doença 12
- Após 25 anos de doença 25 a 30
- Tumor geralmente é agressivo, com metástases na
laparotomia - Colonoscopia com biópsia a cada 2 anos
- Colectomia profilática dça universal com de
10 anos de duração
54REFERÊNCIAS
- GASTROENTEROLOGIA ESSENCIAL,
- RENATO DANI, 2006
- DOENÇA DE CROHN INTESTINAL MANEJO
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLOPROCTOLOGIA, 2008
- CONSENSO SOBRE TRATAMENTO DE DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL - GRUPO DE ESTUDOS DA DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL DO BRASIL, 2009